Tempos
assustadores no país!
Quando Hitler marchou sobre a França, tudo também
parecia perdido. Grande parte da população francesa, talvez achando que não
havia como resistir, resolveu apoiar os nazistas. Ficaram conhecidos como os “colaboradores”.
Mas, pelo outro lado, havia os “partisans”, aqueles que
viviam quase clandestinamente e resistiam ao avanço não só das tropas alemães,
mas também da ideologia nazista. Ficaram conhecidos como “a resistência
francesa” e, depois da derrota alemã, foram reconhecidos pelo povo como heróis.
Vivemos tempos assustadores no Brasil e as tropas do
“insano” que nos governa marcham sobre tudo e sobre todos, impondo terror.
Governo descrito por um jornal francês como racista, homofóbico, misógino e
ditatorial.
Nosso Informativo vai seguir denunciando e, como
escreveu Antônio Gramsci, “Vivo, sou partisan. Por isso odeio quem não toma partido,
odeio os indiferentes”.
Sim,
o governo é nazista! O que pensar de
um governo que nomeia um secretário especial de Cultura que faz um discurso
inteiramente copiado de uma fala de Joseph Goebbels, o todo poderoso ministro
de Propaganda de Hitler. E se esse secretário, ainda por cima, coloca como
fundo musical para sua apologia ao nazismo uma ópera de Richard Wagner,
compositor preferido de Hitler?
Alguns vão alegar que “ele já foi demitido da
secretaria”, mas esquecem de dizer que foi nomeado, em outubro passado, depois
de ser intensamente elogiado pelo demente governante.
Agora, nossos leitores podem comparar os dois
discursos. Disse Goebbels: “A arte alemã da próxima década será heroica, será
ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional
com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será
nada”.
Disse Roberto Alvim: “A arte brasileira da próxima
década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de
envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente
vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”. Mas
afirmou que “foi mera coincidência”.
Até
a embaixada da Alemanha se pronunciou. A
embaixada da Alemanha no Brasil publicou na sexta-feira (17) uma nota que
critica “qualquer tentativa de banalizar ou mesmo glorificar” o nazismo.
Dia a nota, em certa parte: “O período do nacional-socialismo
é o capítulo mais sombrio da história alemã, trouxe sofrimento infinito à
humanidade. A Alemanha mantém sua responsabilidade. Opomo-nos a qualquer
tentativa de banalizar ou mesmo glorificar a era do nacional-socialismo”.
Deputado
do PSL defende assédio! O deputado
estadual de Santa Catarina Jessé Lopes, do PSL (partido do insano), criou
polêmica nas redes sociais ao criticar ações de coletivos feministas previstas
para o Carnaval na cidade, como a entrega de adesivos escritos “não é não” para
conscientizar sobre o assédio contra mulheres. Em uma publicação feita no
Facebook, o parlamentar condenou o que chama de “carnaval politicamente
correto”.
Em outra publicação, o parlamentar afirmou que mulheres
gostam de ser assediadas. “Não sejamos hipócritas! Quem, seja homem ou mulher,
não gosta de ser “assediado(a)”? Massageia o ego, mesmo que não se tenha
interesse na pessoa que tomou a atitude”, escreveu.
Ainda complementou que combater o assédio é tirar o
direito das mulheres serem assediados. “Após as mulheres já terem conquistado
todos os direitos necessários, inclusive tendo até, muitas vezes, mais direitos
que os homens, hoje as pautas feministas visam em seus atos mais extremistas
TIRAR direitos. Como, por exemplo, essa em questão, o direito da mulher poder
ser “assediada” (ser paquerada, procurada, elogiada…).
Parece até inveja de mulheres frustradas por não serem
assediadas nem em frente a uma construção civil”, escreveu.
Polícia
reprime manifestação contra aumento das passagens, em São Paulo. Nossos jornais não mostraram, ou apenas mostraram
timidamente, mas a Polícia Militar de São Paulo reprimiu com muita violência a
nova manifestação contra o aumento das taxas de transporte em São Paulo na
quinta-feira (16).
O movimento cidadão reuniu-se em frente ao Teatro
Municipal no final da tarde e seguiu em direção à Praça da República, em paz,
sempre acompanhado pela polícia, com a intenção de chegar à Avenida Paulista.
Uma vez na praça, enquanto aguardava o fim do ato,
outro grupo de policiais militares bloqueou a manifestação e prendeu duas
meninas, que foram arrastadas pelos cabelos para um carro, sem saber os
motivos.
Ao todo, 12 pessoas foram presas e o restante dos
manifestantes se dispersou com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha,
embora os organizadores tenham dito que a rota de protesto havia sido apresentada
antecipadamente à polícia militar.
A ação na quinta-feira foi a terceira contra o aumento
da tarifa do transporte público, depois que, no início do ano, o prefeito Bruno
Covas e o governador de São Paulo, João Doria, anunciaram o aumento de R$ 4,30
para R$ 4,40.
“Outros dez centavos na passagem em um contexto em que
o desemprego aumenta, a pobreza aumenta, a população está passando por
dificuldades devido ao custo de vida, que só cresce, aumentar a passagem
novamente é um ataque direto do prefeito e do governador à população mais
pobres”, disse Gabriela Dantas, membro do MPL.
Milicos
em primeiro lugar. É claro que um
ex-militar, reformado por doença mental, daria preferência aos seus iguais em
uma situação como a que estamos passando. Se não bastasse manter todos os
direitos previdenciários (e até melhorar) dos fardados, enquanto corta dos
trabalhadores, agora arrumou uma maneira de “dar mais um pouquinho” para os
milicos.
Sem qualquer escrúpulo, o insano anunciou na
terça-feira (14) que pretende convocar 7 mil militares da reserva para
trabalhar no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a fim de zerar, em
seis meses, a fila da concessão dos benefícios como aposentadoria e
auxílio-doença. Em alguns casos, os segurados chegam a esperar um ano para ter
o benefício concedido.
A convocação dos militares, ao custo de R$ 14,5 milhões
ao mês - cerca de R$ 2 mil para cada reservista - gerou revolta junto aos
servidores públicos federais que denunciam que o governo está invadindo competências
da área civil e privilegiando os militares. Vamos entender: o cara já é
reformado, já tem a sua aposentadoria, que não é pequena, garantida, e ainda
vai receber mais um salário para arrochar trabalhador no INSS?
Enquanto
isso... O Brasil é o país com maior
número de bilionários na América Latina. Estudo da plataforma Cuponation
compilou dados sobre as regiões mais ricas do mundo e quantas pessoas são
consideradas bilionárias. O site Fatos Desconhecidos publicou o ranking dos
países mais ricos da América Latina, no qual o Brasil ficou em primeiro lugar
como a maior potência.
A pesquisa, que teve base no Produto Interno Bruto, na
renda per capita e nas áreas mais lucrativas do setor econômico dessas nações,
colocou a Colômbia e o Peru em segundo e terceiro lugar, respectivamente,
enquanto o Equador ficou em último lugar da lista de sete países.
Salário
mínimo ideal deveria ser R$ 4.342,57.
Em 2019, o valor do mínimo era R$ 998, portanto aumento de apenas R$ 41 sobre o
salário anterior. Para 2020, o demente anunciou novo mínimo de R$ 1.045, mas o
DIEESE calcula que o mínimo ideal seria de R$ 4.342,57.
No valor do mínimo ideal estão inseridos todos os
pontos estabelecidos na Constituição Federal, como moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social.
Para conseguir pagar as contas e completar a renda, as
pessoas têm recorrido ao trabalho informal. Atualmente, já são mais de 38
milhões de brasileiros nesta situação. Se continuar assim, o número deve
crescer consideravelmente.
Produção
paulista cai 2,6%. O governo faz
discursos otimistas dizendo que o país voltou a crescer, mas a realidade mostra
exatamente o contrário.
A produção industrial de 11 dos 15 locais pesquisados
recuou em novembro de 2019, em linha com a queda de 1,2% da indústria nacional.
Essa disseminação de resultados negativos é a maior desde novembro de 2018,
quando também foram registradas taxas negativas em 11 locais. O principal
destaque foi São Paulo, estado de maior influência na produção industrial (34%
do total da indústria), com queda de 2,6%, a taxa negativa mais intensa desde
setembro de 2018 (-3,1%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Regional,
divulgada hoje (14) pelo IBGE.
“O recuo foi atribuído à influência negativa do setor
de alimentos, principalmente o açúcar, compensando a alta inesperada do mês
anterior. Outro fator que afetou a produção industrial de São Paulo foi a
redução da produção do setor de veículos automotores, especialmente automóveis,
devido ao período de férias coletivas, após a antecipação de produção em
outubro”, explica o analista responsável pesquisa, Bernardo Almeida.
Vai
“botar o galho dentro”? O presidente
do Chile, Sebastián Piñera, anunciou na noite de quarta-feira (15) que seu
governo vai reformar o sistema de aposentadorias chileno, principal motivo das
recentes manifestações em várias cidades do país. “Esta semana enviaremos ao
Congresso um projeto de lei que melhora as aposentadorias de todos os
aposentados chilenos, especialmente as mulheres, a classe média e os idosos com
forte dependência”, disse ele.
A iniciativa estabelece um aporte de 3%, de maneira
adicional e gradual, pago pelo empregador. Além disso, o presidente disse que
haverá um fundo coletivo que financiará outros 3%, a cargo das empresas e do
Estado.
No total, a medida implicará em 6% de cotização
adicional que serão administrados por uma entidade pública e autônoma, segundo
Piñera.
Essa iniciativa de reforma se soma à aprovada pelo
Congresso chileno em dezembro passado, que estabeleceu aumentos de até 50% na
renda dos idosos aposentados.
Hoje, o regime privado de aposentadorias chileno
entrega para a maioria dos clientes pensões inferiores ao valor do salário
mínimo no país. Segundo números do Banco Central, mais de 60% dos usuários já
aposentados recebem menos de 120 mil pesos (dois terços de um salário mínimo, e
equivalente a R$ 600). O salário médio dos usuários do sistema é de 575 mil
pesos (quase R$ 3 mil).
Chile:
três meses e muita repressão. O saldo
até o momento é de pelo menos 27 mortos e 3.649 feridos, dos quais 405 têm
lesões nos olhos, segundo o Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI) do
Chile.
Este sábado marca três meses do início dos protestos
sociais no Chile contra as políticas neoliberais do governo do presidente
Sebastián Piñera, e a característica tem sido a repressão pela polícia
militarizada de Carabineros.
Nas manifestações de sexta-feira (17), a repressão foi
muito grande e estão invadindo os postos de saúde instalados em diferentes
partes de Santiago do Chile, especialmente na Plaza de la Dignidad.
“Parece que a
eliminação dos postos de saúde é o novo objetivo da polícia. Eles vão direto
para eles”, escreveu a correspondente do teleSUR no país da América do Sul,
Paola Dragnic, em sua conta no Twitter.
MAS
indica candidato à presidência da Bolívia. O
Movimento para o Socialismo (MAS), partido de Evo Morales, já indicou os nomes
dos dois candidatos à presidência do país. Para a presidência foi escolhido David
Choquehuanca, ex-chanceler de Evo Morales, e para a vice-presidência o jovem
líder cocalero Andrónico Rodríguez. O anúncio foi feito na quinta-feira (16).
A decisão foi tomada por unanimidade em uma reunião
realizada em La Paz pelas organizações que compõem o Pacto de Unidade, uma
plataforma dos setores sociais que apoiam o MAS, partido de Evo Morales,
exilado na Argentina depois que um golpe de Estado forçou sua renúncia. O
anúncio oficial deverá acontecer na próxima quarta-feira (22), data em que
terminaria o mandato de Evo.
Em entrevista coletiva, o representante do Pacto de
Unidade, Henry Nina, disse que uma comissão viajará à Argentina neste domingo
(19) para informar a decisão ao presidente Evo Morales. A Bolívia prepara-se
para realizar novas eleições gerais e eleger o novo presidente, substituindo a
eleição de 20 de outubro passado que foi anulada.
Na noite de sexta-feira (03) o Tribunal Supremo
Eleitoral (TSE) do país definiu que as novas eleições devem acontecer no dia 3
de maio. Na data, além dos bolivianos votarem em um novo presidente, os
cidadãos também deverão escolher novos deputados para a Assembleia Legislativa.
Dívida
global é três vezes maior que a economia mundial. Não, não há erros e não se trata de alarmismos. A
realidade é que empresas, pessoas e nações estão aumentando suas dívidas e, se
as taxas de juros subirem repentinamente, o mundo enfrentará uma nova crise.
Uma década com baixos registros de taxas de juros
estabeleceu essa armadilha: os bancos centrais estão tentando apoiar o crescimento
econômico com dinheiro barato, embora isso não pareça ter muito efeito sobre a
economia real.
Como consequência, a dívida global excedeu o tamanho da
economia mundial em mais de 3,2 vezes, atingindo US $ 253 bilhões no terceiro
trimestre de 2019, como evidenciado pelo monitoramento realizado pelo Institute
of International Finance em Washington (IIF). Nos últimos cinco anos, cresceu
quase 30 bilhões de dólares e continua a bater recordes. Se as taxas de juros
começarem a aumentar, haverá mais e mais falências de empresas.
E, nesse cálculo, não está computado o valor total do
que chamam “dinheiro virtual”, aquele que circula livremente no mercado de
bolsas de valores através da internet.
O
negócio é comprar (e vender) armas! Estados Unidos, China, Arábia
Saudita, Índia, Reino Unido e Rússia, seguidos de Alemanha e da França, estão à
frente dos dez países com os maiores gastos em defesa.
Esses são dados fornecidos pelo Centro de Inteligência
de Mercado da Indústria de Defesa da agência Jane, analista de informações
sobre orçamentos de defesa no mundo, que acaba de oferecer dados do ano passado.
“Em 2019, os gastos globais com defesa excederam US $
1,8 trilhão, em grande parte devido ao aumento dos gastos com defesa na
Europa”, disseram os especialistas de Jane.
Desde 2014, os gastos com defesa nos países da Europa
Oriental mais que dobraram, passando de US $ 4 bilhões em 2013 para US $ 10,4
bilhões em 2019. Estima-se que até 2030 o orçamento total de defesa da Europa
Oriental excederá 57 bilhões de dólares e representará 2,7% do total mundial.
De acordo com Jane, o orçamento de defesa da Rússia em
2019 totalizou US $ 48 bilhões (na taxa de câmbio do dólar de 2019), ou seja,
US $ 1 bilhão a mais que no ano anterior. Em 2018 e 2019, a Federação Russa ficou
em oitavo lugar na lista de países com as maiores despesas de defesa.
As despesas com defesa dos Estados Unidos em 2019
totalizaram 726,2 bilhões de dólares (40% da despesa global em defesa).
França
1. Foi comemorado como vitória do
movimento popular, mas precisamos olhar com mais atenção porque não é possível
confiar na direita e nem no neoliberalismo.
O governo francês anunciou a retirada “provisória” de
uma controversa medida que previa adiar em dois anos a idade para requerer o
benefício integral da aposentadoria, o que na França ficou conhecida como “idade
pivô” ou “idade de equilíbrio”.
A proposta foi encaminhada por meio de uma carta
enviada pelo primeiro-ministro Édouard Philippe às centrais sindicais. “Com a intenção de demonstrar minha confiança
nos interlocutores sindicais, estou disposto a retirar a curto prazo do projeto
de lei da medida que havia proposto, que consiste em convergir progressivamente
a partir de 2022 até uma idade de equilíbrio de 64 anos em 2027”, escreveu o
premiê.
No entanto, Édouard Philippe condicionou a retirada
definitiva da medida a um “acordo sobre o equilíbrio e o financiamento das
pensões” durante um encontro previsto com as lideranças sindicais e
representantes do patronato francês.
Caso contrário, segundo Édouard Philippe, o governo vai adotar por meio
de decretos “as medidas necessárias para alcançar o equilíbrio até 2027”.
França
2. O jornal Libération de terça-feira
(14) destaca a ameaça de demissão coletiva dos chefes de serviços hospitalares
na França para pressionar o governo a salvar os hospitais públicos do país. A
decisão é inédita, anuncia o jornal em sua manchete de capa.
“A reforma do sistema hospitalar público francês,
considerado um dos melhores do mundo, é urgente”, aponta a matéria. Mais de
1.200 médicos, chefes de serviços hospitalares, anunciaram a decisão em uma carta
enviada nesta terça-feira à ministra da Saúde, Agnès Buzyn. Eles denunciam a
falta de verbas, de pessoal, estabelecimentos deteriorados e exigem a abertura
imediata de negociações. “A rebelião”, como escreve Libération, é uma
iniciativa do coletivo inter-hospitalar, que não reivindica nenhuma tendência
política ou sindical.
Os chefes se afastam somente das funções de direção e
administrativas. Eles vão continuar exercendo como médicos nos hospitais onde
trabalham e garantem que o tratamento dos doentes será mantido. “Mas além do
significado da ação, a vida hospitalar será afetada com a decisão”, acredita o
jornal.
O protesto afeta todos os serviços, todas as regiões e
todos os hospitais do país. Em Marselha, por exemplo, terceira maior cidade
francesa, no sul do país, 50 diretores assinaram a carta de demissão. O
movimento tem apoio de outros profissionais. Um abaixo-assinado de enfermeiros
e funcionários hospitalares em defesa dos chefes de serviço já recebeu quase
cinco mil assinaturas.
A ministra da Saúde, apesar de ser reconhecida como uma
médica brilhante, tardou a se dar conta da gravidade do problema. Ela não teve
um discurso político adaptado, considera o jornal. Na administração Macron, que
tem a ambição central de baixar os impostos e consequentemente as despesas, o
“serviço público faz figura de primo pobre”, denuncia o editorial do diário
progressista.
Ucrânia:
ataque contra os sindicatos. Em
fevereiro de 2014, um golpe patrocinado por Washington derrubou o governo
eleito da Ucrânia e instalou um regime de extrema-direita subserviente aos
interesses estadunidenses, apoiado por oligarcas locais e neonazistas. Agora,
seguindo a cartilha neoliberal ditada pelo sistema, o governo passa a atacar as
organizações sindicais e os trabalhadores.
A IndustriALL Global Union juntamente com seus filiados
da Ucrânia está mobilizando forte oposição à imposição da nova lei trabalhista,
apresentada no parlamento em 27 de dezembro sem nenhuma consulta prévia com os
sindicatos.
Suas disposições atuais prejudicariam seriamente os
direitos fundamentais dos trabalhadores, o que resultaria em demissões
injustificadas; contratos de trabalho individuais de curto prazo e contratos de
zero hora; a normalização de horas extras com remuneração de um quinto das
taxas atuais, em que o dia normal de trabalho provavelmente excederia oito
horas por dia; a eliminação de algumas garantias sociais e a redução da
proteção de mães com filhos pequenos, o que facilitaria ainda mais a demissão;
a possibilidade de transferir um funcionário para outro local de trabalho sem o
consentimento deles; a proibição de negociação coletiva e a exclusão de
sindicatos.
O projeto viola as leis trabalhistas nacionais e as
normas internacionais fundamentais do trabalho, incluindo a Convenção 131 sobre
fixação de salário mínimo, a Convenção 87 sobre liberdade de associação e proteção
do direito de organização e a Convenção 98 sobre o direito de organização sindical
e negociação coletiva.
Morrer
no trabalho, dando lucro ao patrão. A
primeira vez que toquei no assunto foi em 2004 quando fazia uma palestra sobre
os efeitos do neoliberalismo para a classe trabalhadora. Quando denunciei o tão
elogiado “modelo japonês de produção” todos, ou quase todos, se voltaram contra
mim e muitos não acreditaram no que eu estava falando, mas a produção
capitalista seguiu seu ritmo, e as mortes por excesso de trabalho já se
tornaram um fator conhecido.
Os trabalhadores japoneses, sempre apontados como
exemplos de eficiência e lealdade aos patrões, foram os primeiros a conviver
com o problema que agora já se espalha pelo planeta. Conhecidos como “karoshi”,
que significa “morte por excesso de trabalho”, e “karo-jisatsu”, “suicídios
causados pelo ambiente de trabalho”, os problemas já são motivos
de pesquisas de médicos e especialistas.
O resultado do excesso de trabalho, do acúmulo de horas
extras e da recusa em tirar férias é a falta de descanso entre a população
japonesa. Segundo a OCDE, os japoneses são os que dormem menos em média nos
países avançados: quase metade da população de 40 anos dorme menos de seis
horas por dia.
Mas o excesso de trabalho e a falta acumulada de sono a
longo prazo podem matar por ataques cardíacos ou derrames, mesmo entre os mais
jovens (karoshi).
O estresse de não cumprir os objetivos estabelecidos
pelos chefes, o medo de perder o emprego ou o assédio dos colegas leva dezenas
de funcionários a tirar a própria vida todos os anos. Essas mortes afetam quase
todos os setores. Talvez agora, com os novos estudos que estão sendo feitos,
comecem a olhar o problema com mais seriedade.
Irã
quer saída de embaixador britânico. Depois
de ser detido por algumas horas no sábado (11), acusado de transformar uma
vigília de luto pelas vítimas do Boeing 737-800, que foi abatido por um míssil
iraniano por engano em Teerã na última terça-feira (07) matando 176 pessoas, em
um protesto contra o governo local, o Irã pede que o embaixador britânico
Robert Macaire seja expulso do país.
“A presença indevida do embaixador britânico em algumas
reuniões é uma interferência flagrante nos assuntos do Irã e deve ser estudada
no parlamento, especialmente na Comissão de Segurança Nacional”, disse o
representante sênior do parlamento iraniano Hossein Ali Haji Deligani, dirigindo-se
a uma sessão aberta do parlamento em Teerã neste domingo (12/01), segundo a
Fars.
Segundo a agência de notícias iraniana Tasnim, Macaire
foi detido no sábado à noite quando um grupo de estudantes se reunia dentro da
Universidade Amir Kabir para protestar contra o governo após o Irã assumir ter
abatido o voo da Ukraine International Airlines por engano.
O Irã anunciou na terça-feira (14) a prisão de alguns
envolvidos na queda do avião da Ukraine International Airlines, derrubado pelo
sistema de defesa antiaérea do país enquanto voava de Teerã a Kiev, na Ucrânia.
Segundo o porta-voz, as caixas-pretas do Boeing 737-800
serão enviadas para análise na França, país onde foram fabricados os motores do
avião.
Processo
de impeachment de Trump chega ao Senado.
O Senado estadunidense recebeu na quinta-feira (16) o processo de impeachment
contra Donald Trump e adotou as medidas formais para avaliar o processo no qual
o mandatário é acusado por abuso de poder e obstrução do Congresso.
Na quarta-feira (15/01), a Câmara de Representantes do
país, de maioria democrata, aprovou o pedido de impeachment por 228 votos a
favor e 193 contra e enviou o processo ao Senado, que iniciou os ritos para a
realização do julgamento que pode tirar Trump do poder. O julgamento político
pelos senadores deve começar no próximo dia 21 de janeiro.
Durante a cerimônia, os 100 senadores encarregados de
julgar o pedido de afastamento do presidente prestaram juramento diante do
presidente da Suprema Corte, John Roberts.
A expectativa é de que o processo não dure mais de duas
semanas e termine antes do início das primárias democratas, que começam em 3 de
fevereiro, mas não há um prazo máximo definido.
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