quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Livros da Editora Expressão Popular

 

Como chegamos até aqui? Livros da Expressão Popular sobre os últimos anos de avanço do neoliberalismo.

 

Clique nas imagens para saber mais:

Colapso da Democracia no Brasil, O – da Constituição ao Golpe de 2016 (Luis Felipe Miguel)

 

 

Se a Constituição de 1988 fracassou em sua ambição de consolidar a democracia e o bem-estar social para a maioria dos brasileiros, o Golpe contra Dilma Rousseff coloca um ponto final na fantasia de que seria possível combater a desigualdade social sem confrontar privilégios.

 

Nosso regime político revelou, mais uma vez, que existe uma trava no sistema no momento em que determinados grupos de interesse se veem descontentes, não hesitam em mudar as regras do jogo.

 

Neste livro, Luis Felipe Miguel analisa como em tão curto prazo ruíram as conquistas democráticas pós-ditadura e discute possíveis caminhos para a urgente reorganização da resistência popular.

Tragédia e a farsa, A – a ascensão das direitas no Brasil contemporâneo (Flávio Henrique Calheiros Casimiro)

 

“Ao mesmo tempo em que falavam em institucionalidade e defesa da Constituição, esses mesmos ?aparelhos privados de hegemonia? tudo fizeram para demoli-las.

 

As entidades que figuram nesse livro abertamente reuniram grupos de empresários ligados a enormes conglomerados, não apenas em defesa do capital, mas em sua grande maioria atuando para podar conquistas populares fundamentais. Em comum a todas elas o permanente ataque à gestão pública, a cada vez que ela se apresenta como uma gestão pública de direitos universais (...)

 

Apresentados como se fossem os interesses de todos, em alguns casos. Em outros casos, nem isso, apresentados meramente como condição ?técnica? a ser imposta a qualquer governo. Em outros casos, ainda, dispensando argumentos ou explicações” (Virgínia Fontes)

Direitas nas redes e nas ruas, As – a crise política no Brasil 

Esther Solano e Camila Rocha (Org.)

 

As direitas nas redes e nas ruas: a crise política no Brasil traz um conjunto de textos que, tendo como pano de fundo o impeachment de Dilma Rousseff, procura analisar de que maneira esse processo político foi ganhando força entre setores da população por meio das redes sociais e também nas ruas.

 

Um aspecto interessante das análises presentes neste livro é a maneira difusa pela qual estas forças conseguiram fazer com que a bandeira da anticorrupção na política se transformasse em uma bandeira na aparência antipetista, mas cujo pano de fundo era o ataque aos direitos conquistados no período da redemocratização.

 

Este livro está dividido em três partes: 1) Ciclos de protestos e crise política; 2) Direitas nas ruas e nas redes; 3) O impeachment nas redes e na grande mídia.

Reforma empresarial da educação, A – nova direita, velhas ideias (Luiz Carlos de Freitas)

 

Este livro é escrito em um momento em que as ideias neoliberais retornam ao cenário brasileiro com força; ele procura caracterizar as origens das reformas empresariais da educação em curso no Brasil, aceleradas após 2016, mostrando que elas são dependentes de uma concepção de educação baseada na defesa do livre mercado (Hayek, Mises, Friedman e Buchanan).

 

Depois de caracterizar o movimento da reforma empresarial, são apresentados dados evidenciando que os efeitos negativos destas políticas nas escolas, no magistério e nos estudantes não autorizam, do ponto de vista ético, sua aplicação nos sistemas de ensino, inclusive porque elas impedem o desenvolvimento de outras formas mais promissoras de se mudar a escola pública e favorecem a estagnação de sua qualidade. Finalmente são apontados elementos para uma política alternativa e um programa para a resistência.

Nova Direita, A – aparelhos de ação política e ideológica no Brasil contemporâneo (Flávio Henrique Calheiros Casimiro)

 

Institutos, centros de estudo, revistas, think tanks, se articulam em ações pelo país afora e internacionalmente, pois o capital não admite fronteiras.

 

O Estado como pano de fundo permite os novos reordenamentos do pensamento liberal organizado e fazendo sentido prático nas diversas frações de classe burguesas que esperam lucrar a qualquer preço e a conta vai ser paga pela classe trabalhadora.

 

O livro propicia uma leitura indignada mas sobretudo altamente instrutiva para desvendar os desafios que temos a enfrentar na nova quadra histórica que se coloca a nossa frente, onde o fascismo mostra a cara sem máscaras.

Dialética do marxismo cultural (Iná Camargo Costa)

 

Combater os abusos e desmandos promovidos pela ascensão dessa direita obtusa passa também, portanto, por desmontar seu arsenal palavroso, identificando por trás de uma aparente  inovação e espontaneidade os elementos de cálculo, de falsificação histórica e de perpetuação de elementos coloniais. Com o intuito de contribuir com esta tarefa, a editora Expressão Popular publica Dialética do marxismo cultural, necessária síntese de Iná Camargo Costa sobre o tema.

 

Ao resgatar os usos históricos do “marxismo cultural” e mapear seus propagadores iniciais, “cristãos fundamentalistas, ultraconservadores, supremacistas – enfim, a extrema-direita  estadunidense”, a autora nos oferece uma esclarecedora argumentação sobre os motivos para o ressurgimento e disseminação do termo e de todo o universo que ele comporta.

Dossiê Lava Jato – um ano de cobertura crítica (Daniel Giovanaz)

 

No começo de 2017, o repórter Daniel Giovanaz abraçou uma tarefa como integrante do Brasil de Fato, atuando na redação do Paraná: fazer reportagens que permitissem aprofundar a compreensão sobre a operação Lava Jato. E ele mergulhou de cabeça no tema. Até aquele momento, eram raros os veículos de esquerda com essa proposta, o que limitava também a compreensão da militância social e dos dirigentes de esquerda sobre o assunto.

 

O repórter ainda tece os vínculos entre a figura de Sérgio Moro, juiz que se tornou ícone do movimento que derrubou Dilma, desvendando sua formação vinculada aos EUA e as inconsistências no julgamento do caso do tríplex. O trabalho de Giovanaz é um exemplo de como é possível fazer jornalismo de esquerda, nitidamente posicionado na luta de classes em favor dos trabalhadores, sem perder o rigor, a capacidade de análise, a pesquisa e o critério.

A campanha para contribuição para bibliotecas populares segue firme! Doe valores a partir da sua possibilidade! =)

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