19 DE JUNHO DE 2019, 09H43
De férias no exterior, Deltan Dallagnol não teve o celular periciado pela PF
Chefe da força-tarefa da operação Lava Jato no Ministério Público é protagonista das mensagens vazadas trocadas por meio do aplicativo Telegram
Passada uma semana e meia do início das reportagens do site The Intercept Brasil sobre as interferências diretas do ex-juiz Sérgio Moro nas ações da força-tarefa da Lava Jato, nesta quarta-feira (19) o celular do procurador Deltan Dallagnol, ainda não foi periciado pela PF (Polícia Federal). Isso porque o chefe da força-tarefa da operação está de férias e viajando ao exterior.
Segundo afirma Evandro Éboli para a revista Veja, isso teria sido dito por Raquel Dodge a três deputados petistas em uma audiência ontem, e foi confirmado pelo MPF (Ministério Público Federal) do Paraná.
Dallagnol é um dos protagonistas das mensagens trocadas pelo aplicativo Telegram e vazadas pelo The Intercept desde domingo 9 de junho. Nesta terça-feira foi revelado um diálogo sobre a Lava Jato investigar um esquema de Caixa 2 na campanha presidencial de FHC. Nele, o agora ministro da Justiça, Sérgio Moro, questiona a ação, pois poderia “melindrar alguém cujo apoio é importante”, buscando blindar o tucano.
Glenn Greenwald, jornalista diretor e criador do The Intercept, chamou de corrupção a atitude do atual ministro da Justiça. “Esta é a mais grave revelação até agora. […] Moro fez o oposto [da isenção]: ele quer que FHC se proteja porque vê FHC como um aliado: isso é corrupção. O que Moro está fazendo aqui é impedir – obstruindo – uma investigação porque ele quer proteger alguém que considera um amigo, um aliado”, disse o norte-americano por meio de sua conta no Twitter.
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