247 - A reunião no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na próxima semana, será usada como palco pelo presidente Jair Bolsonaro para fazer uma ofensiva em defesa de um governo de transição na Venezuela, ou seja, retirar o presidente eleito pela população venezuelana, Nicolás Maduro, e assumir a legitimidade de um golpe no país.
O governo de extrema-direita no Brasil não só apoia a ideia como quer liderar esse movimento internacional, ao lado de outros países, como os integrantes do Grupo de Lima, que já se manifestaram oficialmente contra a legitimidade da posse de Maduro.
Nesta quinta, Bolsonaro e o chanceler, Ernesto Araújo, receberam no Palácio do Planalto e no Itamaraty opositores venezuelanos e representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir o tema. Os venezuelanos recebidos em Brasília vivem como exilados no exterior e muitas vezes discordam da oposição que vive no país.
Em
nota divulgada na noite desta quinta-feira, o Itamaraty indicou que deve apoiar um governo interino do opositor Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, e que reivindicou a vitória da eleição. "A reunião teve por objetivo analisar a situação da Venezuela decorrente da ilegitimidade do exercício da presidência por Nicolás Maduro e da manifestação do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, de sua disposição para assumir a presidência da Venezuela interinamente, seguindo a Constituição venezuelana", diz o comunicado.
De acordo com reportagem do jornal
O Estado de S.Paulo, Bolsonaro tem dito a aliados que a justificativa pela ofensiva por parte do Brasil contra Maduro é de caráter humanitário. "Nosso objetivo é dar apoio político, porque estamos preocupados com a população venezuelana", disse o presidente, segundo assessores. Segundo eles ainda Bolsonaro declarou durante o encontro: "Tudo nós faremos para que a democracia seja restabelecida, que vocês possam viver em liberdade".
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