sábado, 30 de outubro de 2021

Informativo semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


É para rir ou para chorar?

Mais uma vergonha passada por brasileiros aqui e no exterior. O ex-capitão insano viajou com uma enorme comitiva para participar de uma reunião do G-20 que está tratando do delicado tema do clima no planeta e a importância de defender o meio ambiente. Sem ficar com a cara vermelha, ele afirmou que seu governo está “investindo muito” nesses problemas e que tem um “apoio popular muito grande”.

E levantou sorrisos quando disse que o Brasil cuidou do problema da vacinação contra o Covid-19 desde o início, mas, curiosamente, era o único Chefe de Estado presente que não tomou a vacina e estava sem máscara!

Aproveitando a viagem à Itália, diplomatas brasileiros haviam conseguido que a prefeita da cidade de Anguillara Veneta, Alessandra Buoso, do partido de ultradireita Liga, propusesse à Câmara de Vereadores o título alegando que “um bisavô dele” teria nascido ali. Mas o tiro saiu pela culatra!

Manifestantes da organização ambientalista “Rise Up 4 Climate Justice” jogaram esterco na sede prefeitura e a fachada do edifício foi pichada com a frase “Fora Bolsonaro” e manchada com tintas coloridas. Para o grupo, o insano brasileiro “representa perfeitamente o modelo capitalista, predatório, destrutivo e colonialista contra o qual lutamos”. Os manifestantes também afirmam, por meio das redes sociais, que “quem destrói o planeta não é bem-vindo, nem aqui nem em outro lugar”.

E o Guedes vai enriquecendo. Já sabíamos que a elevação do dólar tem grande interesse para o ministro terraplanista porque ele tem investimentos altos em “offshores” e enriquece ainda mais quando o dólar aumenta. Agora, através de uma entrevista do economista Davi Deccache, doutorando em Economia pela Universidade de Brasília e assessor econômico na Câmara dos Deputados, ficamos sabendo que a elevação das taxas de juros desacelera economia e transfere renda para os mais ricos!

Durante a semana, o Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 1,5%, e anunciou que provavelmente em dezembro haverá um novo aumento. E vale lembrar que o presidente do Banco Central também é investidor em “offshores”.

O site Sputnik Brasil entrevistou o economista para saber se o aumento é, de fato, uma estratégia eficiente no combate à inflação e quais outras alternativas poderiam ser executadas para estancar a crise econômica no país. Mas a resposta foi a que todos nós já sabíamos: “como o único instrumento de controle de preços que há no Brasil hoje é a taxa de juros, ela fica sobrecarregada para lidar com esse tipo de pressão inflacionária, entretanto, considero ser essa uma medida excessiva e ineficaz para o tipo de inflação que nós temos”.

Segundo ele, a medida seria improdutiva a curto e médio prazo por gerar “efeitos colaterais graves”, uma vez que “a Selic impacta as taxas bancárias que influenciam tanto no investimento quanto no consumo, e isso pode piorar as projeções de recuperação econômica”.

Além desse efeito, o especialista destaca mais um, que seria “uma maior regressividade gerada pela transferência de renda para os detentores de títulos públicos, detentores esses que estão no alto da pirâmide, são os mais ricos”. Entenderam?

Enquanto isso... Taxa de desemprego recua para 13,2%, mas maioria dos trabalhadores está na informalidade (37 milhões), sem carteira assinada (10,8 milhões) ou trabalhando por conta própria (25,4 milhões).

A precariedade dos empregos gerados contribuiu para a queda do rendimento real dos trabalhadores (R$ 2.489) em -4,3% em relação ao trimestre anterior e -10,2% se comparado a igual período de 2020. Já a massa de rendimentos (R$ 219,164 bilhões) - soma de todos os rendimentos das pessoas ocupadas pesquisadas - ficou estável.

A taxa de informalidade passou de 40% no trimestre encerrado em maio para 41,1%, no trimestre encerrado em agosto, totalizando 37 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

O IBGE considera informais os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores familiares auxiliares.

O desalento – pessoas que desistiram de procurar trabalho depois de muito tentar e não encontrar – atingiu 5,3 milhões de trabalhadores - redução de 6,4% em relação ao trimestre encerrado em maio e de 8,7% em 1 ano.

Agora vem o pior. Nos anos 80, principalmente, se ouvia os economistas falarem em estagflação. E, de fato, o problema existia – o fenômeno da estagnação combinado com aumento da taxa de desemprego e aumento contínuo de preços, ou seja, inflação.

O que não se imaginava é ver o problema voltar com força e o vocábulo ser retomado com frequência pelos economistas e comentaristas da área econômica nos veículos de mídia.

No que diz respeito ao emprego, a situação do Brasil hoje mostra que a desocupação é maior entre os de baixa escolaridade, que também levam mais tempo para se recolocar no mercado de trabalho.

O jornal Valor Econômico, edição final de semana, trouxe matéria sobre o tema da estagflação. Por exemplo: a taxa de desemprego entre os mais pobres chega a 22,66%. Essa faixa de pessoas vive hoje um desemprego 7,3% acima do que vivia antes da pandemia.

A inflação também atinge a base social pobre de forma mais dura. Em agosto, os mais pobres tiveram 1.30% de inflação; os de renda maior enfrentaram inflação de 1,09%. No acumulado, as famílias pobres tiveram 2,1% de aumento no custo de vida frente às mais ricas.

Vão ter que engolir as besteiras ditas! O demente brasileiro e seus filhos mafiosos, Donald Trump e muitos outros presidentes pelo mundo afora vão ter que engolir as besteiras ditas.

Na sexta-feira (29), Washington divulgou um relatório através do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional dos EUA (ODNI, na sigla em inglês) no qual é relatado que, embora a Comunidade de Inteligência dos Estados Unidos (IC, na sigla em inglês) permaneça dividida sobre as origens do SARS-CoV-2, não se acredita que o vírus tenha sido desenvolvido pela China como arma biológica.

“Julgamos que o vírus não foi desenvolvido como arma biológica […]. A maioria das agências também avalia que o SARS-CoV-2 provavelmente não foi geneticamente modificado [...]. O IC avalia que as autoridades chinesas não tinham conhecimento prévio do vírus antes do surgimento inicial da COVID-19”, diz um trecho do texto.

Equador: a chapa está esquentando. A Federação Única dos Membros da Previdência Social Rural pede a revogação de todos os decretos que tenham a ver com a questão de combustíveis. A Federação de Transporte Pesado não participará da conferência. As lideranças da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) e da Frente Unitária dos Trabalhadores (FUT) ratificaram a jornada de manifestações da terça-feira (26).

Leônidas Iza, presidente da Conaie, descreveu o congelamento como um “engano” e garantiu que as bases do movimento indígena se declararam em resistência. E reiterou a unidade com outras organizações sociais, que compõem o chamado Parlamento do Povo.

Outra reivindicação da Conaie é a revogação do Decreto Executivo 151, sobre o plano de ação da mineração, que “permite a expansão da atividade extrativista”.

A presidenta da União Nacional dos Educadores (UNE), Isabel Vargas, também aderiu à iniciativa de se mobilizar diante do congelamento dos preços dos combustíveis ocorrido com uma alta anterior.

Muita repressão. Como convocado, os manifestantes foram às ruas no Equador na terça-feira (26) em um dia de paralisação, convocada por movimentos sociais, para protestar contra medidas adotadas pelo presidente Guillermo Lasso, e para pedir o congelamento do preço dos combustíveis e limites ao setor financeiro e mostrar repúdio à precarização do trabalho no país.

Ações de protesto, com bloqueios de estradas e marchas nas ruas, se iniciaram a partir da meia noite em todo o território equatoriano e se estenderam ao longo do dia. A mobilização nacional foi organizada pela Frente Unitária de Trabalhadores (FUT), pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) e pela União Nacional de Educadores (UNE), além de outros coletivos.

Durante a jornada, organizações e independentes divulgaram por meio de redes sociais casos de repressão policial contra manifestantes. Em Guayas, o líder do Sindicato Nacional dos Educadores, Camilo Medina, foi detido pela polícia.

Em Imbabura, policiais teriam lançado gás lacrimogêneo para dispersar os cidadãos. Há relatos de que alguns manifestantes foram detidos. Na província de Cotopaxi, a polícia teria atirado diretamente no rosto dos presentes.

O presidente Lasso, um ex-banqueiro que tomou posse em maio, aumentou o preço da gasolina aditivada em US$ 2,55 por galão e o preço do diesel em US$ 1,90, poucos dias antes da manifestação marcada para esta terça. A economia do país é dolarizada.

A mobilização acontece depois de Lasso decretar estado de exceção em todo o território nacional para combater a “insegurança” e o “narcotráfico”. A medida permite o uso das Forças Armadas em tarefas de policiamento e o aumento das verbas das forças de segurança.

A luta continua. Além de dar continuidade à greve nacional iniciada na terça-feira, 26 de outubro, os movimentos populares, indígenas, camponeses, operários e estudantis ratificaram a continuidade da mobilização contra as políticas neoliberais impostas pelo governo, exigiram a libertação imediata dos 37 detidos, e a ampla reparação aos agredidos e feridos pela repressão policial e militar.

As principais reivindicações foram, além do repúdio ao aumento dos combustíveis, a reforma trabalhista e tributária promovida pelo banqueiro e agora neoliberal presidente Guillermo Lasso, especialmente a questão da chamada Lei de Criação de Oportunidades, que segundo as centrais sindicais implica uma precariedade de trabalhar

No marco do estado de exceção que vigora no Equador desde 18 de outubro, imposto pelo Executivo com o argumento de combater o aumento do narcotráfico e da violência que esta atividade gera, as manifestações desta terça-feira não foram proibidas pelo Governo de Lasso - que segundo a Constituição tinha o direito de vetá-lo nesta situação - embora tenha sido inflexível com os bloqueios de estradas que foram ordenados em várias partes do país.

As atuais mobilizações lembram os protestos de outubro de 2019, quando centenas de indígenas realizaram marchas violentas por quase duas semanas em repúdio ao aumento do preço da gasolina, que resultou em 11 mortes, saques, destruição de parques, ataques ao prédio do Legislativo e o incêndio no prédio da Controladoria. O então presidente Lenín Moreno recuou com a medida neoliberal.

Lasso está com problemas sérios! Tudo parece indicar que o presidente equatoriano Guillermo Lasso, por seus erros políticos, econômicos e financeiros, tem uma corda no pescoço. Parece que, se a gravata for apertada, o obrigará a concluir seu mandato antes do final. como aconteceu anteriormente com outros três líderes dessa nação.

Faltando apenas cinco meses para a presidência, o milionário Lasso tentou conduzir o país por um caminho neoliberal profundo e cometeu erros que aparentemente são difíceis de apagar apesar do forte apoio da mídia hegemônica.

Por ter que cumprir as obrigações contraídas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para que este organismo lhe desembolsasse 802 milhões de dólares no final de outubro e 700 milhões em dezembro, enviou à Assembleia Nacional o anteprojeto da “Lei Orgânica para a Criação de Oportunidades, Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade Fiscal” de caráter econômico-urgente, para poder superar os últimos meses de 2021.

Com essa perspectiva nada lisonjeira, a bomba financeira chamada Pandora Papers explode na cara de Lasso, uma investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), onde o presidente aparece ligado a 14 empresas offshore (paraísos fiscais) estabelecidas no Panamá, Estados Unidos e Canadá.

Nos primeiros momentos, o presidente equatoriano negou qualquer tipo de relação ou benefício com essas empresas, mas com o passar dos dias se retraiu e declarou que tinha alguns interesses fora do país. Agora a Assembleia Nacional aprovou uma comissão para abrir a investigação que determinará no dia 6 de novembro se um julgamento político terá início contra o chefe de Estado.

Um grave erro dos EUA. A extradição arbitrária para os EUA pelo governo cabo-verdiano do empresário e diplomata venezuelano Alex Saab, no dia 16 de outubro, é na verdade um sequestro, acusado pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Saab foi detido ilegalmente e preso em 12 de junho de 2020, enquanto o avião que o conduzia reabastecia a caminho de Teerã para Caracas. Na época, não havia mandado de prisão internacional, uma versão oficial americana falsa. O mandado foi emitido pela Interpol no dia seguinte à prisão e retirado logo em seguida. Na verdade, o Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, ao qual Cabo Verde reconhece jurisdição, decidiu em março de 2021 que a prisão de Saab era ilegal porque "o alerta da Interpol solicitando sua prisão foi emitido um dia após sua prisão" e em junho do mesmo ano o Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu que ele se abstivesse. caso foi examinado. Além disso, devido a um incidente, soube-se que o Grupo de Trabalho das Nações Unidas contra a Detenção Arbitrária e quatro relatores especiais da organização haviam alertado o governo do sequestro: “A situação criada pelas máximas autoridades de Cabo Verde violaria gravemente, de forma ilimitada e prolongada a compromissos de Cabo Verde com os princípios mais elementares dos direitos humanos”.

É evidente que a seriedade de Saab como empresário ao longo dos anos, mereceu que Maduro lhe confiasse importantes negociações na Rússia e no Irã para entregar alimentos e medicamentos desesperadamente necessários ao povo venezuelano, que sofre com o intensificado bloqueio norte-americano. Tão importantes foram que recebeu a categoria de enviado especial, por meio da qual foi dotado de representação oficial e imunidade diplomática e também uma forma relativa de proteção ao empresário contra a feroz perseguição por Washington de todas as operações econômicas, comerciais e financeiras na Venezuela e talvez calculando uma eventual retaliação contra ele, como finalmente aconteceu.

Pobre Chile! O candidato de extrema direita à Presidência do Chile, José Antonio Kast, lidera as intenções de voto, com apenas 3 pontos percentuais de vantagem sobre o esquerdista Gabriel Boric, de acordo com uma pesquisa publicada pelo instituo Cadem neste domingo (24/10).

A menos de um mês das eleições, que acontecerão no dia 21 de novembro, o ultradireitista Kast, candidato pelo Partido Republicano, já havia ultrapassado Boric nas pesquisas em meados de outubro e agora aparece com 23% das intenções de voto.

Já o candidato progressista da chapa Apruebo Dignidad vem em segundo lugar, com 20%. As intenções de voto de Boric não aumentaram e nem diminuíram em relação à última pesquisa do dia 18 de outubro. Já Kast subiu 2 pontos percentuais.

Ainda de acordo com a pesquisa, a candidata da Democracia Cristã, Yasna Provoste, aparece em 3º, com 12%, seguida de Sebastián Sichel, candidato governista da chapa Chile Vamos, que tem 7% das intenções de voto.

Diante de seu crescimento nas pesquisas, indicando um possível segundo turno com Gabriel Boric, Kast acenou neste domingo para Sichel, candidato da chapa do atual presidente Sebastián Piñera, e disse que “com certeza” governaria com eles caso fosse eleito.

Abertamente anticomunista e admirador de Donald Trump e Jair Bolsonaro, Kast concorre pela segunda vez à Presidência, tendo disputado em 2017, quando chegou a afirmar que, se estivesse vivo, o ditador Augusto Pinochet “votaria em mim”.

Medida audaciosa do México. A secretária da Energia do México, Rocío Nahle, apontou que o lítio é um material essencial para a produção de baterias, pelo que os benefícios de o explorar poderiam ser notados em um curto período de tempo.

Segundo a funcionária federal, a exploração e tratamento desse elemento exigirá a criação de uma empresa estatal, contou ao programa Tercer Grado.

Quando questionada sobre a estratégia 4T – ou Quarta Transformação, definida como estratégia de luta contra a corrupção e a pobreza no México – Nahle apontou que será o governo que estará encarregado de tal tarefa.

Um jornalista questionou Rocío Nahle se isso queria dizer que ela estava “anunciando [a criação de] uma empresa estatal”, ao qual a secretária respondeu afirmativamente.

A criação de tal empresa, explicou ela, será estabelecida na lei secundária da reforma energética proposta pelo presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

O lítio, por seu lado, revelou ser um elemento bastante precioso, uma vez que o cloreto de lítio-zircônio poderia ajudar a reduzir os custos de produção de baterias de lítio de estado sólido e acelerar sua comercialização em veículos elétricos. Esse material demonstra tolerância à umidade sem sinais de absorção ou degradação da condutividade quando exposto a uma atmosfera com 5% de umidade relativa.

Denunciado massacre na Bolívia. Uma delegação das vítimas dos massacres de Sacaba e Senkata, ocorridos durante o governo da golpista Jeanine Áñez, apresentou neste sábado na Casa Grande del Pueblo uma lista de petições em que exigem justiça para as vítimas.

Uma caravana estava chegando na capital, o líder das vítimas de Sacaba, Roberto Jucumari, pediu justiça “para meus irmãos que caíram em Huayllani, Sacaba, dói. Quanto tempo vamos pedir justiça?”

A diretoria das Vítimas dos Massacres de Sacaba e Senkata, além de ativistas de direitos humanos, repudia o Comitê Nacional de Defesa da Democracia (Conade), Amparo Carvajal, Creemos, CC e a hierarquia da Igreja Católica “pela capa- cabe aos autores da assinatura do DS 4078”.

Pelo referido decreto, o então governo de Áñez ordenou a repressão das mobilizações em ambas as partes do país, que apoiavam o presidente destituído Evo Morales.

O vice-ministro da Justiça e Direitos Fundamentais, César Siles, explicou que estão trabalhando na elaboração de uma proposta acusatória de tortura que será apresentada nos próximos dias à Assembleia Legislativa contra as ex-autoridades do governo de Jeanine Áñez.

Na França, extrema direita está rachada. A candidata às eleições presidenciais francesas de 2022 Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Reunião Nacional, realiza uma turnê internacional para marcar território entre os líderes nacionalistas europeus. Pela primeira vez, ela deve enfrentar um concorrente de peso dentro do próprio campo da extrema direita, o jornalista Eric Zemmour, em ascensão nas pesquisas de intenções de voto na França.

Depois de se reunir na sexta-feira (22) com o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, em Bruxelas, Le Pen parte para Budapeste para ser recebida pelo premiê ultraconservador Viktor Orban, na terça-feira (26/10). Ambos concederão, juntos, uma coletiva de imprensa.

Há cerca de um mês, Orban também recepcionou Zemmour, que ainda não oficializou a sua candidatura, mas encontra-se tecnicamente empatado com Le Pen nas sondagens para as eleições francesas, com cerca de 17%. Na sua viagem à Hungria, entretanto, o jornalista teve de se contentar com uma reunião privada com o premiê, à margem de um encontro de direita conservadora que ocorreu no país em setembro.

Ao ser vista lado a lado com Orban, que exprime posições inflexíveis sobre a imigração e as pessoas LGBT+, a política acena para a ala radical de seus eleitores. Esses militantes, insatisfeitos com o tom mais moderado que o partido de Le Pen adotou nos últimos anos e o rompimento com o fundador da sigla, Jean-Marie Le Pen, pai de Marine, estão suscetíveis a mudar o voto no próximo pleito.

Possível crise em Portugal. A Assembleia da República de Portugal rejeitou na quarta-feira (27) o Orçamento do Estado proposto pelo primeiro-ministro António Costa (Partido Socialista). Tanto o Bloco de Esquerda (BE), quanto o Partido Comunista Português (PCP) – que dão sustentação ao governo do premiê na coligação não oficial que ficou conhecida como “geringonça” – votaram contra o texto.

A decisão abriu uma crise política no país. O presidente Marcelo Rebelo de Sousa já havia anunciado que, caso o Orçamento não fosse aprovado, dissolveria o Parlamento e convocaria novas eleições legislativas.

Sem os votos dos partidos de esquerda, o governo de Costa não tem sustentação parlamentar. O PS tem um governo de minoria, com 108 dos 230 deputados. O BE tem 19 e o PCP, 12, o que dá, assim, uma maioria extraoficial aos socialistas.

Esse esquema, que ficou conhecido justamente como “geringonça”, desabou com a reprovação do orçamento nesta quarta.

Em discurso ao Parlamento antes da votação, Costa disse que "um voto contra da esquerda é uma derrota pessoal para ele", afirmando que tem orgulho do que conquistou nos "últimos seis anos" de "geringonça".

Entre as reivindicações feitas pelo BE e pelo PCP, estavam alterações na legislação trabalhista, um maior reajuste no salário mínimo, mudanças em impostos e um incentivo maior ao sistema de saúde, fragilizado por conta da pandemia de covid-19. Os três partidos chegaram a se sentar para negociar modificações do orçamento, mas não conseguiram alcançar um acordo.

Israel se prepara para a guerra! O jornal The Times of Israel informou na segunda-feira (25) que dispõe de informações sobre o plano de preparação para um possível ataque contra instalações nucleares do Irã.

De acordo com o jornal, alguns detalhes do plano estão atualmente na fase de "esboço" e podem estar prontos para serem executados na prática no início de 2022, enquanto as partes mais complexas da operação podem levar mais de um ano para serem "totalmente acionáveis".

As Forças de Defesa de Israel (FDI) devem abordar vários aspectos-chave dessa operação, incluindo o problema de conseguir atingir as instalações iranianas escondidas no subsolo, sobrevivendo à sofisticada e avançada rede de defesa antiaérea do Irã e preparando-se para as retaliações contra Israel e seus aliados em toda a região.

Além do mais, o artigo observa que os ataques aéreos contra alvos sírios, que Israel frequentemente afirma serem iranianos, também ajudam a Força Aérea israelense (FAI) a se preparar para uma operação contra o próprio Irã.

Por meio desses ataques secretos e ilegais, pilotos israelenses estão se familiarizando com alguns dos radares avançados, sistemas de mísseis e centros de comando que eles podem enfrentar no Irã.

Na semana passada, a mídia israelense informou que as autoridades do país aprovaram um orçamento de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 8,22 bilhões) para preparar o Exército para um possível ataque contra o programa nuclear do Irã.

Sobre a construção do Nord Stream 2. A Rússia construiu o gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) para redirecionar a exportação de petróleo e gás das rotas de trânsito que passam por territórios de vários países pós-soviéticos e ex-Estados satélites, escreveu em seu artigo na revista Bloomberg o analista do mercado petrolífero Julian Lee.

Entre esses países o autor do texto relaciona: Ucrânia, Moldávia, Belarus, Polônia, República Tcheca, Romênia, Eslovênia e Bulgária.

“As relações de Moscou com muitos desses países mudaram, e não para melhor, do ponto de vista de Moscou [...] Não admira que a Rússia pretenda acabar com sua dependência de tais laços”, destacou Lee.

Além disso, o autor do artigo contestou que o gasoduto Nord Stream 2 tenha sido criado como uma “armadilha de gás” para a Europa, algo em que muita gente no Ocidente acredita.

O Nord Stream 2 vai desde a costa russa, através do mar Báltico, até a Alemanha e é composto por duas linhas de gasodutos com uma capacidade total de 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano. A construção do gasoduto foi concluída em 10 de setembro.

Mais ricos com a pandemia! Os bilionários estadunidenses ficaram mais ricos em US $ 2,1 trilhões durante a pandemia, e suas fortunas coletivas dispararam 70%, de pouco menos de US $ 3 trilhões no início da crise COVID, em 18 de março de 2020, para mais de 5 trilhões em outubro 15 deste ano, segundo dados da Forbes analisados ​​pelo Americans for Tax Fairness (ATF) e pelo Programa de Desigualdade do Institute for Policy Studies (IPS).

Não apenas a riqueza dos bilionários dos EUA cresceu, mas seu número também cresceu: em março do ano passado, havia 614 americanos com contas bancárias de dez dígitos. Hoje são 745.

Os US $ 5 trilhões de riqueza agora pertencentes aos 745 bilionários são dois terços mais do que US $ 3 trilhões de riqueza pertencentes aos 50% mais pobres das famílias americanas, de acordo com estimativas do Federal Reserve Board.

Sessenta e sete organizações nacionais enviaram uma carta ao Congresso expressando preocupação de que nem o plano do Comitê de Caminhos e Meios, nem os bilionários fiscais do presidente Biden de forma adequada. Eles recomendam que a legislação do Imposto de Renda dos Bilionários (BIT) que está sendo desenvolvida pelo Senador Ron Wyden, Presidente do Comitê de Finanças, seja incluída na legislação final do BBB.  O presidente Biden também apoia essa reforma tributária.

A maior parte dos lucros desses enormes bilionários não são tributados de acordo com as regras atuais e desaparecem completamente para fins fiscais quando são repassados ​​para a próxima geração. Com o BIT de Wyden, os bilionários começarão a pagar impostos sobre seu aumento de riqueza a cada ano, assim como os trabalhadores pagam impostos sobre sua folha de pagamento todos os anos.

O imposto se aplicará apenas aos contribuintes cuja riqueza exceda US $ 1 bilhão - cerca de 700 famílias. Será aplicado anualmente sobre ativos negociáveis, como ações, cujo valor é conhecido no início e no final do exercício. Para ativos não negociáveis, como propriedade de empresas ou imóveis, os impostos serão diferidos até que o ativo seja vendido.

O Pentágono está com medo. A comunidade de inteligência dos EUA avaliou que o Daesh poderia ter a capacidade de atacar o país em apenas seis meses, e parece que pretende fazê-lo.

As observações de Colin Kahl, oficial sênior do Pentágono, ao Congresso, na terça-feira (26), apontam que o Afeganistão ainda pode trazer sérias preocupações de segurança nacional para Washington, mesmo com o final de quase duas décadas de guerra em agosto de 2021.

O Talibã, grupo insurgente que acabou tomando o controle de Cabul, é inimigo do Daesh, que por sua vez conduziu atentados suicidas e outros ataques após a retirada dos EUA do Afeganistão.

Porém, ante o Comitê de Serviços Armados do Senado, Kahl disse que ainda não estava claro se o Talibã tem capacidades de combater eficazmente o Daesh.

Joe Biden disse que os EUA continuarão atentos às ameaças provenientes do país da Ásia Central, realizando operações de coleta de informação onde foram identificadas ameaças de grupos como o Daesh e a Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), segundo a mídia.

Trabalhadores do McDonalds nos EUA param. Trabalhadores da rede de fast-food McDonalds entraram em greve em 12 cidades dos EUA para protestar contra o assédio sexual sofrido principalmente por funcionárias mulheres durante o expediente.

Empregados de unidades do restaurante em regiões como Chicago, Detroit, Houston e Miami paralisaram as atividades e realizaram marchas em frente aos locais de trabalho na terça-feira (26). “Eu estou em greve porque, apesar de anos de protestos, o McDonalds ainda se recusa a tomar a responsabilidade pelas inúmeras mulheres e adolescentes que enfrentam assédio no trabalho”, disse Jamelia Fairley, que trabalha em uma filial em Sanford, na Flórida.

O movimento NC Raise Up, entidade sindical que convocou a paralisação, destacou que a decisão dos trabalhadores foi estimulada por uma denúncia feita por uma adolescente de 14 anos de idade que trabalhava em uma unidade do McDonalds em Pittsburgh e que disse ter sido assediada pelo próprio gerente da filial. De acordo com os trabalhadores, nenhuma medida foi tomada pela empresa após a denúncia.

Essa é a quinta greve desde 2018 que os trabalhadores da rede organizam contra casos de assédio. Segundo os organizadores, mais de 50 processos já foram abertos contra a empresa desde o ano de 2016 e foram “amplamente ignorados”.

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