sábado, 1 de maio de 2021

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

E a gente fazendo conta...

Uma semana difícil para o trabalhador e para o povo brasileiro: recorde de mortes por Covid, um insano desesperado tentando evitar o trabalho do Congresso na CPI, o filho do demente ameaçando de morte um deputado do seu ex-partido, o Brasil sendo denunciado em fóruns internacionais pela inoperância do presidente e, como se não bastasse, a pobreza extrema continua se espalhando pelo país como fruto da política de um covarde e seu “posto Ypiranga”.

O aumento da miséria brasileira tem nomes que nos recusamos a escrever: um ex-capitão doente e seu ministro da economia. Eles são responsáveis diretamente pelo aumento da pobreza e miséria da população brasileira. Este é o resultado do negacionismo de um louco, cujo governo nunca fez uma campanha decente de conscientização de proteção à Covid-19 que explicasse a importância de medidas sanitárias e do isolamento social para evitar a propagação da doença, e de não ter comprado vacinas suficientes, entre outras medidas protetivas para os brasileiros.

O saldo negativo desde que o inominável assumiu a presidência da República, há dois anos, é de 9,1 milhões de pessoas a mais na pobreza e 5,4 milhões a mais na extrema pobreza. Ou seja, em seu governo 14,5 milhões de brasileiros foram empurrados para classes econômicas mais baixas. Hoje o país tem 61,1 milhões de pobres e de extremamente pobres.

Até mesmo a classe média é afetada. De cada 10 pessoas neste estrato da população, seis perderam renda na pandemia. O número de pessoas de classe média que era de 51% da população, em 2020, cai este ano para 47% e empata agora com a classe “baixa”, com o mesmo índice de 47%.

Em 1967, Geraldo Vandré cantou pela primeira vez sua música intitulada “Aroeira”. Vamos recordar alguns trechos da letra: “Vim de longe, vou mais longe / Quem tem fé vai me esperar / Escrevendo numa conta / Pra junto a gente cobrar / (...) E o dono, senhor de tudo / Sentado, mandando dar / E a gente fazendo conta / Pro dia que vai chegar”.

E a Classe C? Mais uma vez, vou lembrar um grande amigo que já nos deixou, o “Mariozinho”. Em uma conversa, regada a muito vinho, ele disse: “A classe média é o cocô boiando na maré. Sabe que não vai chegar na praia, mas não quer afundar”! Sempre lembro dessa frase quando vejo que aquela classe que conseguiu ascendeu durante os Governos do PT foi a mesma que deu total apoio a um demente, acreditando que ele poderia levá-la à praia.

A chamada classe C, que ascendeu durante os governos Lula (2003-2011), está sendo empurrada rapidamente de volta às classes D e E, conforme mostra reportagem publicada pela Folha de S. Paulo.

Algumas pessoas, ainda, estão indo direto para a miséria pelas consequências da Covid-19 e da desorganização das políticas de mitigação da pandemia do governo Jair Bolsonaro, destaca o jornal.

Enquanto classes mais favorecidas começam a estabilizar a renda ou a obter ganhos, as classes D e E – cada vez mais numerosas – devem amargar nova queda de quase 15% em seus rendimentos neste ano.

Isso não só aumentará a desigualdade social brasileira, mas retardará a recuperação econômica uma vez que esse contingente da população consumirá menos, destaca a Folha.

Com a paralisação de muitas atividades em 2020 e a interrupção do auxílio emergencial em dezembro —só retomado em abril, com valores bem menores—, milhões de brasileiros estão despencando diretamente da classe C para a miséria.

Em 2019 o Brasil tinha cerca de 24 milhões de pessoas na pobreza extrema, ou 11% da população, vivendo com menos de R$ 246 ao mês. Agora, são 35 milhões, ou 16% do total, segundo a FGV Social com base nas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios Contínua e Covid-19.

De acordo com a FGV Social, quase 32 milhões de pessoas deixaram a classe C desde agosto do ano passado, ápice do pagamento do auxílio emergencial pelo governo Bolsonaro, em direção a uma vida pior.

A classe E, com renda domiciliar até R$ 1.205, segundo os critérios da FGV Social, foi a que mais inchou: cresceu em 24,4 milhões de pessoas. Já a classe D (renda entre R$ 1.205 e R$ 1.926) aumentou em 8,9 milhões, indica a FGV.

Vai entregar todo o país... Medida implantada pelo desequilibrado permite que companhias de fora do país participem de licitações e concorrências públicas

Em outubro de 2020, o ex-capitão (sem partido) autorizou a inscrição de empresas estrangeiras no Sistema de Cadastro de Fornecedores do governo Federal (Sicaf). Assim, corporações de fora do país podem participar de licitações e concorrências públicas. Até o momento, 123 fornecedores estrangeiros se cadastraram, a maioria deles vindos dos Estados Unidos.

No mesmo ano em que Bolsonaro autoriza a entrada de empresas estrangeira no país, a indústria brasileira teve queda de 4,5% em sua produção. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Um total de 26 ramos industriais pesquisados tiveram queda na produção em 2020. As quatro grandes categorias econômicas da indústria registraram queda. São elas: bens de consumo duráveis (-19,8%), bens de capital, ou seja, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-9,8%), bens de consumo semi e não duráveis (-5,9%) e bens intermediários como insumos industrializados usados no setor produtivo (-1,1%).

É a mesma polícia... A mesma polícia que apoia o insano, persegue trabalhadores e negros, é também a que mais está pagando pelas loucuras do “mito”.

A Covid-19 matou 465 policiais no Brasil no ano passado. Esse é mais que o dobro do número de agentes assassinados no país que chegou a 198. As informações são de um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Núcleo de Estudos da Violência da USP, em parceria do G1, com base nos confrontos com civis ou lesões não naturais com intencionalidade envolvendo policiais em atividade, os estados com mais policiais mortos pela doença foram Rio de Janeiro (65), Amazonas (50) e Pará (49).

Segundo o estudo, São Paulo seguiu essa trágica linha, os policiais militares, civis e técnico-científicos que atuam no estado morreram mais em decorrência do coronavírus do que em confrontos realizados em serviço no ano passado. Enquanto a covid-19 matou 43 policiais, 22 morreram em serviço.

O levantamento mostra também, que foram afastados da função em algum momento 126.154 policiais, o que representa 25% do total do efetivo no país.

O Monitor da Violência também mostra que as pessoas negras foram 78% dos mortos pelas polícias militar e civil no Brasil em 2020. Segundo informações do estudo, quase quatro a cada cinco pessoas mortas por policiais são pretas ou pardas. O estudo mostra também que não há transparência das informações: 11 estados brasileiros não divulgaram dados sobre raça das pessoas mortas pelas corporações.

A direita não brinca. O partido Peru Livre denunciou na quinta-feira (29) mensagens com ameaças de morte que o candidato da legenda Pedro Castillo vem recebendo durante a campanha para o segundo turno das eleições presidenciais peruanas que acontecem em 6 de junho contra Keiko Fujimori.

Além das ameaças, a sigla também alertou sobre a “possibilidade” de serem utilizados “artefatos explosivos” em eventos políticos do candidato na região de Lima, capital do Peru.

O candidato à Presidência pelo Peru Livre, que se apresenta como marxista, garantiu não temer as ameaças e afirmou que não alterará seus dados pessoais diante de tais declarações, pois “seria covardia”.

O partido não deu maiores detalhes sobre os supostos autores desses crimes, embora em dias anteriores Roger Najar, integrante do Peru Livre, tenha denunciado ameaças contra a vida do fundador do partido, Vladimir Cerrón, mas sem apontar os responsáveis.

Pesquisas de intenções de votos no país apontam uma vantagem de Castillo contra sua oponente do Força Popular. O levantamento do Instituto de Estudos Peruanos (IEP), por exemplo, divulgado nesta segunda-feira (26/04), indica uma diferença de 20 pontos entre os candidatos.

O professor de Cajamarca é favorito em todas as regiões, perdendo para a filha do ex-ditador Alberto Fujimori somente em Lima e região metropolitana. Cerca de 18% dos entrevistados declararam que se identificam com as propostas da coligação Peru Livre, 11% se consideram alinhados ao antifujimorismo e 20% declararam que Castillo representa algo novo na política.

O partido Peru Livre anunciou ainda nesta quinta que Castillo foi transferido de forma “urgente” para uma clínica em Lima após sofrer uma “descompensação respiratória”, de modo que a agenda política do candidato foi suspensa.

“Nosso candidato Pedro Castillo está sendo levado às pressas para uma clínica em Lima devido a uma descompensação respiratória. As atividades programadas para hoje estão suspensas”, afirmou a legenda.

Devido ao atendimento de última hora e o cancelamento de um evento na capital do Peru, Castillo agradeceu aos que compareceram e disse que o encontro será “recompensado”.

A direita teme um professor camponês! O atual processo eleitoral que atravessa o Peru com vistas à eleição do próximo presidente do país, no dia 6 de junho, vem revelando todas as misérias intelectuais e morais do bicentenário oficial do Peru. A oligarquia peruana, seus intelectuais, formadores de opinião, evasores, empresários religiosos, mídia corporativa ... todos em guerra desigual contra um camponês com um lápis.

As circunstâncias políticas colocam o eleitorado peruano em um dilema inevitável: ou optamos pela notória corrupção pública ou optamos por prometer dignidade. É disso que se trata o próximo dia 6 de junho.

Pedro Castillo é agricultor, professor rural e líder docente, das profundezas dos Andes peruanos, aos 51 anos, materializa a promessa da “reserva moral” e do “orgulho / dignidade nacional” do Peru.

Ele promete rever os contratos de privatização, nacionalizar o gás de Camisea, cobrar impostos das empresas, convocar uma Assembleia Popular Constituinte e renunciar ao seu salário presidencial.

Nesse contexto absolutamente incômodo para a oligarquia peruana, todos os empresários sonegadores que enriqueceram com os processos de privatização, mesmo os iludidos moradores de classe média de Lima que ostentam honestidade intelectual e retidão moral, agora cerram fileiras contra Pedro Castillo, acusando-o de “radical”, “Desestabilizador da democracia” e “terrorista”. Até a esquerda neoliberal exige que Castillo modere seu programa de governo!

No Peru oficial de hoje, como na época de Mariátegui, o camponês continua sendo um “ninguém”. O “não” cidadão, está condenado a arcar com a responsabilidade de alimentar o país sem gozar de quaisquer direitos ou oportunidades. Muito menos sobre direitos políticos.

Um camponês, lápis na mão, pode passar a governar o Peru crioulo. Àquele país que se gabou de superioridade cultural, durante séculos, diante de seus vizinhos como a Bolívia, justamente porque sua sede de governo era a cidade do vice-reinado de Lima com cheiro de naftalina. Esta é uma derrota mental e intelectual para a oligarquia. Um camponês ignorante, um ninguém, vem educá-lo de lápis na mão.

Mais assassinatos da Colômbia. Sujeitos desconhecidos assassinaram cinco pessoas no domingo passado no município de Andes, no departamento de Antioquia, no noroeste, o que constituiu um novo massacre ocorrido na Colômbia.

O deputado por Antioquia, Camilo Calle, denunciou em seu Twitter que o massacre ocorreu na noite de domingo na fazenda Santa Cruz, aldeia La Piedra, a 20 minutos da sede do município.

“É o segundo massacre até agora, em 2021, naquele município. Em ambos, cinco pessoas perderam a vida. Quanta dor e quanta impotência. Para o Sudoeste (de Antioquia) temos que acompanhá-lo e cuidar dele. Tristeza!”, expressou o legislador.

O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), que apontou que várias gangues armadas atuam na área, denunciou que este é o 31º massacre que ocorre até agora em 2021.

Militares franceses assanhados? A imprensa francesa noticiou, na terça-feira (27), que a líder de extrema direita Marine Le Pen, candidata à eleição presidencial de 2022, voltou a mostrar sua verdadeira face antirrepublicana ao manifestar apoio a uma carta aberta de 1.200 militares da reserva, incluindo 24 generais. No texto, publicado na semana passada pela revista ultraconservadora Valleurs Actuelles, os oficiais acenam com uma intervenção caso o presidente Emmanuel Macron não aja para “erradicar os perigos” que estariam levando o país à desintegração e ao declínio.

A iniciativa do texto partiu do ex-capitão Jean-Pierre Fabre Bernadac, de 70 anos, que abandonou o uniforme em 1987 e depois se converteu em agente de segurança de um grupo de luxo, observa o jornal liberal L'Opinion. A publicação destacou em sua manchete: “Exército e extrema direita: militares da reserva sonham com uma insurreição”.

O documento foi publicado no dia em que o “Golpe dos generais” de 21 de abril de 1961, também chamado de “Golpe de Argel”, completou 60 anos. Na época, um grupo de militares, liderados por quatro generais, tentou dar um golpe de Estado contra o então presidente Charles de Gaulle por ele ter decidido abrir mão da colonização da Argélia.

A carta endereçada ao presidente Macron, e que recebeu o apoio de Marine Le Pen, diz textualmente: “Estamos prontos para apoiar políticas que levem em consideração a salvaguarda da nação. Por outro lado, se nada for feito, a frouxidão continuará a se espalhar inexoravelmente na sociedade, acabando por causar uma explosão e a intervenção de nossos companheiros ativos em uma missão perigosa para proteger nossos valores civilizacionais. Contaremos milhares de mortos que estão sob sua responsabilidade”.

A ministra das Forças Armadas, Florence Parly, defende sanções contra os militares que desrespeitaram o dever de reserva, incluindo os vinte generais signatários do documento. Ela se refere à iniciativa como “irresponsável” e defende também a punição dos soldados ativos que aderiram ao manifesto. “Pedi ao chefe do Estado-Maior que aplicasse as regras que estão previstas no estatuto dos militares, ou seja, as sanções”, disse a ministra em entrevista à rádio France Info.

Entre os generais signatários do texto figura Christian Piquemal, já punido em 2019 por participar de uma manifestação em Calais (norte) contra a “islamização da Europa”. Mas nenhum general cinco estrelas do Exército endossou a ameaça. 

Marine Le Pen diz compartilhar a “aflição” manifestada pelos militares franceses, que devem “se levantar para salvar o país”. A um ano da eleição presidencial, a candidata convida “os patriotas” a se unir a ela nesta "batalha pacífica".

Muita arma no planeta! O Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI) publicou nesta semana novos dados sobre os gastos militares globais para o ano 2020, um número que cresceu pelo quinto ano consecutivo para chegar a 1,98 trilhão de dólares, 64 bilhões a mais que no ano anterior. Este aumento de 2,4% em termos reais, ocorre no primeiro ano da pandemia causada pela Covid-19.

Os cinco países que lideram o ranking de maiores gastos militares mundiais em 2020 foram Estados Unidos, China, Índia, Rússia e Reino Unido, que juntos responderam por 62% dos gastos militares globais. Os gastos militares dos EUA cresceram 4,4% em 2020, para US $ 778 bilhões. China (+ 1,9%), Índia (2,1%), Rússia (2,5%) e Reino Unido (2,9%) também aumentaram seus gastos militares em 2020. Os gastos militares acumulados dos países membros da OTAN chegam a 1,1 trilhão de dólares, 56% dos o mundo total. Quase todos os países membros da OTAN aumentaram seus orçamentos militares em 2020, 12 dos quais alocaram 2% ou mais de seu PIB para gastos militares.

Se somarmos os gastos dos estados membros da União Europeia, o agregado é de 233 bilhões, 12% do total, o terceiro maior gasto do mundo, depois dos Estados Unidos e da China. A publicação destes dados coincide com a celebração esta semana no Parlamento Europeu do debate e votação final sobre a criação do Fundo Europeu de Defesa (EDF, por sua sigla em inglês), que irá atribuir 8 mil milhões de euros aos militares e militares indústria. segurança durante o período de 2021-2027. Este valor irá aumentar os já crescentes orçamentos de defesa de cada Estado-Membro.

Os novos dados divulgados pelo SIPRI colocam mais uma vez a Espanha na 17ª posição no ranking dos países com maior despesa militar em 2020, com um valor de € 17.400 milhões, registando uma ligeira redução face ao ano anterior. Segundo os cálculos do Centre Delàs d'Estudis per la Pau, o valor é superior e atinge os 20.050 milhões de euros, o equivalente a 55 milhões de euros diários, dados que têm em conta parte do orçamento consolidado do Ministério da Defesa, de € 10.199.000, o resto das despesas militares distribuídas em outros ministérios que não estão incluídas nos créditos de defesa (que a OTAN aconselha os países membros). Jordi Calvo, coordenador do Centre Delàs d'Estudis per la Pau e vice-presidente do IPB, alertou para a necessidade de reduzir as despesas militares: “A Espanha aumentou seus gastos militares em meio à pandemia e decidiu aumentá-los até 2021, estamos falando de um aumento próximo a 10%. Note-se que a previsão de P&D militar para 2021 é de 800 milhões e a P&D em saúde, destinada a vacinas ou outras eventualidades, é de 200 milhões”.

Sobre o poder militar da Rússia. A OTAN jamais igualará o poder militar russo, pois a aliança tem apenas uma função propagandística, afirmou o ex-secretário adjunto do Tesouro dos EUA, Paul Craig Roberts.

“A OTAN nunca vai alcançar o poder militar russo. A OTAN serve principalmente como aprovação europeia da política externa dos EUA [...] Ela tem uma função propagandística”, afirmou Roberts.

Ele também apontou que é importante compreender que a política hegemônica dos EUA “não deixa nenhuma base para acordos”.

“O que Washington exige é a rendição da soberania russa. As respostas responsáveis, moderadas e não confrontadoras de Putin às ameaças e insultos de Washington não o beneficiarão nem a ele nem à Rússia [...] Putin e a Rússia são vistos por Washington como obstáculos à hegemonia dos EUA, e o poderoso e difundido complexo militar dos EUA precisa da Rússia como inimiga para justificar seu orçamento e força. Isso não deixa possibilidade de melhorar a relação”, ressaltou.

As relações entre a OTAN e a Rússia se deterioraram significativamente devido ao conflito ucraniano em 2014, com a aliança acusando Moscou de interferir nos assuntos internos da Ucrânia e de aumentar sua presença militar no Leste europeu.

A Rússia expressou repetidamente sua preocupação com o aumento das atividades da OTAN na região e enfatizou que elas representam uma ameaça real para a sua segurança.

Encontro de Putin e Biden! Depois de vários convites de Putin, a Casa Branca e o Kremlin negociam a realização de encontro entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin.

Desde a posse do novo presidente dos EUA as relações entre Moscou e Washington já passaram por altos e baixos. Biden manteve na agenda sanções contra a Rússia e frequentes acusações sobre interferência de Moscou na política interna dos EUA.

Por outro lado, fora dos holofotes da mídia, avanços importantíssimos foram feitos: EUA e Rússia acordaram a prorrogação do Tratado START, acordo que regula armas nucleares estratégicas das duas superpotências militares.

Desde o início de março, declarações de autoridades ucranianas sobre a possibilidade de mobilização militar na Ucrânia levaram a Rússia a mobilizar tropas em suas fronteiras.

Alarmado pelas movimentações russas, o presidente dos EUA, Joe Biden, realizou gesto diplomático ao convidar seu homólogo russo, Vladimir Putin, para uma reunião presencial.

De acordo com a Casa Branca, Biden teria proposto o encontro dos líderes em um “terceiro país”, com o intuito de construir relações “estáveis e previsíveis” com a Rússia.

O encontro entre Biden e Putin pode ser uma oportunidade para que Rússia e EUA retomem diálogo positivo sobre controle de armamentos nucleares.

Biden diz que vai manter presença militar no Pacífico. O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou durante seu primeiro discurso ao Congresso após assumir o cargo, feito na quarta-feira (28) que manterá presença militar nos oceanos Índico e Pacífico. O mandatário também tratou das medidas econômicas que anunciou e dos casos de racismo no país.

“Cem dias atrás, a casa dos EUA estava pegando fogo. Tivemos que agir, então aprovamos o Plano de Resgate Americano, administramos mais de 200 milhões de injeções, enviamos mais de 160 milhões de cheques de ajuda, fornecemos comida e aluguel para milhões de pessoas e fornecemos empréstimos para pequenas empresas”, disse o presidente.

O discurso teve como objetivo comprovar a necessidade de os EUA, segundo ele, “ganharem o século 21”. Para isso, Joe Biden afirmou que o país “vai ser a nação mais importante do mundo”.

“Para vencer essa competição do futuro, temos que criar uma geração sem precedentes nas famílias e nos nossos filhos”, disse. Biden propôs medidas econômicas e trabalhistas como a criação de mais de “1,3 milhão de novos empregos em 100 dias”.

“São mais empregos nos primeiros 100 dias [de governo] do que em qualquer outro governo”, disse ele. “Todos nós podemos ser milionários, mas temos que pagar nossa parte”, disse Joe Biden, referindo-se às empresas.

“Todos nós vimos a injustiça contra os afro-americanos”, insistiu o presidente no Congresso, “e reforçamos a necessidade de eliminar o racismo sistêmico”. Joe Biden destacou a importância de ter um projeto de lei que interfira na violência contra as mulheres.

“Quinze mulheres são baleadas e mortas por seus parceiros em um mês nos Estados Unidos”, relatou o presidente. Ele também falou sobre a busca de soluções, tanto por republicanos quanto por democratas, na redução da posse de armas.

Quer “paz” com a Rússia. No mesmo dia, Joe Biden teceu comentários sobre a relação de Washington com a Rússia, durante seu discurso ao Congresso norte-americano marcando seu 100º dia na Casa Branca.

Os EUA não buscam uma escalada de tensões com a Rússia e acreditam que ambos os países podem cooperar, disse Biden. Segundo o presidente norte-americano, tanto Moscou quanto Washington podem cooperar em áreas de interesse mútuo, como na questão do controle de armas nucleares e em relação às mudanças climáticas.

“Com relação à Rússia, deixei bem claro ao presidente [Vladimir] Putin que, embora não busquemos uma escalada, suas ações têm consequências”, disse Biden, conforme consta na transcrição do discurso fornecida com antecedência pela Casa Branca.

As tensões se intensificaram entre Washington e Moscou após um relatório da inteligência dos EUA deste ano acusando a inteligência russa de hackear sistemas de tecnologia da informação dos EUA no ano passado, e de interferir nas eleições presidenciais de 2020 nos EUA para prejudicar a campanha de Biden.

Em abril, a Casa Branca aplicou sanções contra 32 entidades e indivíduos russos em resposta às acusações e atos considerados hostis contra os interesses norte-americanos. Em diversas ocasiões o governo russo negou as acusações e apontou que elas carecem de evidências.

As tensões já estavam em alta entre os dois países após uma entrevista de Biden, em março, na qual ele afirmou que Putin “pagaria um preço” pela suposta interferência na eleição dos EUA e chamou o presidente russo de “assassino”.

Em resposta, Putin desejou saúde ao estadunidense e afirmou que ele deveria olhar para o passado dos EUA antes de fazer tais acusações. Mais tarde, ambos conversaram ao telefone e Biden convidou Putin para um encontro presencial em um terceiro país.

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