Economia Política
Jean Paul Prates condena ideia de fusão do Banco do Nordeste ao BNDES
Senador avalia que medida estudada pela equipe econômica de Bolsonaro revela total desconhecimento do papel institucional do BNB na região
27/02/2019 15:01
Créditos da foto: Péssima ideia: "A fusão das duas instituições financeiras não agrega nada em termos de custo. O BNB é um órgão autônomo, com baixo custo operacional%u21D, explica o senador Jean Paul Prates (PT-RN). "Suponho que a ideia tenha partido de gente que não conhece a realidade do Nordeste''. (Vinícius Ehlers)
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) se opõe à ideia do governo Bolsonaro de promover a fusão do Banco do Nordeste ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A equipe econômica avalia a medida para otimizar recursos e investimentos, conforme anunciou o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em entrevista, Jean Paul diz que a medida é péssima para o Nordeste e não terá impacto econômico para o governo.
“A fusão das duas instituições financeiras não agrega nada em termos de custo. O BNB é um órgão autônomo, com baixo custo operacional”, explica Jean Paul, que é economista e advogado. “Suponho que a ideia tenha partido de gente que não conhece a realidade do Nordeste”. De acordo com o senador, o BNDES é um banco extremamente importante, mas que não tem a expertise necessária para operar financiamentos condizentes com a realidade do Nordeste.
“O Banco do Nordeste do Brasil é extremamente eficiente e precisa ser defendido. Ainda que fosse um elefante branco, um órgão que servisse de cabide de emprego… Mas isso absolutamente não é um fato e nem condiz com a realidade do país neste século 21”, defende o parlamentar.
A possibilidade de fusão entre as duas instituições de fomento é defendida por integrantes da área econômica, mas sua viabilidade é considerada difícil. A aprovação pelo Congresso Nacional exigiria alteração constitucional, com votação em dois turnos nas duas casas legislativas. Há uma avaliação técnica dentro do governo de que tanto o BNB quanto o Banco da Amazônia (Basa) não deveriam “competir” com o BNDES, já que os dois bancos federais usam como fonte recursos dos fundos oficiais da Sudam e Sudene, sem necessidade de remuneração.
A questão política já despertou a ira de líderes políticos da região. A bancada nordestina no Congresso tem força para impedir a fusão dos dois bancos. O Nordeste tem nove estados, representados por 151 deputados federais e 27 senadores. Atualmente, o BNB tem em seus quadros 7.214 servidores, que têm compromisso com o desenvolvimento econômico e social da região.
Um dos papéis do BNB é garantir microcrédito a pequenos empreendedores da região. Desde os tempos do governo Lula, o banco passou a deter know how e é hoje uma das instituições financeiras com mais experiência da América Latina em microcrédito, com mais de 4 milhões de pessoas beneficiadas.
*Publicado originalmente em jeanpaulprates.com.br
“A fusão das duas instituições financeiras não agrega nada em termos de custo. O BNB é um órgão autônomo, com baixo custo operacional”, explica Jean Paul, que é economista e advogado. “Suponho que a ideia tenha partido de gente que não conhece a realidade do Nordeste”. De acordo com o senador, o BNDES é um banco extremamente importante, mas que não tem a expertise necessária para operar financiamentos condizentes com a realidade do Nordeste.
“O Banco do Nordeste do Brasil é extremamente eficiente e precisa ser defendido. Ainda que fosse um elefante branco, um órgão que servisse de cabide de emprego… Mas isso absolutamente não é um fato e nem condiz com a realidade do país neste século 21”, defende o parlamentar.
A possibilidade de fusão entre as duas instituições de fomento é defendida por integrantes da área econômica, mas sua viabilidade é considerada difícil. A aprovação pelo Congresso Nacional exigiria alteração constitucional, com votação em dois turnos nas duas casas legislativas. Há uma avaliação técnica dentro do governo de que tanto o BNB quanto o Banco da Amazônia (Basa) não deveriam “competir” com o BNDES, já que os dois bancos federais usam como fonte recursos dos fundos oficiais da Sudam e Sudene, sem necessidade de remuneração.
A questão política já despertou a ira de líderes políticos da região. A bancada nordestina no Congresso tem força para impedir a fusão dos dois bancos. O Nordeste tem nove estados, representados por 151 deputados federais e 27 senadores. Atualmente, o BNB tem em seus quadros 7.214 servidores, que têm compromisso com o desenvolvimento econômico e social da região.
Um dos papéis do BNB é garantir microcrédito a pequenos empreendedores da região. Desde os tempos do governo Lula, o banco passou a deter know how e é hoje uma das instituições financeiras com mais experiência da América Latina em microcrédito, com mais de 4 milhões de pessoas beneficiadas.
*Publicado originalmente em jeanpaulprates.com.br
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