sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Carta Capital

 

BOLETIM INTERNACIONAL
SEXTA-FEIRA, 15 DE JANEIRO DE 2021

Foto: Divulgação
Angela Merkel: despedida marca o início de uma nova era para a União Europeia

Merkel de saída

O partido da toda-poderosa premiê alemã se prepara para eleger um novo líder - e seu provável sucessor

O sábado marcará o início de uma virada histórica para a política europeia. A União Democrática Cristã da Alemanha, partido da chanceler Angela Merkel, vai eleger um novo líder. Os candidatos são todos homens: Friedrich Merz, um liberal de centro-direita, Armin Laschet, governador da Renânia do Norte-Vestfália, maior estado da Alemanha, e Norbert Röttgen, o atual presidente do comitê de relações exteriores do Parlamento. Os três possuem boas chances de vencer. O vencedor terá que negociar com a União Social Cristã, partido-irmão da CDU, o nome que disputará as eleições nacionais de setembro. O candidato tem grandes chances de substituir Merkel como chanceler da Alemanha.
 
A despedida de Merkel é um marco pivotal para a União Europeia. Nos últimos 15 anos, a força política e econômica da Alemanha e os predicados pessoais da premiê próprios poderes de persuasão ajudaram a Europa a enfrentar da crise de 2008, ao Brexit e o coronavírus. Como líder do membro mais influente da UE, e em virtude de sua experiência e boa reputação internacional, ela provou ser indispensável para a passagem do bloco por essas tempestades. 

Os desafios da Europa para 2021 são novos - e muitos. O fundo de recuperação econômica para os membros da UE, novas regras tributárias, fortalecer relações com Joe Biden e China, administrar crises potenciais com Rússia e Turquia... O presidente francês Emmanuel Macron passará agora para o centro do palco. A conferir. 

 

Foto: Sandy Huffaker/AFP
Bombeiro tenta conter incêndio na Califórnia. Os sete anos mais quentes já registrados ocorreram a partir de 2014

Planeta (quase) em chamas

2020 foi o ano mais quente já registrado, segundo cálculos da NASA

A temperatura média global da terra e do oceano em 2020 foi a mais alta já medida, anunciou a Nasa na quinta-feira, superando o recorde anterior estabelecido em 2016 em menos de um décimo. Os cientistas culpam o crescente acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera da Terra. O registro difere da conclusão dos EUA. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), que disse que 2020 foi o segundo ano mais quente. Independentemente das classificações, os sete anos mais quentes já registrados ocorreram... nos últimos sete anos, com os 10 mais quentes ocorrendo nos últimos 15 anos. Há 44 anos consecutivos, aliás, as temperaturas globais superam a média climática do século XX. Gavin Schmidt, diretor do Goddard for Space Studies da NASA, disse que a notícia foi "um prenúncio de que há mais por vir"

Nenhum comentário:

Postar um comentário