Novamente
a “insanosfera”.
No número anterior do nosso Informativo dizíamos que o
Brasil está vivendo na “insanosfera”. Quando publiquei aquela matéria no
Facebook fui contestado por alguns que continuam fiéis às políticas do
ex-capitão reformado por doença mental. Houve polêmica, mas vi isso como
saudável e até mesmo como um incentivo para prosseguir conversando sobre esse
fenômeno conhecido como “insanosfera”.
De outro modo, como poderíamos entender algumas ações
atuais que estamos acompanhando pela chamada “grande imprensa”? Como poderíamos
seguir adiante com a proposta deste informativo que surgiu na década de 1990 e
que, mesmo sendo um comunista, materialista, ateu incurável, criei e mantive a
pedido da Cúria Diocesana de Volta Redonda?
Então, voltamos à “insanosfera” e vamos recordar esse
sábado tão importante para a Igreja católica. Volto a dizer que sou um ateu
empedernido, mas fiquei realmente sensibilizado com algumas cenas que vi nos
noticiários: comemorações comedidas, padres e bispos evitando aglomerações, uma
cerimônia sóbria em Roma. Mais impressionado ainda fiquei ao ver o Papa
Francisco só, de pé na Praça vazia, dizendo “Não ouvimos os gritos dos pobres e
do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos destemidos, pensando que continuaríamos
sempre saudáveis em um mundo doente”.
E meu pensamento voltou ao Brasil, dirigido por um
doente, mas outro tipo de doente. Um que usa as redes sociais para divulgar um
vídeo imediatamente compartilhado por grupos de seguidores evangélicos e
dizendo que “os maiores líderes religiosos do país atenderam à proclamação
santa feita pelo chefe supremo da nação” e convocavam “o exército de Cristo
para a maior campanha de jejum e oração já vista na história do Brasil”. E
assim ele pede que os templos sejam reabertos e que as pessoas se aglomerem
“para orar pela salvação do país”.
Reparem que ele não pede em nome da humanidade, mas
pelo bem do seu governo, para que sua política prossiga e ele prove que está
com a razão ao dizer que o coronavírus não apresenta riscos e é apenas uma
“gripezinha”.
Isso sem falar na violência contra nossa Constituição
Federal votada e promulgada por uma Assembleia Constituinte eleita pelo povo e
que estabelece que o Estado é laico!
É
um governo insano! O mundo vive uma
crise; a economia mundial vai desaparecendo no ar; todos brigam por um
equilíbrio em suas balanças comerciais e buscam parceiros econômicos no
exterior... Mas isso não acontece com o Brasil onde temos a impressão que os
homens que cercam o ex-capitão estão querendo mais é “botar lenha na fogueira”.
E isto pode nos prejudicar diante de um dos maiores parceiros comerciais, um
dos maiores compradores de produtos agrícolas brasileiros.
Em mais um capítulo da crise política do desgoverno
brasileiro com a China durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), a
Embaixada do país asiático emitiu uma nota oficial na segunda-feira (06) sobre
a mensagem escrita pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em sua conta
pessoal no Twitter.
“Em 5 de abril, o ministro da Educação do Brasil,
Abraham Weintraub, ignorando a posição defendida pela parte chinesa em diversas
gestões, fez declarações difamatórias contra a China em redes sociais, estigmatizando
a China ao associar a origem da Covid-19 ao país. Deliberadamente elaboradas, tais
declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que tem cunho fortemente
racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no
desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”, diz a nota publicada.
Neste domingo (05/04), Weintraub postou em sua conta
uma capa do gibi da Turma da Mônica, em que aparece a bandeira da China e a sua
famosa Muralha e escreveu, como o personagem Cebolinha, uma mensagem em que
troca a letra R pelo L.
“Geopoliticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em
teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os
aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o
Cascão ou há mais amiguinhos?”, postou.
Como
sempre ocorre nesse sistema... Uma
denúncia muito importante está sendo feita através de publicação do “The
Intercept”. A autora da matéria é Nayara Felizardo e diz que “Donos de empresas
que vendem produtos médicos e materiais para exames estão garantindo seus
lucros com o comércio paralelo e até irregular de testes rápidos de
coronavírus. Como se fossem lojas de departamento, a Ubuntu, de São Paulo, e a
Biolar, de Rondônia, por exemplo, já anunciam ofertas e benefícios aos
clientes, como entrega grátis e até cadastro de pré-venda. O problema é que a
venda indiscriminada é proibida e, além disso, os testes rápidos têm 75% de
chance de erro nos resultados negativos”.
Segundo a jornalista investigativa, “No site da
paulistana Ubuntu, um banner de meia página divulga a pré-venda de kits de
testes rápidos para covid-19. ‘Entre em contato agora e receba sua proposta’,
sugere o anúncio, com destaque para o preço – R$ 80 cada teste. O produto
vendido pela Ubuntu vem em caixas com 25 unidades, no valor total de R$ 2 mil”.
Todas as marcas de teste para covid-19 vendidas no
Brasil precisam de um registro da Anvisa. Atualmente, 24 produtos receberam
autorização da agência para serem comercializados. Catorze deles são testes rápidos,
como os oferecidos pela Ubuntu e pela Biolar. Eles detectam, a partir de uma pequena
quantidade de sangue colhida com uma picada no dedo, os anticorpos produzidos
pelo organismo infectado pelo novo coronavírus. Seu uso é parecido com o de
testes de glicemia ou de HIV e o resultado sai em alguns minutos. A chance de
erro no diagnóstico, porém, é muito alta.
A venda indiscriminada de testes pode fazer com que
população mais rica tenha acesso facilitado a esses produtos, em detrimento de
quem de fato precisa. Se isso ocorrer, explica Neto, haverá uma falsa amostra
do número de infectados, o que dificulta a definição de políticas públicas que
beneficiem toda a população.
No
lombo do trabalhador! A Medida
Provisória (MP 936/2020) editada pelo governo do demente, que permite a
suspensão de contratos de trabalho e a redução de jornada com redução de
salários, durante a pandemia do coronavírus (Covid-19), tem um item que libera
empresários do recolhimento de contribuição do empregado ao Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS), o que prejudica milhões de trabalhadores e trabalhadoras.
A regra determina que o recolhimento é facultativo
nesse período e por conta do trabalhador, que terá o salário reduzido, ou seja,
quem quiser continuar recolhendo para o INSS, durante o período, terá de fazer
isso com dinheiro do próprio bolso, que estará mais vazio. E mais, terá de
pagar uma alíquota maior, de 11% a 20% ao invés da alíquota dos trabalhadores
com carteira assinada que vai de 7,5% a 14%.
Se o Congresso Nacional aprovar a MP sem alterar o
texto, quem ganha a partir de R$ 1.100,00 até o teto do INSS, de R$ 6.101,06,
terá o salário reduzido de 5% a 49% dependendo da faixa salarial e da redução
de jornada.
Se a regra permanecer e o trabalhador optar por
recolher como autônomo, por meio de guia de recolhimento, pagará uma alíquota
maior, de 11% a 20%. O recolhimento para quem tem carteira assinada varia de
7,5% a 14%. Somente quem é beneficiário de programas sociais ou paga como MEI
ou ainda como contribuinte de baixa renda seria incluído em uma alíquota de 5%.
Enquanto
isso... A economia mundial já andava
mal das pernas no ano passado. Mas a crise desencadeada pela pandemia do
coronavírus já provoca consequências devastadoras para a produção. O
derretimento do valor das ações negociadas nas bolsas de valores é apenas um
sintoma da patologia que perturba o processo produtivo.
A indústria chinesa teve uma queda inédita em sua
história nos primeiros dois meses do ano, um tombo de 13,5% na comparação
anual, período em que as vendas no varejo recuaram 20,5%. E nos EUA, em apenas
uma semana (23 a 28 de março) os pedidos de seguro-desemprego somaram 6,64
milhões e o Morgan Stanley prevê para o segundo trimestre deste ano uma queda
de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia capitalista do mundo,
que com isso retrocederia ao menor nível em 74 anos.
No Brasil, a tragédia não será menor. Até mesmo o
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estima que a economia
nacional está ingressando na maior recessão de sua história. O cenário que
projetou de uma queda de 5,5% do PIB (um recuo inédito), é perturbador mas pode
até se revelar otimista ao longo dos próximos meses.
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) espera uma
queda de 31% nas vendas ao varejo durante a Páscoa. Já a Anfavea (Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) reportou um declínio de 90%
nas atividades no ramo no final de março. A depressão pode ser pior do que
sugere a reflexão do presidente do Banco Central, que mencionou uma queda de
90% nas vendas com cartões durante as primeiras semanas após o coronavírus.
Indicadores
iniciais nada favoráveis! Os primeiros
indicadores de desempenho da economia brasileira em março já apontam a
magnitude do impacto que a paralisação do comércio, dos serviços e da indústria
pode ter na atividade, assim como o efeito da restrição à circulação de
pessoas. O licenciamento de automóveis e comerciais leves caiu 35% em relação a
fevereiro, enquanto as consultas ao SPC de SP recuaram 34%, e a atividade do
comércio diminuiu 16%. Menos de um mês após passar a ver retração de 3% no PIB
deste ano, o ASA Bank cortou sua estimativa para -5% na sexta-feira. Além de
considerar que medidas de isolamento social se estenderão ao menos até o fim de
abril, e não mais até meados do mês, a equipe do economista Carlos Kawall
avalia que as ações adotadas estão, de fato, paralisando significativamente a
atividade. (Valor Econômico)
Reflexos
da pandemia nos empregos. Divulgada na
última terça-feira, em Genebra, com uma série de dados já computados, a segunda
edição do “Monitor OIT: Covid-19 e o mundo do trabalho” apresenta informações
regionais e setoriais que possibilitam começar a medir a extensão do grande
desafio representado pelo coronavírus para o mundo do trabalho.
“Estamos enfrentando uma destruição maciça de empregos
e isso representa um desafio de magnitude sem precedentes para os mercados de
trabalho da América Latina e do Caribe”, disse o diretor regional da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), Vinícius Pinheiro. “A partir de
agora sabemos que, ao mesmo tempo em que enfrentamos a emergência de saúde,
teremos que enfrentar uma verdadeira reconstrução de nossos mercados de
trabalho”.
Na América Latina e no Caribe, mais de 50% de todos os
trabalhadores estão empregados, precisamente, nos setores mais expostos à
crise, como comércio e serviços, de acordo com dados do último relatório do Panorama
Laboral para a região, apresentado em janeiro, pouco antes do começo do
contágio global do Covid-19.
O estudo destaca ainda que os países com altos níveis
de informalidade enfrentam desafios adicionais, tanto na área de saúde quanto
na economia, incluindo a falta de cobertura da seguridade social. Segundo
estimativas da OIT, na América Latina e no Caribe, a taxa de informalidade é de
53%, o que afeta mais de 140 milhões de homens e mulheres no trabalho.
Entidades
brasileiras pressionam Trump. Entidades
brasileiras enviaram uma carta ao presidente dos EUA exigindo o fim do bloqueio
econômico a Cuba. O bloqueio, imposto ao país há 58 anos, agora impede que os
cubanos tenham acesso a suprimentos médicos e sanitários em meio à pandemia
causada pelo novo coronavírus.
Em carta, as organizações afirmam que a decisão de
manter o bloqueio é “genocida” e “criminosa”. “Atenda ao pedido de ajuda de
todos como os demais mandatários racionais o fazem pelo mundo. Cesse o bloqueio
contra Cuba pelo bem de todos. Essa é a única medida aceitável em um momento
tão difícil para todos nós e para seu próprio país. Chega de bloqueio”,
escrevem, na carta, as entidades signatárias.
Também ressaltam o posicionamento oposto do governo cubano,
que já enviou 14 brigadas médicas e 593 profissionais de saúde para os outros
países para o combate ao novo coronavírus. “Cuba persiste em sua solidariedade
internacionalista apesar de um bloqueio criminoso jamais visto no mundo. Um
bloqueio que impede mais solidariedade ainda, que traz prejuízos incalculáveis
ao país em uma verdadeira guerra que seu país promove em tempos tão difíceis”,
destacam no documento.
Vaticano
agradece equipamentos da China. O porta-voz
da Santa Sé, Matteo Bruni, agradeceu nesta quinta-feira (09/04) o envio de
materiais sanitários e de proteção por organizações e entidades chinesas ao
Vaticano para ajudar no combate ao novo coronavírus.
“Chegaram à Farmácia Vaticana doações de equipamentos
sanitários, que são expressão da solidariedade do povo chinês e das comunidades
católicas com aqueles que estão empenhados no socorro às pessoas atingidas pela
covid-19 e na prevenção da epidemia”, disse Bruni.
Os equipamentos foram enviados por meio da Sociedade da
Cruz Vermelha da China e de uma fundação beneficente, a Hebei Jinde Charities,
ligada ao catolicismo local.
Segundo a agência de notícias do Vaticano, Fides, foi
enviada ao Escritório Pastoral do Vicariato de Roma cerca de 10 mil máscaras
N95, mais de 500 mil máscaras descartáveis, 27 mil luvas cirúrgicas, oito mil
macacões e seis mil óculos de proteção.
Segundo o porta-voz, a Santa Sé "aprecia o gesto
generoso" e "exprime seu reconhecimento". Até o momento, o
Vaticano contabiliza oito casos do novo coronavírus
Demorou
muito, mas... O governo do Japão
decretou estado de emergência por conta da pandemia do novo coronavírus na
terça-feira (07) para sete das oito regiões do país.
A medida durará, ao menos, até o dia 6 de maio e, além
de Tóquio, atingirá às áreas de Kanagawa, Saitama, Chiba, Osaka, Hyogo e
Fukuoka.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, Shinzo Abe,
durante uma coletiva de imprensa transmitida pela televisão para toda a nação,
depois de uma reunião da força-tarefa de especialistas para enfrentar a crise
causada pela covid-19.
Mas, ao que tudo indica, estão brincando com fogo. O
estado de emergência, não é uma quarentena obrigatória - como a vista em outros
países asiáticos ou europeus. Serviços como o transporte público, bancos e
supermercados funcionarão normalmente e grande parte do comércio apenas limitará
o horário de funcionamento.
China
parece estar voltando ao normal.
Wuhan, epicentro da pandemia de coronavírus, reabriu à circulação na
quarta-feira (08). As barragens que cercavam a capital da província de Hubei
desde janeiro foram retiradas na véspera. Para os 11 milhões de habitantes, o
momento é vivido com euforia, uma espécie de “liberação”, com a esperança da
volta à normalidade.
Meios de comunicação chineses comemoram a suspensão da
proibição de viajar, com manchetes como: “Wuhan, faz tempo que não te vemos”.
Segundo a televisão estatal, 55 mil pessoas deixarão a cidade nesta
quarta-feira – um sinal que a situação está sob controle, considerando que o
retorno à normalidade levará tempo. Ao menos dez províncias e outras cidades –
como Xangai, Tianjin e Pequim – continuarão a exigir que os indivíduos que
chegam da província de Hubei sejam colocados sob quarentena.
No final da noite de terça-feira (07), milhares de
pessoas correram para estações de trem e terminais de ônibus de Wuhan, depois
que autoridades anunciaram o fim da proibição de deixar a cidade. Nas
plataformas, agentes lembravam os passageiros sobre as medidas de higiene e a
necessidade de manter um distanciamento de um metro, enquanto alto-falantes transmitiam
mensagens chamando Wuhan de “cidade de heróis”. No meio das pessoas, robôs
circulam pulverizando desinfetante nos pés dos viajantes.
Os passageiros também são submetidos a controles de
temperatura e devem mostrar um código QR em seus smartphones. Imposto pelas
autoridades, o sistema permite às pessoas não contaminadas pelo coronavírus
comprovar que estão saudáveis e que não moram em um bairro ainda considerado
como zona de risco.
UE,
finalmente, faz acordo contra crise do coronavírus. Após horas de debates e desentendimentos, os ministros
das Finanças da União Europeia (UE) chegaram a um acordo sobre um pacote de
medidas econômicas de 500 bilhões de euros para apoiar países, empresas e
trabalhadores durante a pandemia de coronavírus.
O plano de emergência foi finalmente acordado na
quinta-feira (09) – na véspera, os representantes dos países-membros tiveram
que suspender a reunião após 16 horas, devido à falta de consenso sobre as condições
de acesso ao fundo de resgate financeiro do bloco. França, Itália, Espanha e
Portugal eram favoráveis à medida, enquanto Suécia, Áustria, Noruega e Holanda
eram contra. A Alemanha tendia para o lado desse último bloco.
O pacote de medidas adotadas consiste em três pilares:
uma linha de crédito do Mecanismo de Estabilidade Europeu, o fundo de resgate
da zona do euro, com 240 bilhões de euros em empréstimos; um fundo de garantia
do Banco Europeu de Investimento com até 200 bilhões de euros em créditos para
empresas; e um fundo temporário com 100 bilhões de euros para ajudar no
pagamento de salários de trabalhadores e evitar demissões.
Lamentavelmente, a demora no acordo para a medida levou
a Europa a perder um dos seus maiores cientistas. O italiano Mauro Ferrari, um
dos nomes mais respeitados no meio científico da região, pediu demissão do
Conselho Europeu de Investigação.
Arrasador
para o emprego! Globalmente, prevê-se
que a crise da Covid-19 faça desaparecer 6,7% das horas de trabalho no segundo
trimestre de 2020, o que equivale a 195 milhões de trabalhadores em tempo
integral no mundo. Grandes perdas são esperadas nos Estados Árabes (8,1%,
equivalente a 5 milhões de trabalhadores em tempo integral), Europa (7,8%, ou
12 milhões de trabalhadores em tempo integral) e Ásia e Pacífico (7,2%, ou 125
milhões trabalhadores em tempo integral). Também são estimadas perdas
significativas em diferentes grupos de renda, principalmente nos países de
renda média alta (7%, ou 100 milhões de trabalhadores em tempo integral). Isso
supera em muito os efeitos da crise financeira de 2008-2009.
Os setores mais expostos ao risco incluem serviços de
hospedagem e de alimentação, manufatura, varejo e atividades comerciais e
administrativas.
Mais de quatro em cada cinco pessoas (81%) das 3,3
bilhões que compõem a força de trabalho global estão sendo afetadas pelo
fechamento total ou parcial do local de trabalho.
Segundo o novo estudo, 1,25 bilhão de pessoas estão
empregadas em setores considerados de alto risco de aumentos “drásticos e
devastadores” de demissões e de reduções de salários e de horas de trabalho. Muitas
dessas pessoas trabalham em empregos mal remunerados e de baixa qualificação,
para as quais uma perda imprevista de renda acarreta consequências
devastadoras.
As
restrições estão dando certo na Europa.
Nos últimos dias, Itália, França e Espanha vêm mostrando desaceleração no
número de mortes em decorrência da covid-19, trazendo esperança de que as
restrições nacionais implementadas para conter o avanço do coronavírus estejam
começando a dar resultado.
Na segunda-feira (06), os mercados de ações começaram a
mostrar recuperação ligada a esse movimento. As bolsas da Itália e da França
subiram, respectivamente, 3,1% e 3,3%, após a Itália apresentar o número de
mortes mais baixo em duas semanas no domingo, e A França também registrar menos
mortes e internações em UTIs.
Embora haja sinais de esperança na Europa, os Estados
Unidos se preparam para enfrentar “a mais difícil e triste semana da vida da
maioria dos estadunidenses”, segundo o vice-almirante Jerome Adams, chefe da
Saúde Pública do país. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, os EUA têm
atualmente 337.646 casos confirmados de infecção pelo coronavírus, 9.648 mortes
e 17.582 pacientes recuperados.
Bernie
Sanders desiste. Considerado por
muitos como a “esperança da esquerda” na América Latina (e em outras partes do
mundo), o senador Bernie Sanders (Vermont) desistiu na quarta-feira (08) de
disputar as primárias do partido Democrata para definir o candidato que irá
enfrentar o presidente Donald Trump nas eleições de novembro. Com o anúncio,
feito nesta manhã, o ex-vice-presidente Joe Biden deve se tornar candidato da
agremiação.
A decisão vem após uma série de derrotas de Sanders nas
primárias e a ascensão de Biden iniciada com uma vitória na Carolina do Sul,
onde conquistou a maior parte do voto dos afro-americanos. Depois disso, na
Superterça, Biden saiu fortalecido ao vencer em 9 dos 14 estados que realizaram
primárias. Neste dia, o ex-vice de Barack Obama assumiu a liderança no número
de delegados pela candidatura democrata às eleições.
Com a desistência, Biden deve começar a antagonizar
mais diretamente com Trump, que tem aproveitado a pandemia de coronavírus para
aparecer todos os dias em discursos pela televisão.
A eleição está marcada para novembro, e Trump irá
disputar o pleito acompanhado do vice-presidente Mike Pence.
EUA
1. Difícil dizer onde vai parar a
insanidade de Donald Trump. Sem suportar as críticas internas e externas por
não ter tomado providências para enfrentar a pandemia no país, o “amado” do
ex-capitão brasileiro passou a atacar a Organização Mundial de Saúde dizendo
que a entidade defende a China. E, em declaração pública, chamou a OMS de
“chinocêntrica”, anunciando que seu país vai cortar contribuições financeiras à
entidade. Nota: todos os países membros da ONU contribuem com a OMS.
EUA
2. Não é apenas a OMS! Outra vítima da
ira de Trump nesta semana foi o presidente indiano Narendra Modi, ameaçado de
“represálias” caso não cedesse em vender a hidroxicloriquna ao exterior.
Segundo o chanceler indiano, Anurag Srivastava, “a Índia dará licença para a
venda de paracetamol e hidroxicloriquina em quantidades adequadas para os
países vizinhos que dependam de nossos préstimos”. A Índia é o maior produtor
de medicamentos genéricos do mundo e sua exportação estava suspensa desde o dia
25 de março por conta da pandemia.
EUA
3. Um fato curioso está chamando a
atenção da imprensa internacional com relação ao número de mortos por
coronavírus nos EUA. Muitos jornais internacionais estão agora destacando a
alta taxa de mortalidade de afrodescendentes. Agora que já passou da casa dos
dez mil o número de mortos pela covid-19, começam a aparecer dados
significativos sobre os falecidos. Em cidades como Nova Orleans, Chicago e
Detroit é evidente como estão morrendo desproporcionalmente mais pessoas
negras. Cidades como Detroit, Chicago e Milwaukee também reportam situação
semelhante. Segundo reportagem do The Guardian, em Chicago, por exemplo, onde
30% da população é negra, no caso das vítimas da covid-19, 70% são negras. A
explicação está em grande parte no fato de que está população está nos empregos
mais precários e vulneráveis, muitas vezes em setores que não puderam adotar o
home office. São pessoas que estão nos transportes públicos e vivem em
condições mais precárias, com coabitação e aglomeração.
EUA
4. E agora? O impasse está na mesa: o
embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, se pronunciou sobre o caso das
cargas de materiais e suprimentos médicos que foram comprados pelo Brasil e que
estão sendo interceptadas nos EUA. Ele fez uma coletiva online na terça-feira
(07) e disse que seu país não adquiriu, comprou, reteve ou bloqueou qualquer
equipamento hospitalar ou medicação que estivesse destinada ao Brasil. A
embaixada da China afirma, no entanto, que uma carga comprada pelo governo da
Bahia de fabricantes chineses, não conseguiu sair do aeroporto de Miami na
Flórida, primeiro por impedimentos da alfandega estadunidense e na sequência
por ter sido comprada pela prefeitura de Nova York.
A
crise é – também – econômica! O Federal
Reserve (o Banco Central de lá) poderá investir US $ 2,3 trilhões na economia
dos EUA por meio de novos programas de resgate e daqueles que já estão em
andamento, mas serão ampliados. Esse investimento faz parte dos esforços
empreendidos pelo banco central para ajudar as empresas a combater os impactos
econômicos do coronavírus.
O banco central dos EUA decidiu aprovar o novo plano de
resgate depois que o governo anunciou que cerca de 6,6 milhões de americanos
haviam perdido o emprego. Nas últimas três semanas, pelo menos 16 milhões de
cidadãos dos EUA perderam o emprego e solicitaram seguro-desemprego.
Para isso, usarão fundos que foram recentemente
oferecidos pelo Departamento do Tesouro e autorizados pelo Congresso para
comprar títulos municipais e estender programas de compra de títulos
corporativos que incluirão dívidas arriscadas. Além disso, a entidade lançou um
programa de empréstimos há muito aguardado, que visa ajudar empresas de médio
porte.
O conjunto de medidas adotadas pelo principal regulador
financeiro dos EUA vai além do pacote de resgate aprovado durante a crise
financeira de 2008, escreve o The New York Times. Até o momento, o Federal
Reserve aprovou US $ 500 bilhões em programas de empréstimos de emergência.
O Congresso ofereceu ao Departamento do Tesouro US $
454 bilhões em fundos para apoiar os esforços do Federal Reserve. O banco
central usará esses recursos financeiros para lançar seus programas de emergência
em territórios desconhecidos.
Está
tudo explicado! Publiquei esse
comentário na quarta-feira (08) e vou reproduzir aqui.
Hoje descobrimos o motivo de Trump e o demente daqui
ficarem de brincadeiras com o coronavírus. Tudo foi publicado pelo jornal New
York Times e está em matéria da revista Fórum!
Acontece que o ex-capitão insano, no Brasil, e o
presidente dos EUA insistem no uso da cloroquina, mesmo que não haja estudos
que comprovem a eficácia do medicamento no tratamento do novo coronavírus.
Na edição de ontem, o jornal NYT revelou o mistério.
Entre os acionistas da Sanofi, farmacêutica francesa que produz a
hidroxicloroquina e a vende no mercado sob o nome Plaquenil, está uma companhia
de investimentos liderada por Ken Fisher – um dos principais doadores de
campanha de republicanos. A substância é usada no tratamento da malária.
Mas não para aí! Um dos fundos de investimentos
administrados pela família Trump têm também investimentos em um fundo mútuo da
Dodge & Cox, cuja maior posição financeira estava na Sanofi. De acordo com
a Sanofi, o Plaquenil não é vendido nos EUA, mas é comercializado fora do país.
Elementar, meu caro Watson!
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