O
Brasil aguenta mais um ano?
O ex-militar demente recebeu a faixa presidencial de um
golpista sem escrúpulos no dia primeiro de janeiro de 2019. Se o país já estava
afundando, depois de dois anos de golpe e abandono de uma política social que
demorou mais de 500 anos para existir, naufragou de vez com a política de
“terraplanistas”, evangélicos e neoliberais.
O calendário eleitoral aponta para 2022, mas o Brasil
resiste até lá? Sobrará alguma coisa para ser governado em nosso país? Ou
teremos uma nação que já ingovernável? Será essa a intenção?
É
ilegal, mas fazem. Tudo está sendo
feito para dar existência legal ao novo partido criado pelo insano. Agora
sabemos que, desde o fim do ano passado, cartórios de todo o Brasil estão
autenticando assinaturas necessárias à criação da sigla. Além de reconhecer
firma, os cartórios têm guardado essas fichas que são repassadas para representantes
credenciados do partido.
Esse acordo nasceu sob orientação do Colégio Notarial
do Brasil, entidade privada que representa 9.000 cartórios em 24 estados
brasileiros. O procedimento custa entre 10 e 20 reais.
Mas isto é ilegal, além de vergonhoso! Acontece que os
cartórios de notas são concessões públicas e, por isso, não podem exercer
atividades político-partidárias. Na quinta-feira (16), o Conselho Nacional de
Justiça negou um pedido de suspensão apresentado pelo PT e outros quatro
partidos da oposição (PSOL, PDT, PSB e PCdoB). O corregedor-geral, ministro
Humberto Martins, considerou não haver elementos que comprovassem atuação
coordenada de delegados em apoio ao partido. Menos de 24 horas depois mais uma
prova apareceu!
Na sexta-feira 17, o 4º Ofício de Notas da Comarca de
Belém (Cartório Conduru), no Pará, foi sede de um evento do partido. Na fachada
estavam os dizeres: “Apoie o Aliança pelo Brasil”. Na parte de dentro, ao lado
do guichê de atendimento, um grupo uniformizado distribuía as fichas de apoio e
auxiliava os interessados em preenchê-las. Toda a movimentação foi registrada
em fotos, vídeos e confirmada. Mas a nossa “justissa”, com certeza, nada fará!
Meu
“pai-pai”! Quando penso que já vi de
tudo em política, tropeço com uma anta de primeira linha. “Dudu”, o filho 03 do
insano e deputado federal resolveu defender o pai-pai nas redes sociais e
“entregou de bandeja” que o ex-militar não foi coisa alguma em política.
Em um tuite na manhã de quarta-feira (22), Eduardo
resolveu compartilhar a lista de feitos do pai ainda quando deputado. Na
verdade, resolveu ir ainda mais longe e tocou em questões político-partidárias,
como cargos em lideranças municipais ou estaduais, importantes na carreira de
todo político longevo. O problema, no entanto, é que o doente não fez nada!
“O maior líder do Aliança é uma pessoa que nunca teve
diretoria municipal de um partido, nunca foi relator de um projeto notório na
Câmara (era do baixo clero), nunca foi presidente de comissão nem nada”, escreveu
Dudu.
Na visão do deputado, a falta de ação do pai ao longo
dos 27 anos como deputado e, consequentemente, como recebedor de dinheiro
público, é um feito a ser elogiado.
Coisa
de “terraplanista”! Com medo de dar
outro vexame no Fórum Econômico Mundial, o ex-militar demente resolveu enviar
como representante o “terraplanista” predileto do “filósofo e astrólogo” Olavo
de Carvalho! Como seria de se esperar, deu em uma grande lambança!
Em discurso realizado durante o painel dedicado ao
futuro da manufatura, no primeiro dia do Fórum, o ministro da (des)Economia
abordou uma das questões mais espinhosas para o atual governo, a ambiental,
culpando a “pobreza” pela degradação da natureza. Paulo Guedes afirmou, com
todas as letras e com testemunhas, que os pobres estariam destruindo o meio
ambiente por “fome”!
Foi uma questão de segundos para chover críticas por
parte de opositores e especialistas no mundo inteiro, segundo os quais o
ministro estaria tentando tirar a responsabilidade das grandes corporações e da
própria administração federal pelos grandes problemas ambientais do Brasil
atual, que têm chamado a atenção de ativistas e governos em várias partes do
mundo.
Em meados do ano passado, o demente brasileiro arrancou
risos e preocupações ao falar, mais uma vez, sobre seus desconhecimentos da
área econômica e de sua confiança total no funcionário do governo escolhido
para cuidar desse assunto: “Já falei que não entendia de economia? Quem
entendia afundou o Brasil, eu confio 100% na economia do Paulo Guedes”, afirmou
ele na época, ao ser questionado por jornalistas sobre projeções de
crescimento.
Aí ele envia o terraplanista a Davos para dizer
besteiras que ele mesmo teria dito, com mais seriedade? Será que, algum dia,
ele será sério?
As
privatizações fizeram muito estrago. A
produção brasileira de aço bruto foi de 32,2 milhões de toneladas em 2019, o
que representa uma queda de 9,0% frente ao apurado em 2018. A produção de laminados
no mesmo período foi de 22,2 milhões de toneladas, queda de 6,3% em relação ao
registrado no ano anterior. A produção de semiacabados para vendas totalizou
8,8 milhões de toneladas em 2019, uma retração de 10,9% frente ao registrado em
2018.
As vendas internas foram de 18,5 milhões de toneladas
em 2019, o que representa uma retração de 2,2% quando comparada com o apurado
em 2018. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 20,6
milhões de toneladas em 2019. Este resultado representa uma queda de 2,7%
frente ao registrado no ano anterior.
Só para registrar, antes das privatizações de FHC o
Brasil era um dos maiores produtores de aço no planeta e o maior produtor e
exportador de folha de flandres, a folha de aço que serve para, entre outras
coisas, fazer essas latas que vemos diariamente nas prateleiras dos mercados.
A
pior das pobrezas! Há vários tipos de
pobrezas, mas, acreditamos, a maior pobreza de um país é quando não produz mais
“cabeças pensantes”, pessoas que se dediquem às ciências e à educação.
A matéria de Isaac Roitman, no Jornal Monitor
Mercantil, começa dizendo que “tem sido demonstrado que o capital humano, nível
de educação da população, é uma variável extremamente importante nos modelos de
crescimento econômico. Países que investiram em educação avançaram também em
estabilidade política, crescimento econômico e lograram conquistas sociais
importantes. Não menos importante é de se ter uma política permanente na
formação de lideranças políticas e em todas as áreas de conhecimento”.
Mas, lamentavelmente, não é isso que temos visto no
Brasil. Há alguns anos, o que temos visto é a repetição de um fenômeno que
aconteceu nos primeiros anos da década de 1960, durante a ditadura militar: a
“fuga de cérebros”. Todos os grandes cientistas que tínhamos, em todas as áreas
do conhecimento humano, saíram do país.
Vivemos uma realidade econômica desfavorável.
Equivocadamente, em vez de aumentarmos os investimentos em Ciência e
Tecnologia, como instrumento para superarmos a crise, os investimentos têm sido
cortados. Universidades e centros de pesquisas tentam dar continuidade aos seus
projetos. Apesar disso, muitos foram interrompidos. Os jovens pesquisadores
desencantados começam a emigrar para países onde a Ciência e Tecnologia são
valorizadas.
A comunidade acadêmica e científica, através de suas
organizações – Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC), Academia
Brasileira de Ciências (ABC), Associação Nacional de Dirigentes das
Instituições Federais (Andifes), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e
outras – tem alertado para essa verdadeira calamidade que comprometerá a
qualidade de vida das gerações futuras.
E o
arrocho aumenta. Levantamentos sobre
as negociações salariais de 2019 mostram que menos da metade das categorias
conseguiram obter reajuste com aumento real de salários, segundo reportagem
publicada na quinta-feira (23) pelo jornal Valor Econômico.
O jornal diz que, de acordo com levantamento realizado
pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apenas 49,4% das
negociações realizadas em 2019 entre patrões e empregados resultou em reajustes
de salários com ganho superior à variação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC). Em 2018, 75,5% das negociações conquistaram aumento real,
segundo levantamento da Fipe.
Os dados são semelhantes ao do levantamento realizado
pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese) (LINK), que aponta que 49,9% das negociações conquistaram aumento real
no ano passado. No boletim “Cadernos de Negociação”, o Dieese ressalta que
“mesmo com inflação baixa, apenas metade dos reajustes resultou em ganhos
reais.
Todo
o apoio ao MST! Em uma época de tanto
descaso com o meio ambiente, quando incêndios devastam florestas pelo mundo, é
importante apoiar iniciativas como a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST).
No dia em que o crime da Vale em Brumadinho completou
um ano, o MST realizou um ato político junto com a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) e organizações da Frente Brasil Popular. Em homenagem
às vítimas, foi lançado o Plano Nacional “Plantar árvores, produzir alimentos
saudáveis”, que propõe plantar 100 milhões de mudas em 10 anos.
O Plano é a resposta do Movimento, diante da conjuntura
de entrega do Brasil aos estrangeiros e da devastação ambiental que é ignorada
pelo governo do insano. “É dever de todo aquele que acredita num mundo melhor
mostrar sua indignação neste dia. A igreja e os lutadores e lutadoras do povo
se dispuseram a fazer desse dia, um dia de luta contra o modelo de mineração
que mata. Por isso, apontamos um outro projeto para o campo, um outro projeto
de sociedade, no qual nossos bens naturais sejam preservados e as pessoas tenham
acesso aos alimentos saudáveis que nós produzimos”, afirma Silvio Netto, da
direção nacional do MST.
“Eles”
querem ir longe! A tentativa da
Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos) de ser considerada órgão
consultivo com status oficial da ONU (Organização das Nações Unidas) encontrou
um grande obstáculo: a China.
Em reunião na segunda-feira (20), em Nova Iorque, o
governo de Pequim solicitou à entidade brasileira que comprovasse o alcance
global da sua atuação, para assim justificar a entrega do status oficial, que
significa um espaço privilegiado na ONU.
Caso consiga o status oficial, ela poderá designar seus
representantes em órgãos ligados à ONU em Nova Iorque e em Genebra, submeter
declarações por escrito ou ser consultada em conflitos e processos internos,
além da presença em si dentro da ONU, que permite a participação em debates e a
capacidade de fazer lobby por seus interesses.
A Anajure tem prazo até maio para responder os
questionamentos da China, e terá que convencer os asiáticos para que o processo
seja desbloqueado.
O
“império” veio arrumar o seu quintal?
Parece que Washington está novamente em alerta máximo para o crescimento do
movimento social na América Latina. E enviou um “representante de peso” para
ver se acaba com o problema.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, visitou a
Colômbia, onde realizou várias reuniões: com seu anfitrião, o presidente Iván
Duque, com o farsante da oposição venezuelana Juan Guaidó e com sua contraparte
de fato do governo da Bolívia, Karen Longaric. Lá, Pompeo novamente ameaçou o
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Parecendo um diretor de novela de terceira categoria,
Pompeo, chegou a Bogotá e começou a distribuir rapidamente os roteiros entre os
atores que já conhecem seus papéis, mas que precisam estudar em profundidade um
novo trabalho que está sendo considerado no cenário latino-americano.
A mensagem que Pompeo levou aos seus interlocutores,
segundo Amauri Chamorro, Mestre em Comunicação Política, foi: “Temos que nos
reorganizar, precisamos redefinir as estratégias, porque obviamente perdemos
muito espaço [na América Latina] e é muito perigoso”.
Evo
Morales está otimista. Evo Morales
comemorou a escolha da fórmula pelo MAS, com Luis Arce, ex-ministro da
Economia, como candidato à Presidência da Bolívia e o ex-ministro das Relações
Exteriores David Choquehuanca para a vice-presidência.
Ele reafirmou na segunda-feira (20) que a designação
dos candidatos à Presidência da Bolívia do partido Movimento ao Socialismo
(MAS) para as próximas eleições de maio se destina a recuperar a democracia e garantir
a continuidade da “Revolução Democrática e Cultural”.
“A Revolução Democrática e Cultural do Estado
Plurinacional da Bolívia continuará, com os irmãos Luis e David, pelos direitos
conquistados pelo povo nesses 14 anos e construirá um futuro de paz e liberdade
para a Pátria”, escreveu em sua conta no Twitter
O MAS participará das eleições de 3 de maio, convocadas
pela presidente de fato Jeanine Añez, autoproclamada depois do golpe que
derrubou o governo de Morales em novembro passado.
Quem
é Luis Arce? Luis Arce foi Ministro da
Economia durante o governo de Evo Morales e tem sido uma das referências do
chamado “milagre econômico boliviano”.
Luis Arce Catacora foi ministro nos diferentes períodos
do governo de Evo Morales, separado apenas de sua posição em 2017 para se
submeter a uma operação de câncer de rim. Arce é uma das figuras emblemáticas
por trás do modelo econômico que mostrou um crescimento anual do PIB superior a
4% na Bolívia.
Nasceu em La Paz, tem 56 anos e tem uma história
econômica de longa data no Banco Central da Bolívia, onde trabalhou antes de
ser ministro de Evo. Ele também tem um perfil de professor em diferentes
universidades públicas e privadas do país.
Em uma entrevista para o programa TeleSUR Word
Crossing, Arce disse que em 1985 ele viveu políticas neoliberais na Bolívia e
testemunhou como o sindicalismo e as forças populares foram desmantelados. “No
caso da Bolívia, a direita acusou a esquerda de má administração econômica, mas
comecei a investigar quem administrava as empresas públicas que mais tarde
privatizaram e era a própria direita”, afirmou.
E a
golpista será candidata, também. A
autoproclamada presidente de transição da Bolívia, Jeanine Áñez, anunciou que
se candidatará nas eleições gerais de 3 de maio, à frente de uma aliança em que
o principal parceiro é seu partido democrata de direita.
“Esta noite quero falar com as famílias bolivianas para
anunciar que tomei a decisão de me apresentar como candidato às eleições
nacionais”, disse Añez em uma reunião de líderes e militantes dos democratas em
Santa Cruz (leste), transmitida pela televisão estatal.
Mas parece que o anúncio causou problemas dentro do
grupo de direita e atrapalha as pretensões do ex-presidente neoliberal Carlos
Mesa (2003-2005).
A
farsa “Guaidó” está desmoronando. A
Casa Branca bolou um “plano infalível” (como o Cebolinha) para reerguer a
imagem de Guaidó já muito desgastada.
O próprio Ministério do Exterior dos EUA cuidou de
preparar um giro internacional por nações “amigas” para que o fantoche
venezuelano resgatasse a credibilidade como “presidente autoproclamado da
Venezuela”.
Mas, já na primeira escala de sua tournée
internacional, parece que sofreu um vexame que será difícil de apagar pelos
diplomatas estadunidenses.
Ativistas de diferentes movimentos sociais se
concentraram neste sábado (25) em frente à sede do Ministério das Relações
Exteriores da Espanha em Madri para rechaçar a visita do deputado de direita.
Carregando cartazes e faixas com mensagens como
“palhaço fabricado pelo império” e “contra o golpismo”, os manifestantes
defenderam o mandato do presidente Nicolás Maduro.
Para aumentar a vergonha, o primeiro-ministro da
Espanha, Pedro Sánchez, se recusou a receber o pulha durante sua visita a
Madri. Segundo o socialista, o que acontece na Venezuela “exige diálogo” para
resolver.
Para parlamentares venezuelanos, a viagem de Guaidó à
Europa foi planejada pelos Estados Unidos para pressionarem os países europeus
a reforçar o bloqueio econômico contra o governo da Venezuela.
Pessimistas
e otimistas. A piada é muito antiga e
quase todos conhecem. Preocupado com a situação, um presidente mandou seus
auxiliares fazerem uma pesquisa sobre como o povo via o futuro. Um mês depois,
os pesquisadores voltaram.
Ele queria saber, logo, a conclusão da pesquisa. O chefe
da equipe disse: “para facilitar, dividimos o país em otimistas e pessimistas”.
O presidente achou bom e perguntou: “o que pensam os otimistas?” E os técnicos
responderam que “os otimistas acham que dentro de um ano o povo vai estar
comendo merda!”
Surpresa. “Se os otimistas estão pensando isso, o que
pensam os pessimistas?” Resposta rápida: “Não vai ter merda para todo mundo!” E
parece que o mundo está parecido.
Pesquisa global realizada com 1.581 diretores
executivos de 83 países mostra pessimismo recorde com a economia em 2020. O
levantamento, realizado pela consultoria PwC e apresentado durante a abertura
do Fórum Econômico Mundial na segunda-feira (20), revela que 53% dos
entrevistados apostam em um declínio do crescimento mundial. Aqueles que apostam
em uma aceleração do crescimento caíram de 57%, no ano passado, para 22%
atualmente.
Dentre as razões para as incertezas, os executivos
apontam o agravamento do aquecimento global e das tensões geopolíticas, como a
ameaça de guerra entre os EUA e o Irã por conta da ação de Trump mandando
assassinar Soleimani.
O
mundo capitalista e neoliberal é assim.
O relatório anual da Oxfam revelou como é a distribuição desigual da riqueza no
mundo. Os resultados foram divulgados antes do Fórum Econômico Mundial de Davos
2020.
O principal destaque nós já conhecíamos: 1% dos ricos
do mundo acumula o dobro da riqueza de 6,9 bilhões de pessoas, de acordo com o estudo. E o documento
mostrou como é encontrada a distribuição desigual da riqueza, às vésperas do
Fórum Econômico Mundial de Davos.
Mas
há resistências. Excelente a matéria
que encontramos no jornal Le monde Diplomatique! Sob o título “De Santiago do
Chile a Paris, o povo está nas ruas” e mostra que as “reformas de pensões,
corrupções, custo de vida” e outras questões do mundo neoliberal está levando o
povo a sair da inércia e despertar em um movimento que já ganha as ruas nas
grandes cidades.
De acordo com o jornal, “estamos enfrentando a terceira
ou quarta onda de protestos em massa contra a ordem neoliberal e seus
governantes? De qualquer forma, em Beirute, em Santiago, Chile ou em Paris, os
governos parecem incapazes de reverter a situação. Nem quando eles recorrem a
métodos repressivos.
A da Argélia, B da Bolívia, C da Colômbia, E do
Equador, F da França ... Às vezes, o gatilho para protestos é de pouca
importância um mês depois. E o atendimento da demanda inicial dos manifestantes
são de pouco efeito. Ao cancelar um aumento de 4% nas tarifas de metrô,
Sebastián Piñera não limpou as ruas de Santiago do Chile, nem o governo de Hong
Kong desarmou seus oponentes retirando um projeto de extradição para a China
continental. Uma vez que o movimento é acionado, você precisa ceder mais. Se
necessário, envie a polícia, o exército. Prometa, no Iraque, no Chile, na Argélia,
que a Constituição seja modificada”.
O artigo é bem longo e merece ser lido, citando vários
casos, em vários países, ao longo dos últimos anos. Há resistência e precisa
ser mais divulgada.
Novos
protestos na França. As
manifestações e greves contra a reforma do sistema de pensões aumentam com a
participação dos “coletes amarelos” contra as políticas de Emmanuel Macron.
A França ainda está nas ruas em protesto à reforma
previdenciária e, na sexta-feira (24) tivemos a sétima grande concentração
desde o início do movimento.
O plano do governo procura unificar os 42 regimes de
pensão existentes em um aplicável aos setores público e privado. Embora Macron
afirme que o sistema atual está desatualizado e injusto, os trabalhadores alegam
que a proposta ameaça direitos adquiridos.
Embora o alcance dos pedidos de desemprego tenha
diminuído graças a algumas concessões feitas pelo governo, os franceses sentem
o impacto no setor de transportes, tanto na capital quanto no resto do país.
Trump
quer a guerra. O enviado dos EUA para
o Irã, Brian Hook, disse que seu país tentaria assassinar o novo comandante da
Força Quds da Guarda Revolucionária Iraniana, Esmail Qaani, se americanos morrerem.
“Se Qaani continuar matando americanos, ele sofrerá o
mesmo destino que Qasem Soleimani”, disse o alto funcionário dos EUA ao jornal
Asharq Al-Awsat.
Em 3 de janeiro, as forças americanas mataram o general
iraniano Qasem Soleimani, então comandante da Força Quds, em um ataque aéreo
perto do aeroporto de Bagdá.
Hook disse que o presidente dos EUA, Donald Trump,
alertou anos atrás que Washington responderá firmemente a qualquer ataque a
cidadãos americanos ou aos interesses do país. Cinco dias após o assassinato de
Soleimani, o Exército iraniano bombardeou duas bases militares dos EUA no Iraque,
causando numerosos feridos.
Embaixada
dos EUA no Iraque vira alvo. Três
foguetes Katyusha caíram na noite de segunda-feira (20) na Zona Verde de Bagdá,
capital do Iraque, onde ficam localizadas várias embaixadas, incluindo a dos
EUA, além de prédios de missões internacionais, informaram fontes da polícia
iraquiana à agência Reuters.
Os três foguetes foram lançados do distrito de
Zafaraniyah, fora de Bagdá, disseram as fontes, acrescentando que dois foguetes
aterrissaram perto da embaixada dos EUA.
Até o momento não há informações sobre vítimas. Também
ainda não foi confirmado se os foguetes tinham como alvo a sede diplomática
estadunidense e, imediatamente após o impacto dos foguetes, sirenes puderam ser
ouvidas em toda a região.
Os EUA responsabilizaram grupos paramilitares apoiados
pelo Irã por uma série de ataques semelhantes nos últimos meses na Zona Verde,
mas até hoje não houve reivindicação de responsabilidade.
Regras
do impeachment contra Trump. O Senado
estadunidense definiu, na madrugada de quarta-feira (22), após 13 horas de
debate, as regras para o julgamento do processo de impeachment do presidente
Donald Trump.
Durante a sessão, a maioria republicana rejeitou todas
as tentativas dos democratas para convocar novas testemunhas contra o mandatário.
A medida é mais um indício de que o processo contra Trump provavelmente será
encerrado com sua absolvição e que ele tentará sua reeleição em novembro.
Segundo o cronograma, acusação e defesa terão um prazo
de 24 horas - dividido em três sessões de oito horas cada - para apresentar os
argumentos iniciais.
Logo depois, os senadores vão ter 16 horas para os
interrogatórios. Além disso, uma outra votação irá definir se o Senado ouvirá
ou não as testemunhas que não prestaram depoimento durante a fase de investigação
na Câmara.
Os democratas querem ouvir os principais assessores da
Casa Branca que trabalharam em estreita colaboração com Trump, incluindo o
chefe de gabinete interino Mick Mulvaney e o ex-assessor de Segurança Nacional
John Bolton. Apesar da insistência, por 53 a 47 votos, o Senado rejeitou três
propostas democratas para obter documentos e provas no julgamento.
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