Emergência: a pauta para ontem por Paula Bianchi Enquanto romarias no sul do país utilizado rezavam a última chuva , usando os santos como a região em décadas, moradores do sul da Bahia, de Minas e de São Paulo rezavam para que a água parasse. No rastro da onda de calor e das enxurradas dos últimos meses, fica um sinal de que situações como essas serão cada vez mais rotineiras.
Depois de anos e problemas editora pública, chegar na Agência de janeiro para trabalhar. Ao lado de mulheres dessas mulheres, tem o desafio de tratar o único que em breve o tema possível, dada a velocidade com que uma emergência tem de ser alastrado. E isso não papo para daqui a algumas décadas, como muitos podem pensar.O clima já está mudando no presente , como frisa o cientista José Marengo, com quem casai logo que chegou na nova, em janeiro.
“O que os modelos climáticos projectam para o futuro é mais ou menos uma situação similar à que nos temos agora”, me explicou Marengo, coordenador geral do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Natural, o Cemaden – criado pelo governo Dilma em 2011 após o desastre das chuvas na serra fluminense justamente para evitar que situações como aquela se repitam. Eventos extremos, diz o climatologista, serão mais extremos e frequentes. E com eles aumentam os riscos de desastres, como podem atestar os moradores de Petrópolis, que nesta terça viram chover em seis horas mas que o previsto para o mês de fevereiro inteiro.
Para quem acompanha os relatórios do IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, também conhecido como "relatório do fim do mundo", nada disso é novidade. Mas não é à toa que Marengo e outros cientistas e ambientalistas conseguiram fazer com que esses dados ganhem mais atenção. Há mudanças em curso que já são inevitáveis.
“Se chegarmos a um possível alcance global superior a 4°C, como a biodiversidade tão extremas, tão extremas, que talvez a gente, a agricultura, a biodiversidade nem a sermos a sobreviver”, continuação do professor Marinho, descrevendo um cenário entre 30 e 40 anos, caso sigamos no mesmo ritmo. “Acima desse patamar é um planeta mais hostil para o ser humano e um mundo que não conhece agora”.
Ou, se por um lado dos direitos humanos de nossos acessos são pautados diariamente, por outro, o tempo todo global pela ação temporária pode acabar com o direito de sonho de um futuro. E sem precisão de meteoro.
Mas a Covid, a Ucrânia, a última do presidente, a emergência por causa da agenda ambiental sem impulso – isso não são atropeladas pela boiada governamental. Como fracassar com as mudanças climáticas também não pit fail for food, saúde, política…
Nas palavras do professor Marengo : “a agenda ambiental é algo que você precisa falar o tempo todo. Porque o meio ambiente está mudando o tempo todo”. Façamos isso, então. |
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