247 - Os presidentes de PT, PSB e PSOL se reuniram nesta segunda-feira (14) para discutir a formação de um bloco de oposição à candidatura à reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
"Queremos construir um bloco e uma articulação com os partidos da centro-esquerda. Essa é a nossa prioridade e, obviamente, estamos abertos a conversar com todos que primam pelo respeito ao Parlamento e às forças políticas", afirmou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR).
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, endossou o discurso da presidente do PT e salientou que os partidos buscam uma alternativa a partir da união das siglas de oposição ao bloco articulado por outros integrantes de partidos do chamado "centrão", que se opõe a candidatura de Maia.
A eleição para a presidência da Câmara será em 1º de fevereiro, quando o legislativo retorna do recesso.
Maia tem oficialmente o apoio de 12 partidos, incluindo o PSL de Jair Bolsonaro, a partir de um acordo que assegura cargos na Mesa Diretora e no comando de comissões.
"Existe essa articulação para o 'blocão' de oposição a Maia, em que PT e PSOL também estarão, provavelmente. Conversamos um pouco sobre isso. E eu acho que o caminho é esse: haver um bloco de oposição. Tem o bloco do governo, liderado pelo Maia, e nós termos o nosso bloco de oposição", frisou o presidente do PSB, ao G1.
O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, destacou que é favorável à articulação do bloco de oposição a Maia, mas avisou que a legenda não vai apoiar o grupo, caso o candidato seja do chamado "centrão", como os deputados Fábio Ramalho (MDB-MG) e Arthur Lira (PP-AL). Ele defendeu que a esquerda tenha um candidato próprio e sugeriu o nome do deputado eleito Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
O debate nos bastidores da Câmara intensificaram. Havia uma movimentação pela construção de um bloco entre PSB, PDT e PCdoB. Mas a articulação enfrentou resistência: parte da bancada de parlamentares de PDT estava cogitando o apoio a Maia, enquanto deputados do PSB consideravam a alternativa como inviável em razão do apoio do PSL ao atual presidente da Câmara.
O líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (SP), informou que a bancada deve definir a posição nesta terça-feira (15).
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