quarta-feira, 3 de julho de 2019

Entidades que atuam no campo jurídico vão à ONU denunciar violações da Lava Jato


03 DE JULHO DE 2019, 18H53

Entidades que atuam no campo jurídico vão à ONU denunciar violações da Lava Jato

Documento foi entregue ao relator especial das Nações Unidas sobre a independência judicial dos magistrados e advogados, Diego García-Sayán
Diego García-Sayán - Foto: Reprodução/YouTube
Oito entidades brasileiras que atuam no campo jurídico denunciaram o que chamaram de uma “série de violações cometidas no âmbito da Operação Lava Jato”. O documento foi entregue ao relator especial das Nações Unidas sobre a independência judicial dos magistrados e advogados, Diego García-Sayán.
As organizações mencionam as matérias jornalísticas veiculadas no início de junho pelo site The Intercept Brasil, que mostram diálogos altamente comprometedores entre o então juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato.
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Em entrevista à Sputnik Brasil, Valdete Severo, representante da Associação Juízes para a Democracia (AJD), uma das signatárias do documento, afirma que o atual ministro da Justiça feriu o princípio da independência judicial.
Independência judicial
“No âmbito da Operação Lava Jato nós tivemos processos penais deflagrados que foram comprometidos e parciais em que o juiz da causa, que hoje é o ministro da Justiça Sergio Moro, auxiliou, orientou, determinou atos da acusação. Isso é uma quebra da independência judicial que não pode ser tolerada porque rompe com o parâmetro mínimo de um Estado democrático”, declara.
Além da Associação Juízes para Democracia (AJD), o documento é assinado pela Articulação Justiça e Direitos Humanos (JusDh), a Associação Latino-americana dos Juízes do Trabalho (ALJT), a Terra de Direitos, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), a Justiça Global, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec).

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