domingo, 27 de fevereiro de 2022

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 

 

 


Os vendilhões do Brasil.

Não é surpresa que o demente chegou ao poder para entregar o país ao capital internacional. Mas agora estamos tomando conhecimento de situações específicas onde ele e seus asseclas fardados atuam descaradamente.

Documentos da Agência Pública demonstram que o banco canadense Forbes & Manhattan (F&M) obteve vantagens com licenciamentos ambientais depois da posse do insano e seu vice.

O grupo canadense enfrentava dificuldades há pelo menos 10 anos junto ao governo federal brasileiro para liberar licenciamentos ambientais para suas mineradoras na Amazônia, Belo Sun e Potássio do Brasil, que impactam diretamente assentados da reforma agrária, indígenas e ribeirinhos no Amazonas e no Pará.

E o insano nunca escondeu sua “paixão” pela mineração. Agora sabemos, através de matéria publicada pela UOL, que o grupo F&M conseguiu chegar até o vice-presidente da República por meio de outros militares atuantes no Executivo para obter vantagens na negociação.

Depois de algumas reuniões com Mourão, nas quais o general de brigada do Exército (na reserva desde 2000), Cláudio Barroso Magno teria intercedido a favor do grupo, fontes afirmam que o governo passou a pressionar os órgãos competentes pela liberação das licenças. A Belo Sun da F&M é um caso emblemático.

Planejada para ser a maior mina de ouro a céu aberto do mundo, na Volta Grande do Xingu, localizada a mais de 800 km de Belém (PA), o projeto contempla uma barragem de rejeitos maior que a da Vale, que se rompeu e causou a tragédia de Mariana (MG). O governo federal, através do Incra, reduziu a área do assentamento criado há 22 anos para a construção da mina canadense.

O país descendo a ladeira. O Índice de Clima Econômico (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 2,8 pontos no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior. Com isso, o indicador, construído com base na avaliação de especialistas em economia do país, chegou a 60,6 pontos em uma escala de 0 a 200 pontos.

A queda foi puxada pelo recuo de 39,1 pontos no Índice da Situação Atual, que mede a opinião dos especialistas em relação ao presente, e que atingiu 15,4 pontos. O Índice de Expectativas, que mede a avaliação em relação ao futuro, por outro lado, subiu 42,7 pontos e chegou a 115,4 pontos.

O ICE também é medido em outros países da América Latina, sempre com base na opinião de especialistas desses locais. O ICE brasileiro ficou abaixo da média da região (79 pontos) e teve o pior desempenho entre as dez nações latino-americanas. No trimestre anterior, a Argentina ocupava a última posição.

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o Brasil em 2022, segundo os especialistas consultados pela FGV, recuou de 1,8% no quarto trimestre de 2021 para 0,7% no primeiro deste ano. Também é o pior resultado entre os dez países da região.

A previsão de crescimento médio na América Latina é de 2,2% para 2022. As melhores previsões são para Colômbia (3,9%), Bolívia (3,8%), Paraguai (3,6%) e Uruguai (3%). As demais previsões são: Peru (2,7%), Equador (2,6%), México (2,5%), Argentina (2,5%) e Chile (2,4%).

Pouco emprego e renda caindo. O Brasil fechou o ano de 2021 com mais gente trabalhando, mas principalmente devido à informalidade. Com isso, a renda caiu (7%, na média) para o menor nível histórico, e menos R$ 5,6 bilhões circularam na economia. Os dados, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, foram divulgados na manhã desta quinta-feira (24) pelo IBGE.

Na média anual, o país teve 13,888 milhões de desempregados, a maior estimativa da série histórica, iniciada em 2012. Esse número é 59% maior do que o registrado em 2015, último ano antes do impeachment. A taxa média de desemprego foi de 13,8%, em 2020, para 13,2%.

A taxa de subutilização foi a 27,2%, abaixo apenas de 2020 (28,2%). A população subutilizada, pessoas que gostariam de trabalhar mais, foi estimada em 31,3 milhões, queda de 1,2% em relação ao ano anterior. Já os desalentados somaram 5,3 milhões, pouco menos do que o recorde de 2020 (5,5 milhões). O percentual de desalentados na força de trabalho caiu de 5,4% para 4,3%.

Estimado em R$ 2.587, o rendimento médio caiu 7% (ou menos R$ 195) no ano. A massa de rendimentos (R$ 203,6 bilhões) recuou 2,4% – menos R$ 5,6 bilhões.

Mas os bancos estão muito bem, obrigado. A economia brasileira fraca e o país em crise não impediram Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil (BB) de lucrarem a soma de R$ 90,4 bilhões em 2021. Em 2020 o total geral havia sido de R$ 62,76 bilhões, e em 2019, de R$ 84,26 bilhões. Uma das causas foi a elevação pelo Comitê de Política Monetária (Copom) da taxa de juros básica Selic, que aumentou de 2% em março para 9,25% no fim do ano para tentar conter a inflação. Isto puxou para cima todas as taxas cobradas pelos bancos nas diferentes modalidades de empréstimo.

O Bradesco alcançou saldo positivo R$ 26,2 bilhões no ano passado, contra R$ 18,5 bilhões em 2020 e R$ 25,7 bilhões no ano anterior. O Itaú lucrou R$ 26,9 bilhões em 2021, R$ 18,5 bilhões em 2020 e R$ 25,7 bilhões em 2019. O Santander teve resultado de R$ 16,3 bilhões no ano passado, R$ 13,8 bilhões em 2020 e R$ 14,5 bilhões em 2019. O BB lucrou R$ 21 bilhões em 2021, R$ 13,9 bilhões em 2020 e R$ 18,1 bilhões em 2019.

A Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) aponta que houve diferenças na atuação dos bancos nos anos de 2020 e 2021. No primeiro deles as instituições financeiras tiveram que conceder crédito para micro e pequenas empresas sufocadas pelo isolamento imposto pela pandemia da Covid 19. Isto ajudou a economia produtiva. O mesmo não ocorreu em 2021.

O pior vírus é a desigualdade! Uma pesquisa realizada no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), mostrou que fatores ligados à desigualdade social influenciaram a contaminação dos trabalhadores da unidade pelo SARS-CoV-2 entre junho e julho de 2020.

O vírus infectou mais os trabalhadores não brancos, os de menor escolaridade e renda e os que não trabalham diretamente na assistência em saúde, como recepcionistas, guardas e agentes de limpeza. A pesquisa analisou testes sorológicos realizados em 1.154 trabalhadores, e os resultados foram publicados na revista científica Lancet Regional Health – Americas.

A pesquisa mostrou que 23,1% dos trabalhadores que se identificam como brancos tiveram resultado positivo no inquérito sorológico, enquanto entre os não brancos o percentual foi de 37,1%.

A Fiocruz aponta ainda que a forma de deslocamento da residência para o trabalho influenciou nos percentuais de contaminação, já que os trabalhadores que usaram transporte coletivo (trem, metrô e ônibus) tiveram resultados positivos com mais frequência do que aqueles que foram trabalhar caminhando, de carro, motocicleta ou táxi.

Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias, a primeira autora do artigo, a aluna de doutorado e fisioterapeuta do IFF/Fiocruz, Roberta Fernandes Correia, destacou que a “desigualdade é o vírus mais letal do mundo”.

A orientadora da pesquisa, a professora e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e do IFF/Fiocruz Elizabeth Artmann, ressalta que o estudo reforça o papel de determinantes sociais nas taxas de contaminação em trabalhadores da saúde.

“Em um país com tanta desigualdade como o nosso, estes resultados são muito relevantes e mostram a importância de pesquisas que possam ancorar a tomada de decisões”.

Venezuela vai superando dificuldades. Mesmo com sanções impostas pelos EUA e as constantes tentativas golpistas contra o governo de Maduro, a Venezuela está superando as dificuldades.

Em seu relatório mais recente sobre o país caribenho, o Crédit Suisse estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) da Venezuela cresceu a uma taxa de 8,5% em 2021, um número que supera até as estimativas do governo venezuelano.

Há apenas quatro meses, porém, a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) projetava que, em um contexto dominado por um “efeito rebote” que colocava o crescimento médio regional em 5,9%, a economia venezuelana continuaria a contrair, pela sétima vez consecutiva ano. Errou feio!

Desde 2019, a Venezuela foi privada de praticamente toda a sua receita em dólares, uma vez que a empresa nacional de petróleo, PDVSA, foi sancionada. Em agosto de 2017, as sanções contra o Estado venezuelano fecharam o acesso do governo e do setor petrolífero ao financiamento internacional, precipitando o calote da dívida soberana e a queda na produção de hidrocarbonetos. Mais recentemente, enquanto o mundo batia recordes de expansão dos gastos públicos e do endividamento para combater os efeitos da pandemia, a Venezuela foi simplesmente deixada à própria sorte, sendo obrigada a enfrentar o impacto gerado pela COVID-19 com os cofres vazios.

Apesar das sanções, a estabilização macrofiscal teve um impacto positivo na própria indústria petrolífera, onde o setor privado, essencialmente nacional, passou a desempenhar tarefas que o Estado estava impedido de cumprir. Foi o caso da comercialização do petróleo. Se a produção de petróleo passou de um mínimo histórico de 390 mil barris por dia em junho de 2020 para perto de um milhão hoje, foi porque os exportadores privados encontraram clientes estrangeiros dispostos a fazer negócios. De acordo com os registros da CEPAL, as exportações venezuelanas, essencialmente petróleo, cresceram 33% em 2021 em relação ao ano anterior, colocando a Venezuela no top 10 da América Latina nessa linha, bem acima da média regional de 25%.

Apesar das limitações conjunturais, a Venezuela continua sendo o maior empório de petróleo do planeta, dotado de meio trilhão de barris de reservas e uma base industrial centenária. Os barris adicionais que devolveram a produção venezuelana a uma escala respeitável foram o produto de investimentos específicos destinados a reativar a infraestrutura existente, em vez de campanhas caras destinadas a novos desenvolvimentos.

Venezuela e Irã ampliam cooperação energética. O novo acordo entre Caracas e Teerã foi assinado após uma reunião entre o chanceler venezuelano, Félix Plasencia e o mandatário iraniano, Ebrahim Raisi.

A Venezuela e o Irã ampliaram a cooperação energética ao firmar um “importante memorando de entendimento” focado principalmente na área do petróleo e gás.

O chanceler venezuelano, Félix Plasencia, informou na terça-feira (22), que o acordo bilateral foi firmado com o ministro do Petróleo do Irã, Javad Owji, durante as atividades do Fórum dos Países Exportadores de Gás, realizado no Catar.

Plasencia detalhou que a assinatura do acordo ocorreu após "uma calorosa reunião" que contou com o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e ressaltou que também acordaram "intensificar" a luta contra as medidas coercitivas impostas pelos EUA.

“Acordamos intensificar nossos esforços em todas as áreas, para seguir contra-atacando as medidas ilegais, arbitrárias, coercitivas e unilaterais impostas pelos EUA contra nossos povos. O Irã e a Venezuela avançam na consolidação de sua associação estratégica”, adicionou o diplomata. (Matéria em Sputinik Brasil)

Juiz boliviano prorroga prisão da golpista. Na segunda-feira (21), o juiz Armando Zeballos prorrogou por três meses a prisão preventiva da golpista boliviana Jeanine Añez e dois de seus ministros (Rodrigo Guzmán e Álvaro Coímbra) no golpe de Estado. Além deste caso, ela foi recentemente acusada dos crimes de resolução contrária à lei e violação de deveres, no caso denominado Golpe de Estado II.

Desde março de 2020, Añez está sendo investigada pelos crimes de conspiração, sedição e terrorismo. A prisão foi prorrogada três vezes.

Por sua vez, a golpista tenta se defender como puder. Tentando fazer jogo para a plateia de direita, ela teria declarado que “os argumentos apresentados pelo meu advogado têm sido muito claros: não tenho responsabilidade pelo fato de o Ministério Público não ter realizado todas as ações neste caso durante um ano que eu estou presa”.

Vale destacar que Áñez está em greve de fome há treze dias, um ato que ela descreveu como uma exigência para respeitar seus direitos.

E o capital não dá tréguas! O comércio global atingiu o recorde de 28,5 trilhões de dólares em 2021, embora deva moderar em 2022, indicou na quinta-feira (17) um novo relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

Todas as principais economias comerciais viram as importações e exportações subirem acima dos níveis pré-pandemia no quarto trimestre de 2021, com o comércio de bens aumentando mais fortemente no mundo em desenvolvimento do que nos países desenvolvidos, disse o relatório.

O recorde de US$ 28,5 trilhões representa um aumento de 13% em relação a 2019 e de 25% em relação a 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19.

O aumento foi maior ao longo do ano e no último trimestre de 2021, o comércio de mercadorias atingiu o recorde de 5,8 trilhões de dólares.

No que diz respeito aos fluxos comerciais, o relatório projeta a tendência de aumento da regionalização devido a diversos acordos comerciais e iniciativas regionais, bem como “a crescente dependência de fornecedores geograficamente mais próximos”.

Também aponta para níveis recordes de dívida global e alerta que as preocupações com a sustentabilidade da dívida provavelmente se intensificarão devido às crescentes pressões inflacionárias.

O Estado Genocida não tem limites. Grandes extensões de terra palestina nas aldeias de Umm Batin e Tal as-Sabi, na região de Naqab, no sul da Palestina ocupada, foram arrasadas.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou que cerca de 220 famílias palestinas estão sendo ameaçadas de serem expulsas de suas casas e territórios pelos ocupantes israelenses.

Aproximadamente 970 pessoas são afetadas por colonos de Israel, que vivem nos bairros Sheikh Jarrah e Silwan. Famílias palestinas estão sendo forçadas a deixar suas casas ocupadas seguindo ordens emitidas pelas forças sionistas.

Os despejos aumentaram a tensão nessas comunidades de Jerusalém, com confrontos entre moradores palestinos e colonos israelenses, segundo a confirmação do OCHA.

A organização internacional também reiterou que a Organização das Nações Unidas (ONU) insistiu repetidamente que os despejos e demolições forçados na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, parem.

De acordo com a mídia local, cerca de 300.000 beduínos palestinos com cidadania israelense vivem na região de Naqab, que constitui aproximadamente metade de todo o território da Palestina histórica, onde mais de 90.000 deles vivem em pelo menos 35 aldeias consideradas por Israel como não reconhecidas.

A posição de Israel demonstra a intenção de continuar o apartheid contra a Palestina ao se recusar em 17 de fevereiro a cooperar com a investigação apresentada pela ONU diante da escalada de violência ocorrida em maio passado na Faixa de Gaza, onde morreram cerca de 270 pessoas.

Ucrânia (01). Desde janeiro o nosso Informativo vem esclarecendo as mentiras e as artimanhas escondidas no que a imprensa chama de “crise da Ucrânia”. Chegamos a fazer matéria especial que oferecemos a todos os nossos seguidores e mostramos que eram mentirosas as notícias. Historiamos, com dados e imagens, o que foi a criação das repúblicas separatistas da região do Donbass.

Em uma das matérias falamos que a Casa Branca estava tentando incendiar a região para levar a OTAN mais para perto da Rússia. Em outro artigo falamos da dependência alemã do fornecimento do gás russo. Tudo com números e mapas.

Agora crise se instalou. O que aconteceu? Biden fez uma declaração na imprensa estadunidense dizendo que “o povo dos EUA está rezando pela Ucrânia”! É realmente hilário. Criaram o conflito e agora vão “rezar”, como se nada tivessem com isso?

Na verdade, os EUA estão “rezando” mesmo é para nada acontecer, porque sua economia está depauperada, balançando e até o poderoso “complexo industrial militar” passa por problemas depois que suas armas mais “modernas” parecem estar dando errado, como o caça F-35 que não funciona.

O chanceler alemão precipitou-se e disse que não iria assinar a liberação do Nord Stream 2, que já está pronto. Agora tem que explicar para o seu povo como vai fazer para suprir de gás as necessidades das empresas produtoras de energia do país. Será que a Alemanha vai passar por um “apagão”?

Ucrânia (02). Até mesmo as mais comprometidas mídias do mundo não são capazes de negar que havia um acordo assinado em 2020 para o plebiscito que reconheceria as duas províncias independentistas de Donetsk e Lugansk.

Mas o governo ucraniano se recusou a reconhecer o plebiscito e, ao longo dos dois últimos anos, se recusou a qualquer negociação ou até mesmo discussão do tema através dos organismos competentes. Kiev preferiu se calar e, acreditando em Washington, não aceitou negociação.

Kiev recusou-se a negociar por não estar satisfeita com as condições, explicou um assessor do chefe da Administração do Presidente da Ucrânia.

Na madrugada de 24 de fevereiro, o presidente russo Vladimir Putin anunciou o lançamento de uma “operação militar especial” no território da Ucrânia, alegando que as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, já reconhecidas pela Rússia como Estados soberanos, haviam solicitado ajuda na face à agressão de Kiev.

Um dos objetivos fundamentais desta operação, segundo Putin, é “a desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia. O presidente russo também ameaçou processar os autores de “vários crimes sangrentos contra civis”, pediu aos soldados e civis na Ucrânia que não resistissem a esta operação e alertou que a Rússia responderá imediatamente a qualquer força externa que a ataque. seu jeito.

O Ministério da Defesa russo assegurou que os ataques militares não são dirigidos contra cidades ucranianas ou põem em perigo a população civil, mas procuram desativar a infraestrutura de guerra.

A Ucrânia rompeu relações diplomáticas com a Rússia, impôs toque de recolher em Kiev e lei marcial em todo o território nacional, decretou mobilização geral e instou a comunidade internacional a ativar "todas as sanções possíveis" contra o líder russo.

Ucrânia (03). Biden e seus “paus mandados” na Europa agora ameaçam a Rússia com “sanções econômicas”, mas não dizem que é apenas um cenário de mentiras. Por que não dizem ao mundo que essas sanções irão prejudicar mais os países europeus do que a Rússia? Por que não dizem ao mundo que, nos 10 últimos anos, a Rússia fortaleceu sua economia interna e essas sanções não representam qualquer perigo para a economia deles?

Para as nações europeias que participam da OTAN vai sobrar uma enorme conta a ser paga pelo aumento de “incentivos” para compra de armamentos que, como já dissemos, estão superados e não podem fazer frente às mais modernas armas russas.

E isso ficou claro na sexta-feira (26) quando, em apenas um dia, o exército russo neutralizou todas as forças ucranianas. Lembrando que durante todo o mês de janeiro havia uma propaganda de que os EUA estavam enviando “armamentos modernos” para a Ucrânia.

Ucrânia (04). Só para lembrar, há oito anos, um golpe de Estado apoiado pelos EUA e por países europeus destituiu o então presidente Viktor Yanukovich, eleito em 2010 com grande apoio da população do leste da Ucrânia. Insatisfeitos com a situação, os habitantes da região, muito identificados com a Rússia — e em meio ao processo de reintegração da Crimeia a esta, por decisão da população local —, se recusaram a aceitar a subordinação a um governo ucraniano provisório visto por eles como ilegítimo e manipulado pelo Ocidente.

A resposta de Kiev à insatisfação foi o lançamento de uma grande operação militar com o objetivo de endurecer o controle sobre Donetsk e Lugansk, por ordens do líder interino Aleksandr Turchinov.

Nos meses seguintes, os conflitos se intensificaram, grupos neonazistas que participaram ativamente do golpe foram institucionalizados na Ucrânia, se tornando inclusive partidos políticos reconhecidos, e uma série de sanções foi imposta pelo Ocidente à Rússia, acusada de tentar interferir em assuntos internos do país vizinho.

Uma tentativa de resolver a questão de maneira pacífica foi formalizada pelos acordos de Minsk, mas nem o sucessor de Turchinov, o agora ex-presidente Pyotr Poroshenko, nem o atual líder ucraniano garantiram a implementação de todos os seus pontos, mesmo Vladimir Zelensky tendo sido eleito após uma campanha baseada na promessa de acabar com as hostilidades no país.

Em vez de pacificação, o que se viu até agora durante o governo Zelensky foi uma nova ameaça da OTAN de se estabelecer na Ucrânia, quebrando mais uma vez as promessas feitas a Moscou ainda nos anos 1990 e colocando mais pressão sobre a Rússia, conforme destaca Pennaforte.

Ucrânia (05). Como naquela comédia cinematográfica – “apertem os cintos, o piloto sumiu” – a Ucrânia está passando por uma situação semelhante, mas não engraçada.

O presidente da câmara baixa do Parlamento russo anunciou que Vladimir Zelensky, presidente ucraniano, já deixou Kiev e foi para a cidade de Lvov.

Vyacheslav Volodin, presidente da Duma, a câmara baixa do Parlamento da Rússia, disse no sábado (26) que Vladimir Zelensky deixou à pressa Kiev e se dirigiu para o oeste da Ucrânia.

“Zelensky abandonou apressadamente Kiev. Ele já não estava ontem [25] na capital da Ucrânia. Ele, junto com sua comitiva, fugiu para Lvov, onde foi preparado um alojamento para ele e seus assistentes”, afirmou Volodin no seu canal no Telegram.

O líder parlamentar também observou que os vídeos publicados por Zelensky nas redes sociais tinham sido gravados antecipadamente.

Ucrânia (06). E a mídia vendida continua mentindo sobre a situação da operação militar russa. Imagens que circulam nas redes sociais e na mídia mostram um prédio residencial de vários andares parcialmente destruído por um projétil. Uma fonte do Ministério da Defesa russo refutou os relatos e informou que era de fato um míssil ucraniano.

Em outras palavras, o míssil que destruiu o prédio era ucraniano e não russo! Mais uma demonstração de que as armas entregues pelos EUA à Ucrânia são ruins e ainda não testadas. Fica claro que, durante a tentativa de repelir um ataque noturno russo às instalações da infraestrutura militar das Forças Armadas da Ucrânia, houve uma falha no sistema de orientação de um míssil do sistema de defesa antiaérea de médio alcance ucraniano Buk -M1 e o míssil atingiram um prédio.

Ucrânia (07). Durante uma coletiva de imprensa na tarde de terça-feira (22), o presidente da Rússia declarou que os Acordos de Minsk não existem mais, já que a Rússia reconheceu as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. Segundo o líder russo, os Acordos de Minsk “foram mortos” pelas autoridades da Ucrânia muito antes do reconhecimento da RPD e RPL.

“[...] O reconhecimento dessas repúblicas é gerado pelo fato de que as autoridades de Kiev, já publicamente, começaram a declarar que elas não vão cumprir esses acordos [de Minsk]. [...] O que há de se esperar aqui? Esperar a continuação desse abuso contra as pessoas? Desse genocídio?”

Kiev não cumpriu os Acordos de Minsk, e por isso, a Rússia tinha que tomar a decisão sobre o reconhecimento das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. A Rússia havia proposto resolver a questão de Donbass por meio de conversas e do cumprimento dos Acordos de Minsk, mas esse ponto já perdeu sua relevância, disse Putin. Junto ao reconhecimento dessas repúblicas, a Rússia legitimou todos os documentos ligados à questão, incluindo as Constituições onde estão indicadas as fronteiras das repúblicas.

Putin diz acreditar que todas as questões sobre as fronteiras da RPD e RPL serão resolvidas por meio de conversas, entretanto, no momento isso é impossível, segundo o líder russo. Mas o presidente declarou que a situação em Donbass tem a tendência a agravar.

Ucrânia (08). O que a imprensa mundial vendia não diz é que há uma imensa insatisfação entre os miltiares ucranianos que não aceitam a posição do governo e nem o reconhecimento dos nazistas como fração militar da nação.

Centenas de militares ucranianos, que faziam parte de diferentes tipos de tropas, depuseram as armas e se renderam como resultado da operação especial das Forças Armadas russas nas Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, disse o porta-voz. do Ministério da Defesa russo, Igor Konashénkov.

O representante do Ministério da Defesa russo sublinhou que, após a estabilização da situação na zona de combate, todos os soldados ucranianos rendidos poderão regressar às suas casas.

As Forças Armadas russas destruíram 118 alvos militares na Ucrânia desde o início da operação especial, disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

Ucrânia (09). O presidente da Rússia, Vladimir Putin, apelou aos militares ucranianos na sexta-feira (25), durante uma reunião no Conselho de Segurança russo, para que tomem o poder na Ucrânia.

Segundo Putin, a medida seria “mais fácil” para uma negociação entre Rússia e eles, e não "com essa gangue que se fixou em Kiev e fez reféns todo o povo ucraniano”, acusando o governo de Volodymyr Zelensky e de grupos neonazistas de usarem civis como “escudos humanos”.

“Apelo mais uma vez aos militares das Forças Armadas da Ucrânia. Não permitam que neonazistas e banderites [membros de organizações de direita na Ucrânia] usem suas crianças, suas mulheres e idosos como escudos humanos. Tomem o poder em suas mãos”, declarou o mandatário russo, dizendo

Putin disse que, “como era esperado”, o Exército russo tem combatido contra unidades nacionalistas e não com as Forças Armadas da Ucrânia. Ele afirmou que tais grupos são “responsáveis pelo genocídio" na região separatista de Donbass ao leste ucraniano.

O mandatário afirmou ainda que há ultradireitas, de acordo com Putin, que estão instalando “armamentos pesados diretamente nos distritos centrais das grandes cidades” incluindo a capital Kiev e Kharkov.

Um efeito da “guerra”. O petróleo ultrapassa os 100 dólares e o preço do gás aumenta 60%. Os EUA aproveitam a situação para dominar o mercado europeu de gás. A crise energética ameaça atingir com mais força as casas devido à inação do governo espanhol.

A escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou o preço da energia. O preço do petróleo ultrapassou o limite psicológico de 100 dólares por barril, valor máximo para oito anos, e ameaça atingir os 125 dólares em pouco tempo, segundo previsões do The Financial Times. Na manhã de quinta-feira, quando foram divulgadas as primeiras imagens do ataque russo às instalações militares na Ucrânia, o preço do petróleo bruto atingiu valores não vistos desde 2014, precisamente quando a Rússia anexou a Crimeia. Segundo este jornal económico, tudo indica que o preço continuará a subir devido à “capacidade limitada” dos grandes produtores para aumentar a oferta e reagir a interrupções imprevistas.

A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo e fornece à UE 40% do petróleo que consome, embora nem todos os países sejam igualmente dependentes do gigante euroasiático: a Alemanha importa até dois terços de seu petróleo da Rússia, enquanto na Espanha esse número mal chega a 5%. Os temores de possíveis interrupções no fornecimento se somaram aos alertas sobre a falta de investimento que limitou a capacidade dos produtores de petróleo e gás de aumentar a produção, “deixando o mundo com poucas opções para baixar os preços da energia”.

Segundo o Financial Times, a falta de investimento no setor petrolífero limitou a capacidade dos produtores de petróleo e gás de aumentar a extração, “deixando o mundo com poucas opções para baixar os preços da energia” em emergências como esta.

Apesar de o presidente russo, Vladimir Putin, ter afirmado em inúmeras ocasiões que não fechará a torneira do gás ou do petróleo, os mercados desconfiam da possibilidade de ele usar essa carta de negociação para atingir seus objetivos estratégicos.

O escopo das sanções, que podem incluir alvos da indústria de petróleo ou gás da Rússia, é outra incerteza que eleva os preços da energia. Dias antes do atentado, como resposta ao reconhecimento da independência de Donetsk e Lugansk, a Alemanha suspendeu a aprovação do gasoduto Nord Stream 2, concluído em setembro, mas que ainda não tinha autorização para entrar em operação e implantar sua capacidade de fornecer gás a 26 milhões de lares na Europa. O Nord Stream 2 é um segundo gasoduto de um gasoduto que atravessa o Mar Báltico por 1.200 km de perto de São Petersburgo até a costa alemã.

Vamos falar a verdade? A grande mídia dos EUA continua a mentir sobre a suposta força da economia do país. Quase diariamente, as manchetes falam de números esperançosos, crescimento sustentável, tendências positivas e ganhos estáveis. A realidade no terreno, no entanto, fala de algo totalmente diferente, o que levanta as questões: os americanos estão sendo enganados? E com que finalidade?

Em uma pesquisa de opinião nacional da Reuters/Ipsos divulgada em 3 de fevereiro, apenas 41% dos adultos estadunidenses aprovaram o desempenho de Biden no cargo... 56% de desaprovação! Os números não foram uma surpresa completa, já que a trajetória descendente da presidência de Biden está em vigor desde pouco depois de ele se mudar para a Casa Branca há mais de um ano.

Aqui estão alguns números preocupantes: 56% de todos os estadunidenses não podem obter uns escassos $ 1.000 para uma emergência de suas economias existentes, informou a CNBC; um em cada 10 adultos americanos passou fome em dezembro passado como resultado da pobreza, informou a Forbes.com; O Centro de Pobreza e Política Social da Universidade de Columbia revelou que a taxa de pobreza infantil nos Estados Unidos é de 17%, “uma das mais altas entre os países desenvolvidos”.

Qual o problema de Biden? Não é a China, não é a Rússia e nem a Ucrânia. É a pobreza que cresce no país!


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