Ex-futura ministra de Bolsonaro, Maitê protesta ao lado de comunista no Rio; humorista Madureira sai sob escolta de ato pró-Moro; vídeo
Da Redação
A ex-futura ministra do governo Jair Bolsonaro para o Meio Ambiente, a atriz Maitê Proença, apareceu hoje em manifestação pró-Amazônia no Rio de Janeiro, ao lado da deputada federal comunista Jandira Feghalli (PCdoB), do deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) e de Caetano Veloso. Também estavam no protesto a atriz Sonia Braga, o rapper Criolo e a ex-governadora do Rio de Janeiro, Benedita da Silva.
Maitê foi casada com o empresário Paulo Marinho, que em depoimento admitiu que mensagens pró-Bolsonaro foram disparadas a partir da casa dele durante a campanha de 2018, inclusive fake news.
Por causa da proximidade com o círculo mais íntimo do presidente da República, Maitê chegou a ser cogitada para o ministério.
À época, ela disse:
A ideia é tirar o viés ideológico a que o setor ambiental ficou associado. Trazer um nome que possa abrir as portas que se fecham para os ecologistas. Um nome ligado às causas ambientais, mas que circule nos diversos meios de forma isenta. E que possa colocar a pasta acima de picuinhas políticas. Concordo com tudo. Mas o meu nome é apenas uma ideia.
Desde que assumiu o poder, no entanto, Bolsonaro tratou de introduzir o “viés ideológico” na questão ambiental, escolhendo um ministro do Meio Ambiente que atua em defesa do agronegócio, enfraquecendo as fiscalizações do Ibama e da Funai e contestando dados do desmatamento fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), terminando por demitir o diretor do órgão.
Na manifestação, Maitê evitou fazer críticas diretas a Bolsonaro, mas logo atrás dela um dos cartazes dizia que se a Amazônia é o pulmão do mundo, “Bolsonaro é o intestino grosso”.
Também no Rio, o humorista Marcelo Madureira foi expulso de uma manifestação organizada pelo movimento Vem Pra Rua pelo veto total de Bolsonaro à lei do abuso de autoridade aprovada pelo Congresso.
Ele recebeu xingamentos e saiu do encontro escoltado pela Polícia Militar.
O discurso de Madureira foi interrompido depois que ele afirmou: “Não tenho medo de vaias. Votei no Bolsonaro e vou criticar todas as vezes que for necessário. Como justificar uma aliança do Jair Bolsonaro com o Gilmar Mendes para acabar com a Operação Lava Jato? É isso que está acontecendo”.
As manifestações da extrema-direita, que incluiram palavras de ordem contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, atrairam pouca gente.
“Retumbante fracasso do Dia do Moro contra a Lei de Abuso de Autoridade, contra o STF, o Lula, a Vazajato. Patético o esforço da Globo de listar número de cidades com atos e dar fotos de baixo pra cima tentando mostrar mais público. Jornalismo de ilusão”, observou no tweeter a deputada Gleisi Hoffmann, presidenta do PT.
Juliano Medeiros, que dirige o Psol, foi na mesma linha: “Fracasso total! Atos do bolsonarismo em defesa das queimadas, pelo fechamento do STF e a favor do abuso de autoridade é um fiasco nacional. A extrema-direita cansou das ruas. Agora é nossa vez de ocupá-las!”
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