sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Afrânio Jardim defende impeachment de Fux: “O povo brasileiro não merece ministro tão desprezível”

18 DE JANEIRO DE 2019, 17H27

Afrânio Jardim defende impeachment de Fux: “O povo brasileiro não merece ministro tão desprezível”

“Seu impedimento seria útil para a frágil democracia e para o combalido prestígio do nosso Poder Judiciário”, diz o jurista e professor associado de Direito Processual Penal
Foto: Reprodução/YouTube
Afrânio Silva Jardim, jurista e professor associado de Direito Processual Penal da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), usou sua página no Facebook para demonstrar sua indignação com a decisão do ministro Luiz Fux de suspender as investigações sobre as movimentações financeiras “atípicas” de Fabrício de Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro.
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Acompanhem a íntegra do texto:
Desta vez, o senhor Luiz Fux foi longe demais. A tradição do S.T.F. não merecia isto. O povo brasileiro não merece um ministro tão desprezível. Seu impedimento seria útil para a frágil democracia e para o combalido prestígio do nosso Poder Judiciário.
Acho que a comunidade jurídica, em geral, e a comunidade acadêmica, em especial, devem repudiar claramente o convívio com este ministro do S.T.F. Eu já disse e repito: sequer o cumprimentarei se encontrá-lo na Faculdade de Direito da Uerj, mesmo ele sendo do meu departamento (Direito Processual).
Não podemos conviver com manobras escusas em nosso mais alto tribunal. O povo não é bobo e tudo tem limite.
Por fatos como estes, é que deixei escrito em meu penúltimo texto, publicado na minha coluna do site Empório do Direito:
“1) Como continuar lecionando Direito Processual Penal com um Supremo Tribunal Federal que terá, como presidentes, os ministros Toffoli e Fux, pelos próximos quatro anos ???
2) Como continuar lecionando Direito Processual, se ministros do S.T.F. pedem vista dos processos, com o indisfarçado escopo de evitar o final dos julgamentos com os quais eles não concordam, já tendo sido formada a maioria de votos dos seus pares ???
3) Como continuar lecionando Direito Processual, se os pedidos de vista dos ministros do S.T.F. se eternizam e não obedecem a prazo algum ???
4) Como continuar lecionando Direito Processual, se apenas depende do bom ou mau humor do presidente do S.T.F. levar a julgamento, pelo plenário, os processos que estão aguardando para serem incluídos na respectiva pauta ???”
Acho que seria oportuna uma CPI para apurar a contas do filho do capitão truculento. Ali está o seu “calcanhar de Aquiles”. Na verdade, cabe citar o poeta: “Há mais coisas entre o céu e a terra, do que sonha a nossa vã filosofia”…

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