terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Procuradoria pede cassação por caixa dois de senadora conhecida como “Moro de saias”

26 DE FEVEREIRO DE 2019, 08H35

Procuradoria pede cassação por caixa dois de senadora conhecida como “Moro de saias”

Foi Selma quem mandou prender, em 2017, o ex-governador Silval Barbosa (MT) além de vários empresários influentes no Estado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foi pedida a cassação do diploma da senadora Selma Arruda (PSL), conhecida como ‘Sérgio Moro de saias’, por sua pena pesada em ações criminais contra políticos e servidores públicos. Ela é acusada pelo procurador-regional eleitoral de Mato Grosso, Raul Batista Leite, por suposto caixa dois de R$ 1,2 milhão.
O procurador pediu também a realização de novas eleições para a cadeira do Estado no Senado. Segundo a quebra de sigilo, os valores, que foram gastos pela ex-juíza em sua campanha, haviam sido transferidos por seu primeiro suplente, Gilberto Possamai.
Foi Selma quem mandou prender, em 2017, o ex-governador Silval Barbosa (MT) além de vários empresários influentes no Estado. Selma também condenou a 26 anos e sete meses de prisão o ex-deputado José Riva por ‘escabroso esquema’ na presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Nas eleições de 2018, ela foi eleita com 678 mil votos, e declarou bens no valor de R$ 1,4 milhão.
As investigações se iniciaram quando a senadora fez gastos de campanha incompatíveis com seu patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral. Após a quebra de seu sigilo, foram identificadas transações de Possamai e sua esposa, Adriana, para a conta de Selma.
“Dessa fonte ilícita, Selma Arruda efetuou uma doação (como se de recursos próprios fosse – Recibo nº 001700500000MT000101E e do Demonstrativo de Receitas Financeiras – prestação de contas) no valor de R$ 188.000,00 para a conta oficial de campanha”, diz o Procurador.
O Ministério Público Eleitoral ressalta que ainda em abril de 2018, pouco tempo antes das eleições, Selma ‘detinha saldo bancário negativo (R$ -2.638,31), o que comprova matematicamente que o valor acima está amparado no suposto mútuo de R$ 1.500.000,00, obtido junto a Gilberto Possamai’.
“Nessa senda, toda a chapa encabeçada pela candidatura de Selma Arruda restou beneficiada pelo abuso de poder econômico e pelos gastos ilícitos de campanha, havendo de ser cassada em sua integralidade”, sustenta a Procuradoria.
A senadora afirmou que não vai comentar o pedido da Procuradoria.
Com informações do Blog de Fausto Macedo no Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário