Você não estimulou? Agora, aguente os dados de desmatamento, Jair…
Mesmo com algum recuo – virou moda dizer que não disse o que disse – Jair Bolsonaro continua teimando com os dados sérios sobre desmatamento do Instituto de Pesquisas Espaciais.
Agora, diz que quer saber antes, para “não ser pego de calças curtas” em negociações internacionais onde o tema é cada vez mais presente.
Em princípio, é claro, não haveria nenhum problema de informar-se ao presidente da República, até porque estes dados podem ter prévias e totalizações parciais a qualquer momento, pois se trata de apurações informatizadas, que podem ser atualizadas em poucas horas e são, normalmente, submetidas a processos de crítica e verificação pelo próprio Inpe.
Mas o que está acontecendo é outra coisa.
É que Bolsonaro está bufando de ter de contar seu ímpeto selvagem nesta questão.
Porque, enquanto pôde, açulou o avanço sobre áreas florestais. Veja-se uma pequena lista:
1- Prometeu acabar com a ““farra das multas ambientais”:
“O que eu quero como chefe do Executivo? Eu quero, na verdade, resumindo, não atrapalhar quem produz”, disse Bolsonaro, ao afirmar que tira o Estado do “cangote” dos produtores rurais. “O agronegócio é um dos setores que está dando certo desde muito tempo e temos que valorizar quem trabalha nessa área”.
2- Patrocinou o fim das reservas legais, através de projeto apresentado por seu filho Flávio no Senado;
3- Defendeu a extinção – por decreto, de forma ilegal – de áreas de proteção ambiental;
4- Acenou com a privatização das Florestas Nacionais, a maioria delas na Amazônia;
5-Defendeu a abertura para a mineração de terras indígenas;
6- Prometeu não demarcar mais um centímetro de áreas indígenas e, portanto, vedadas à exploração desmatadora.
Tem mais, mas paro por aqui, para não cansar o leitor.
Bolsonaro pedir números de devastação de florestas, a rigor, dá a impressão que é para ver se estão cumprindo suas orientações e pondo a mata abaixo.
Só que o capitão parece ter percebido que não pode dar tanta “bandeira”, porque há, por toda a parte, quem chie contra esta devastação, talquei?
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