247 - O jornalista Ricardo Kotscho questiona a declaração do chefe das Forças Armadas, o general Eduardo Villas Bôas, que, ao jornal Folha de S.Paulo, revelou que agiu “no limite” ao declarar pelo Twitter “preocupação com a impunidade”, no dia 2 de abril, véspera do julgamento de um habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal.
"Fugir ao controle, como assim? Que controle? Que poder é esse numa democracia? O que ele temia? Um golpe militar? E quem o daria, o general Hamilton Mourão, eleito vice de Bolsonaro, que já havia feito várias ameaças de intervenção militar?", pergunta Kotscho
em seu blog. "O eleitorado brasileiro, que fez papel de figurante em toda esta história, agradeceria se o general pudesse responder a estas singelas perguntas".
De acordo com o jornalista, "daqui a cem anos, quando os historiadores do futuro contarem como se decidiu a eleição de 2018, o 'no limite' do general e a facada de um psicopata, mais a subserviência do Judiciário e as fake news, explicarão como um obscuro deputado, filiado às pressas num partido de aluguel, chegou à Presidência da República do Brasil".
"Pelas suas próprias palavras (do general), eles já voltaram ao comando do país antes mesmo da vitória do capitão, quando o comandante do Exército intimou o Supremo Tribunal Federal a negar o habeas corpus a Lula, mantendo-o preso para não disputar a eleição", critica.
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