Uma das coisas que nos orgulham aqui no Intercept é a comunidade que conseguimos formar em torno da nossa missão: o jornalismo realmente independente e que confronta os poderosos. Somos milhares de pessoas organizadas em uma rede forte, ampla e que possui uma enorme capacidade de mobilização.
É a essa comunidade que quero apelar hoje, e peço que você leia esta mensagem com atenção.
Em poucos dias chegaremos ao total de 300 mil mortos no Brasil e nada indica que vamos parar por aí. Todas as condições que nos empurraram no precipício da maior crise humana da história brasileira continuam colocadas e não dão sinais de mudança. São elas: a liderança frágil e desumana de um presidente negacionista e ignorante; a cumplicidade dos demais poderes, aqueles que poderiam tomar medidas concretas, com seus atos irresponsáveis; a sólida parceria das Forças Armadas com o projeto do ex-capitão Jair Bolsonaro. Continuaremos aos cuidados de um Ministro da Saúde inócuo (mesmo depois da última troca) e sem qualquer perspectiva de termos o grosso da população vacinado.
É nesse cenário que se agrava pelo país uma situação que nosso povo conhece profundamente e que acreditava já ter superado: a fome. Junto com a pandemia vivemos uma crise econômica sem precedentes. Acumulamos milhões de desempregados, uma crescente inflação e todo mundo sabe qual é a política do "Bolsocaro". O botijão de gás ultrapassou a marca dos R$ 100, a carne está impossível e muitos, muitos brasileiros não têm feito nem duas refeições diárias.
Foi por isso que a Coalizão Negra por Direitos colocou na rua a campanha "Se tem gente com fome, dá de comer". O objetivo é arrecadar R$ 133 milhões para ações emergenciais de enfrentamento à fome, à miséria e à violência na pandemia de Covid-19.
O Intercept poderia fazer uma matéria sobre isso, mas eu decidi enviar esta mensagem e acionar a nossa poderosa comunidade em regime de urgência. Este é um pedido da nossa redação para todos vocês. Confio na força do nosso movimento e sei que podemos demonstrar mais uma vez como o jornalismo pode fazer a diferença. Sim, essa é uma comunidade que se formou em torno do jornalismo, com o objetivo de causar impacto. Apoiar a campanha da Coalizão Negra, não tenho dúvida, é o maior impacto que podemos provocar hoje.
Quem tem fome não pode esperar. Repasse este e-mail para os seus contatos e, se puder, faça uma doação agora, não importa o valor. Centenas de milhares de pessoas estão recebendo este e-mail. Se cada um que abrir ajudar com um pouco, chegaremos lá. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário