Ex-ministro de Evo aparece quase 15 pontos à frente de segundo colocado em pesquisa eleitoral na Bolívia
Levantamento divulgado neste domingo coloca Luis Arce na liderança, com 31,6% das intenções de voto; em segundo lugar, aparecem tecnicamente empatados o ex-presidente Carlos Mesa e a autoproclamada presidente Jeanine Áñez
Luis Arce, candidato do Movimento ao Socialismo (MAS) à presidência da Bolívia, aparece em primeiro lugar na primeira pesquisa eleitoral para o pleito de 3 de maio, com uma diferença de 14,5 pontos em relação ao segundo colocado. O levantamento foi divulgado na noite deste domingo (16/02) pelo jornal El Deber e pelo canal Unitel.
Arce, ministro da economia do governo de Evo Morales, aparece com 31,6% das intenções de voto. Em segundo lugar, vem o ex-presidente Carlos Mesa, que disputou as eleições de outubro de 2019 contra Morales, com 17,1%.
A autoproclamada presidente Jeanine Áñez aparece em empate técnico com Mesa, com 16,5%.
Em quarto lugar, aparece o líder oposicionista de direita Luis Fernando Camacho, um dos indutores da queda de Morales em novembro, com 9,6%. Em quinto, Chi Hyun Chung, que disputa o eleitorado de extrema direita, vem com 5,4%. O ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, por sua vez, tem 1,6%.
Indecisos, votos brancos e nulos somam 16,1%. Se for considerado somente o percentual de indecisos, o índice cai para 6,5%. A pesquisa foi realizada pelo instituto Ciesmori e ouviu 2.224 pessoas entre 7 e 14 de fevereiro nas capitais dos nove departamentos do país. A margem de erro é de 2,07%.
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Morales e Arce, em lançamento de candidatura: ex-ministro lidera pesquisas de intenção de voto
Segundo turno
Com estes números, o candidato do MAS estaria a 2,4 pontos de uma vitória em primeiro turno, quando se projetam os eleitores indecisos e se contam os votos válidos. Na Bolívia, para se vencer no primeiro turno, basta obter ao menos 40% dos votos e ter uma diferença de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado.
No caso de realização de uma segunda volta, Arce aparece tecnicamente empatado com Mesa (40,8% a 40,7%) e com Áñez (43,6% para a presidente contra 42,3% do candidato do MAS).
Arce e Áñez
Morales, que está asilado na Argentina, lançou a candidatura de Arce e do vice David Choquehuanca, também ex-ministro, no final de janeiro. "Com Luis e David temos uma dupla para recuperar a democracia, evitar o confronto e garantir o crescimento econômico", disse.
O ex-presidente disse ainda que alguns setores sociais não estavam de acordo com a decisão da chapa Arce e Choquehuanca, mas Morales afirmou que a indicação foi pensada para “garantir e melhorar o setor econômico da Bolívia” e afirmou que o candidato à presidência é "um irmão de muito compromisso, que está aqui pela pátria e não pelo dinheiro".
Poucos dias antes, Áñez havia anunciado sua candidatura à presidência, fechando uma aliança com quatro partidos políticos.
Pelo Twitter, a autoproclamada presidente disse que pretende "continuar com o trabalho" que seu governo interino "vem realizando".
"Querida família boliviana, foi tomada a decisão de me apresentar como candidata para as eleições nacionais. Conseguimos construir uma grande aliança porque queremos continuar com o trabalho que temos realizado. Muito obrigado por todo o apoio, podemos fazer juntos", disse.
(*) Com teleSUR
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