SONDAGEM 247: 87% REPUDIAM MUDANÇA DE EMBAIXADA PARA JERUSALÉM
Sondagem da TV 247 realizada a partir de 7h desta quarta ouviu mais de 3 mil pessoas até 14h30 em torno da questão da mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, como pretendido por Jair Bolsonaro e defendido novamente por seu filho Eduardo ontem, em viagem aos Estados Unidos; 87% repudiam o projeto Bolsonaro; apenas 13% defendem a mudança da embaixada
28 DE NOVEMBRO DE 2018 ÀS 15:51 // INSCREVA-SE NA TV 247
247 - Sondagem da TV 247 realizada a partir de 7h desta quarta (28) ouviu mais de 3 mil pessoas até 14h30 em torno da questão da mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, como pretendido por Jair Bolsonaro e defendido novamente por seu filho Eduardo ontem, em viagem aos Estados Unidos. 87% repudiam o projeto Bolsonaro. O enunciado da pesquisa foi: "O chanceler informal Eduardo Bolsonaro anunciou a mudança da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, o que contraria o vice Mourão, que diz que é preciso proteger exportações para países árabes e deixar o Brasil fora do alvo de terroristas."
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87% dos respondentes escolheram a resposta "Mourão tem razão e a embaixada deve ser mantida em Tel Aviv"; apenas 13% apoiaram a pretensão dos Bolsonaro, formulada na questão "A embaixada deve ser em Jerusalém como quer Eduardo Bolsonaro". Você ainda pode opinar, clicando aqui.
A posição de Eduardo Bolsonaro abre uma crise com parte da base militar do governo Bolsonaro, representada por Mourão, e com o agronegócio brasileiro, pelo risco de perderem o principal mercado para os frangos criados no brasil, os países árabes. Ontem, o filho de Bolsonaro, que está nos Estados Unidos num giro como se fora o chanceler informal do novo governo, desfilou em Washington com um boné da campanha de reeleição de Trump em 2020. A foto teve enorme repercussão e se tornou o símbolo da submissão dos Bolsonaro à política de Trump.
Mais de 200 pessoas, além de escolher uma das opções, deixaram registrada duas opiniões sobre o assunto.
Noemia Maria Peres escreveu que "o conflito nessa região é imenso e sempre como um barril de pólvora. O Brasil tem que manter sua tradição diplomática de mediador e não de provocador como quer essa família". Norton Antunes foi curto e grosso: "Estão brincando com fogo".
Maurício Almeida concordou com a posição de Mourão, ainda que a contragosto: "É uma merda concordar com o Mourão. Mas ter a embaixada em Jerusalém é um tiro no pé nas nossas relações exteriores."
Geraldo Gondim Neto articulou a questão da embaixada com o conjunto da política externa de Bolsonaro à luz das que foram mantidas pelos governos do PT: "Depois o Presidente vem com aquele discursinho falacioso dizendo que o PT fazia alianças simplesmente por questão ideológica, só porque nem Lula nem Dilma ao contrário de outros presidentes abanavam o rabinho para os EUA como cãezinhos adestrados, olha oque os Embolsonaros querem fazer, por questão ideológica e fundamentalismo religioso, colocar o Brasil em risco de ataques terroristas e acabar com o comércio com os árabes, haja incompetência para um presidente só!"
Geanni Nannini chamou atenção para o risco de o Brasil, até agora infenso às dinâmicas dos ataques terroristas, acabar se envolvendo na lógica que castiga tantos países: "Tem nada que mexer no que tá quieto! Só faltava essa! Vira ALVO de TERRORISTAS!"
Patricia Vivarini D'Amico defendeu a mudança da embaixada com um argumento inusitado: "Na realidade, quando um General aponta para um lado, entende-se o contrário que foi dito. Se formos por esse raciocínio, Mourão e Eduardo estão falando a mesma coisa". Também Clerio Ferreira Maulaz defendeu a mudança da embaixada para Jerusalém, com uma argumentação político-religiosa: "Temos que nos alinhar a Israel. O PT ia bem. Se aliou a terroristas e comunistas. Onde está o PT agora? O Brasil estava bem. Cadê o Brasil agora? Os EUA após a queda das torres gêmeas perceberam isso e se aliaram: estão muito bem. Aliar-se a terroristas é como criar uma cobra e esperar gratidão. É preciso perceber que Deus é quem realmente está no controle. Pra Ele acabar com qualquer país basta um assopro".
Para Marcos Vivan, a Constituição deve ser a referência para a decisão: "A posição do Brasil deve seguir a constituição, respeitando a auto determinação dos povos. A mudança para Jerusalém seria uma provocação ao mundo árabe, muito prejudicial ao comércio com vários países."
Maria Sá Xavier usou de uma argumentação pragmática: "Mourão tem razão... por incrível... Ele estudou nas forças armadas. Geopolítica ele deve entender."
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