Viagem oficial de PMs do Rio à Europa vira passeio romântico
O que era para ser uma viagem de dez dias da cúpula da Polícia Militar do Rio de Janeiro para a Europa para visitar fabricantes de armamentos não letais que podem ser usados pela corporação virou um passeio romântico, inclusive com direito a pose na Torre Eiffel.
A comitiva é integrada pelo secretário da PM, coronel Rogério Figueredo de Lacerda, e tenentes-coronéis Vitor Augusto Rodrigues Serra e Alexandre Bonzieri, ambos da Diretoria de Armamento, e Celso Mendes, do Depósito Central de Munições.
A viagem começou no dia 3 de maio e termina nesta segunda-feira (13), e todos os oficiais levaram as esposas para a excursão.
O passeio foi divulgado nas redes sociais da mulher de Serra, Marcella Reis, que publicou fotos em noitada de cerveja e em vários outros pontos turísticos da Alemanha e França.
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Em uma das publicações, o casal está se beijando no alto da Torre Eiffel, com a paisagem de Paris ao fundo. Em outra, Marcella e a mulher de Bonzieri, Marta, aparecem fazendo um brinde.
Todo o turismo, com direito a passagem e diárias, foi pago pela Polícia Militar com autorização do governo, conforme atesta o boletim interno da corporação.
Em nota, a PM alegou que as despesas das mulheres “foram pagas com seus próprios recursos”, e que os oficiais “viajaram para Europa com objetivo de visitar fabricantes de armas não letais”. De acordo com a corporação, a visita técnica avalia ainda oferta de coletes balísticos, stand in door e programas para treinamento em stands.
MAIS VIAGENS
Até abril desse ano, a PM empenhou um total de R$ 185 mil para pagamento de diárias de viagens de policiais, e os oficiais da corporação já têm viagens marcadas para os próximos dias. Desta vez, o roteiro inclui Áustria, Croácia e Sérvia.
Questionada sobre a viagem à Áustria, a Polícia Militar do Rio disse que as despesas serão custeadas pela Glock, que foi a empresa vencedora da licitação. “A visita dos especialistas da PM à linha de montagem de pistolas para teste faz parte do contrato”, justificou. As outras duas viagens não foram esclarecidas.
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