E o povo volta às ruas!
Depois de um longo tempo sem grandes manifestações
populares, os brasileiros voltaram às ruas em 49 grandes cidades brasileiras
para dizer “não” às pretensões golpistas do ex-capitão que teme ir para a
cadeia com sua família!
Contra a escalada golpista do demente, atos pela
democracia foram anunciados em 49 cidades, incluindo as 26 capitais e o
Distrito Federal. A campanha “Fora Bolsonaro”, uma das organizadoras das
mobilizações, afirma que a “escalada autoritária” do mandatário exige
"todas as vozes comprometidas" no país.
Além de condenarem a má gestão do governo brasileiro,
os manifestantes protestam também contra a violência e os altos índices de
desemprego e fome no Brasil.
A “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do
Estado Democrático de Direito”, lida na quinta-feira (11) na Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo (USP) e em outras universidades do país,
ultrapassou a marca de um milhão de assinaturas.
A defesa da democracia e das eleições uniu todos os
setores da sociedade em torno de um único objetivo – salvar o Brasil da
escalada golpista do energúmeno, que ataca o sistema eleitoral brasileiro, os
ministros das cortes superiores, faz fake news contra as urnas eletrônicas e
diz que não vai aceitar o resultado da eleição. E foram esses brasileiros que
lotaram a faculdade de direito da USP e o entorno do prédio, as demais
faculdades onde a carta foi lida em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Belo
Horizonte, entre outras, e, à tarde, foram às ruas para defender as urnas e a
democracia.
Assinam a carta, que em nenhum momento cita o safado,
ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), juízes, acadêmicos da USP e de
outras universidades, procuradores, advogados e algumas celebridades, como as
atrizes Fernanda Montenegro, Marieta Severo, Marisa Orth, Alessandra Negrini e
Cissa Guimarães, o ator Eduardo Moscovis os cantores Alceu Valença e Milton
Nascimento, Arnaldo Antunes e Chico Buarque, as cantoras Anitta, Linn da
Quebrada e Luísa Sonza, além de empresários de diversos setores da economia,
banqueiros, atletas, trabalhadores, desempregados, representantes da CUT,
demais centrais sindicais e movimentos sociais.
No desespero, vai tentar comprar votos. Enquanto
o número de pessoas abaixo da linha de pobreza e em extrema pobreza cresce no
Brasil e as pesquisas mostram que até agora o ex-presidente Lula da Silva
lidera as pesquisas antes das eleições, o ex-capitão de extrema-direita destina
mais de oito bilhões de dólares em bônus e subsídios tentando reverter a
tendência cidadã antes das eleições presidenciais de 2 de outubro.
O número de pessoas vivendo na pobreza nas 22 maiores
metrópoles brasileiras saltou para o recorde de 19,8 milhões de pessoas em 2021,
o maior nível desde que os dados começaram a ser analisados em 2012, segundo estudo da Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul (PUCRS), o Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios
da Dívida Social da América Latina (RedOdsal).
Enquanto isso, nesta terça-feira, durante debate na
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Lula, o favorito para
vencer as eleições de outubro, acusou o atual presidente de realizar a maior
distribuição de dinheiro do na véspera de uma eleição, para “comprar votos”.
Lula se referia a vários benefícios aprovados pelo
governo às vésperas das eleições, como o Auxílio Brasil no valor de 600 reais
(117 dólares), a duplicação do Auxílio Gás e a criação de um bônus de mil reais
(194 dólares) para caminhoneiros. Além disso, prestou assistência a taxistas, repasse
de recursos para evitar aumento de preços no transporte público, subsídios ao
etanol e reforço de recursos no programa de aquisição e doação de alimentos.
Por que não prestam contas? Muitos
políticos brasileiros não são filiados somente a partidos, mas também a
movimentos como Acredito, RenovaBR, RAPS, MBL e Livres. Movimentos políticos
brasileiros que se autodeclaram apartidários e propõem a renovação, como o
Acredito, Renova Brasil, RASP, MBL e Livres, arregaçam as mangas para melhorar
seu desempenho nas eleições de 2022.
”As manifestações de 2013 [...] acabaram por ativar o
espírito de se fazer política por um viés independente e inovador, escutar a
voz das ruas e trazer o cidadão para dentro do campo político”, disse Isabela Bichara
Neves, autora do artigo “Análise do arranjo institucional e discursivo dos
movimentos RenovaBR e MBL”.
A longa matéria/entrevista com a pesquisadora foi
publicada pelo site Sputnik Brasil.
Segundo a pesquisadora, eventos como o impeachment da
presidente Dilma Rousseff e a ascensão da ultradireita tornaram “o campo
político mais fértil para que novos movimentos ocupassem espaços que antes eram
dinamizados por partidos políticos”.
Um caso clássico de ascensão de grupos alegadamente de
formação espontânea no Brasil é o MBL, que elegeu lideranças como o deputado
federal Kim Patroca Kataguiri (União Brasil-SP) e o vereador Fernando Holiday
(Novo-SP).
Mas, como destaca a pesquisadora, nenhum desses grupos
presta contas de suas finanças e nem declara a origem de tanto dinheiro gasto
em campanhas para eleger seus “escolhidos”!
20 milhões de pobres! As
Regiões Metropolitanas concentram quase 40% da população brasileira, ou mais de
80 milhões de pessoas. As informações estão na nona edição do Boletim –
Desigualdade nas Metrópoles, produzido em parceria pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o Observatório das Metrópoles e a Rede
de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL).
Entre 2014 e 2021 a taxa de pobreza subiu de 16% para
23,7%, o que em termos absolutos se traduziu em uma elevação de 12.5 milhões
para 19.8 milhões de pessoas. Ou seja, em apenas sete anos 7.2 milhões de
pessoas entraram em situação de pobreza nas metrópoles brasileiras. Em relação
à extrema pobreza, no mesmo período a taxa mais do que dobrou, variando de 2.7%
para 6.3%. Em termos absolutos, foi um aumento de 2.1 para 5.2 milhões de
pessoas em situação de extrema pobreza nas nossas grandes cidades. Somente na
Região Metropolitana de São Paulo – a maior e mais importante do ponto de vista
econômico -, o número de extremamente pobres passou de 381 mil para mais de 1 milhão
de pessoas entre 2014 e 2021. Na Região Metropolitana de Salvador, por sua vez,
no mesmo período o número de extremamente pobres salta de 103 mil para 483 mil.
E no Rio de Janeiro o aumento foi de 336 mil para 926 mil.
Os dados são provenientes da PNAD Contínua anual
(acumulados na quinta visita), do IBGE, e dizem respeito à renda domiciliar per
capita total. O recorte utilizado é o das 22 principais áreas metropolitanas do
país, de acordo com as definições do IBGE. Todos os dados estão deflacionados
para o ano de 2021, de acordo com o IPCA. O estudo trabalha com as linhas de
US$ 5,50 paridade do poder de compra (PPC) para pobreza e US$ 1,90 PPC para a extrema
pobreza, assim como definidas pelo Banco Mundial. Em valores mensais de 2021, a
linha de pobreza é de aproximadamente R$ 465 per capita e a linha de extrema
pobreza é de aproximadamente R$ 160 per capita.
Com o corte do auxílio emergencial, a disparada da
inflação e a retomada insuficiente do mercado de trabalho, o número de pessoas
em situação de pobreza saltou para 19,8 milhões nas metrópoles brasileiras.
Em quem confiar? Passa
de 60% o percentual de brasileiros que afirmam confiar em professores e cientistas,
mas apenas 30% dizem acreditar nas Forças Armadas, segundo pesquisa do
Instituto Ipsos.
O índice de confiança nos militares brasileiros, que
nos últimos meses estiveram envolvidos em denúncias de desvio de verba em licitações
para obras e até compra superfaturada de Viagra e prótese peniana, ficou 11
pontos percentuais abaixo da média global, de 41%, e só não é mais baixo do que
os verificados entre os colombianos (29%), os sul-africanos (28%) e os
sul-coreanos (25%).
Os dados da pesquisa Ipsos sobre a confiança dos brasileiros,
publicados pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, mostram ainda
que a credibilidade caiu 5% em relação ao ano passado, quando 35% dos
brasileiros diziam confiar nos militares.
E há motivos para isso! Com os
benefícios pagos pelo governo do insano, os militares com altos cargos na
gestão federal receberam supersalários, que em alguns casos chegaram a R$ 1
milhão ou mais em um único mês. O trem da alegria começou a circular no auge da
pandemia do novo coronavírus, que agravou a crise econômica e deixou milhares
de trabalhadores e trabalhadoras desempregados, sem renda sequer de bicos por
causa das restrições impostas para conter a disseminação da Covid-9.
Segundo dados do Portal da Transparência, divulgados
pelo jornal O Estado de S. Paulo, só o general Walter Braga Netto, candidato a
vice-presidente na chapa encabeçada por Bolsonaro, recebeu R$ 926 mil entre
março e junho de 2020 somados, sem abatimento do teto constitucional. O teto
limita os salários a R$ 39,3 mil por mês no serviço público. Deste total, R$
120 mil foi pago a título de férias. O salário bruto de Braga Netto como
general da reserva do Exército é de R$ 31 mil.
O almirante de esquadra reformado da Marinha Bento
Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia, recebeu R$ 1 milhão nos meses de
maio e junho do mesmo ano. O salário dele é de R$ 35 mil.
O general reformado Luiz Eduardo Ramos, ministro da
Secretaria-Geral da Presidência, recebeu R$ 731,9 mil entre julho e setembro de
2020. O salário normal dele é de R$ 35 mil.
Os altos valores pagos aos militares e pensionistas das
Forças Armadas começaram no primeiro ano do mandato de Jair Bolsonaro, em 2019.
Na época, o governo mudou as regras para a aposentadoria permitindo, entre
outros pontos, que o benefício pago saltasse de quatro para oito vezes o valor
do soldo. “O gasto com os salários aumentou de R$ 75 bilhões em 2019 para R$ 86
bilhões”, ressalta a reportagem.
Por outro lado... Primeiro presidente da República a terminar o governo
com um salário mínimo com poder de compra menor do que quando assumiu a gestão,
o ex-capitão mantém para 2023 a previsão de reajuste do piso nacional menor do
que a inflação, que está acima de dois dígitos desde o ano passado e pesa mais
no bolso dos mais pobres que sentem mais os altos preços dos alimentos que
continuam subindo. A deflação de -0,68% registrada no Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho foi uma consequência da queda de preços dos
combustíveis, o que beneficia os mais ricos.
Mas, a queda brutal no poder de compra dos mais pobres
foi ignorada pelo governo. O valor para o salário mínimo do ano que vem que
consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que será enviado ao
Congresso até o dia 31 de agosto é de R$ 1.294, apenas 6,8% em relação ao
mínimo de 2022, de R$ 1.212. Já a alta acumulada do Índice Nacional de Preços
ao Consumidor (INPC), usado para calcular os reajustes salariais, é de 10,12%
nos últimos 12 meses.
E tem mais. No momento em que 33 milhões de brasileiros
estão passando fome, a emenda parlamentar à Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) que prevê o reajuste de 34% ao Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE), aprovado em julho pelo Congresso Nacional, foi vetada pelo
inescrupuloso presidente, na quarta-feira (10), alegando que a proposta é
“contrária ao interesse público”.
Movimentos sociais já classificaram o canalha de
inimigo da alimentação escolar e iniciaram uma mobilização nacional para
pressionar o Congresso Nacional derrubar o veto nas próximas semanas. O prazo
regimental para colocar a proposta de derrubada do veto é 30 dias corridos.
“O veto é feito sob o argumento de que contraria o
interesse público e aumenta a rigidez orçamentária, o que não valeu pra ampliar
o Auxílio Brasil com finalidade eleitoreira e reajustes ao salário de policiais
federais. Bolsonaro não está preocupado com o enfrentamento da fome, ele é
inimigo da alimentação escolar”, declarou Mariana Santarelli, coordenadora do
Observatório da Alimentação Escolar.
Simplificando: tem muito dinheiro para militares que o
apoiam, mas não tem para o salário mínimo e nem para a alimentação escolar!
Nossa América caminha! Os países
sul-americanos parecem cada vez mais navegar na mesma direção. Em uma nova onda
de esquerda, o continente começa a restabelecer laços há tempos desatados.
Durante a 60ª Cúpula do Mercosul, realizada em 21 de
julho, no Paraguai, os chanceleres de Chile e Bolívia acordaram retomar o
diálogo para normalizar a relação diplomática entre os países, rompida desde
1978 devido a uma disputa de acesso ao mar.
Paralelamente, com a eleição de Gustavo Petro à
presidência da Colômbia, Bogotá e Caracas se reaproximaram após anos de tensões
e conflitos políticos. Por meio de seus ministros das Relações Exteriores, os
países concordaram em instituir uma agenda de trabalho para reatar a
diplomacia.
Leonardo Paz, analista de inteligência qualitativa no
Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getulio Vargas
(FGV NPII), recorda que a maior parte das iniciativas de integração na região
se deram justamente no início dos anos 2000, quando diversos países tinham
governos de esquerda, como Venezuela (Hugo Chávez), Argentina (Néstor Kirchner)
e o próprio Brasil, com Lula.
Por isso, segundo o especialista, “a maré à esquerda
tende a elevar as chances de os países se entenderem” para reorganizar a
integração.
Segundo Valdez, pesquisador da UnB, a reorganização
global, com o enfraquecimento dos EUA, poderá ajudar a impulsionar o novo
período de unidade sul-americana. “É preciso retomar o espírito
integracionista, especialmente diante da consolidação do polo de poder liderado
por China e Rússia, que emerge dos desdobramentos da crise russo-ucraniana”,
afirmou.
Não podemos errar. O novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, surpreendeu
com a honestidade do discurso que fez a todos os seus ministros na cerimônia de
posse de seu novo Gabinete. O presidente disse que deve haver “corrupção zero”
no governo e explicou sua intenção de eliminar a burocracia na Presidência para
dar “mais poder aos ministérios”.
Com um tom calmo, o novo presidente colombiano reiterou
que “este é o governo da mudança”, mas enfatizou que “a mudança é real, não é
retórica, não é discurso, não é maquiagem”.
Petro lembrou aos ministros que seu governo "faz
parte da busca de novas fórmulas políticas, novas formas econômicas, novas
relações com a natureza e novas relações entre os seres humanos". Nesse sentido,
enfatizou que a sua gestão deve basear-se “em muito mais justiça e igualdade,
muito mais prosperidade e dignidade de vida”.
Petro esclareceu que esta nova forma de atuação
implicaria também “um desafio maior para cada ministro” e “um trabalho muito
coordenado entre o presidente e os ministros”.
Um ministro com tarefas árduas. A
nomeação do advogado Iván Velásquez foi um dos maiores atos do presidente
Gustavo Petro. Muitos pensavam que uma mulher ligada à defesa dos Direitos
Humanos e conhecedora do Direito Internacional Humanitário seria colocada nessa
posição. Mas a decisão de Petro foi muito mais longe. Ele deu um passo
transcendental com profundo impacto na questão militar e de direitos humanos.
Uma verdadeira carga de profundidade.
Iván Velásquez é um prestigiado jurista nascido em
Medellín, com uma sólida trajetória como defensor da legalidade contra as
máfias da droga e o crime político associado às intrigas e crimes da ultradireita
fascista. Em sua atividade de juiz, foi encarregado de investigar a
parapolítica uribista e mandar para a prisão seus principais protagonistas. A
força de sua personalidade baseada em sólida ética permitiu-lhe enfrentar os
delitos e ações criminosas de Álvaro Uribe Veles e máfias afins. Posição que
lhe valeu a perseguição e assédio permanente do chamado regime democrático de
segurança. Mais tarde, na Guatemala, coordenou a comissão anticorrupção apoiada
pelas Nações Unidas que se encarregou de desvendar os grupos responsáveis pelo saque do Estado daquela nação,
E sua primeira tarefa vai ser expurgar as chefias
militares e policiais de generais comprometidos com a violação dos direitos
humanos, com a execução de “falsos positivos”, com os massacres de camponeses,
menores e mulheres grávidas, com a morte de lideranças sociais. ex-combatentes
das Farc.
A segunda é empreender uma profunda transformação da
Polícia Nacional, liquidando a sombria Esmad e transferindo a polícia para o
novo Ministério da Paz e Segurança que foi anunciado. É claro que é necessário
um expurgo do alto comando e dos órgãos de inteligência infiltrados por
criminosos.
Um rei indigno e sem educação. Uma das
imagens mais marcantes na posse do novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro,
foi a atitude do rei Felipe VI quando foi mostrada a espada do libertador
americano Simón Bolívar.
Ao contrário dos demais representantes que compareceram
à cerimônia, o monarca europeu foi o único que não parou quando a relíquia
histórica foi mostrada ao público, o que foi considerado desrespeitoso.
A atitude contribuiu ainda mais para a polarização que
existe devido à corrente revisionista que é promovida a partir da América para
que a Espanha peça desculpas pela Conquista, ocorrida há mais de 500 anos.
Negociação com o ELN. Uma
delegação do governo colombiano viajou na quinta-feira a Havana, Cuba, para
iniciar contatos com o Exército de Libertação Nacional (ELN) e avançar no
restabelecimento das relações para retomar o diálogo.
“A paz total não é apenas nacional, mas vai além das
fronteiras. Compartilho uma foto tirada esta manhã minutos antes de partir para
a República de Cuba", declarou o chanceler colombiano, Álvaro Leyva, por
meio da rede social Twitter.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, indicou que,
além de Leyva, a delegação também é composta pelo Alto Comissário para a Paz,
Danilo Rueda; e o presidente da Comissão de Paz do Senado, Iván Cepeda.
Por sua vez, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, informou
posteriormente que recebeu a delegação do governo colombiano em Havana.
Maduro indica embaixador na Colômbia. O
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nomeou na quinta-feira o ex-ministro
dos Negócios Estrangeiros, Félix Plasencia, como o próximo embaixador do país
na Colômbia, no quadro do processo de restabelecimento das relações bilaterais.
“A chancelaria venezuelana solicitou a aprovação da
chancelaria colombiana e em breve estará em Bogotá”, disse o presidente.
Além disso, ele especificou que uma equipe especial
sobre a Colômbia, liderada pela vice-presidente executiva Delcy Rodríguez, foi
formada para tratar de vários assuntos de interesse entre as duas nações.
Golpe no Peru? Quando
o professor camponês Pedro Castillo foi eleito presidente do Peru, nosso Informativo
alertou para a possibilidade de golpes, porque a Casa Branca não aceitaria mais
um governo progressista na região. E parece que acertamos, mais uma vez: há um
golpe em andamento naquele país.
O presidente do Peru, Pedro Castillo, denunciou a
implementação de um “plano midiático” para tomar o poder ilegalmente, depois
que o Ministério Público invadiu o Palácio do Governo, sede do Executivo, para
prender sua cunhada, Yenifer Paredes, investigado por corrupção.
Na tarde de 9 de agosto, uma equipe do anticorrupção
Fisclía invadiu o Palácio do Governo, localizado em Lima, para prender
liminarmente a cunhada do presidente, Yenifer Paredes.
O Ministério Público está investigando Paredes por ser
um suposto membro de uma máfia governamental que negociou com empresas privadas
a concessão de obras públicas em troca de propina.
“Não vou renunciar”. O
presidente peruano, Pedro Castillo, afirmou nesta quarta-feira que permanecerá
no cargo mais alto do país, apesar da pressão do Congresso contra ele e das
investigações do Ministério Público por supostos atos de corrupção.
“Não vou me dissociar desse povo que há séculos exige
justiça”, disse Pedro Castillo diante de dirigentes da Central Única Nacional
de Rondas Campesinas, tradicionais organizações de segurança comunitária, que o
visitaram no Palácio do Governo e lhe deram apoio frente às tentativas opostas.
O presidente peruano disse que desde o início de seu
governo busca manter um diálogo com o Parlamento controlado pela oposição e denunciou
que o legislativo tem outra agenda.
Diante dessa situação, Castillo anunciou que a partir
de agora trabalhará de mãos dadas com o povo e suas organizações e movimentos
sociais.
Castillo rejeitou novamente as acusações de corrupção
contra ele e denunciou que setores da oposição ligados à direita querem
construir provas para incriminá-lo a fim de provocar sua renúncia ao cargo.
Castillo destacou que, apesar dos ataques e da campanha
de difamação da oposição, seu governo continuará trabalhando pelo bem-estar do
Peru.
“Aqueles que nos acusam são os que traem o país. Eles
nos acusam de tantas coisas, sem provas. Eles não gostaram que trabalhemos com
o povo, com o professor, com o camponês”, afirmou o chefe de Estado peruano.
O advogado do presidente, Benji Espinoza, confirmou na
quinta-feira que o chefe de Estado irá ao Ministério Público em duas semanas no
âmbito das seis investigações que estão sendo realizadas e questionou a
abertura de novos processos contra o presidente.
Venezuelanos protestam nas ruas. Sindicatos
e movimentos populares venezuelanos foram às ruas de Caracas na terça-feira (09)
para exigir a liberação de bens estatais que estão bloqueados no exterior.
Os manifestantes percorreram avenidas da capital e
concentraram suas reivindicações nos casos da refinaria Citgo, nos EUA, de avião
retido na Argentina e das reservas de ouro que estão presas no Banco da Inglaterra.
Pela manhã, o presidente Nicolás Maduro havia reiterado
a convocatória feita pelo governo. “A Venezuela marcha hoje pela defesa e pelo
resgate dos bens nacionais ilegalmente retidos e sequestrados. Queremos eles de
volta. Devolvam o ouro, a Citgo, o avião e o dinheiro que pertence ao povo.
Exigimos respeito”, afirmou o mandatário.
O presidente do partido governista PSUV, Diosdado
Cabello, também mencionou o bloqueio dos bens da Venezuela na segunda-feira (08)
e fez críticas ao governo argentino pela retenção de um avião venezuelano no
país que já dura dois meses.
“O avião é da Venezuela e está sequestrado pelo governo
do presidente [Alberto] Fernández, que é o único responsável pelo que pode ocorrer
com esse avião e com a tripulação venezuelana”, disse Cabello.
Um Boeing 747 pertencente à empresa venezuelana
Emtrasur, filial da estatal Conviasa, pousou no aeroporto de Ezeiza, na
Argentina, no dia 6 de junho. De tipo cargueiro, o avião estava ocupado por uma
tripulação de 19 pessoas, transportava peças de automóveis e tinha como destino
o Uruguai.
No dia 8 de junho, a aeronave foi impedida de decolar
pela Justiça argentina e os passaportes da tripulação foram retidos.
O caso representou mais um episódio de cerceamento de
atividades e bloqueio de bens venezuelanos por conta das sanções dos EUA contra
o país, já que tanto a estatal da Venezuela Conviasa quanto a empresa iraniana
Mahan Air, que vendeu o avião à Emtrasur, estão sancionadas por Washington.
A União Europeia vai afundando. A probabilidade de contração da atividade nos próximos
trimestres aumenta, com a Alemanha como o parceiro mais frágil e a Espanha como
a última ficha que pode cair diante da primeira temporada turística completa
desde 2019
Um cenário de dominó recessivo de norte a sul da UE
ganha peso após os últimos dados económicos, devido à subida sufocante dos
preços mês após mês, o fim da era das taxas de juro mínimas, que tem vindo a
aumentar os custos de financiamento às empresas e famílias, e devido à perturbação
geral e incerteza causada pelo conflito da Ucrânia, especificamente no que diz
respeito à energia e às matérias-primas industriais. Governo reduz crescimento
da economia de 3,5% para 2,7% em 2023.
À medida que se aproxima o outono, durante o qual se
teme que a UE sofra escassez de gás e que o petróleo continue a disparar,
aumenta a probabilidade de uma contração da atividade nos próximos trimestres,
embora o fim da pandemia mantenha o fundo da recuperação. Uma reconstrução econômica
após o choque do COVID favorecida por planos e estímulos históricos, agora
continuada pelas medidas de choque em resposta à guerra e à crise energética, e
que se baseia principalmente na explosão da demanda com o fim das restrições, o
bom momento do mercado de trabalho e dos investimentos públicos e privados.
Crise chega aos alimentos. Alta de
preços no setor energético está afetando o custo de tudo, desde pão a açúcar. De
acordo com a Bloomberg, o golpe duplo nas empresas que produzem alimentos não
tem outro destino senão o bolso do consumidor.
De acordo com a Bloomberg, commodities que já haviam
subido de preço no passado como manteiga, ovos e açúcar, matérias-primas utilizadas
para a fabricação de croissants e pães, base importante da culinária europeia,
já estão sendo afetadas pela crise energética, na medida em que as contas das
empresas estão ficando mais caras.
Segundo a mídia, uma das fábricas de uma importante rede
de panificação, a Brioche Pasquier, localizada a uma hora de Londres, já
registra um custo adicional de 50% para cada fornada de brioches que sai de
seus grandes fornos industriais movidos a gás.
É um golpe duplo para os fabricantes de alimentos e um
custo que é rapidamente sentido no bolso dos consumidores que enfrentam uma
crise. No Reino Unido, o Banco da Inglaterra espera que a inflação atinja um
pico de mais de 13% este ano, um terço das famílias do Reino Unido deve gastar
mais de 10% da renda em energia e agora os custos crescentes dos mantimentos
estão aumentando a pobreza alimentar.
Espanha (01). A Espanha encerrou o mês de julho com uma taxa de
inflação de 10,8%, a taxa mais elevada desde setembro de 1984, segundo o
Instituto Nacional de Estatística (INE).
Dessa forma, o órgão estatístico corrobora os dados
antecipados que ofereceu em 29 de julho, onde já se antecipava o atual patamar
de inflação, que encadeia dois meses consecutivos com dois dígitos.
O grupo com maior influência na tendência de subida dos
preços é a habitação, que subiu 23% em termos homólogos devido à subida dos
preços da eletricidade e, em menor escala, do gás, detalhou o INE.
Além disso, os alimentos e bebidas não alcoólicas
custam 13,5% mais do que há um ano, algo que o INE atribui a “aumentos
generalizados de preços em todas as suas componentes”.
Espanha (02). As autoridades espanholas informaram sobre a entrada em
vigor na quarta-feira do Plano de Choque de Poupança e Gestão Energética em Ar
Condicionado, as primeiras medidas que procuram reduzir o consumo de energia em
cumprimento dos compromissos europeus.
A iniciativa regulamenta o ajuste de termostatos até 27
graus em áreas públicas como escritórios, bares, restaurantes e lojas; e o
fechamento de vitrines em shopping centers e prédios públicos desocupados após
as 22h (horário local), sem eliminar a iluminação ornamental dos monumentos.
De acordo com o decreto, durante os meses de inverno,
os espanhóis também não poderão aumentar o aquecimento nos espaços públicos
acima de 19 graus, portanto, as lojas devem permanecer com as portas fechadas e
os sistemas de fornecimento de calor verificados regularmente para aumentar sua
eficiência.
O plano estabelece ainda que as instituições que não
cumprirem a disposição governamental serão multadas em até 60 mil euros por
infrações leves, até 6 milhões por infrações graves e até 100 milhões por muito
graves.
Espanha (03). O país tem
aumentado as importações de gás russo, apesar das sanções importas contra a
Rússia e o apoio à Ucrânia em meio à operação militar especial russa.
A Espanha tem aumentado significativamente suas compras
de gás russo em 2022 em comparação a 2021, revelou um relatório publicado na
quarta-feira (10) pelo sistema de gás Enagás.
Os dados indicam que tais compras aumentaram 27% em julho
em comparação com o mesmo mês em 2021, enquanto o aumento entre janeiro e julho
de 2022 é 15% superior ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram
comprados 263.432 gigawatts/h (GWh) de gás a todos os parceiros comerciais,
60.000 dos quais correspondem somente ao mês de julho.
Além disso, 37.027 GWh, ou mais de metade desse último
número, correspondem ao gás russo, o dobro da quantidade importada da Rússia em
julho de 2021.
Espanha (04). O
futuro econômico da Espanha está em risco diante do declínio demográfico e da
escassez de mão de obra, razão pela qual o país optou por abrir suas portas
para trabalhadores estrangeiros, especialmente da América Latina.
Por meio de uma reforma, o governo da Espanha acelera a
concessão de status legal aos migrantes para dezenas de milhares de pessoas que
atualmente trabalham no país ilegalmente.
A falta de mão de obra gera inexperiência em aeroportos
e áreas como desenvolvimento de software, ciência ou turnos de garçons,
pedreiros e distribuidores de bagagens.
De acordo com uma análise da Bloomberg, este problema
coexiste com os resquícios ainda persistentes da crise económica derivada da
pandemia de COVID-19, mas também com problemas estruturais como as baixas taxas
de natalidade, a redução da mão-de-obra e o aumento dos custos. Finanças
publicas.
A sociedade espanhola é uma das que envelhece mais
rápido do mundo, com 23% de sua população com mais de 65 anos, além de ter uma
alta expectativa de vida e baixa fecundidade.
Crise na Noruega vai afetar toda a Europa. Neste
ano, a Noruega tem enfrentado uma crise energética que vai “minar” por completo
a Alemanha e todo o resto da Europa, que já ficaram sem o fornecimento
intensivo de gás russo, afirma o colunista do Financial Times, Richard Milne.
Conforme o autor, a Noruega é um país "com muita
sorte”, por possuir grandes reservas de petróleo e gás. Embora numerosos rios e
reservatórios permitam-lhe satisfazer até 90% da sua demanda pela energia, o
inverno e a primavera extremamente secos fizeram com que as reservas de água
nos reservatórios do sul do país se esvaziassem a um nível recorde. O governo
prometeu limitar as exportações da energia até que os estoques fossem
preenchidos.
Os países do continente estão à beira de um sério
déficit de combustível, já que o principal gasoduto russo, Nord Stream, está
funcionando a 20% das suas capacidades gerais. A Gazprom, a maior produtora de
gás do mundo, explicou o fato por problemas logísticos e atrasos no retorno do
reparo das turbinas da Siemens, que tinham sido utilizadas nas unidades de
bombeamento do gás na estação de compressão Portovaya para fornecer o
combustível. Agora apenas um dos cinco motores garante o funcionamento do
gasoduto.
Reino Unido vai afundando. A crise
ucraniana, o aumento súbito dos preços dos combustíveis e mercadorias, junto
com o envelhecimento demográfico, estão destruindo a economia do Reino Unido,
afirma o colunista do The Telegraph Ben Wright.
“Sejam bem-vindos ao Reino Unido contemporâneo, onde
nada funciona, tudo é caro, enquanto todos nós estamos demasiado preocupados
com as discussões sobre as razões dos nossos sarilhos para encontrar quaisquer
decisões”, reclamou o jornalista.
Segundo Wright, a população britânica está
testemunhando com desalento o aumento constante do preço da eletricidade.
Assim, a firma de consultoria Cornwall Insight divulgou que os boletos mensais
médios de eletricidade vão subir das atuais 164 libras esterlinas (R$ 1.026) para
298 (R$ 1.865) em outubro e 355 (R$ 2.222) em janeiro do próximo ano, devorando
uma parte significativa das receitas de uma família britânica comum. As camadas
pobres, entretanto, não poderão suportar tais despesas, salientou o autor.
A recente pesquisa do The Telegraph demonstrou que, ao
longo dos três últimos anos, a polícia não conseguiu desvendar nenhum roubo em
oito das dez zonas da Inglaterra e País de Gales. O número de pessoas nas
listas de espera do Serviço Nacional de Saúde aumentou para 6,6 milhões, em
comparação com os 4,4 milhões registrados antes da pandemia. As filas nos aeroportos
estão crescendo, junto com os preços dos alimentos, enquanto há cada vez mais
greves.
Até a “Real Força Aérea”. As
possibilidades de treinamento de pilotos para voarem em caças diminuíram no
Reino Unido devido ao fato que Londres enviou aviões para as fronteiras orientais
da OTAN após o início da operação especial da Rússia na Ucrânia, avança Sky
News.
Anteriormente, o canal de TV britânico, com referência
a documentos, informou que o Reino Unido tem enfrentado problemas com o treinamento
de pilotos de caças.
As possibilidades de treinamento de pilotos estão em
estado de crise devido a avarias nas aeronaves, à necessidade de maior número
de instrutores e ao fluxo de estrangeiros para treinamento.
O impacto dos diversos desafios significa que dezenas
de recrutas estão em estado de incerteza esperando por meses, e às vezes por
anos, pela abertura de vagas de treinamento em cursos de jatos rápidos, bem
como os designados para voar em aviões de transporte militar, aeronaves de
inteligência e helicópteros.
Para se ter uma ideia da redução da Força Aérea Real do
Reino Unido (RAF, na sigla em inglês), segundo uma antiga fonte sênior da RAF
em 1990 o ramo tinha cerca de 30 esquadrões de caças. Agora só tem sete.
Naquela época, cada avião de guerra em um esquadrão tinha dois pilotos para garantir
a máxima utilidade do jato. Agora já não é esse o caso, aponta fonte.
O terrorismo israelense. E o
Estado Terrorista e Genocida de Israel não dá tréguas aos palestinos. A marinha
de ocupação israelense reprimiu os pescadores palestinos na sexta-feira
enquanto navegavam ao largo da costa norte da Faixa de Gaza, forçando-os a retornar
à costa, denunciaram organizações palestinas.
A marinha israelense direcionou correntes de água de
alta velocidade contra os pescadores que navegavam a aproximadamente 12 km da
costa, forçando-os a parar de pescar e retornar à terra.
As forças navais israelenses e suas canhoneiras há
muito assediam os pescadores em Gaza, atirando neles, danificando seus barcos e
prendendo-os. Em várias ocasiões, pescadores foram feridos ou até mesmo mortos
durante ataques a tiros da marinha israelense.
Além disso, Israel proíbe regularmente seus barcos de
entrar na área e reduz a zona de pesca que os palestinos em Gaza podem acessar.
Crimes de Israel, segundo a ONU. A chefe
de Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, alertou que ao menos
37 crianças palestinas foram mortas desde janeiro nos territórios ocupados.
Evidências indicam uso letal da força por soldados de
Israel, em franca violação da lei internacional, destacou a ex-presidente
chilena em comunicado.
Ela ainda expressou apreensão devido ao vasto número de
palestinos, sobretudo crianças, mortos e feridos por forças da ocupação
israelense somente este ano, segundo reportou o Centro de Informações Palestino.
Dezenove crianças palestinas foram mortas nos
territórios palestinos ocupados somente na última semana, escreveu a nota.
Dezessete foram executadas pelos bombardeios de Israel contra Gaza, no último
fim de semana. Duas outras foram mortas na terça-feira por atos de soldados na
Cisjordânia ocupada.
Saúde mental de Biden! No dia 20
de novembro, o presidente dos EUA completará 80 anos e durante seu mandato foi
observado em diferentes ocasiões com comportamentos erráticos, como acenar no
ar ou parecer confuso ao sair de uma sala ou evento.
Pelo menos 36% dos estadunidenses estão extremamente
preocupados com a saúde mental do presidente, enquanto 23% disseram estar
preocupados até certo ponto, de acordo com uma pesquisa da Issues & Insights
com 1.335 adultos em todo o território norte-americano.
Ou seja, 59% dos cidadãos percebem algum grau de
preocupação com a saúde mental do chefe da Casa Branca, segundo esta análise,
contra 39% que não se preocupam com essa possibilidade.
As informações estatísticas identificaram diferenças
nos graus de preocupação entre militantes do Partido Democrata, do Biden, e o
rival Partido Republicano, que defendeu seu antecessor, Donald Trump, além de
outras forças políticas. Entre os republicanos, 82% disseram estar preocupados
com a saúde mental do presidente, em comparação com 39% dos democratas e 56%
dos independentes.
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