terça-feira, 16 de março de 2021

Centrão manda recado: Marcelo Queiroga é a última chance de Bolsonaro

 

Centrão manda recado: Marcelo Queiroga é a última chance de Bolsonaro

O presidente da Câmara, Arthur Lira, defendia a nomeação da médica Ludhmila Hajja para o Ministério da Saúde

 
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Depois de rejeitar o nome da médica Ludhmila Hajjar para o Ministério da Saúde, o presidente Bolsonaro (sem partido) decidiu pelo cardiologista Marcelo Queiroga, indicação de seu filho e senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Porém, a maneira como se deram as conversas com Hajjar irritou o Centrão.

De acordo com levantamento do Estado de S. Paulo, ao decidir por Queiroga o presidente Bolsonaro optou por se isolar. Segundo o jornal, que conversou com um deputado influente do chamado centrão, o “presidente terá que acertar na seleção do seu quarto ministro da Saúde porque, caso seja necessário fazer uma nova troca, o país não vai parar para discutir quem será o quinto, mas sim o próximo presidente da República”.

O clima piorou depois que a médica Ludhmila Hajjar revelou os bastidores de suas duas conversas com o presidente Bolsonaro e as ameaças que estava sofrendo de grupos bolsonaristas. Além disso, o ministro das Comunicação foi às redes afirmar que a médica não tinha sequer sido convidada para ser ministra.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, defendia a nomeação da cardiologista Ludhmila Hajjar. Para Lira, a médica tinha a capacidade técnica e de diálogo político com os inúmeros entes federativos e instâncias técnicas.

Novo ministro da Saúde descarta lockdown

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou em entrevista à CNN Brasil que a política de lockdown só deve ser aplicada em situações extremas e que não podem ser “políticas de governo”. Queiroga também declarou que não existe terapia contra o coronavírus, mas, defendeu que os médicos tenham “autonomia para prescrever”.

No último domingo (14), antes de ser confirmado como o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga disse à Folha que a cloroquina não faz parte de sua estratégia de combate à pandemia.

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Marcelo Hailer

Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).

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