terça-feira, 7 de abril de 2020

Ecovias reconhece maiores propinas da história nos governos tucanos de São Paulo ESTÁ SÓ COMEÇANDO...

Ecovias reconhece maiores propinas da história nos governos tucanos de São Paulo

Num acordo inédito, a concessionária Ecovias, que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, em São Paulo, reconheceu o que pode ser o maior esquema de propinas da história do país, durante os governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB. O roubo aconteceu no Estado desde 1998 e, pelo acordo, a Ecovias pagará R$ 650 milhões ao Estado -o que indica que o montante da propina possa se elevar a bilhões de reais
Rodovia Imigrantes, José Serra, Geraldo Alckmin e Mário Covas
Rodovia Imigrantes, José Serra, Geraldo Alckmin e Mário Covas (Foto: Agência Brasil | Gov. SP | Agência Senado)
 
247 - A concessionária Ecovias, que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, firmou nesta segunda-feira (6), acordo de mais de meio bilhão de reais com o Ministério Público Estadual em que afirma que todos os 12 contratos de concessão rodoviária assinados pelo governo de São Paulo a partir de 1998 foram fraudados por meio da ação de um cartel - as propinas foram pagas ininterruptamente durante os governos tucanos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
O acordo, pelo qual a Ecovias  se comprometeu a pagar R$ 650 milhões ao Estado, indica que as propinas podem ter chegado à casa dos bilhões de reais, no que pode ser o maior escândalo da história.  Segundo a companhia, o grupo, formado por dezenas de empresas, pagou propina a agentes públicos e fez repasses para caixa dois de campanhas políticas, relata o jornalista Bruno Ribeiro de O Estado de S.Paulo.
Dos R$ 650 mihões a serem pagos, R$ 150 milhões deverão ser usados para custear uma redução de 10% no valor da tarifa do pedágio da Ecovias entre 19h e 5h, em uma ação voltada a caminhoneiros que continuam trabalhando em meio à pandemia de coronavírus. Outros R$ 36 milhões serão usados para custear UTIs para pacientes com Covid-19 e testes da doença.
Segundo relatos feitos ao MP, a Ecovias e dezenas de empresas formaram consórcios para disputar licitações com o objetivo apenas de simular competição. Nem todas, porém, tinham condições reais de assumir as rodovias em disputa.
Obedecendo regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Ecovias, que é do grupo EcoRodovias, cujas ações são negociadas na bolsa de valores, divulgou um fato relevante ao mercado no início da noite desta segunda dando informações sobre o acordo. O principal acionista da empresa é a Primav, empresa de capital fechado da CR Almeida, uma das construtoras investigadas pela Lava Jato.
Do total que será pago pela Ecovias, R$ 450 milhões serão usados para obras. A maior, de R$ 400 milhões, será destinada ao Corredor de Exportação Anchieta, obra prevista desde o começo da década para facilitar o caminho ao Porto de Santos. 
As investigações sobre o caso tiveram início no fim de 2018, e a Ecovias fez acordo parecido no Paraná, quando concordou com o pagamento de R$ 400 milhões durante a Lava Jato. Ao admitir a formação de um cartel e concordar com a reparação de danos, a Ecovias evita a possibilidade de receber outras punições administrativas, como ser banida de novas licitações. A empresa terá de apresentar provas de todas as ações delatadas.

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