segunda-feira, 22 de julho de 2019

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Como será o amanhã (8).
Sem problemas. O importante era tirar o PT, não era? Mas um presidentinho qualquer ir para os jornais dizer que “não existe fome no Brasil” é além da conta. Onde ele pensa que vive?
Fato 1. A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano continua em queda. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC) com instituições financeiras, a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – desta vez foi reduzida de 0,82% para 0,81%. Essa foi a 20ª redução consecutiva.
A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 3,80% para 3,82% este ano. A meta de inflação de 2019, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Fato 2. Várias vezes destacamos, aqui no Informativo, que apenas 3 vezes na história o Brasil teve crescimento real do salário mínimo: a) no governo Getúlio Vargas (levado ao suicídio pela direita); b) no governo de Jango (que sofreu o golpe da direita, em 1964) e; c) nos governos do PT (até o golpe de 2016).
Agora, um estudo do Instituto de Economia e Ciências Sociais da Alemanha, lançado em 2018, analisou o rendimento mínimo garantido por lei em 37 países, por hora de trabalho. Entre os países pesquisados, o Brasil ficou em antepenúltimo lugar. O salário mínimo brasileiro em 2018 era de 1,67 euro (R$ 7,38) por hora.
Até a Argentina, país sul-americano vizinho do Brasil, garante uma remuneração bastante superior à brasileira, com 4,16 euros por hora como salário mínimo.
Fato 3. A indústria paulista fechou 13 mil postos de trabalho em junho e a geração de emprego nos seis primeiros meses do ano ficou abaixo das expectativas da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), que divulgados os dados nesta quarta-feira (17).
Entre os setores pesquisados, 77% apresentaram variação negativa em junho, com apenas quatro contratando, 17 demitindo e um permanecendo estável.
Os segmentos que mais demitiram foram o de veículos (-2.260 vagas), produtos alimentícios (-2.074) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1.305). Entre os que contrataram estão o de produtos diversos (318 vagas geradas); bebidas (199) e celulose, papel e produtos de papel (156).
Fato 4. A crise no Brasil teve efeitos diferentes para as camadas da sociedade. Não precisa pensar muito para saber quem sofreu. Os mais pobres tiveram queda de mais de 20% da renda acumulada.
Do outro lado da corda, os 10% mais ricos já acumulam elevação de 3,3% de renda do trabalho. Se observados os últimos sete anos, o rendimento dos mais abastados cresceu 8,5% enquanto o dos mais vulneráveis recuou 14%. Discrepância.
Os dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas levam em consideração os últimos dois anos. O número de desempregados somou 13,177 milhões, em abril, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Já o PIB diminuiu 0,2% no primeiro trimestre do governo Bolsonaro, eleito como salvador da pátria. Como houve queda na concentração de renda e falta trabalho para todo mundo, a quantidade de famílias endividadas tem aumentado e chegou a 63,4%, maio, com alta de 4,4% em relação a igual período do ano passado.
Fato 5. Segundo Associação Comercial de SP, inseguros no emprego, consumidores estão mais cautelosos em compras parceladas, prejudicando o varejo.
O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 94 pontos em junho - cinco a menos do que os 99 de maio. Os componentes de emprego puxaram a queda. Os inseguros no emprego somaram 46% dos entrevistados em junho (contra 40% em maio). Já 30% avaliaram como grande a chance de perda de emprego nos próximos seis meses (26% no mês anterior). E 69% conheciam alguém que foi demitido (65% em maio).
O INC varia entre zero e 200 pontos, sendo o intervalo de zero a 100 o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o do otimismo. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 26 de junho.
Inseguros no emprego, os consumidores estão também mais cautelosos nas compras parceladas, prejudicando o varejo. Em junho, 49% estavam menos à vontade para comprar eletrodomésticos nos próximos seis meses (46% em maio) e 61% não estavam propensos a adquirir um carro ou um imóvel (58% em maio).
Fato 6. O percentual de famílias endividadas no Estado do Rio de Janeiro registrou o quarto aumento consecutivo, na comparação mensal, e atingiu o valor de 61,9% em junho de 2019, aumento de 0,9 ponto percentual frente a maio e 1,8 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano anterior. É a segunda vez consecutiva que a proporção de famílias endividadas aumenta no comparativo interanual. É também a primeira vez, desde maio de 2018, que o índice passa a oscilar fora do intervalo de 1,5 ponto percentual. O levantamento é da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), apurado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
A pesquisa revelou que a proporção de endividados cresceu mais fortemente entre as famílias que ganham até 10 salários mínimos e alcançou 65,7% em junho frente a 64,8% no mês de maio. O número de junho de 2019 já é 1,9 ponto percentual superior ao valor registrado no mesmo período do ano passado.
Fato 7. Em transmissão ao vivo nas redes sociais na quinta-feira (19), o ex-capitão reformado afirmou que pretende beneficiar seu filho ao falar sobre a possível indicação do deputado federal Eduardo para o cargo de embaixador nos Estados Unidos.
O presidente reagiu à enxurrada de críticas de que vem sendo alvo nos últimos dias após sinalizar que pretende nomear o filho 03 para a embaixada em Washington. “Lógico que é filho meu. Pretendo beneficiar meu filho, sim. Pretendo, está certo. Se puder dar um filé mignon ao meu filho, eu dou”. Ele, porém, disse que não se trata de “dar um filé mignon” para o filho, mas sim de “aprofundar um relacionamento com um país que é a maior potência econômica e militar do mundo”. Esta foi a terceira vez que ele se manifestou publicamente sobre a intenção da indicação.
Não precisamos conhecer o Brasil? Um pulha representante dos grandes investidores e apaixonado pelas ideias neoliberais, nomeado pelo ex-militar reformado para a pasta da Economia, resolveu que o Brasil não precisa conhecer o Brasil e fez uma violenta redução no orçamento destinado ao Censo 2010.
Como se não bastasse, pegou os seus asseclas que dirigem o IBGE e mandou que fossem à Câmara dos Deputados atender a uma convocação feita pelo deputado Marcelo Freixo, na quinta-feira (4), para justificarem os cortes e convencer que não é tão grave assim e que o resultado será confiável para estudos futuros.
Mas o tiro saiu pela culatra!
Não esperavam que diretores, técnicos e funcionários do Instituto comparecessem à audiência, munidos de dados e informações que os burocratas do Ministério não possuem e nem se preocuparam em procurar.
Resultado: ficou claro que o enxugamento mutilará o maior e mais importante levantamento de informações populacionais do País, com consequências negativas no cálculo da distribuição de recursos do governo federal a estados e municípios, na definição de políticas públicas e no planejamento econômico.
A Constituição determina a transferência pela União de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados aos estados e municípios e a distribuição dos recursos é feita de acordo com o número de habitantes apurado pelo IBGE.
“As mudanças no Censo prejudicarão a distribuição do Fundo. Criarão um problema federativo e um contencioso para o governo federal porque todo município e todo estado reclamará. Vai estourar no colo do ministro Paulo Guedes, se ele ainda estiver lá nessa época, e do presidente, no meio de uma eleição. Em 2022, quando estivermos fazendo as projeções de população com o resultado do Censo, vai ter um problema”, disparou o demógrafo do IBGE Antonio Tadeu Ribeiro de Oliveira.
O debate na Câmara refletiu o clima de apreensão existente no próprio IBGE. Cinco técnicos, entre supervisores e gerentes, entregaram seus cargos em junho por discordar das decisões da nova diretoria sobre o Censo.
Quando a nova presidente indicada por Guedes, Susana Cordeiro Guerra, assumiu há cerca de quatro meses não havia dotação orçamentária para o Censo, o efetivo era metade daquele de dez anos atrás, o número de funcionários que se aposentarão no próximo ano correspondia a 30% do quadro e foi necessário realizar de imediato três concursos para preenchimento de vagas, informou a executiva na audiência pública.
Polícia prende homem que atropelou e matou militante do MST. Na manhã de quinta-feira (18), um motorista avançou com sua caminhonete preta em alta velocidade sobre uma manifestação de famílias do acampamento Marielle Vive, em Valinhos (SP), a uma hora da capital do estado de São Paulo.
Cerca de 500 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que vivem no local, distribuíam alimentos e protestam pelo fornecimento de água no acampamento.
Um deles, Luis Ferreira da Costa, não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele estava terminando um processo de alfabetização para adultos. Testemunhas afirmam que o assassino estava armado e ameaçou os manifestantes quando eles tentaram perseguir o veículo após o atropelamento.
Agora soubemos que a Polícia Civil prendeu, por volta das 17h30 do mesmo dia, Leo Luiz Ribeiro, que confessou ter assassinado Luis Ferreira da Costa, de 72 anos.
Após prestar depoimento na delegacia da Polícia Civil do 1º Distrito de Valinhos, ele foi transferido para cadeia pública anexa à 2ª Delegacia de Polícia de Campinas (SP).
Leo Luiz Ribeiro é dono de uma oficina mecânica, na qual trabalha com outros dois irmãos. O veículo utilizado no crime é uma caminhonete modelo Mitsubishi Hylux L-200, com placas de Valinhos. O carro foi apreendido e, no painel, havia uma bandeira do Brasil.
O retorno neoliberal e suas consequências. Os golpes contra os países progressistas e o retorno do neoliberalismo aos vários países da nossa região já está mostrando os resultados. A fome associada à subnutrição atingiu 42,5 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe em 2018, segundo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) na segunda-feira (15) sobre o estado da segurança alimentar no mundo.
Na América do Sul, segundo nota divulgada pela FAO, a desnutrição saltou de 4,6% em 2013 para 5,5% em 2017, mantendo o índice em 2018. “Durante os primeiros 15 anos deste século, a América Latina e o Caribe cortaram a subnutrição pela metade. Mas, desde 2014, a fome vem aumentando”, disse o Representante Regional da FAO, Julio Berdegué.
A nota diz ainda que o aumento da fome está “intimamente associado à desaceleração econômica”, principalmente nos países cujas economias têm muita dependência da exportação de matérias-primas, as chamadas commodities – cujos preços tiveram queda acentuada a partir de 2011.
“O declínio do PIB e o aumento do desemprego resultaram em menores rendimentos para as famílias. Após vários anos de reduções acentuadas na pobreza, o número de pessoas pobres subiu de 166 milhões para 175 milhões entre 2013 e 2015, aumentando de 28,1% para 29,2% da população”, diz a nota.
Com a boca na botija! Dois membros da equipe de segurança do falso líder “opositor” da Venezuela, Juan Guaidó, foram detidos na sexta-feira (12) negociando a venda de cinco fuzis roubados das forças armadas do país, informou no sábado (13) o ministro de Comunicação e Informação venezuelano, Jorge Rodríguez.
Em transmissão em rede nacional, Rodríguez apresentou fotos, áudios e vídeos demonstrando que Erick Sánchez e Jason Parisi Castrillo eram guarda-costas de Guaidó, presidente da Assembleia Nacional venezuelana que se autoproclamou “presidente encarregado” do país no início do ano. Os dois foram detidos no momento em que tentavam vender o armamento roubado da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e utilizado durante a última tentativa de golpe sofrida pelo governo de Nicolás Maduro, no dia 30 de abril.
Parisi é treinador, em uma academia de escoltas que se transferiu para o Peru, de técnicas policiais baseadas nas Unidades de Armas e Táticas Especiais (SWAT) dos Estados Unidos. Já Sánchez tem credenciais da Assembleia Nacional e assumiu, na sua confissão, que trabalha com Guaidó há três meses. Ambos foram vistos em mais de uma ocasião fazendo a segurança do tal deputado e presidente da Assembleia Nacional. Além dos dois guarda-costas, também foi preso em flagrante Eduardo Javier García, primo de Sánchez.
Resgatar a luta é urgente! A esquerda da América Latina se reunirá em 25 de julho de 2019 em Caracas para tratar do pensamento crítico e do compromisso partidário da situação atual na América Latina. Serão três dias de encontros na pátria do Libertador Simón Bolívar.
São esperadas mais de 120 organizações progressistas de diferentes partes do mundo, para dar continuidade ao debate iniciado em Havana no ano passado, onde ficou constatado que a esquerda enfrenta o desafio de salvar o que já foi conquistado.
O encontro tem uma outra importante significação, porque vai acontecer quando a própria Venezuela vem sendo alvo direto da política ultraconservadora que os EUA e vive sob a sombra de um possível golpe ou de uma intervenção militar.
Por isso, a reunião está sendo vista como a mais importante reunião de partidos políticos e movimentos de esquerda em todo o mundo, com o objetivo de restaurar a soberania de nossos povos, fortalecendo a unidade dentro da diversidade que nos caracteriza, defendendo nossa região como Zona de Paz e continuando a lutar para combater a ofensiva imperial.
Os organizadores acreditam que, apesar das complexidades do momento, surgem também oportunidades novas e valiosas para desmantelar o esquema neoliberal, levando em conta o desgaste que os atuais governos da área começam a sofrer, em decorrência de políticas domésticas fracassadas, porque estão mais conscientes.
Diante dessa realidade, hoje o Fórum de São Paulo se destaca como principal espaço de convergência, debate e ação conjunta da esquerda para restaurar uma agenda social emancipadora. Este é o principal compromisso com os povos humildes e explorados da América Latina e também com os pais fundadores de nossa história libertária.
Camponeses equatorianos resistem a Lenín Moreno. Lenín Moreno, o pulha que traiu Rafael Correa e levou o Equador de volta para os braços dos EUA, está enfrentando muitas resistências internamente. Praticamente, todos os movimentos sociais criticam as políticas neoliberais do traidor, as recomendações econômicas do FMI e a presença dos EUA em assuntos estratégicos.
Os camponeses do Equador realizaram uma greve geral que teve início na segunda-feira (15) e terminou na sexta-feira (19), como um aviso ao presidente.
No final de maio, o ministro de Defesa do Equador, Oswaldo Jarrín, anunciou que os Estados Unidos seriam os responsáveis pela ampliação do aeroporto da ilha de São Cristóvão no arquipélago de Galápagos, considerado pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade.
Durante todo o movimento dos camponeses, foram realizados protestos em diversas vias públicas do país, com bloqueio de rodovias e atos públicos. Outros setores aderiram à paralisação convocada pelos camponeses, como organizações populares, trabalhadores da saúde e dos transportes. E os manifestantes também criticam o anúncio realizado por Moreno em fevereiro deste ano sobre a possibilidade de privatizar empresas públicas estratégicas do país, como a Corporação Nacional de Telecomunicações (CNT) e outras do setor elétrico. Na ocasião, os sindicatos, organizações do campo e movimentos populares saíram às ruas em Quito, capital do Equador, para se posicionar contra o indicativo do governo.
Só para registrar:  no mesmo mês, o FMI aprovou um empréstimo de 2,2 bilhões de dólares para apoiar as políticas econômicas de Lenín Moreno no período de três anos. Mera coincidência, não é?
Novo relatório sobre a pobreza na Argentina. Com o aumento dos índices de pobreza e indigência, as condições sociais no país sul-americano continuam se deteriorando rapidamente.
As estimativas preliminares do Observatório da Dívida Social da Universidade Católica da Argentina (UCA) para o primeiro semestre de 2019, refletem novamente um aumento de pelo menos três pontos no índice de pobreza em relação ao final do ano passado.
O relatório final, que será divulgado nas próximas semanas, antecipa um cenário de deterioração contínua das condições sociais no país sul-americano, onde a pobreza já gira em torno de 35% (no primeiro semestre de 2018 foi de 27,3% e naquele ano em 32%).
O aumento da pobreza também seria acompanhado por um aumento acentuado da indigência, o que explica que parte da população vive em condições de extrema pobreza, incapaz de sustentar suas necessidades alimentares. Essa taxa teria atingido 7% dos habitantes, segundo os números preliminares da UCA.
No contexto do processo recessivo prolongado pelo qual a Argentina está passando, os indicadores avançados pela UCA são traduzidos em números demográficos em um aumento da pobreza que atinge mais de 14 milhões de pessoas (mais de uma população urbana de cerca de 40,5 milhões de habitantes), o que representa um aumento de quase três milhões em relação a um ano atrás.
A pobreza se espalha, mas não por igual! O Índice Multidimensional de Pobreza de 2019, que pesquisa além da renda monetária e mostra como a pobreza é a experiência de enfrentar lacunas múltiplas e simultâneas, como a falta de acesso a serviços de saúde, trabalho decente ou exposição a violência, salienta que o conceito tradicional de pobreza é obsoleto. Os novos dados demonstram mais claramente do que nunca que rotular países, incluindo famílias, como ricos e pobres, leva a uma simplificação excessiva.
O relatório revela a profunda desigualdade que existe na distribuição deste flagelo, tanto entre os diferentes países e regiões do mundo, como no interior dos países.
“Para combater a pobreza, precisamos saber onde vivem as pessoas pobres. Eles não são distribuídos uniformemente em cada país, mesmo dentro das famílias”, explica o administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Achim Steiner, para quem o Índice oferece as informações detalhadas necessárias para que os formuladores de políticas desenvolvam políticas mais direcionadas e mais eficazes.
O documento confirma dados do ano passado que, em 101 países estudados, 1,3 bilhão de pessoas vivem em pobreza multidimensional, ou 23,1% de sua população. Cerca de 886 milhões o fazem em países de renda média e 440 em países de baixa renda.
Em Paris, protestos no 14 de julho. O tradicional desfile militar do 14 de Julho em Paris terminou com confrontos entre policiais e integrantes do movimento dos “coletes amarelos”. Militantes convocaram protestos na avenida Champs-Elysées e vaiaram a chegada ao local do presidente francês, Emmanuel Macron.
De acordo com a polícia francesa, 175 pessoas foram presas em Paris. Dezenas de manifestantes, que não utilizavam os célebres coletes amarelos fluorescentes, ocuparam na tarde do domingo (14) parte da avenida Champs-Elysées, no final do desfile militar.
Os ânimos começaram a se acirrar na manhã do domingo, quando Macron chegou ao local para o início do desfile militar. Entre aplausos do público que foi ao local assistir ao evento, foram ouvidas vaias.
Três líderes do movimento dos “coletes amarelos” - Eric Drouet, Jérôme Rodrigues e Maxime Nicolle - foram detidos para interrogatório por “rebelião” e “manifestação proibida”.
O tradicional desfile militar começou às 10h pelo horário de Paris na avenida Champs Elysées, com o objetivo de homenagear a cooperação europeia no setor da defesa e destacar a potência e as inovações militares da França. Em 14 de julho de 1789, a fortaleza-prisão da Bastilha foi tomada, começando a Revolução Francesa, que encerrou o Antigo Regime.
Onze chefes de Estado assistiram ao desfile. No total, 4 mil e 300 militares, 196 veículos terrestres, 237 cavalos, 69 aviões e 39 helicópteros foram mobilizados para o evento.
A televisão francesa BFM mostrou imagens da polícia atirando bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, alguns encapuzados, que tentavam bloquear a estrada com barricadas de metal, latas de lixo e outros destroços.
Síria declara apoio ao Irã. O presidente sírio, Bashar al-Assad, ratificou o apoio de seu país ao Irã diante das ameaças e ações hostis e ilegais dos EUA contra o povo iraniano.
A posição do presidente sírio foi expressa durante sua reunião nesta capital com Hussein Amir Abdullahian, assistente especial do presidente do parlamento iraniano para assuntos internacionais.
De acordo com o portal da presidência síria no Facebook, o alto funcionário iraniano explicou ao líder sírio os últimos desenvolvimentos relativos ao arquivo nuclear e à política adotada por Teerã para se proteger das políticas hostis da administração dos EUA.
A Síria e o Irã consideram o bloqueio e as medidas econômicas coercitivas impostas pela Casa Branca e seus aliados contra os dois países como terrorismo econômico.
Cada vez mais ridículos. O governo iraniano desmentiu, na sexta-feira (19), as informações de Donald Trump, segundo o qual militares estadunidenses teriam destruído um drone iraniano no Estreito de Ormuz. De acordo com Teerã, os Estados Unidos podem ter derrubado um aparelho de sua própria marinha.
“Temo que os Estados Unidos tenham destruído um de seus próprios drones por engano”, afirmou o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, em seu Twitter.
Na quinta-feira (18), o Trump anunciou a destruição de um drone iraniano que se aproximou de um navio dos EUA. Segundo o Pentágono, a tripulação da embarcação tomou “medidas defensivas” contra um aparelho que se encontrava a uma distância “ameaçadora”.
A tensão entre os dois países voltou a crescer desde que Washington se retirou, no ano passado, do acordo nuclear assinado pelas grandes potências em 2015 e voltou a aplicar sanções à República Islâmica. Em resposta, o Irã passou a ignorar certas cláusulas do tratado, incluindo sobre o limite de urânio enriquecido.
O mais recente episódio sobre a escalada de tensão entre as duas nações data de quinta-feira, quando a Guarda Revolucionária do Irã anunciou que havia detido “um cargueiro estrangeiro”, que seria suspeito de estar fazendo “contrabando” de combustível no Golfo. O navio-tanque foi interceptado em 14 de julho “ao sul da ilha iraniana de Larak”, no Estreito de Ormuz.
Apagão em Nova Iorque! Naquela nação muito desenvolvida...
Exatamente no aniversário do grande blecaute entre, 13 e 14 de julho em 1977, as luzes se apagaram novamente em Nova York: há 42 anos, um apagão tomou conta da metrópole estadunidense. Na época, saqueadores e incendiários aterrorizaram a cidade, mantendo a polícia ocupada.
A energia foi restabelecida em Manhattan, por volta da meia-noite de sábado (13), após um corte de fornecimento que durou cerca de quatro horas e que deixou 72 mil clientes sem luz, afetando a região oeste da cidade e pontos famosos como Times Square.
Segundo a companhia de eletricidade da cidade, Com Edison, o blecaute se iniciou pouco antes das 19h (horário local, 20h em Brasília) e afetou o funcionamento do metrô, deixando muitos cidadãos presos em elevadores e até uma parte da movimentada Times Square ficou sem seus luminosos. Os semáforos também não funcionaram. Lojas foram fechadas.
A companhia Con Edison informou inicialmente que cerca de 42 mil clientes estavam sem eletricidade, número que posteriormente foi elevado para 72 mil, sobretudo do lado oeste de Manhattan.

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