É para rir ou para chorar?
Mais uma vergonha passada por brasileiros aqui e no
exterior. O ex-capitão insano viajou com uma enorme comitiva para participar de
uma reunião do G-20 que está tratando do delicado tema do clima no planeta e a
importância de defender o meio ambiente. Sem ficar com a cara vermelha, ele
afirmou que seu governo está “investindo muito” nesses problemas e que tem um “apoio
popular muito grande”.
E levantou sorrisos quando disse que o Brasil cuidou do
problema da vacinação contra o Covid-19 desde o início, mas, curiosamente, era
o único Chefe de Estado presente que não tomou a vacina e estava sem máscara!
Aproveitando a viagem à Itália, diplomatas brasileiros
haviam conseguido que a prefeita da cidade de Anguillara Veneta, Alessandra
Buoso, do partido de ultradireita Liga, propusesse à Câmara de Vereadores o
título alegando que “um bisavô dele” teria nascido ali. Mas o tiro saiu pela
culatra!
Manifestantes da organização ambientalista “Rise Up 4 Climate
Justice” jogaram esterco na sede prefeitura e a fachada do edifício foi pichada
com a frase “Fora Bolsonaro” e manchada com tintas coloridas. Para o grupo, o insano
brasileiro “representa perfeitamente o modelo capitalista, predatório,
destrutivo e colonialista contra o qual lutamos”. Os manifestantes também
afirmam, por meio das redes sociais, que “quem destrói o planeta não é
bem-vindo, nem aqui nem em outro lugar”.
E o Guedes vai enriquecendo. Já
sabíamos que a elevação do dólar tem grande interesse para o ministro
terraplanista porque ele tem investimentos altos em “offshores” e enriquece
ainda mais quando o dólar aumenta. Agora, através de uma entrevista do
economista Davi Deccache, doutorando em Economia pela Universidade de Brasília
e assessor econômico na Câmara dos Deputados, ficamos sabendo que a elevação
das taxas de juros desacelera economia e transfere renda para os mais ricos!
Durante a semana, o Banco Central decidiu elevar a taxa
básica de juros, a Selic, em 1,5%, e anunciou que provavelmente em dezembro
haverá um novo aumento. E vale lembrar que o presidente do Banco Central também
é investidor em “offshores”.
O site Sputnik Brasil entrevistou o economista para
saber se o aumento é, de fato, uma estratégia eficiente no combate à inflação e
quais outras alternativas poderiam ser executadas para estancar a crise econômica
no país. Mas a resposta foi a que todos nós já sabíamos: “como o único
instrumento de controle de preços que há no Brasil hoje é a taxa de juros, ela
fica sobrecarregada para lidar com esse tipo de pressão inflacionária,
entretanto, considero ser essa uma medida excessiva e ineficaz para o tipo de
inflação que nós temos”.
Segundo ele, a medida seria improdutiva a curto e médio
prazo por gerar “efeitos colaterais graves”, uma vez que “a Selic impacta as
taxas bancárias que influenciam tanto no investimento quanto no consumo, e isso
pode piorar as projeções de recuperação econômica”.
Além desse efeito, o especialista destaca mais um, que
seria “uma maior regressividade gerada pela transferência de renda para os
detentores de títulos públicos, detentores esses que estão no alto da pirâmide,
são os mais ricos”. Entenderam?
Enquanto isso... Taxa de desemprego recua para 13,2%, mas maioria dos
trabalhadores está na informalidade (37 milhões), sem carteira assinada (10,8
milhões) ou trabalhando por conta própria (25,4 milhões).
A precariedade dos empregos gerados contribuiu para a
queda do rendimento real dos trabalhadores (R$ 2.489) em -4,3% em relação ao trimestre
anterior e -10,2% se comparado a igual período de 2020. Já a massa de
rendimentos (R$ 219,164 bilhões) - soma de todos os rendimentos das pessoas
ocupadas pesquisadas - ficou estável.
A taxa de informalidade passou de 40% no trimestre
encerrado em maio para 41,1%, no trimestre encerrado em agosto, totalizando 37
milhões de trabalhadores e trabalhadoras.
O IBGE considera informais os trabalhadores sem
carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos),
sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores familiares
auxiliares.
O desalento – pessoas que desistiram de procurar
trabalho depois de muito tentar e não encontrar – atingiu 5,3 milhões de
trabalhadores - redução de 6,4% em relação ao trimestre encerrado em maio e de
8,7% em 1 ano.
Agora vem o pior. Nos anos
80, principalmente, se ouvia os economistas falarem em estagflação. E, de fato,
o problema existia – o fenômeno da estagnação combinado com aumento da taxa de
desemprego e aumento contínuo de preços, ou seja, inflação.
O que não se imaginava é ver o problema voltar com
força e o vocábulo ser retomado com frequência pelos economistas e
comentaristas da área econômica nos veículos de mídia.
No que diz respeito ao emprego, a situação do Brasil
hoje mostra que a desocupação é maior entre os de baixa escolaridade, que
também levam mais tempo para se recolocar no mercado de trabalho.
O jornal Valor Econômico, edição final de semana,
trouxe matéria sobre o tema da estagflação. Por exemplo: a taxa de desemprego
entre os mais pobres chega a 22,66%. Essa faixa de pessoas vive hoje um
desemprego 7,3% acima do que vivia antes da pandemia.
A inflação também atinge a base social pobre de forma
mais dura. Em agosto, os mais pobres tiveram 1.30% de inflação; os de renda
maior enfrentaram inflação de 1,09%. No acumulado, as famílias pobres tiveram
2,1% de aumento no custo de vida frente às mais ricas.
Vão ter que engolir as besteiras ditas! O
demente brasileiro e seus filhos mafiosos, Donald Trump e muitos outros
presidentes pelo mundo afora vão ter que engolir as besteiras ditas.
Na sexta-feira (29), Washington divulgou um relatório
através do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional dos EUA (ODNI, na
sigla em inglês) no qual é relatado que, embora a Comunidade de Inteligência
dos Estados Unidos (IC, na sigla em inglês) permaneça dividida sobre as origens
do SARS-CoV-2, não se acredita que o vírus tenha sido desenvolvido pela China
como arma biológica.
“Julgamos que o vírus não foi desenvolvido como arma
biológica […]. A maioria das agências também avalia que o SARS-CoV-2
provavelmente não foi geneticamente modificado [...]. O IC avalia que as
autoridades chinesas não tinham conhecimento prévio do vírus antes do
surgimento inicial da COVID-19”, diz um trecho do texto.
Equador: a chapa está esquentando. A Federação Única dos Membros da Previdência Social
Rural pede a revogação de todos os decretos que tenham a ver com a questão de
combustíveis. A Federação de Transporte Pesado não participará da conferência. As
lideranças da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) e da
Frente Unitária dos Trabalhadores (FUT) ratificaram a jornada de manifestações
da terça-feira (26).
Leônidas Iza, presidente da Conaie, descreveu o
congelamento como um “engano” e garantiu que as bases do movimento indígena se
declararam em resistência. E reiterou a unidade com outras organizações sociais,
que compõem o chamado Parlamento do Povo.
Outra reivindicação da Conaie é a revogação do Decreto
Executivo 151, sobre o plano de ação da mineração, que “permite a expansão da
atividade extrativista”.
A presidenta da União Nacional dos Educadores (UNE),
Isabel Vargas, também aderiu à iniciativa de se mobilizar diante do
congelamento dos preços dos combustíveis ocorrido com uma alta anterior.
Muita repressão. Como
convocado, os manifestantes foram às ruas no Equador na terça-feira (26) em um
dia de paralisação, convocada por movimentos sociais, para protestar contra
medidas adotadas pelo presidente Guillermo Lasso, e para pedir o congelamento
do preço dos combustíveis e limites ao setor financeiro e mostrar repúdio à
precarização do trabalho no país.
Ações de protesto, com bloqueios de estradas e marchas
nas ruas, se iniciaram a partir da meia noite em todo o território equatoriano
e se estenderam ao longo do dia. A mobilização nacional foi organizada pela
Frente Unitária de Trabalhadores (FUT), pela Confederação de Nacionalidades
Indígenas do Equador (Conaie) e pela União Nacional de Educadores (UNE), além
de outros coletivos.
Durante a jornada, organizações e independentes divulgaram
por meio de redes sociais casos de repressão policial contra manifestantes. Em
Guayas, o líder do Sindicato Nacional dos Educadores, Camilo Medina, foi detido
pela polícia.
Em Imbabura, policiais teriam lançado gás lacrimogêneo
para dispersar os cidadãos. Há relatos de que alguns manifestantes foram
detidos. Na província de Cotopaxi, a polícia teria atirado diretamente no rosto
dos presentes.
O presidente Lasso, um ex-banqueiro que tomou posse em
maio, aumentou o preço da gasolina aditivada em US$ 2,55 por galão e o preço do
diesel em US$ 1,90, poucos dias antes da manifestação marcada para esta terça.
A economia do país é dolarizada.
A mobilização acontece depois de Lasso decretar estado
de exceção em todo o território nacional para combater a “insegurança” e o “narcotráfico”.
A medida permite o uso das Forças Armadas em tarefas de policiamento e o
aumento das verbas das forças de segurança.
A luta continua. Além de dar continuidade à greve nacional iniciada na
terça-feira, 26 de outubro, os movimentos populares, indígenas, camponeses,
operários e estudantis ratificaram a continuidade da mobilização contra as
políticas neoliberais impostas pelo governo, exigiram a libertação imediata dos
37 detidos, e a ampla reparação aos agredidos e feridos pela repressão policial
e militar.
As principais reivindicações foram, além do repúdio ao
aumento dos combustíveis, a reforma trabalhista e tributária promovida pelo
banqueiro e agora neoliberal presidente Guillermo Lasso, especialmente a
questão da chamada Lei de Criação de Oportunidades, que segundo as centrais
sindicais implica uma precariedade de trabalhar
No marco do estado de exceção que vigora no Equador
desde 18 de outubro, imposto pelo Executivo com o argumento de combater o
aumento do narcotráfico e da violência que esta atividade gera, as
manifestações desta terça-feira não foram proibidas pelo Governo de Lasso - que
segundo a Constituição tinha o direito de vetá-lo nesta situação - embora tenha
sido inflexível com os bloqueios de estradas que foram ordenados em várias partes
do país.
As atuais mobilizações lembram os protestos de outubro
de 2019, quando centenas de indígenas realizaram marchas violentas por quase
duas semanas em repúdio ao aumento do preço da gasolina, que resultou em 11
mortes, saques, destruição de parques, ataques ao prédio do Legislativo e o
incêndio no prédio da Controladoria. O então presidente Lenín Moreno recuou com
a medida neoliberal.
Lasso está com problemas sérios! Tudo
parece indicar que o presidente equatoriano Guillermo Lasso, por seus erros
políticos, econômicos e financeiros, tem uma corda no pescoço. Parece que, se a
gravata for apertada, o obrigará a concluir seu mandato antes do final. como
aconteceu anteriormente com outros três líderes dessa nação.
Faltando apenas cinco meses para a presidência, o
milionário Lasso tentou conduzir o país por um caminho neoliberal profundo e
cometeu erros que aparentemente são difíceis de apagar apesar do forte apoio da
mídia hegemônica.
Por ter que cumprir as obrigações contraídas com o
Fundo Monetário Internacional (FMI) para que este organismo lhe desembolsasse
802 milhões de dólares no final de outubro e 700 milhões em dezembro, enviou à
Assembleia Nacional o anteprojeto da “Lei Orgânica para a Criação de
Oportunidades, Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade Fiscal” de caráter
econômico-urgente, para poder superar os últimos meses de 2021.
Com essa perspectiva nada lisonjeira, a bomba
financeira chamada Pandora Papers explode na cara de Lasso, uma investigação do
Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), onde o presidente
aparece ligado a 14 empresas offshore (paraísos fiscais) estabelecidas no
Panamá, Estados Unidos e Canadá.
Nos primeiros momentos, o presidente equatoriano negou
qualquer tipo de relação ou benefício com essas empresas, mas com o passar dos
dias se retraiu e declarou que tinha alguns interesses fora do país. Agora a
Assembleia Nacional aprovou uma comissão para abrir a investigação que
determinará no dia 6 de novembro se um julgamento político terá início contra o
chefe de Estado.
Um grave erro dos EUA. A extradição arbitrária para os EUA pelo governo
cabo-verdiano do empresário e diplomata venezuelano Alex Saab, no dia 16 de
outubro, é na verdade um sequestro, acusado pelo presidente da Venezuela,
Nicolás Maduro. Saab foi detido ilegalmente e preso em 12 de junho de 2020,
enquanto o avião que o conduzia reabastecia a caminho de Teerã para Caracas. Na
época, não havia mandado de prisão internacional, uma versão oficial americana
falsa. O mandado foi emitido pela Interpol no dia seguinte à prisão e retirado
logo em seguida. Na verdade, o Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental, ao qual Cabo Verde reconhece jurisdição, decidiu
em março de 2021 que a prisão de Saab era ilegal porque "o alerta da
Interpol solicitando sua prisão foi emitido um dia após sua prisão" e em
junho do mesmo ano o Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu que ele se
abstivesse. caso foi examinado. Além disso, devido a um incidente, soube-se que
o Grupo de Trabalho das Nações Unidas contra a Detenção Arbitrária e quatro
relatores especiais da organização haviam alertado o governo do sequestro: “A
situação criada pelas máximas autoridades de Cabo Verde violaria gravemente, de
forma ilimitada e prolongada a compromissos de Cabo Verde com os princípios
mais elementares dos direitos humanos”.
É evidente que a seriedade de Saab como empresário ao
longo dos anos, mereceu que Maduro lhe confiasse importantes negociações na
Rússia e no Irã para entregar alimentos e medicamentos desesperadamente
necessários ao povo venezuelano, que sofre com o intensificado bloqueio
norte-americano. Tão importantes foram que recebeu a categoria de enviado
especial, por meio da qual foi dotado de representação oficial e imunidade
diplomática e também uma forma relativa de proteção ao empresário contra a
feroz perseguição por Washington de todas as operações econômicas, comerciais e
financeiras na Venezuela e talvez calculando uma eventual retaliação contra
ele, como finalmente aconteceu.
Pobre Chile! O
candidato de extrema direita à Presidência do Chile, José Antonio Kast, lidera
as intenções de voto, com apenas 3 pontos percentuais de vantagem sobre o
esquerdista Gabriel Boric, de acordo com uma pesquisa publicada pelo instituo
Cadem neste domingo (24/10).
A menos de um mês das eleições, que acontecerão no dia
21 de novembro, o ultradireitista Kast, candidato pelo Partido Republicano, já
havia ultrapassado Boric nas pesquisas em meados de outubro e agora aparece com
23% das intenções de voto.
Já o candidato progressista da chapa Apruebo Dignidad
vem em segundo lugar, com 20%. As intenções de voto de Boric não aumentaram e
nem diminuíram em relação à última pesquisa do dia 18 de outubro. Já Kast subiu
2 pontos percentuais.
Ainda de acordo com a pesquisa, a candidata da
Democracia Cristã, Yasna Provoste, aparece em 3º, com 12%, seguida de Sebastián
Sichel, candidato governista da chapa Chile Vamos, que tem 7% das intenções de
voto.
Diante de seu crescimento nas pesquisas, indicando um
possível segundo turno com Gabriel Boric, Kast acenou neste domingo para
Sichel, candidato da chapa do atual presidente Sebastián Piñera, e disse que “com
certeza” governaria com eles caso fosse eleito.
Abertamente anticomunista e admirador de Donald Trump e
Jair Bolsonaro, Kast concorre pela segunda vez à Presidência, tendo disputado
em 2017, quando chegou a afirmar que, se estivesse vivo, o ditador Augusto
Pinochet “votaria em mim”.
Medida audaciosa do México. A secretária da Energia do México, Rocío Nahle, apontou
que o lítio é um material essencial para a produção de baterias, pelo que os
benefícios de o explorar poderiam ser notados em um curto período de tempo.
Segundo a funcionária federal, a exploração e
tratamento desse elemento exigirá a criação de uma empresa estatal, contou ao
programa Tercer Grado.
Quando questionada sobre a estratégia 4T – ou Quarta
Transformação, definida como estratégia de luta contra a corrupção e a pobreza
no México – Nahle apontou que será o governo que estará encarregado de tal tarefa.
Um jornalista questionou Rocío Nahle se isso queria
dizer que ela estava “anunciando [a criação de] uma empresa estatal”, ao qual a
secretária respondeu afirmativamente.
A criação de tal empresa, explicou ela, será
estabelecida na lei secundária da reforma energética proposta pelo presidente
mexicano, Andrés Manuel López Obrador.
O lítio, por seu lado, revelou ser um elemento bastante
precioso, uma vez que o cloreto de lítio-zircônio poderia ajudar a reduzir os
custos de produção de baterias de lítio de estado sólido e acelerar sua
comercialização em veículos elétricos. Esse material demonstra tolerância à
umidade sem sinais de absorção ou degradação da condutividade quando exposto a
uma atmosfera com 5% de umidade relativa.
Denunciado massacre na Bolívia. Uma
delegação das vítimas dos massacres de Sacaba e Senkata, ocorridos durante o
governo da golpista Jeanine Áñez, apresentou neste sábado na Casa Grande del
Pueblo uma lista de petições em que exigem justiça para as vítimas.
Uma caravana estava chegando na capital, o líder das
vítimas de Sacaba, Roberto Jucumari, pediu justiça “para meus irmãos que caíram
em Huayllani, Sacaba, dói. Quanto tempo vamos pedir justiça?”
A diretoria das Vítimas dos Massacres de Sacaba e
Senkata, além de ativistas de direitos humanos, repudia o Comitê Nacional de
Defesa da Democracia (Conade), Amparo Carvajal, Creemos, CC e a hierarquia da
Igreja Católica “pela capa- cabe aos autores da assinatura do DS 4078”.
Pelo referido decreto, o então governo de Áñez ordenou
a repressão das mobilizações em ambas as partes do país, que apoiavam o
presidente destituído Evo Morales.
O vice-ministro da Justiça e Direitos Fundamentais,
César Siles, explicou que estão trabalhando na elaboração de uma proposta
acusatória de tortura que será apresentada nos próximos dias à Assembleia
Legislativa contra as ex-autoridades do governo de Jeanine Áñez.
Na França, extrema direita está rachada. A
candidata às eleições presidenciais francesas de 2022 Marine Le Pen, líder do
partido de extrema direita Reunião Nacional, realiza uma turnê internacional
para marcar território entre os líderes nacionalistas europeus. Pela primeira
vez, ela deve enfrentar um concorrente de peso dentro do próprio campo da extrema
direita, o jornalista Eric Zemmour, em ascensão nas pesquisas de intenções de
voto na França.
Depois de se reunir na sexta-feira (22) com o primeiro-ministro
polonês, Mateusz Morawiecki, em Bruxelas, Le Pen parte para Budapeste para ser
recebida pelo premiê ultraconservador Viktor Orban, na terça-feira (26/10).
Ambos concederão, juntos, uma coletiva de imprensa.
Há cerca de um mês, Orban também recepcionou Zemmour,
que ainda não oficializou a sua candidatura, mas encontra-se tecnicamente
empatado com Le Pen nas sondagens para as eleições francesas, com cerca de 17%.
Na sua viagem à Hungria, entretanto, o jornalista teve de se contentar com uma
reunião privada com o premiê, à margem de um encontro de direita conservadora
que ocorreu no país em setembro.
Ao ser vista lado a lado com Orban, que exprime posições
inflexíveis sobre a imigração e as pessoas LGBT+, a política acena para a ala
radical de seus eleitores. Esses militantes, insatisfeitos com o tom mais
moderado que o partido de Le Pen adotou nos últimos anos e o rompimento com o
fundador da sigla, Jean-Marie Le Pen, pai de Marine, estão suscetíveis a mudar
o voto no próximo pleito.
Possível crise em Portugal. A
Assembleia da República de Portugal rejeitou na quarta-feira (27) o Orçamento
do Estado proposto pelo primeiro-ministro António Costa (Partido Socialista).
Tanto o Bloco de Esquerda (BE), quanto o Partido Comunista Português (PCP) –
que dão sustentação ao governo do premiê na coligação não oficial que ficou conhecida
como “geringonça” – votaram contra o texto.
A decisão abriu uma crise política no país. O
presidente Marcelo Rebelo de Sousa já havia anunciado que, caso o Orçamento não
fosse aprovado, dissolveria o Parlamento e convocaria novas eleições legislativas.
Sem os votos dos partidos de esquerda, o governo de
Costa não tem sustentação parlamentar. O PS tem um governo de minoria, com 108
dos 230 deputados. O BE tem 19 e o PCP, 12, o que dá, assim, uma maioria
extraoficial aos socialistas.
Esse esquema, que ficou conhecido justamente como “geringonça”,
desabou com a reprovação do orçamento nesta quarta.
Em discurso ao Parlamento antes da votação, Costa disse
que "um voto contra da esquerda é uma derrota pessoal para ele",
afirmando que tem orgulho do que conquistou nos "últimos seis anos" de
"geringonça".
Entre as reivindicações feitas pelo BE e pelo PCP,
estavam alterações na legislação trabalhista, um maior reajuste no salário mínimo,
mudanças em impostos e um incentivo maior ao sistema de saúde, fragilizado por
conta da pandemia de covid-19. Os três partidos chegaram a se sentar para
negociar modificações do orçamento, mas não conseguiram alcançar um acordo.
Israel se prepara para a guerra! O
jornal The Times of Israel informou na segunda-feira (25) que dispõe de
informações sobre o plano de preparação para um possível ataque contra
instalações nucleares do Irã.
De acordo com o jornal, alguns detalhes do plano estão
atualmente na fase de "esboço" e podem estar prontos para serem executados
na prática no início de 2022, enquanto as partes mais complexas da operação
podem levar mais de um ano para serem "totalmente acionáveis".
As Forças de Defesa de Israel (FDI) devem abordar
vários aspectos-chave dessa operação, incluindo o problema de conseguir atingir
as instalações iranianas escondidas no subsolo, sobrevivendo à sofisticada e
avançada rede de defesa antiaérea do Irã e preparando-se para as retaliações
contra Israel e seus aliados em toda a região.
Além do mais, o artigo observa que os ataques aéreos
contra alvos sírios, que Israel frequentemente afirma serem iranianos, também
ajudam a Força Aérea israelense (FAI) a se preparar para uma operação contra o
próprio Irã.
Por meio desses ataques secretos e ilegais, pilotos
israelenses estão se familiarizando com alguns dos radares avançados, sistemas
de mísseis e centros de comando que eles podem enfrentar no Irã.
Na semana passada, a mídia israelense informou que as
autoridades do país aprovaram um orçamento de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 8,22
bilhões) para preparar o Exército para um possível ataque contra o programa
nuclear do Irã.
Sobre a construção do Nord Stream 2. A
Rússia construiu o gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) para
redirecionar a exportação de petróleo e gás das rotas de trânsito que passam
por territórios de vários países pós-soviéticos e ex-Estados satélites,
escreveu em seu artigo na revista Bloomberg o analista do mercado petrolífero
Julian Lee.
Entre esses países o autor do texto relaciona: Ucrânia,
Moldávia, Belarus, Polônia, República Tcheca, Romênia, Eslovênia e Bulgária.
“As relações de Moscou com muitos desses países
mudaram, e não para melhor, do ponto de vista de Moscou [...] Não admira que a
Rússia pretenda acabar com sua dependência de tais laços”, destacou Lee.
Além disso, o autor do artigo contestou que o gasoduto
Nord Stream 2 tenha sido criado como uma “armadilha de gás” para a Europa, algo
em que muita gente no Ocidente acredita.
O Nord Stream 2 vai desde a costa russa, através do mar
Báltico, até a Alemanha e é composto por duas linhas de gasodutos com uma
capacidade total de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano. A construção
do gasoduto foi concluída em 10 de setembro.
Mais ricos com a pandemia! Os
bilionários estadunidenses ficaram mais ricos em US $ 2,1 trilhões durante a
pandemia, e suas fortunas coletivas dispararam 70%, de pouco menos de US $ 3 trilhões
no início da crise COVID, em 18 de março de 2020, para mais de 5 trilhões em
outubro 15 deste ano, segundo dados da Forbes analisados pelo Americans for Tax Fairness (ATF) e pelo Programa
de Desigualdade do Institute for Policy Studies (IPS).
Não apenas a riqueza dos bilionários dos EUA cresceu,
mas seu número também cresceu: em março do ano passado, havia 614 americanos
com contas bancárias de dez dígitos. Hoje são 745.
Os US $ 5 trilhões de riqueza agora pertencentes aos
745 bilionários são dois terços mais do que US $ 3 trilhões de riqueza
pertencentes aos 50% mais pobres das famílias americanas, de acordo com
estimativas do Federal Reserve Board.
Sessenta e sete organizações nacionais enviaram uma
carta ao Congresso expressando preocupação de que nem o plano do Comitê de
Caminhos e Meios, nem os bilionários fiscais do presidente Biden de forma
adequada. Eles recomendam que a legislação do Imposto de Renda dos Bilionários
(BIT) que está sendo desenvolvida pelo Senador Ron Wyden, Presidente do Comitê
de Finanças, seja incluída na legislação final do BBB. O presidente Biden também apoia essa reforma
tributária.
A maior parte dos lucros desses enormes bilionários não
são tributados de acordo com as regras atuais e desaparecem completamente para
fins fiscais quando são repassados para a
próxima geração. Com o
BIT de Wyden, os bilionários começarão a pagar impostos sobre seu
aumento de riqueza a cada ano, assim como os trabalhadores pagam impostos sobre
sua folha de pagamento todos os anos.
O imposto se aplicará apenas aos contribuintes cuja
riqueza exceda US $ 1 bilhão - cerca de 700 famílias. Será aplicado anualmente
sobre ativos negociáveis, como ações, cujo valor é conhecido no início e no
final do exercício. Para ativos não negociáveis, como propriedade de empresas
ou imóveis, os impostos serão diferidos até que o ativo seja vendido.
O Pentágono está com medo. A
comunidade de inteligência dos EUA avaliou que o Daesh poderia ter a capacidade
de atacar o país em apenas seis meses, e parece que pretende fazê-lo.
As observações de Colin Kahl, oficial sênior do Pentágono,
ao Congresso, na terça-feira (26), apontam que o Afeganistão ainda pode trazer
sérias preocupações de segurança nacional para Washington, mesmo com o final de
quase duas décadas de guerra em agosto de 2021.
O Talibã, grupo insurgente que acabou tomando o controle
de Cabul, é inimigo do Daesh, que por sua vez conduziu atentados suicidas e
outros ataques após a retirada dos EUA do Afeganistão.
Porém, ante o Comitê de Serviços Armados do Senado,
Kahl disse que ainda não estava claro se o Talibã tem capacidades de combater
eficazmente o Daesh.
Joe Biden disse que os EUA continuarão atentos às
ameaças provenientes do país da Ásia Central, realizando operações de coleta de
informação onde foram identificadas ameaças de grupos como o Daesh e a Al-Qaeda
(organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), segundo a
mídia.
Trabalhadores do McDonalds nos EUA param. Trabalhadores
da rede de fast-food McDonalds entraram em greve em 12 cidades dos EUA para
protestar contra o assédio sexual sofrido principalmente por funcionárias
mulheres durante o expediente.
Empregados de unidades do restaurante em regiões como
Chicago, Detroit, Houston e Miami paralisaram as atividades e realizaram
marchas em frente aos locais de trabalho na terça-feira (26). “Eu estou em
greve porque, apesar de anos de protestos, o McDonalds ainda se recusa a tomar
a responsabilidade pelas inúmeras mulheres e adolescentes que enfrentam assédio
no trabalho”, disse Jamelia Fairley, que trabalha em uma filial em Sanford, na
Flórida.
O movimento NC Raise Up, entidade sindical que convocou
a paralisação, destacou que a decisão dos trabalhadores foi estimulada por uma
denúncia feita por uma adolescente de 14 anos de idade que trabalhava em uma
unidade do McDonalds em Pittsburgh e que disse ter sido assediada pelo próprio
gerente da filial. De acordo com os trabalhadores, nenhuma medida foi tomada
pela empresa após a denúncia.
Essa é a quinta greve desde 2018 que os trabalhadores
da rede organizam contra casos de assédio. Segundo os organizadores, mais de 50
processos já foram abertos contra a empresa desde o ano de 2016 e foram “amplamente
ignorados”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário