Como
será o amanhã (12).
Nosso Informativo desta semana dará atenção extra à
questão argentina, pois continuamos acreditando que a política em Nossa América
está muito relacionada. Por enquanto, vamos continuar com essa série.
Fato
1. A mediana das projeções do mercado
para o crescimento da economia em 2019 voltou a cair, de 0,82% para 0,81%, de
acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada pelo BC na quarta-feira (7). O
boletim tem estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2020, no
entanto, o ponto-médio das expectativas para a economia brasileira permaneceu
inalterado em 2,10%, nível em que está há cinco semanas agora. O PIB do segundo
trimestre será conhecido em 29 de agosto. Por outro lado, a mediana das
projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial em 2019 voltou a
cair, de 3,80% para 3,76%. Para 2020, o ponto-médio das expectativas para o
IPCA manteve-se nos mesmos 3,90% em que está há cinco semanas agora. Já entre
os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio
prazo, a mediana caiu de 3,82% para 3,77%. Em relação a 2020, o ponto-médio das
expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou
de 3,93% para 3,90% entre os campeões de acertos. (Valor Econômico – 12/08)
Fato
2. A economia brasileira cresceu 0,2%
no segundo trimestre, na comparação com o primeiro, revertendo a queda de 0,1%
observada nos primeiros três meses do ano, informou o Instituto Brasileiro de
Economia (Ibre), da FGV, com base em seu Monitor do PIB, publicado na
quarta-feira. No mês de junho, o indicador aponta crescimento de 0,7% do PIB em
comparação com maio. Na comparação interanual, a economia cresceu 0,7% no
segundo trimestre, o que manteve o crescimento da taxa acumulada em 12 meses em
0,9%, mesma variação observada no primeiro trimestre do ano, diz a FGV. Em
termos monetários, o PIB em valores correntes alcançou a cifra de
aproximadamente R$ 3,469 trilhões, ou R$ 3.469.059 milhões no acumulado do 1º
semestre, segundo a FGV. (Valor Econômico – 14/08)
Fato
3. A Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF) não está sendo cumprida por 12 Estados, que estão comprometendo mais de
60% da Receita Corrente Líquida (RCL) com gasto com pessoal, apontou o Boletim
de Finanças dos Entes Subnacionais, divulgado pelo Tesouro Nacional. Outros
quatro Estados estão próximos do limite de alerta (54%). "O cenário é
bastante grave", afirmou o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto
Almeida. De acordo com ele, uma análise feita pelo Tesouro mostrou que os
Estados poderiam ter tido um espaço fiscal de R$ 43 bilhões em suas contas no
ano passado se todos os governos estaduais tivessem se adequado ao limite de
alerta da LRF para o gasto com pessoal, que corresponde a até 54% da RCL. Isso
poderia ter ajudado os governos estaduais a alavancarem os investimentos
públicos que está estagnado em R$ 41 bilhões. (Valor Econômico – 15/08)
Os
pastores de Trump chegaram! Em
primeiro lugar precisamos esclarecer o que vem a ser essa organização chamada
“Capitol Ministries”. Financiada pelo vice-presidente Mike Pence e pelo
secretário de Estado Mike Pompeo, vale-se da influência do governo
estadunidense para cumprir a missão que dizem ser “divina” e que consiste em
“dominar o mundo”. Desde o ano passado, abriram sedes em cinco países
latino-americanos – México, Honduras, Paraguai, Costa Rica e Uruguai e acaba de
desembarcar em Brasília, com lançamento oficial programado para a segunda
quinzena de agosto no Senado Federal, “sem muita badalação, voltado apenas para
autoridades” e “com a presença de Drollinger (o “chefe” da quadrilha) e sua
esposa”, como explicou à Agência Pública o pastor da Igreja Batista Vida Nova,
Raul José Ferreira Jr., que será o responsável por conduzir os estudos bíblicos
no Senado, na Câmara.
Ele diz ainda que, “se Deus permitir”, vai conduzir
também estudos bíblicos na Casa Civil junto ao ex-capitão e seus ministros,
traduzindo as palavras do pastor americano para o demente.
As aspirações da Capitol Ministries no Brasil são
ambiciosas, embora o pastor Ferreira Jr. chame de “trabalho de formiguinha”:
conduzir, a portas fechadas nos gabinetes, reuniões bíblicas individuais com
parlamentares, especialmente os não convertidos, além de reuniões coletivas
semanais – e ainda garantir que cada parlamentar do Congresso Nacional receba
os estudos impressos, por e-mail e por mensagem no celular. “Nosso objetivo é
reconstruir a nação a partir de valores cristãos que são forjados através do
estudo da palavra”, define o pastor.
O bando chamado Capitol Ministries – significa
“Ministério do Capitólio”, símbolo do Congresso americano – foi fundada pelo
ex-jogador de basquete Ralph Drollinger na Califórnia, em 1996, para “criar
discípulos de Jesus Cristo na arena política pelo mundo todo”. A ideia do
pastor era levar para a política seu trabalho anterior, focado em evangelizar
atletas.
“O
Brasil não precisa do dinheiro da Alemanha”. O ex-capitão, cada vez mais demente, resolveu abrir guerra contra a
Alemanha e mostrar toda a sua soberba. “O Brasil não precisa do dinheiro da
Alemanha para preservar a Amazônia”, disse a plenos pulmões no domingo (11). Em
resposta aos jornalistas presentes, ele disse que a Alemanha tentava “comprar”
a Amazônia.
“Investir? Ela não vai comprar a Amazônia. Vai deixar
de comprar a prestação a Amazônia. Pode fazer bom uso dessa grana. O Brasil não
precisa disso”, declarou o desequilibrado.
Ele comentou sobre o apoio alemão no dia seguinte em
que o país europeu anunciou que suspenderá financiamentos a projetos de
conservação na região amazônica. Está congelado, em primeiro momento, o valor
de 35 milhões de euros, aproximadamente 155 milhões de reais.
A Alemanha contribui ainda para o Fundo Amazônia, para
o qual já repassou 55 milhões de euros, equivalentes a 245 milhões de reais. A
Noruega também apoia o fundo. Em entrevista ao jornal alemão Tagesspiegel, a
ministra do Meio Ambiente Svenja Schulze demonstrou temor com as medidas
adotadas pelo ex-militar brasileiro.
“A política do governo brasileiro na Amazônia levanta
dúvidas sobre se uma redução consistente das taxas de desmatamento ainda está
sendo perseguida”, afirmou Schulze. Ela diz que o país europeu só deve retomar
a cooperação quando as estratégias do governo estiverem claras.
Resposta
ao ex-capitão! A Embaixada da Alemanha publicou um vídeo na
quinta-feira (15,) para divulgar seus principais parques florestais no País e
convidar as pessoas a conhecerem a natureza preservada pelo país europeu. O
vídeo, com mensagens em português, foi divulgado na conta do Facebook da
embaixada.
A divulgação ocorre um dia depois do insano dizer que a
chanceler alemã, Angela Merkel, deve “pegar a grana” bloqueada para preservação
ambiental no Brasil e reflorestar a Alemanha. “Eu queria até mandar um recado
para a senhora querida Angela Merkel, que suspendeu US$ 80 milhões para a
Amazônia. Pegue essa grana e refloreste a Alemanha, ok? Lá está precisando
muito mais do que aqui", disse o ex-capitão.
“Você sabia que a Alemanha é um dos países mais
florestados da Europa? As florestas alemãs são destinos turísticos
imperdíveis”, afirma a embaixada no vídeo, que contém imagens de diversas
florestas protegidas do país. As mensagens afirmam que a área das florestas
alemãs cresceu em mais de 1 milhão de hectares nas últimas cinco décadas e que
cobrem um terço do território nacional.
Noruega
também suspende ajuda. O ministro do
Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, anunciou na quinta-feira (15)
a suspensão de novos pagamentos ao Fundo Amazônia, reserva destinada à
preservação e combate ao desmatamento da floresta.
Segundo o jornal norueguês Dagens Næringsliv, a quantia
bloqueada foi de 300 milhões de coroas norueguesas, equivalente a R$ 134
milhões.
“O Brasil rompeu o acordo com a Noruega e a Alemanha
desde que o país fechou a diretoria do Fundo Amazônia e o Comitê Técnico. O que
o Brasil fez mostra que ele não quer mais conter o desmatamento”, disse
Elvestuen.
O ministro ainda afirmou que “isso é muito sério para
toda a luta pelo clima. A Amazônia é o pulmão do mundo e todos nós dependemos
inteiramente da proteção da floresta tropical lá. Não há cenários para atingir
as metas climáticas sem a Amazônia”.
O governo brasileiro pretendia utilizar parte dos
recursos do Fundo para indenizar ruralistas por desapropriações de terras. A
notícia repercutiu mal na Noruega e na Alemanha, que também participa da
iniciativa.
Vou
“varrer turma vermelha do Brasil”. O
ex-militar reformado voltou a protestar contra militantes de esquerda e afirmou
que quer “varrer a turma vermelha do Brasil” nas próximas eleições. A
declaração ocorreu em discurso durante inauguração de uma escola, na cidade de
Parnaíba, no Piauí, estado governado pelo petista Wellington Dias.
“Quando a gente vê, agora pelo Brasil, alguns
governadores querendo separar o Nordeste do Brasil, esses cabras estão no
caminho errado. O caminho para o Brasil é um só. Um só povo, uma só raça, uma
só bandeira verde e amarela. Nas próximas eleições, nós vamos varrer essa turma
vermelha do Brasil”, disse. “Já que na Venezuela tá bom, vou mandar essa
cambada para lá. Quem quiser ir um pouquinho mais para o Norte, vai até Cuba.
Lá deve ser muito bom também”.
Em outro trecho do discurso, o insano atacou a
candidatura de Alberto Fernández e Cristina Kirchner à presidência da
Argentina. A declaração ocorre dias após o presidente fazer visita ao Rio
Grande do Sul e afirmar que, se a dupla vencer as eleições do país vizinho, argentinos
fugiriam para o Brasil.
Os
argentinos estão rindo... O ministro
da Economia, Paulo Guedes, disse na noite de quinta-feira (15) que o Brasil
pode deixar o Mercosul se a oposição vencer as eleições presidenciais na
Argentina em outubro e apresentar resistência à abertura econômica do bloco.
A afirmação foi feita depois de o peronista Alberto
Fernández vencer com vantagem folgada as primárias realizadas no último fim de
semana no país vizinho.
A votação, que serve como prévia das presidenciais de
27 de outubro, confirmou o claro favoritismo da chapa que tem como vice a
ex-presidente Cristina Kirchner. Enquanto a oposição obteve 47% dos votos, o
atual presidente, Mauricio Macri, ficou com 32%. (Veja adiante)
Kirchnerismo
ganha primárias argentinas! Já
alertamos, em palestras e encontros, que o processo eleitoral argentino é muito
importante para nós, no Brasil, e em toda a Nossa América. Assim como foi determinante
para o golpe contra Dilma, em 2016, a eleição de Macri, agora estamos
acompanhando atentamente o que acontece por lá, porque isso vai ter peso na
resistência ao governo do insano, no Brasil, e aos ataques de Washington contra
a Venezuela e contra a Bolíviaa.
As eleições primárias da Argentina – conhecidas como
Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (Paso) – realizadas no domingo
(11) apontam favoritismo da chapa Alberto Fernández-Cristina Kirchner para as
eleições gerais de outubro, após o atual presidente, Mauricio Macri, ser derrotado
com uma diferença de cerca de 15 pontos.
Com 86,75% apurados, a chapa kirchnerista aparece com
47,35%, contra 32,33% da de Macri, que tem como candidato a vice-presidente o
senador Miguel Ángel Pichetto. Em terceiro, aparece a chapa do ex-ministro
Roberto Lavagna, que tem como vice o governador de Salta Juan Manuel Urtubey,
com 8,37%.
Na Argentina, para se vencer no primeiro turno, não é
necessário ter 50% + 1 dos votos: se o primeiro colocado superar 45% dos votos
ou ter mais de 40% e uma diferença de 10 pontos em relação ao segundo, a
eleição termina.
O processo de primárias, em teoria, deveria servir para
definir os candidatos habilitados a participar das eleições presidenciais que
ocorrem em 27 de outubro. No entanto, nenhum dos partidos indicou mais de uma
chapa e, por isso, o pleito funcionou somente como uma espécie de pesquisa de
intenção de voto, já que os cidadãos argentinos são obrigados a participar.
Pulando
“que nem pipoca”! Na segunda-feira,
depois da derrota de Macri, os mercados começaram a ameaçar e dar uma resposta
a fim de intimidar. Os grandes aplicadores iniciaram uma fuga cambial em massa,
que fez a moeda argentina despencar 30% em poucas horas. O dólar chegou a valer
60 pesos (caindo para 57,30 depois de três intervenções do Banco Central, que
torraram mais US$ 106 milhões). Na bolsa de Buenos Aires, as ações também
desabaram, com o Índice Merval recuando também 30%. A onda de pessimismo
repercutiu pelo mundo e derrubou as cotações de outras moedas na periferia do
sistema: a lira turca, o rand sul-africano, o real brasileiro. Mas a oligarquia
financeira, que apoiou Macri durante todo o seu mandato, julgou-se em condições
de fazer exigências… a Alberto Fernández. O candidato peronista “precisa enviar
uma mensagem para os mercados, que o enxergam com desconfiança”, disse Rodrigo
Álvarez, diretor da consultora Analytica, ao diário portenho Clarín.
Vontade
de rir muito! Mauricio Macri, anunciou
na quarta-feira (14) um pacote econômico que prevê aumento de salários e
congelamento de preços de combustíveis. A medida vem após o agravamento da
crise econômica gerado pela derrota do mandatário nas eleições primárias
realizadas no último domingo.
Ele anunciou um aumento de 2 mil pesos (R$136,90 na
cotação de hoje) no salário mínimo dos trabalhadores do setor privado e de 5
mil (R$342,30 na cotação de hoje) pesos nos servidores estatais. O salário mínimo
na Argentina vale cerca de US$ 225, R$ 902. Além disso, Macri anunciou um
congelamento no preço dos combustíveis por 90 dias. As eleições gerais
acontecem dentro de 73 dias.
Mesmo após o anuncio do presidente, o dólar no país
chegou a $61 pesos, registrando um aumento de mais de 5% com relação ao fechamento
desta terça-feira (13/08).
De uma hora para outra, ele ficou muito bonzinho e,
entre as medidas do pacote, Macri anunciou um aumento na isenção do imposto de
renda que, de acordo com o jornal Página12, irá afetar cerca de 2 milhões de
pessoas e poderá gerar uma economia de 2 mil pesos por mês para cada
contribuinte.
Durante o anúncio, o presidente fez apelos aos
eleitores para que sejam “responsáveis” e afirmou que “muito está em jogo”.
“Nas últimas 48 horas ficou claro que a incerteza política criou muitos danos e
nos obriga a ser responsáveis”.
FMI
quer salvar Macri nas eleições! O CEPA (Centro
de Economia Política da Argentina) apresentou um relatório sobre como está
sendo desenvolvido o resgate financeiro que Macri solicitou ao FMI no ano passado.
Nela, afirmam que “o cronograma de desembolso do programa é adaptado à agenda
eleitoral argentina”, já que 90% do desembolso ocorrerá antes de 27 de outubro
deste ano, a data das eleições presidenciais.
O programa que o FMI aprovou para o país sul-americano
é o chamado “stand by” (ou direito de saque), instrumento de crédito que busca
resolver problemas no balanço de pagamentos e cuja duração não costuma
ultrapassar 36 meses no máximo. Neste tipo de programa, existem várias
modalidades, dentre as quais as duas mais rápidas: acesso com maiores
desembolsos iniciais e acesso rápido, um tipo de financiamento emergencial.
Argentina
provoca crise na América Latina. As
moedas de vários países da América Latina se desvalorizaram em relação ao
dólar, arrastadas pela queda do peso argentino, com uma queda que chegou a 25%.
Na Colômbia, houve um “forte aumento” do dólar de quase
60 pesos, equivalente a um aumento de 1,58% da moeda norte-americana, informou
o jornal El Espectador.
O índice Merval da Bolsa de Buenos Aires caiu 37,8%;
enquanto as ações das empresas argentinas na Bolsa de Valores de Nova York
caíram por sua vez para metade de seu valor e o peso despencou 25% em relação
ao dólar, depois que uma aliança de oposição composta de peronistas aproveitou
15 aponta para o partido no poder nas eleições primárias de 11 de agosto.
No México, o peso teve uma desvalorização de 1,46% e
fechou em 19,02% para a compra e em 19,87 para a venda.
No Chile, o dólar também começou com um “forte
aumento”, já que a taxa de câmbio subiu 10 pesos, informou o jornal La Tercera,
negociando com 721 unidades à venda. A moeda uruguaia também caiu contra os 55
centavos de dólar, negociando a 36,6% à venda.
O Banco Central do Uruguai saiu cedo para amortecer a
desvalorização com a venda de 35,90 pesos no mercado atacadista, segundo o
jornal El Observador.
Honda
vai parar de fabricar carros na Argentina. A Honda decidiu parar de produzir automóveis em sua fábrica na
Argentina a partir de 2020, focando a unidade local apenas em montagem de
motocicletas, informou o grupo japonês nesta terça-feira (13).
A empresa citou que a decisão deve-se ao objetivo de
“fortalecer a estrutura do negócio de automóveis, diante das abruptas mudanças
da indústria automotiva ao redor do mundo, a Honda tem buscado reforçar a
coordenação e colaboração inter-regional, otimizando a alocação e capacidade
produtiva de automóveis globalmente”.
A fábrica argentina da montadora japonesa está
localizada na região da capital Buenos Aires e emprega cerca de 1.000
trabalhadores. A unidade produz veículos desde 2011. Atualmente monta o
utilitário HR-V.
A
empresa não mencionou quantos funcionários podem ser afetados pela decisão e
não pode comentar o assunto de imediato.
E
dizem que é uma “democracia”? O governo de Israel, liderado
pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, decidiu na quinta-feira (15) barrar
a entrada das congressistas estadunidenses Ilhan Omar e Rashida Tlaib no país.
Ambas do partido democrata, as deputadas foram as primeiras mulheres muçulmanas
eleitas para o Congresso dos EUA e apoiam o movimento de Boicote,
Desinvestimento e Sanções (BDS) a Israel contra a opressão do povo palestino.
“Como uma democracia vibrante e livre, Israel está
aberto para qualquer visitante e para qualquer crítica, com uma exceção: a lei
de Israel proíbe a entrada de pessoas pedindo e agindo para implementar um
boicote a Israel”, disse o premiê israelense após a decisão.
Mais cedo, o presidente dos EUA, Donald Trump,
incentivou o governo israelense a proibir a visita das democratas, dizendo que
Omar e Tlaib “são uma desgraça”. “Mostrará grande fraqueza se Israel permitir a
deputada Omar e a deputada Tlaib visitarem [o país]. Elas odeiam Israel e todo
o povo judeu”, disse.
A viagem das congressistas estava programada este
domingo (18), quando visitariam regiões da Cisjordânia, uma parte de Jerusalém
Oriental - território ocupado por Israel - e se reunir com a líder palestina Hanan
Ashrawi.
Candidato nas primárias do partido democrata, o senador
Bernie Sanders defendeu as deputadas e disse que o movimento de Israel “é um
sinal de enorme desrespeito a essas líderes eleitas, aos Estados Unidos e aos
princípios da democracia. O governo israelense deveria reverter essa decisão e
permitir que elas entrem”.
Ao jornal Haaretz, um diplomata israelense disse que
alertou o governo das possíveis consequências negativas que o impedimento das
democratas visitarem o país traria a Netanyahu. “Todo mundo sabe que os
Democratas irão retornar ao poder em algum momento, e essa será uma decisão que
o partido não vai esquecer”, afirmou.
Em julho, Omar e Tlaib foram vítimas de ataques
racistas de Trump, juntamente com as deputadas Alexandra Ocasio-Cortez e Ayanna
S. Pressley, quando ele disse que “congressistas democratas progressistas”
deveriam voltar a seus países.
Guerra
comercial. Muito correta a análise de
Paul Krubman, prêmio Nobel de Economia sobre a disputa comercial entre EUA e
China.
Segundo ele “para entender a guerra comercial em curso
entre os EUA e a China, a primeira coisa a compreender é que nenhuma das ações
de Donald Trump faz sentido. Suas visões sobre comércio são incoerentes. Suas
demandas são incompreensíveis. E ele superestima em muito sua capacidade de
ferir a China, enquanto subestima os danos que Pequim pode causar, ao reagir”.
Raciocínio irretocável.
Adiante ele destaca que “o segundo ponto a entender é
que a resposta da China foi, até agora, muito modesta e comedida, ao menos
considerando o cenário. Os EUA impuseram ou anunciaram tarifas sobre virtualmente
tudo o que a China vende a eles, com tarifas médias não vistas há uma geração.
Os chineses ainda têm um vasto espectro de ferramentas a seu dispor, para
neutralizar as ações de Trump e ferir sua base eleitoral”.
Sua análise é muito lúcida ao dizer que os “EUA são, é
claro, um grande mercado para produtos chineses, e a China compra relativamente
poucos produtos estadunidenses, em contrapartida. Por isso, o efeito adverso
direto de uma guerra tarifária é maior para os chineses. Mas é importante ter
noção da escala. A China, ao contrário do México, não vende 80% de suas
exportações para os EUA. A economia chinesa é menos dependente do comércio que
nações menores. Menos de um quinto de suas exportações dirige-se aos Estados Unidos”.
O
mundo acompanha com a respiração suspensa. A
dívida hipotecária dos EUA atingiu US $ 9,4 trilhões no segundo trimestre de
2019, superando a quantia máxima registrada antes da crise das hipotecas de
2008, de acordo com um relatório do Banco Central Nova Iorque Federal.
Entre abril e junho, a dívida hipotecária aumentou em
162 bilhões de dólares, totalizando 9,4 bilhões, valor que supera os 9,3
bilhões alcançados no terceiro trimestre de 2008.
Empréstimos hipotecários constituem uma parte
considerável da dívida interna do país.
O crédito imobiliário cresceu 130 bilhões de dólares no
segundo trimestre deste ano, atingindo 474 bilhões, o maior nível desde 2017.
Ei,
Trump, vai tomar... O governo da
Groenlândia disse na sexta-feira (16) que seu território não está à venda. A
declaração ocorre um dia após a imprensa dos EUA revelar que Donald Trump
manifestou repetido interesse em comprar a ilha do governo dinamarquês.
“Estamos abertos para negócios, mas não à venda”,
afirmou de diplomaticamente Ane Lone Bagger, ministra do Exterior da
Groenlândia, território autônomo da Dinamarca que é a maior ilha do mundo.
Na véspera, uma reportagem do Wall Street Journal
informou que Trump manifestara várias vezes a ideia para assessores e até mesmo
pedira a um advogado da Casa Branca para explorar a possibilidade.
A rede CNN confirmou a história com fontes da Casa
Branca, acrescentando que os assessores do presidente ficaram divididos sobre
como reagir. Alguns encararam a ideia seriamente, e outros acharam que era uma
bravata passageira do presidente. Nenhuma oferta oficial chegou a ser
formalizada.
A Groenlândia tem 2,2 milhões de quilômetros quadrados,
dos quais 1,7 milhão estão sob uma cobertura de gelo, abaixo da qual o
território estão recursos naturais como carvão e urânio. Mas, apesar de suas
riquezas potenciais, a ilha é altamente dependente da Dinamarca, que arca com
dois terços de seu orçamento. A população local também sofre com o desemprego e
altas taxas de suicídio.
Trump deve visitar Copenhague em setembro, mas não há
indicações de que uma eventual compra da Groenlândia esteja na agenda das
conversas do presidente norte-americano com líderes dinamarqueses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário