domingo, 23 de dezembro de 2018

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Medindo o tamanho da asneira.
O ex-militar e fascista que tomará posse em janeiro fez algumas declarações ameaçando suspender os negócios com a China e chegamos a noticiar aqui no Informativo. E agora estamos recebendo um novo relatório que mostra exatamente o tamanho do absurdo defendido por um cara que está demonstrando não ter qualquer condição de governar o país.
Segundo os novos dados, a China continuou sendo o principal destino das exportações brasileiras em novembro deste ano, com participação de 26,3% no total. Isso representa mais que o dobro do segundo colocado no ranking, os Estados Unidos (EUA), com um percentual de 11,9%. Os dados são do Índice do Comércio Exterior (Icomex), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a FGV, as exportações para a China cresceram 97,6% (em valor), na comparação com novembro do ano passado. Os principais responsáveis por esse crescimento foram a soja, que respondeu por 45% do aumento, e o petróleo bruto (não refinado), com 32% desse crescimento.
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, divulgou, a previsão da balança comercial brasileira para 2019. O levantamento aponta para um superávit de US$ 33,757 bilhões, uma queda de 38,6% em relação aos US$ 54,951 bilhões previstos para 2018. Os dados indicam exportações de US$ 220,117 bilhões, queda de 7,3% em relação ao montante de US$ 237,485 bilhões, estimados para este ano, enquanto as importações devem atingir US$ 186,360 bilhões, aumento de 2,1% em relação aos US$ 182,534 bilhões previstos para o mesmo período. A corrente de comércio prevista para 2019 é de US$ 406,477 bilhões, queda de 3,2% sobre a estimativa de US$ 420,019 bilhões para 2018.
Segundo Castro, o resultado projetado considerou um conjunto de indícios que apontam para uma redução do ritmo de crescimento do mundo econômico.
Foram publicadas no Diário Oficial da União duas resoluções Camex, que reduzem temporariamente as alíquotas de importação para máquinas e equipamentos sem produção no Brasil. A Resolução Camex 95 traz a relação de 41 bens de informática e telecomunicações (BIT), sendo 19 novos e 22 renovações, que terão a alíquota reduzida de 16% para zero. Já a Resolução Camex 96 diminui a alíquota, de cerca de 14% para zero, para 535 bens de capital (BK), sendo 268 novos e 267 renovações. (Matéria original de Antonio Pietrobelli, em Monitor Mercantil)
P E a cara nem fica vermelha! Mais uma mentira descarada desse governo pulha e fascista que tomará posse em janeiro!
Todos os jornais brasileiros divulgaram manchetes dizendo que o Bosta não convidou o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para sua posse! É MENTIRA!
A Chancelaria venezuelana divulgou, na segunda-feira (17) nota comprovando que o embaixador brasileiro enviou, não uma, mas duas correspondências convidando Maduro para a posse do ex-capitão.
O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, mostrou os documentos com o convite e reafirmou a resposta dada ao Brasil, também em documento oficial, por Nicolás Maduro: “O Governo Socialista, Revolucionário e Livre da Venezuela não assistiria jamais à posse de um presidente que é a expressão da intolerância, do fascismo e da sua entrega a interesses que são contrários à integração da América Latina e Caribe”.
Sim, um documento para ficar na história!
P Nem o “dono” dele quer vir à posse! Como um cachorrinho amedrontado, é claro que o ex-militar que estará assumindo o governo brasileiro pediu aos seu dono que estivesse presente à sua posse. Mas nem Donald Trump quer se misturar com um capacho como esse.
Trump, escolheu seu secretário de Estado, Mike Pompeo, para liderar a delegação que representará o seu governo na posse. Segundo nota oficial do serviço de imprensa da Casa Branca, acompanharão Pompeo o administrador da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, Mark Green, o encarregado de negócios no Brasil, William Popp, e o diretor para assuntos de América Latina do Conselho de Segurança Nacional, Mauricio Claver-Carone.
P O que esperar do futuro brasileiro? Dos 3,2 milhões de brasileiros com 19 anos, 2 milhões concluíram o Ensino Médio, o que representa 63,5% do total, segundo levantamento do movimento Todos Pela Educação, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2012 a 2018 (Pnad-C) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total que não concluiu o Ensino Médio, 62% não estão mais na escola e, desses jovens, 55% pararam de estudar no Fundamental.
Ainda que os especialistas do setor digam que o desafio não é só garantir a permanência dos jovens no Ensino Médio, mas levar para a escola os que abandonaram as salas de aula, o problema é bem mais complexo. Em primeiro lugar, é preciso identificar o motivo dessa evasão.
E, pelo que estamos vendo do Brasil dos golpistas, a situação tende a piorar. Na verdade, com a crise econômica e a falta de empregos, os jovens são levados a abandonar os estudos para ajudar às famílias ou para o próprio sustento. E a situação só piora, porque ele sai da escola e só encontra o subemprego ou o emprego precário.
O levantamento evidenciou a desigualdade no ensino. Adolescentes negros e moradores das áreas rurais têm taxas de conclusão mais baixas do que as dos brancos e de regiões urbanas em todas as etapas da educação básica. No Fundamental, a diferença entre negros e brancos é de 10,4 pontos percentuais e entre jovens de áreas rurais e urbanas, 12 pontos percentuais. No Ensino Médio, a distância se amplia para 19,8 pontos percentuais e 19 pontos percentuais, respectivamente.
P Triste, muito triste. O que uma mídia golpista e voltada aos interesses dos poderosos pode fazer com uma nação está bem definido pelo informe do Instituto Ipsos. É triste tomar conhecimento desses fatos, mas não dá para calar, ainda que a imprensa conhecida não vá divulgar.
O Brasil ficou na quinta colocação do ranking dos países mais ignorantes do mundo, segundo a pesquisa anual “Os Perigos da Percepção”, realizada pelo Instituto Ipsos. O levantamento feito em 37 países, mede o quanto a população de uma nação tem noções equivocadas sobre a sua própria realidade.
Na pesquisa deste ano, que listou temas imigração, formação da população, criminalidade, segurança, economia, saúde, meio ambiente, dentre outros, o Brasil ficou atrás da Tailândia, México, Turquia e Malásia.
“Essa falta de noção dos brasileiros sobre a própria realidade pode afetar até mesmo o funcionamento da democracia”, segundo o ex-diretor de pesquisas do Ipsos, Bobby Duffy, autor do livro The Perils of Perception: Why we're wrong about nearly everything (Os perigos da percepção: Por que estamos errados sobre praticamente tudo).
Em entrevista ao blog, em setembro, Duffy indicou que candidatos extremistas tendem a se beneficiar da falta de noção da realidade. Ele também explicou que o problema não é exatamente “ignorância”, como dizia a pesquisa originalmente, mas o fato de que as pessoas acreditam ativamente em coisas factualmente erradas, “têm uma percepção equivocada da realidade”, destaca o blog. (Matéria em Monitor Mercantil)
P Trabalhadores vão ficar sem a aposentadoria! Numa época de alto índice de desemprego aliado à informalidade, estimulada pela reforma Trabalhista, que retirou direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e legalizou o “bico’, o futuro não parece ser nada promissor para a maioria dos brasileiros.
É o que mostra a pesquisa feita pela Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão (Anapar), que analisou quantos são e como os brasileiros contribuem para a aposentadoria.
O resultado é assustador: dos 65% dos brasileiros com mais de 16 anos que exercem alguma atividade remunerada, 41% ou 61,5 milhões de trabalhadores não guardam dinheiro para a aposentadoria, nem contribuem para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Isso significa que quatro em cada 10 trabalhadores estarão completamente desprotegidos quando envelhecerem ou tiverem qualquer problema de saúde.
A pesquisa mostrou ainda que entre os 97,5 milhões de trabalhadores remunerados, 52% são informais. A maior parte tem entre 45 e 54 anos (29%). Os demais se distribuem nas outras faixas etárias, variando entre 12% e 17%. Mais da metade dos informais (57%) ganha até 2 salários mínimos (33%), 31% recebem de 2 a 5 salários, 5% ganham de 5 a 10 salários e 1%, ganha mais de 10 salários mínimos.
A pesquisa da Anapar mostrou ainda que de todos os brasileiros, 35% contribuem para a Previdência Social. Somente 12% dizem juntar dinheiro por conta própria para aposentadoria. Já os “superprevidentes”, que juntam por conta própria e também contribuem para o INSS, são 9% da população. Os que poupam para aposentadoria, mas não contribuem para o INSS são 3%. Outros 24% não poupam pensando em se aposentar, mas contribuem para a Previdência Social.
P Era apenas uma menina com sete anos. Enquanto, na onda fascista que invade o Brasil, a xenofobia vem ganhando adeptos e aparecendo com discursos que parecem modernos, a verdade é que o problema é mundial e vem se tornando cada vez mais desumano.
E precisamos falar de uma pequena menina, de apenas 7 anos de idade. Seu nome era Jakelin Caal Maquin. Uma criança migrante fugindo dos horrores de sua terra natal, a Guatemala. Ela e seu pai foram presos pela polícia de fronteira dos Estados Unidos no dia 6 de dezembro passado, na localidade de Lordsburg, Novo México.
Seu pai foi obrigado a assinar documentos em inglês, idioma que não conhece, e a menina foi levada por policiais. Poucas horas depois o pai ficou sabendo que ela havia morrido durante o trajeto. Disseram apenas que ela havia sofrido de convulsões e, mesmo levada a um centro de atendimento, não resistiu e faleceu.
Há toda uma polêmica em torno de sua morte e diversas entidades de direitos humanos já se mobilizaram e abriram processos para averiguação. Mas o que deve nos interessar, no momento, é que Jakelin tinha apenas 7 anos de idade, era uma criança frágil fugindo da situação de estrema pobreza em seu país. Foi retirada das mãos do pai e levada por policiais. Faleceu poucas horas depois.
A história nos conta que a Guatemala era uma nação rica e produtiva, até 1954. Mas o governo dos Estados Unidos resolveu que o presidente eleito democraticamente não era favorável aos seus interesses e comandou um golpe. Desde então, vemos uma sucessão de governos submissos e que levam o país a uma extrema pobreza.
Os cidadãos guatemaltecos fogem do país, buscando vida melhor, e muitos sonham em chegar aos Estados Unidos, atravessando a pé a América Central e todo o México em busca de um futuro.
Segundo a agência de notícias France Press, são mais de 400.000 pessoas da Guatemala, El Salvador e Honduras que tentam atravessar o México em busca do sonho americano. E todos são parados por barreiras policiais, muros, cercas de arame farpado e outras crueldades.
Como já comentamos no Informativo, reunidos sob convocação da ONU, 164 países assinaram um pacto mundial de migração, criando condições para se conhecer melhor o que vem acontecendo nessas populações que são expulsas de suas terras e obrigadas a migrar. Algumas nações, lideradas pelos EUA, não assinaram o documento!
Já dissemos também que o Brasil assinou o pacto, mas o ex-capitão do Exército, agora eleito presidente, já anunciou que entre as primeiras medidas de seu governo estará a retirada do país do acordo.
Só para lembrar, nosso país era habitado pelos indígenas. Aqui chegaram os portugueses e, depois, trouxeram os negros. Mais tarde recebemos italianos, alemães, japoneses e muitos outros migrantes que fizeram esse país crescer. Será que o povo brasileiro mudou tanto nos últimos anos?
P O México e seu petróleo. Entre os analistas há um debate entravado há algum tempo: por que o México, tendo enormes reservas de petróleo, importa mais de 70% do seu combustível? Segundo dados oficiais, o país importa 75% da sua gasolina.
Vale lembrar que o governo neoliberal de Enrique Peña Nieto havia feito uma reforma no setor, prometendo que isso “renovaria o sistema energético mexicano”. Mas o que ele realmente fez foi eliminar o monopólio estatal da perfuração de petróleo no país e abriu o caminho para as empresas transnacionais explorarem, mas isto também não levou ao resultado esperado. Segundo dados divulgados por Octavio Romero Oropeza, o novo diretor da empresa estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) a reforma aumentou apenas em 30 barris diários a produção.
Assumindo o poder, Andrés López Obrador prometeu impulsionar um desenvolvimento industrial na Pemex e parar de endividar a empresa com as importações de combustível. Mas, em voz baixa, já tomamos conhecimento de que está havendo ameaças contra seu governo por parte de “atravessadores” de gasolina que ganham muito com esse negócio. Há uma máfia que rouba gasolina de empresas estatais para vender no mercado negro.
P Desemprego volta a crescer na Argentina. O informe da agência especializada argentina – Indec – revela que cerca de 1.168.000 pessoas em idade ativa estão sem emprego e mais de 2 milhões de pessoas trabalham em dois lugares para conseguirem resistir.
O Instituto Nacional de Estatísticas e Censo da Argentina informou que o desemprego durante o terceiro trimestre do ano aumentou em 9% em relação ao mesmo período de 2017. Entre as cidades onde se registram as maiores taxas de desemprego estão: Santa Rosa-Toay, Mar del Plata e San Nicolás-Villa Constitución.
O mesmo relatório mostra que a economia do país caiu 3,5% no mesmo período.
P Isso a nossa imprensa não comenta. Em outubro passado, o Parlamento Europeu aprovou uma proposta para proibir produtos de plástico descartáveis. Pelo projeto estariam incluídos pratos, canudos, talheres e cotonetes de plástico em toda a União Europeia. Mas o projeto ainda dependia de negociações e encaminhamentos a serem dados pelos Estados membros.
A proposta, que recebeu amplo apoio dos eurodeputados, prevê que alguns produtos descartáveis que já possuem substitutos fabricados com outras matérias-primas sejam banidos a partir de 2021. E estabelece também que todos os Estados-membros da UE são obrigados a reciclar 90% das garrafas de plástico até 2025, enquanto os fabricantes teriam que ajudar a cobrir os custos do gerenciamento do lixo.
Em maio, a Comissão Europeia propôs a proibição de uma série de produtos plásticos descartáveis e a redução do uso de itens plásticos como embalagens de alimentos. Ao apresentar a proposta, o órgão executivo da UE argumentou que mais de 80% do lixo nos oceanos é composto de produtos de plástico.
Os eurodeputados acrescentaram à lista da Comissão sacolas de plástico leve, embalagens de poliestireno usadas por redes de fast food e produtos feitos com plástico oxodegradável, que, segundo os críticos, não se decompõem por completo.
Na quarta-feira (19), mais um importante passo foi dado para colocar o projeto em andamento. A regulamentação que proíbe produtos de plásticos descartáveis foi aprovada em Bruxelas. A medida pode afetar um setor que segundo dados da própria UE hoje movimenta 340 bilhões de euros e emprega 1,5 milhão de trabalhadores. A medida impactará também na redução das emissões de dióxido de carbono em 3,4 milhões de toneladas.
P Algum “plano infalível” do Pentágono para a Síria? Nem a imprensa internacional tão submissa e amestrada conseguiu esconder a grande realidade: com a ajuda da Rússia, o Governo da Síria conseguiu vencer a guerra interna, desmontar todos os grupos terroristas que ocupavam parte do território e “botar para correr” o tão propalado Daesh.
Agora vemos que a Casa Branca anunciou, na quarta-feira (19), que começou a retirada de suas tropas militares da Síria e que está disposta a iniciar uma “nova forma de intervenção contra o governo sírio”, o que demonstra o total desprezo dos governantes estadunidenses em relação à soberania de outros países.
As informações dizem que cerca de 2.000 soldados sairão do território sírio e o plano diz que tudo estará completado entre 60 e 100 dias. E fica a nossa pergunta: por que tanto tempo, se para deslocar uma tropa para lá levaram menos de 48 horas?
Mas a resposta pode estar no maior aliado (para não dizer capacho) estadunidense na Europa. No mesmo dia do anúncio da Casa Branca, o governo de Macron, na França, anunciava que manterá a presença de suas tropas na Síria. E vale lembrar que o Governo da Síria já enviou documentação e denúncia a ONU dizendo que a ocupação de tropas estadunidenses e francesas em seu solo é ilegal e considerada invasão de seu território.
P Perto do limite para uma grande crise? Técnicos do Fundo Monetário Internacional comunicaram que a dívida global chegou a um novo recorde, alcançando agora 184 bilhões de dólares em 2017. O valor se refere ao total da dívida do setor público e do privado de todos os países e os números mostram um crescimento de 60% na última década.
Segundo a presidenta do FMI, Christine Lagarde, isso faz com que os governos e as empresas em todas as partes se tornem mais vulneráveis diante das taxas de juros mais altas nos EUA, criando uma situação que ameaça com nova queda nos fundos e desestabilização das economias.
Os técnicos do Fundo consideram que as reformas colocadas em prática nos últimos anos fracassaram na maior parte dos países. Foram medidas necessárias para proteger o sistema bancário das ações de risco e ganância dos grandes financistas, as mesmas que provocaram a crise de 2008, mas não estão funcionando agora.
Ainda segundo os analistas, a enorme dívida dos EUA, que supera 21,5 bilhões de dólares, está na raiz do aumento do déficit orçamentário e ameaça chegar a um ponto incontrolável.
Segundo a agência Bloomberg, desde a chegada de Trump ao governo dos EUA a dívida disparou e cresceu mais de 1,9 bilhão de dólares. E as projeções mostram que, até o final do mandato, o aumento deve ser de 4,4 bilhões de dólares, levando o mundo à beira de um colapso.
P E como está o emprego por lá? Tem sido cada vez mais comum ouvirmos, em conversas com amigos e na imprensa, que o sistema funciona muito bem nos EUA e que lá a taxa de desemprego é baixa, em torno de 3,7% em setembro passado. Muitos dizem que é a menor taxa desde 1969 e que isso se deve à política de Trump.
O que praticamente ninguém comenta é que a maior parte dos empregos criados, a exemplo do Brasil, tem salários muito baixos e a imensa maioria não vem acompanhada de direitos fundamentais como auxílio-saúde, descanso semanal remunerado e outros. A maior parte dos empregos gerados são temporários ou de tempo parcial. Em todo o setor privado estadunidense, 93% dos trabalhadores não têm proteção de acordos coletivos de trabalho negociados por sindicatos. Aliás, um dos projetos do ex-capitão para o Brasil.
A perda do vigor industrial dos EUA, setor que oferece os empregos mais bem remunerados, não se reverteu, apesar de todas as promessas de Trump.
Mas há uma informação ainda mais interessante, se não for hilária. O baixo desemprego nos EUA tem como uma de suas razões no fato de que a população carcerária é considerada empregada. E é simples de entender: 1) o país tem a maior população carcerária do mundo; 2) lá as prisões são privadas e os presos são obrigados a trabalhar para pagar suas diárias e; 3) por isso são considerados empregados! Brilhante, não é?
Caso essa população não entrasse nos cálculos, os índices de desemprego saltariam, no mínimo, 5 pontos!
P Prepotência de Trump e uma luta “encardida”. Meng Wanzhou foi presa pela polícia canadense no dia 1º de dezembro, em Vancouver. E certamente a imensa maioria das pessoas não tem qualquer ideia sobre quem é Meng e nem o motivo de estarmos comentando aqui no Informativo.
Acontece que ela é diretora financeira da Huawei e filha de Ren Zhengfei, fundador da empresa que é a maior fornecedora mundial de equipamento de redes de telecomunicações e o segundo maior de smartphones, com receitas de aproximadamente 92 bilhões de dólares no ano passado. Mas os “infalíveis” espiões da CIA dizem que seu domínio do mercado e estreita associação com o regime chinês representam um risco de segurança.
Bastou essa afirmação dos homens de Washington para EUA, Austrália, Nova Zelândia e Japão restringiram recentemente o uso de tecnologia da Huawei.
Mas o problema central não é bem esse. A questão é que, movido por seu ego de “dono do mundo”, Trump declarou um embargo unilateral às exportações de petróleo do Irã e proibiu qualquer país de negociar com a nação islâmica. E não são poucos os seus “aliados” que dependem daquelas exportações e já pediram que a Casa Branca suspenda as sanções, mas o “imperador” nem ouve. Ele acredita firmemente que os EUA têm o direito de dirigir e controlar os atos de Estados soberanos usando ameaças, sanções e quase qualquer outro meio a seu alcance.
Em sua recente disputa comercial com a China, Trump deu mais um passo e vem acusando a executiva da Huawei, Meng Wanzhou, de infringir as sanções contra o Irã. E aproveitou a sua ida ao Canadá para impor ao velho e conhecido capacho vizinho que prendesse Meng.
Não há dúvidas de que, no fundo, está a disputa geopolítica e econômica entre as duas nações, mas é flagrante que o direito internacional foi pisoteado. A ordem recebida de Washington deixou o Canadá em um grande embaraço. E a reação imediata foi a prisão, na China, de dois cidadãos canadenses.
E sabemos que Meng é uma vítima altamente simbólica dessa rivalidade global. Tipicamente desorientado, Trump entregou o jogo quando ligou explicitamente o possível cancelamento do processo contra a executiva chinesa à solução da guerra comercial EUA-China.

UM BOM NATAL PARA TODOS OS NOSSOS AMIGOS QUE ACOMPANHAM O INFORMATIVO SEMANAL.

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