terça-feira, 10 de setembro de 2019

Presidente da OAB reage às falas de Carlos Bolsonaro sobre 'vias democráticas' FORA A DITADURA DO BOZO!

Presidente da OAB reage às falas de Carlos Bolsonaro sobre 'vias democráticas'





Felipe Santa Cruz rebateu às falas de Carlos Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Twitter)
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, reagiu às afirmações do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e declarou que “não há como aceitar uma família de ditadores”.
Em depoimento ao jornal Folha de São Paulo, Santa Cruz disse que “É hora dos democratas do Brasil darem um basta. Chega”. A fala dele acontece após o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) escrever em seu perfil no Twitter que, por "vias democráticas", não haverá as mudanças rápidas desejadas no país.

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"Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos... e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!", postou o vereador.
A frase de Carlos foi antecedida por uma postagem na qual dizia que o governo do pai tenta colocar o Brasil "nos eixos", mas que os "avanços são ignorados, e os malfeitores esquecidos".
No fim de junho, Jair Bolsonaro disse que poderia explicar como o pai de Santa Cruz desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985).
O presidente da OAB disse à época que chefe do Executivo demonstrava "crueldade e falta de empatia".
"O mandatário da República deixa patente seu desconhecimento sobre a diferença entre público e privado, demonstrando mais uma vez traços de caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia", escreveu Santa Cruz em nota.
Apontado como responsável pela estratégia do presidente nas redes sociais, Carlos provocou turbulências no primeiro semestre após ataques a integrantes do governo do pai, mas vinha evitando polêmicas nos últimos meses.
O presidente Jair Bolsonaro está internado em um hospital de São Paulo após passar por cirurgia no domingo (8), a quarta decorrente da facada que levou há um ano durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O vice-presidente, general Hamilton Mourão, ficará no comando da Presidência até quinta-feira (12).
A postagem de Carlos repercutiu rapidamente entre seus seguidores. Parte dos internautas encarou a manifestação como um apoio a um modo autoritário de governo.

POLÊMICAS DE CARLOS

A influência de Carlos no governo Bolsonaro foi motivo de críticas no começo do ano de políticos e de alguns militares ligados à administração federal.
Em um dos episódios mais ruidosos, em meio à crise das candidatas laranjas do PSL reveladas pela Folha de S.Paulo, Carlos divulgou em seu perfil no Twitter uma gravação de seu pai indicando que o presidente não havia conversado com o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, diferentemente do que este havia dito.
Chamado de mentiroso por Carlos e depois pelo próprio presidente, Bebianno acabou demitido.
Ligado ideologicamente ao escritor Olavo de Carvalho, Carlos também centrou ataques a Mourão e ao general Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo que foi demitido em junho.
Jair Bolsonaro chegou a defender seu filho em março, afirmando que há pessoas que querem afastá-los, mas "não conseguirão".
Junto com a mensagem, na ocasião, publicou uma foto em que é amparado por Carlos no corredor de hospital.
"Algumas pessoas foram muito importantes em minha campanha. Porém, uma se destacou à frente das mídias sociais, com sugestões e conteúdos: Carlos Bolsonaro, meu filho. Não por acaso muitos, que nada ou nunca fizeram para o Brasil, querem afastá-lo de mim", escreveu Bolsonaro.
"Não conseguirão: estando ou não em Brasília continuarei ouvindo suas sugestões, não por ser um filho que criei, mas por ser também alguém que aprendi a admirar e respeitar pelo seu trabalho e dedicação", concluiu.

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