sábado, 2 de julho de 2022

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares, nº 972

 


 

 

 


Para denúncia internacional.

Chegou a hora de usarmos também todos os canais, cada um de nós. Essas coisas precisam ser divulgadas na imprensa internacional antes que seja tarde.

Na última sexta-feira (24), o general da reserva Walter Braga Netto, agora filiado ao PL e lançado como candidato a vice na chapa com o demente, afirmou em um encontro com empresários da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro que, “se não for feita a auditoria dos votos defendida pelo presidente”, “não tem eleição”.

Descaradamente, sem qualquer pudor, ele ameaça os brasileiros e o Poder Judiciário que é quem, segundo a nossa Constituição, tem que determinar os caminhos das eleições.

Mas a insânia e o desejo de um golpe não param por aí. Nesta quinta-feira (30/06), o filho 01 do insano, aquele que é senador sabe-se lá como, fez uma estranha declaração que foi noticiada pelo jornal O Estado de São Paulo. Ele se referiu a um possível resultado das eleições dizendo que “é impossível conter reação de apoiadores”.

Isso também parece uma ameaça clara, ainda mais partindo de uma pessoa tida como sendo de grande ligação com as milícias!

Sim, tem que investigar. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou na sexta-feira (24) que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) investigação contra o ex-capitão insano, que teria avisado o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro sobre a operação da Polícia Federal sobre tráfico de influência e corrupção no Ministério da Educação (MEC).

O ex-ministro, que foi preso pela Polícia Federal e solto pela justiça, afirmou em uma conversa telefônica com a filha, no dia 9, que havia sido alertado diretamente pelo energúmeno de que poderia ser alvo de mandados de busca e apreensão.

Como ele soube? Como pode sair impune de uma situação em que quebrou todas as regras legais?

Mas o infeliz está tentando uma sobrevida. O Senado Federal aprovou, na quinta-feira (30), a do safado de Emenda à Constituição (PEC) nº 01/2022, conhecida como PEC do Desespero, que permite ao governo instituir estado de emergência e, com isso, gastar acima do teto estabelecido por lei. O texto ainda precisa passar em duas votações pela Câmara dos Deputados.

Com a aprovação da PEC, o governo dribla a legislação eleitoral, que proíbe gastos extras em ano eleitoral para evitar o uso da máquina pública em favor de um dos candidatos, e poderá ampliar benefícios, como o Auxílio Brasil e ainda criar outros.

O governo só pode criar benefícios destinados a pessoas físicas em ano de eleições se estiver em vigência de estado de emergência (Lei 9.504, de 1997), autorizado ontem pelos senadores ao aprovar a PEC 01.

Entre outras coisas, em medidas claramente eleitorais, a PEC autoriza o aumento de R$ 200 o valor do Auxílio Brasil, que passará de R$ 400 para R$ 600 até dezembro deste ano. Além disso, o governo quer tentar incluir todas as famílias elegíveis, ou seja, o governo pretende zerar a fila de famílias que têm direito, mas ainda não receberam o benefício.

Outro benefício com data para acabar - dezembro de 2022 - é o vale gás, que terá o valor aumentado: passará de bimestral para mensal e ainda pode dobrar de valor de R$ 50 para R$ 100.

Eles sabiam, sim! O demente que nos governa e toda a cúpula da Caixa Econômica Federal sabiam das denúncias de assédio sexual contra o presidente da instituição, Pedro Guimarães, assim como o comando da instituição.

Muito antes do site Metrópoles divulgar que cinco bancárias tinham denunciado Guimarães ao Ministério Público Federal (MPF), na terça-feira (28), as denúncias já eram de conhecimento do Palácio do Planalto e da equipe presidencial, diz o jornalista Valdo Cruz, do G1.

A diretoria executiva da Caixa Econômica Federal também sabia, desde 2019, dos casos de assédio que começaram logo que Pedro Guimarães assumiu a presidência e se aproximou de Bolsonaro.

Mulheres vítimas do assédio que aceitavam não levar adiante as denúncias foram transferidas, receberam cargos em outras instituições públicas ou ficavam temporadas no exterior, em cursos, diz a colunista.

Segundo ela, um segurança foi demitido depois de flagrar um assédio de Guimarães a uma assessora dentro de um carro na garagem do banco.

Mas, quem é Pedro Guimarães e por que o insano ficou escondendo? Ah! Essa é fácil de responder quando sabemos que o seu sogro é “apenas” um tal de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS que mentiu despudoradamente durante a Operação Lava Jato acusando Lula. Seu prêmio? Não foi preso pelas falcatruas e ainda garantiu ao seu genro a Presidência da Caixa! Agora ficou fácil de entender.

O governo do insano ataca as mulheres violentadas. Está sendo muito divulgada pelas redes sociais a campanha virtual, que tem adesão de artistas e políticos, pede a revogação de um manual do Ministério da Saúde que orienta e incentiva a investigação policial de meninas e mulheres vítimas de estupro que tentam acessar o serviço de aborto legal no país.

A secretaria de Atenção Básica do ministério lançou o manual de “Atenção Técnica para Prevenção, Avaliação e Conduta nos Casos de Abortamento” no início do mês. Desde então, o documento vem sendo alvo de inúmeras críticas de movimentos pelos direitos das mulheres e de defesa dos direitos humanos.

Além da investigação criminal das vítimas que buscam o aborto legal, o documento orienta que haja uma idade gestacional limite para o procedimento e cria uma confusão jurídica ao afirmar que “todo aborto é ilegal, salvo nos caos em que há excludente de ilicitude”.

Encabeçam a iniciativa pela revogação do material organizações como Anis – Instituto de Bioética, Católicas pelo Direito de Decidir, Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), Rede Feminista de Saúde, dentre outros. Pelo site da campanha, as pessoas podem enviar emails ao ministério contra as orientações que constam no documento.

Para o governo do demente, quando a mulher é estuprada a culpa é dela... ela é a criminosa!

A fome se espalha. Situação é ainda pior para quem não tem emprego e para as camadas mais pobres da população

Um a cada quatro brasileiros não têm comida garantida para alimentar diariamente a família. É o que aponta pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira (27) pela Folha de S. Paulo e reveladora da insegurança alimentar no País.

Nos últimos anos, sob o governo do ex-capitão, a fome se espalhou. De acordo com o Datafolha, 26% dizem não ter comida o suficiente em casa. Apenas 12% têm mais do que o suficiente.

O cenário de insegurança alimentar está em alta desde que o Datafolha passou a pesquisar esse tema, em maio de 2021. Mesmo com os refluxos da crise sanitária e a reabertura da economia, a falta de alimento nos lares brasileiros não retrocedeu.

A situação é ainda pior para quem não tem emprego e para as camadas mais pobres da população: falta comida a 42% dos desempregados e a 38% dos que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.424).

Como viver assim? Quase 63 milhões de brasileiros têm renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais, ou seja, sobreviveram com menos da metade de um salário mínimo, de acordo com o Mapa da Nova Pobreza, que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou esta semana.

O salário mínimo, que hoje é de R$ 1.212, não dá para comprar sequer os 39 produtos da cesta básica ampliada pesquisada pelo Dieese em parceria com o Procon. Em maio, o valor médio da cesta básica ampliada em São Paulo chegou a R$ 1.226.

De acordo com o Mapa da Nova Pobreza da FGV, a pobreza nunca esteve tão alta no Brasil, desde o começo da série histórica da pesquisa, em 2012.

No total, segundo a pesquisa, 62,9 milhões de brasileiros, cerca de 29,6% da população total do país, sobreviveram com menos de R$ 500 por mês no ano passado. O número é 9,6 milhões maior do que em 2019 - quase um Portugal de novos pobres surgidos ao longo da pandemia, segundo o resumo da pesquisa.

Esse é o país que temos hoje. Por qualquer ângulo que se observe o governo do insano — nesses trágicos quase 4 anos — não se vê nada de positivo. O atual governo trouxe de volta, por exemplo, a fome ao Brasil mais pobre.

Segundo o portal Ação de Cidadania - Brasil Sem Fome, “a fome dobrou nas famílias com crianças menores de 10 anos” e “apenas 4 entre 10 famílias têm acesso pleno à alimentação”.

O Brasil havia deixado o chamado Mapa da Fome em 2014 com o amplo alcance do programa Bolsa Família. Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) baseado em dados de 2001 a 2017 mostrou que, no decorrer de 15 anos, o programa reduziu a pobreza em 15% e a extrema pobreza em 25%.

Alguns estão ganhando muito. As grandes corporações parecem estar explorando um ambiente inflacionário para aumentar seus lucros e dividendos às custas dos consumidores, especialmente em setores como alimentos ou energia: os preços e as margens levaram os lucros das petrolíferas a níveis recorde, enquanto os investidores esperam que as empresas agrícolas se tornem ainda mais lucrativas à medida que os preços dos alimentos explodem. A análise foi feita pela ONG britânica Oxfam à margem da reunião do G7, grupo das 7 potências capitalistas que, em seu encontro, nada fez para mudar as bases de um sistema que ruma para o desastre.

Cálculos da Oxfam mostram que o serviço da dívida dos países mais pobres do mundo é estimado em US$ 43 bilhões em 2022 – equivalente a quase metade de seus gastos com importação de alimentos e despesas públicas em saúde combinados. Em 2021, a dívida representou 171% de todos os gastos com saúde, educação e proteção social combinados para países de baixa renda.

A pesquisa da ONG também revela que as corporações dos setores de energia, alimentos e farmacêuticos – onde os monopólios são especialmente comuns – estão registrando lucros recordes. As fortunas de bilionários de alimentos e energia aumentaram em US$ 453 bilhões nos últimos dois anos, equivalente a US$ 1 bilhão a cada dois dias. Cinco das maiores empresas de energia (BP, Shell, TotalEnergies, Exxon e Chevron) estão lucrando, conjuntamente, US$ 2.600 a cada segundo, e há agora são 62 novos bilionários da área de alimentos.

O ex-capitão se intrometeu em assuntos da Bolívia! O presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Freddy Mamani, afirmou na segunda-feira (27) que a proposta do presidente do Brasil, de dar refúgio político a Jeanine Áñez, confirma a participação brasileira em suposto “golpe de Estado” ocorrido no país em 2019.

Em vídeo veiculado nas contas oficiais da Câmara Baixa nas redes sociais, Mamani garantiu que o pensamento de Bolsonaro, ao considerar injusta a pena de dez anos de prisão de Áñez pelo caso "golpe de Estado II", não é compartilhada por todos os brasileiros.

Para o presidente da Câmara, o demente brasileiro teria “remorso mental” e por isso teria oferecido “abrigo” à ex-presidente boliviana Jeanine Áñez no fim de semana, divulgou o Oponión.

Áñez foi condenada em 10 de junho a dez anos de prisão pelos crimes de violação de deveres e resoluções contrárias à Constituição e às leis, no âmbito do caso “golpe de Estado II”.

Vitória no Equador (1). Para que todos possam acompanhar a dimensão dessa vitória, vamos tentar mostrar todo o histórico.

A greve nacional no Equador, que terminou na quinta-feira (30), é apresentada como uma luta pelos direitos coletivos dos povos e nacionalidades e como um novo confronto popular contra as políticas neoliberais.

Foram 18 dias de paralisação do país em um movimento iniciado, dirigido e comandado pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie). E tudo começou no dia 13 de junho, quando a Conaie convocou uma manifestação nacional exigindo uma lista de dez pontos, que incluíam a redução dos preços dos combustíveis, o fim da mineração em território indígena, retomada da política de subsídios, geração de emprego, maior investimento público em setores como saúde e educação, além da garantia de que não haverá privatização de novos setores da economia.

Durante os 18 dias de paralisação, houve seis falecidos, 331 feridos e 152 pessoas detidas, segundo levantamento de organizações de direitos humanos. Além disso, na última quarta-feira, Guillermo Lasso decretou estado de exceção em quatro províncias: Azuay, Imbabura, Sucumbíos e Orellana.

Vitória no Equador (2). O primeiro sinal de desgaste do governo de Guillermo Lasso foi quando, no domingo (26) ele anunciou a redução dos preços da gasolina e do diesel em meio à crise política que o país atravessa, onde chega a greve nacional.

Por meio de mensagem veiculada na televisão e nas redes sociais, o presidente explicou que o preço da gasolina Extra e Eco País, com 85 octanas, cairá de 2,55 para 2,45 dólares por galão, enquanto o diesel passará de 1,90 para 1,80 dólares por galão.

“Todos consideram que o preço do combustível se tornou a pedra angular que mantém o conflito. paz", enfatizou Lasso.

A redução de 10 centavos de dólar no preço do combustível anunciada por Lasso é inferior à demanda do movimento indígena, que exige que o preço do galão da referida gasolina seja fixado em 2,10 dólares e o do diesel em 1,50 dólares.

O preço dos combustíveis mais utilizados é o primeiro dos dez pontos da lista de reivindicações da Conaie e de outras organizações camponesas que convocam as mobilizações desde o último dia 13 de junho.

Vitória no Equador (3). Durante todo o movimento comandado pela Conaie, a oposição conseguiu reunir condições para votar, na Assembleia Nacional do Equador, a cassação do presidente Lasso.

Mas não conseguiu obter os 92 votos necessários para destituir o presidente, pedido feito pela bancada União pela Esperança (Unes), do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017).

“Temos a seguinte votação: 80 votos afirmativos, 48 negativos, 9 abstenções”, disse o secretário da Assembleia, Álvaro Salazar, ao ler o resultado da votação, da qual participaram os 137 parlamentares da Assembleia Nacional do Equador.

Estes resultados surgiram após um pedido de reconsideração feito pelo deputado Fernando Flores, do bloco legislativo governista para a primeira votação, depois de três deputados desse grupo e uma da Esquerda Democrática terem denunciado que votaram contra a destituição de Lasso, mas seu voto tinha sido registrado como favorável.

A sessão de terça-feira (28) terminou depois de mais de oito horas de trabalho.

Vitória no Equador (4). Depois de 18 dias de paralisação nacional, a Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador e outras quatro organizações anunciaram na quinta (30/06) que chegaram a um acordo com o governo para o fim da paralisação. As partes concordaram com a diminuição do preço da gasolina, a revogação da política de paridade de preços dos combustíveis e o fim dos bloqueios de rodovias.

“Não podemos ser irresponsáveis com o país, por isso nossas questões devem ser resolvidas hoje”, disse o presidente da Conaie, Leonidas Iza Salazar, ao anunciar o fim da greve.

Após dois dias de diálogo e a suspensão temporária das negociações por parte da gestão de Guillermo Lasso, o pacto foi assinado na tarde desta quinta, no auditório da Conferência Episcopal Equatoriana, em Quito, pelo presidente da Conaie, Leonidas Iza Salazar e o ministro de Governo, Francisco Jiménez.

O acordo prevê que o governo diminua em 15 centavos o preço da gasolina e do diesel, garanta um subsídio de 50% no valor dos fertilizantes a pequenos agricultores e revogue o decreto executivo 95, que determina a política de paridade de preços internacionais para os hidrocarbonetos - similar ao adotado pela Petrobras desde o governo Temer. A administração de Lasso também prometeu reformar o decreto 151, que dá brechas para a mineração em território indígena.

Com isso, a Conaie e a Confederação Nacional de Organizações Camponesas, Indígenas e Negras (Fenocin), do Conselho de Povos e Organizações Indígenas Evangélicas do Equador (Feine) se comprometeram a levantar os bloqueios de rodovias e retornar aos seus territórios. Todas as partes se comprometeram a retomar a mesa de diálogo em 90 dias para reavaliar a implementação da agenda de dez pontos de reivindicações do movimento indígena.

Na segunda-feira, o presidente Lasso havia anunciado um aumento de US$ 5 no Bônus de Desenvolvimento Humano pago a 1,5 milhão de famílias; e duplicado o orçamento para a educação cultural bilíngue (espanhol - idiomas indígenas).

A espada de Bolívar caminha? É muito conhecida a frase do Comandante Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela, quando disse: “Alerta, alerta, alerta que camina, la espada de Bolívar por América Latina”.

Sim, o grande líder venezuelano estava mostrando que a Nossa América poderia novamente tomar um caminho de libertação do imperialismo ianque. A verdade nos mostra que toda a ofensiva da direita na América Latina, com golpes sucedendo golpes (Argentina, Paraguai, Uruguai, Brasil, Bolívia, etc), não conseguiu estabilizar uma nova supremacia do fascismo social e cultural.

Agora Nossa América está vivendo uma nova era de recuperação. Na região, observa-se a emergência de uma nova onda progressista no México, Argentina, Bolívia, Peru, Chile, Honduras - cada uma com sua própria tonalidade -, agora na Colômbia e talvez no Brasil com Lula, que pode substituir o neoliberalismo tardio e iniciar uma nova ciclo com maior protagonismo do Estado e preocupação das grandes maiorias.

O fracasso da nona Cúpula das Américas, em Los Angeles, expôs a incapacidade do governo estadunidense de demonstrar a gestão de “seu quintal”. Foi um duro revés diplomático para os EUA e seu presidente, já que vários chefes de estado da região descartaram sua participação.

Novo estágio nas relações Colômbia/Venezuela. A conversa entre o presidente venezuelano Nicolás Maduro e o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, com vistas ao reatamento das relações, levou-os a analisar a situação na região fronteiriça, várias questões sobre a paz e a vontade de trabalhar na construção de uma fase renovada das relações entre os dois países.

“As relações devem ser normalizadas (…) A fronteira é a minha principal preocupação, porque lá há uma ilegalidade forte, muito forte. Há também algumas possibilidades reais", disse Petro.

A Colômbia e a Venezuela compartilham uma das fronteiras mais longas das Américas e provavelmente a mais movimentada e permeada da América do Sul. No entanto, há mais de três anos o trânsito pedonal de pessoas entre os dois países tem tido muitas restrições e altos e baixos, também devido à pandemia de coronavírus. O transporte automotivo está fechado e a mercadoria quase não funciona. Também não há voos diretos entre os dois países.

As relações diplomáticas foram completamente rompidas desde 23 de fevereiro de 2019, quando a Colômbia tentou entrar na Venezuela para criar uma ponte para os planos de desestabilização do governo de Nicolás Maduro e Nicolás Maduro rompeu relações políticas e diplomáticas com a Colômbia, culpando o governo de Iván Duque por apoiar as agressões, em conluio com os EUA e a extrema direita venezuelana.

Inflação em alta. A inflação anual na zona do euro subiu cinco décimos no mês passado, de 8,1% em maio para 8,6% em junho, segundo a 'estimativa flash' do Eurostat, a agência estatística da União Europeia.

Em junho de 2021, a inflação anual na área do euro foi de 1,9%. A energia continua sendo o maior componente da inflação, com uma taxa acumulada de 41,9% em junho ante 39,1% em maio.

O segundo item que mais contribui para a alta dos preços é alimentação, álcool e fumo: 8,9% em junho ante 7,5 no mês anterior.

Das 19 economias que compõem a zona euro, as do Báltico apresentam as taxas de inflação anuais mais elevadas: 22% na Estónia, 20,5% na Lituânia e 19,0% na Letónia no final de junho, segundo a primeira estimativa do Eurostat.

Na Espanha a situação é grave. O Instituto Nacional de Estatística (INE) de Espanha registou na quarta-feira que o Indicador Antecipado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do país atingiu 10,2 por cento durante o mês de junho, o valor mais elevado reportado desde abril de 1985.

A entidade especificou que a inflação no país europeu superou as estatísticas de março passado, quando foi de 9,8%.

Este novo valor representa “um aumento de um ponto e meio na sua taxa anual, uma vez que no mês de maio esta variação foi de 8,7 por cento”, apurou o instituto.

Além disso, salientou que o aumento do IPC se deve aos aumentos dos preços dos combustíveis, alimentação e bebidas não alcoólicas.

Vai faltar energia. No domingo (26), o premiê britânico, Boris Johnson, declarou que os países do G7 estão cientes de que a “festa dos hidrocarbonetos russos acabou” e estão buscando formas de se adaptar a essa nova realidade.

Conforme afirmou Johnson em entrevista à emissora CNN, os países-membros do G7 estão buscando novos fornecedores de energia, além de soluções sustentáveis.

Johnson acrescentou que o Reino Unido desenvolverá o setor de energia eólica e mudará seus planos no setor de energia atômica. Segundo o premiê, seu país construirá um reator nuclear a cada ano ao invés de a cada década, como planejado anteriormente.

E é grave. A UE aprovou atingir a meta de 80% de armazenamento de gás antes de 1º de novembro e 90% nos anos seguintes. Em entrevista ao Sputnik, o especialista Rustam Tankayev explicou por que é improvável que essa estratégia se torne realidade.

“O novo regulamento, já acordado informalmente com os ministros da UE, estabelece um nível mínimo obrigatório de gás nas instalações de armazenamento de 80% antes de 1 de novembro, embora os Estados-Membros e os operadores devam tentar aproximar-se de 85. 90%”, e está no site do Parlamento Europeu.

A esse respeito, o membro do Comitê da Câmara de Comércio e Indústria Russa para a Estratégia Energética e o Desenvolvimento do Complexo de Energia e Combustíveis Rustam Tankáyev assegura que é improvável que os países membros da UE realmente cumpram as ordens do Parlamento Europeu.

Reunião da OMC naufragou? Embora os líderes da Organização Mundial do Comércio (OMC) estivessem transbordando de euforia com os resultados de sua recente Conferência Ministerial em Genebra, a Vía Campesina Internacional os considerou “chatos e decepcionantes”.

Após cinco dias de negociações (12 a 17 de junho) entre os representantes de 164 Estados que participaram da 12ª Conferência Ministerial da OMC, seus porta-vozes falaram em “acordos inéditos”. Referiram-se especificamente às patentes das vacinas contra a COVID-19, à segurança alimentar e às regras sobre a pesca.

Por trás desses consensos, estava em jogo a própria credibilidade - em si fortemente questionada - dessa organização que não conseguia se reunir pessoalmente há cinco anos desde a conferência de dezembro de 2017 em Buenos Aires e que há uma década não conseguia chegar qualquer tipo de acordo.

No sábado, 11 de junho, um dia antes do início do conclave de Genebra, centenas de manifestantes saíram às ruas da cidade para exigir a anulação dos regulamentos sobre agricultura que estão em vigor.

A Via Campesina e outras organizações internacionais lançaram o convite para o protesto no final de abril. Sob o lema: “Livre comércio é fome! OMC fora da agricultura!”, a referida organização também convocou todos os seus membros e aliados a organizarem reuniões públicas, conferências e manifestações entre 10 e 15 de junho para “expor o impacto dos Acordos de Livre Comércio e das políticas da OMC em pequena escala produtores rurais e urbanos de alimentos”.

Crescimento do BRICS. De acordo com Dmitry Burikh, especialista em assuntos da América Latina, o BRICS pode se expandir não apenas com o ingresso da Argentina e do Irã.

“Não há procedimentos definidos no BRICS, [sobre a adesão de novos membros] não é um problema, é apenas uma questão de vontade dos Estados-membros”, ressaltou.

O especialista acredita que não haverá objeções ao ingresso de novos membros, lembrando que a Argentina já tinha esta intenção há muito tempo.

Além disso, o especialista observou que Teerã e Buenos Aires manifestaram o interesse pela adesão ao BRICS por motivos políticos e econômicos.

A expansão do BRICS pode fragmentar o mundo até dimensões não conhecidas desde a Guerra Fria e abrir portas para uma nova era da “globalização vertical”. Além disso, caso o grupo seja expandido, os EUA não vão dominar a política global pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, acredita o cientista político canadense Abishur Prakash.

Segundo o analista da edição South Morning China Post, as ideias discutidas pelos países do BRICS indicam os contornos da formação de uma nova ordem mundial. Prakash defende que, se o mundo for dividido como resultado da expansão do BRICS e da adesão ao grupo de novos membros, tais como a Arábia Saudita e a Argentina, o Ocidente pode se tornar o lado perdedor.

Moscou vê a expansão do BRICS com bons olhos, mas entende que o assunto deve ser avaliado atentamente, afirmou na segunda-feira (27) o assessor do presidente russo Yuri Ushakov quando lhe perguntaram sobre a iniciativa da Argentina de aderir à organização.

“Sabem, em geral vemos com bons olhos a questão de uma possível expansão da organização, embora entendamos que é preciso examinar o problema muito atentamente. É por isso que propomos antes de mais nada determinar os procedimentos e requisitos para possíveis candidatos ao BRICS”, afirmou Ushakov.

Parlamentares britânicos já criticam sanções contra Moscou. O Comitê de Relações Exteriores da câmara baixa do Parlamento britânico criticou o regime de sanções do país por seu despreparo e mau planejamento. Segundo o relatório do comitê, a ordem conforme a qual as personalidades russas foram submetidas às sanções parece não se basear em uma "estratégica coerente", mas nas ações dos aliados.

Os legisladores dizem que Londres não tinha um plano ou uma estratégia abrangente para determinar a abordagem das autoridades britânicas à questão das sanções. Assim, o comitê parlamentar recomenda ao gabinete de ministros formar funcionários especiais responsáveis pela política sancionatória.

Mais do que isso, a entidade exorta o governo a pôr fim às operações financeiras ilegais realizadas em Londres. As sanções neste caso são insuficientes, acreditam os deputados, e as autoridades devem considerar igualmente a possibilidade de abertura de processos penais.

Governo alemão mente para a população. Autoridades do setor energético divulgam que a Rússia esteja planejando cortar completamente o fornecimento de gás da Alemanha por ocasião da pausa regular para manutenção do gasoduto Nord Stream 1.

Klaus Müller, chefe da Agência Federal de Redes (Bundesnetzwerkagentur), afirmou, em entrevista publicada neste sábado (02), ser possível que Moscou transforme o período de manutenção regular de 11 dias, previsto para começar em 11 de julho, em um tempo "mais longo de manutenção política".

O governo mente descaradamente! Na verdade, a Rússia vai usar o seu direito: “não pagou, não recebe”! A Alemanha, seguindo a orientação de Washington, decidiu não cumprir a determinação russa de só receber os pagamentos de seu gás e petróleo em rublos. Agora mente para a população.

No mês passado, o governo alemão colocou o país na fase 2 do “nível de alerta”, de um total de três do plano nacional de emergência para o abastecimento de gás natural. A estratégia foi criada após o agravamento das disputas com a Rússia, resultantes da invasão russa à Ucrânia.

Apoio à posição da Rússia. Os moradores de origem russa da cidade estoniana de Narva apoiam as ações da Rússia na Ucrânia, afirmando que vão estar do lado russo em caso do conflito armado entre Tallinn e Moscou.

Conforme relata o canal de TV dinamarquês tv2.dk, “esmo que estejamos na Estônia, e consequentemente, no território da OTAN, 95% dos cidadãos falam russo e muitos são leais à Rússia, inclusive a respeito do conflito ucraniano”.

Os moradores de Narva contaram aos jornalistas do canal que não compartilham a posição ocidental relativamente a Moscou.

Washington sabe que já perdeu. O governo dos EUA duvida cada vez mais que a Ucrânia volte a controlar os territórios perdidos desde o início da operação militar especial russa, comunicou a emissora CNN.

Segundo a mídia, os assessores do presidente de Biden debatem se é necessário que a Ucrânia reconheça que deve “ceder seus territórios a Donetsk e Lugansk” para pôr fim ao conflito que se desencadeou em 2014 e se agravou em fevereiro deste ano.

Um alto funcionário do Congresso, segundo o canal, considera que a perda do território por parte da Ucrânia é inevitável. Supõe que a possibilidade de Kiev conseguir reconquistar os territórios depende do fornecimento à Ucrânia de armas norte-americanas.

Anteriormente, o deputado canadense Yvan Baker, membro do Partido Liberal, afirmou ao canal de televisão Ukraina 24 que os países ocidentais estavam se cansando tanto da Ucrânia, que chegaram a solicitar ao presidente ucraniano Vladimir Zelensky a ceder uma parte do território do país a Donetsk e Lugansk.

Turquia concorda, mas ameaça. A Turquia retirou o veto à entrada da Suécia e da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), depois das negociações realizadas na terça-feira (28) em Madri.

Segundo a agência turca Anadolu, os três países assinaram um memorando de entendimento durante uma reunião entre o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, o seu homólogo da Finlândia, Sauli Niinisto, a primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

Em nota, o governo de Ancara informou que a Turquia “conseguiu o que pediu” nas conversações com a Suécia e a Finlândia e obteve “plena cooperação” de ambos os países contra os militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), movimento que luta pela criação de um Estado curdo e que é considerado uma organização terrorista pelo governo de Erdogan.

Mas, apesar de concordar em princípio com o ingresso da Suécia e da Finlândia na OTAN, o presidente da Turquia garante que Ancara apenas o permitirá quando todas as condições forem cumpridas.

O acordo assinado entre Ancara, Estocolmo e Helsinque para permitir a adesão dos países nórdicos à OTAN não é a palavra final, a Suécia e a Finlândia têm de cumprir sua palavra, advertiu Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, citado na sexta-feira (1º) pelo canal turco NTV.

O memorando trilateral prevê que Estocolmo e Helsinque combatam todas as atividades ligadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), proibido na Turquia, inclusive extraditando seus membros, e cancelem o embargo à indústria de defesa turca.

Washington treme. A China e a Índia podem frustrar o plano do G7 de restringir o preço do petróleo russo ao disponibilizarem seus navios-tanque.

De acordo com o jornal Financial Times, isso permitirá a Moscou contornar as medidas tomadas pelos países do G7 e da União Europeia, já que contará com serviços de seguro e transporte.

O FT ainda ressalta que, se as cargas petrolíferas russas forem efetivamente banidas da maioria da frota mundial de navios-tanque, provavelmente a China e a Índia seguirão negociando com seus próprios navios.

Especialistas citados pelo FT acreditam que a ideia do G7 enfrentará grandes dificuldades, pois há poucas chances de estabelecer um preço baixo o suficiente para eliminar as receitas geradas pelo petróleo russo.

Um porta-voz da UE sugeriu que o mais difícil seria convencer um número suficiente de países e grandes seguradoras a apoiar o esquema proposto.

A situação nos EUA (1). A empresa de serviços financeiros estadunidense JPMorgan Chase revisou suas perspectivas de crescimento econômico de meio ano dos EUA, reduzindo acentuadamente o crescimento previsto do PIB de 2,5% para 1%, informou agência Bloomberg na sexta-feira (1º).

O maior banco dos EUA também reduziu sua projeção para o terceiro trimestre, de 2% para 1%. No entanto, espera-se que o crescimento atinja 1,5% nos últimos três meses do ano, impulsionado pela robusta produção automóvel e menor inflação, dizem analistas do JPMorgan.

“A nossa previsão está perigosamente perto da recessão”, disse Michael Feroli economista-chefe da JPMorgan Chase, aponta a agência.

A queda ocorre no contexto de uma política monetária mais restritiva, após a Reserva Federal dos EUA (Fed) ter aumentado a taxa de juros em 0,75 pontos percentuais em junho.

A situação nos EUA (2). A economia dos EUA já está em recessão, e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre de 2022 será negativo, segundo vários especialistas. Stephen Moore, pesquisador de economia da Heritage Foundation, disse que os EUA já estão em uma “recessão suave”, e seu PIB provavelmente caiu 1% em relação a seis meses atrás.

Em entrevista à Fox Business na segunda-feira, Moore disse que a renda das pessoas em termos reais está caindo rapidamente a uma taxa de cerca de US$ 2 mil a US$ 3 mil por ano.

Tanto Cathie Wood, presidente-executiva da ARK Investment Management LLC, quanto Jeremy Siegel, professor de finanças da Wharton School da Universidade da Pensilvânia, ecoaram a visão na terça-feira, dizendo que os Estados Unidos já estão no meio de uma recessão, de acordo com a agência de notícias Xinhua.

A economia dos EUA no primeiro trimestre de 2022 encolheu 1,5% em relação ao trimestre anterior, de acordo com a segunda estimativa do Departamento de Comércio dos EUA. A verdadeira questão que os Estados Unidos enfrentam é se será um pouso suave ou um pouso forçado, de acordo com Moore.

A situação nos EUA (3). O diretor executivo do centro de análise energética OPIS, Tom Kloza, afirmou à Fox Business que os preços da gasolina nos EUA podem atingir níveis “apocalípticos” na temporada de furacões no verão, que poderia colocar em risco as refinarias.

De acordo com o especialista, em julho ocorre a maior demanda por combustível. E os EUA precisam “torcer muito” para que os furacões ou quedas de energia na costa do golfo não destruam a infraestrutura das refinarias de petróleo.

Kloza ainda afirmou que os poucos sinais positivos no país podem desaparecer caso os EUA tenham uma forte temporada tropical. “Acredito que voltaremos a pagar mais de cinco dólares por galão e isso pode ser algo apocalíptico devido aos furacões”, concluiu.

293 tiroteios só neste ano! Até agora, em 2022, apenas 15 estados estadunidenses não experimentaram eventos de massa com armas de fogo.

A Organização Não Governamental Americana, The Gun Violence Archive (GVA, na sigla em inglês) indicou nesta quarta-feira que até esta data do ano em curso houve 293 tiroteios em massa nos Estados Unidos.

“Houve 293 tiroteios em massa nos EUA em 35 estados diferentes (e Washington DC) nos 179 dias de 2022”, postou GVA em sua conta no Twitter.

As escolas dos EUA são os locais onde mais incidentes desse tipo com armas de fogo são registrados, pois segundo a mesma ONG, nos últimos 10 anos pelo menos 900 escolas sofreram tiroteios, 90 eventos desse tipo aproximadamente a cada 12 meses.

Estima-se que nos EUA, uma população de cerca de 328 milhões de habitantes tenha em seu poder 393 milhões de fuzis e pistolas, o que significa que concentra cerca de 4% da população mundial, mas 42% do total de armas.

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