sábado, 13 de agosto de 2022

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares


 


E o povo volta às ruas!

Depois de um longo tempo sem grandes manifestações populares, os brasileiros voltaram às ruas em 49 grandes cidades brasileiras para dizer “não” às pretensões golpistas do ex-capitão que teme ir para a cadeia com sua família!

Contra a escalada golpista do demente, atos pela democracia foram anunciados em 49 cidades, incluindo as 26 capitais e o Distrito Federal. A campanha “Fora Bolsonaro”, uma das organizadoras das mobilizações, afirma que a “escalada autoritária” do mandatário exige "todas as vozes comprometidas" no país.

Além de condenarem a má gestão do governo brasileiro, os manifestantes protestam também contra a violência e os altos índices de desemprego e fome no Brasil.

A “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, lida na quinta-feira (11) na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e em outras universidades do país, ultrapassou a marca de um milhão de assinaturas.

A defesa da democracia e das eleições uniu todos os setores da sociedade em torno de um único objetivo – salvar o Brasil da escalada golpista do energúmeno, que ataca o sistema eleitoral brasileiro, os ministros das cortes superiores, faz fake news contra as urnas eletrônicas e diz que não vai aceitar o resultado da eleição. E foram esses brasileiros que lotaram a faculdade de direito da USP e o entorno do prédio, as demais faculdades onde a carta foi lida em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte, entre outras, e, à tarde, foram às ruas para defender as urnas e a democracia.

Assinam a carta, que em nenhum momento cita o safado, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), juízes, acadêmicos da USP e de outras universidades, procuradores, advogados e algumas celebridades, como as atrizes Fernanda Montenegro, Marieta Severo, Marisa Orth, Alessandra Negrini e Cissa Guimarães, o ator Eduardo Moscovis os cantores Alceu Valença e Milton Nascimento, Arnaldo Antunes e Chico Buarque, as cantoras Anitta, Linn da Quebrada e Luísa Sonza, além de empresários de diversos setores da economia, banqueiros, atletas, trabalhadores, desempregados, representantes da CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais.

No desespero, vai tentar comprar votos. Enquanto o número de pessoas abaixo da linha de pobreza e em extrema pobreza cresce no Brasil e as pesquisas mostram que até agora o ex-presidente Lula da Silva lidera as pesquisas antes das eleições, o ex-capitão de extrema-direita destina mais de oito bilhões de dólares em bônus e subsídios tentando reverter a tendência cidadã antes das eleições presidenciais de 2 de outubro.

O número de pessoas vivendo na pobreza nas 22 maiores metrópoles brasileiras saltou para o recorde de 19,8 milhões de pessoas em 2021, o maior nível desde que os dados começaram a ser analisados ​​em 2012, segundo estudo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios da Dívida Social da América Latina (RedOdsal).

Enquanto isso, nesta terça-feira, durante debate na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Lula, o favorito para vencer as eleições de outubro, acusou o atual presidente de realizar a maior distribuição de dinheiro do na véspera de uma eleição, para “comprar votos”.

Lula se referia a vários benefícios aprovados pelo governo às vésperas das eleições, como o Auxílio Brasil no valor de 600 reais (117 dólares), a duplicação do Auxílio Gás e a criação de um bônus de mil reais (194 dólares) para caminhoneiros. Além disso, prestou assistência a taxistas, repasse de recursos para evitar aumento de preços no transporte público, subsídios ao etanol e reforço de recursos no programa de aquisição e doação de alimentos.

Por que não prestam contas? Muitos políticos brasileiros não são filiados somente a partidos, mas também a movimentos como Acredito, RenovaBR, RAPS, MBL e Livres. Movimentos políticos brasileiros que se autodeclaram apartidários e propõem a renovação, como o Acredito, Renova Brasil, RASP, MBL e Livres, arregaçam as mangas para melhorar seu desempenho nas eleições de 2022.

”As manifestações de 2013 [...] acabaram por ativar o espírito de se fazer política por um viés independente e inovador, escutar a voz das ruas e trazer o cidadão para dentro do campo político”, disse Isabela Bichara Neves, autora do artigo “Análise do arranjo institucional e discursivo dos movimentos RenovaBR e MBL”.

A longa matéria/entrevista com a pesquisadora foi publicada pelo site Sputnik Brasil.

Segundo a pesquisadora, eventos como o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a ascensão da ultradireita tornaram “o campo político mais fértil para que novos movimentos ocupassem espaços que antes eram dinamizados por partidos políticos”.

Um caso clássico de ascensão de grupos alegadamente de formação espontânea no Brasil é o MBL, que elegeu lideranças como o deputado federal Kim Patroca Kataguiri (União Brasil-SP) e o vereador Fernando Holiday (Novo-SP).

Mas, como destaca a pesquisadora, nenhum desses grupos presta contas de suas finanças e nem declara a origem de tanto dinheiro gasto em campanhas para eleger seus “escolhidos”!

20 milhões de pobres! As Regiões Metropolitanas concentram quase 40% da população brasileira, ou mais de 80 milhões de pessoas. As informações estão na nona edição do Boletim – Desigualdade nas Metrópoles, produzido em parceria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL).

Entre 2014 e 2021 a taxa de pobreza subiu de 16% para 23,7%, o que em termos absolutos se traduziu em uma elevação de 12.5 milhões para 19.8 milhões de pessoas. Ou seja, em apenas sete anos 7.2 milhões de pessoas entraram em situação de pobreza nas metrópoles brasileiras. Em relação à extrema pobreza, no mesmo período a taxa mais do que dobrou, variando de 2.7% para 6.3%. Em termos absolutos, foi um aumento de 2.1 para 5.2 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza nas nossas grandes cidades. Somente na Região Metropolitana de São Paulo – a maior e mais importante do ponto de vista econômico -, o número de extremamente pobres passou de 381 mil para mais de 1 milhão de pessoas entre 2014 e 2021. Na Região Metropolitana de Salvador, por sua vez, no mesmo período o número de extremamente pobres salta de 103 mil para 483 mil. E no Rio de Janeiro o aumento foi de 336 mil para 926 mil.

Os dados são provenientes da PNAD Contínua anual (acumulados na quinta visita), do IBGE, e dizem respeito à renda domiciliar per capita total. O recorte utilizado é o das 22 principais áreas metropolitanas do país, de acordo com as definições do IBGE. Todos os dados estão deflacionados para o ano de 2021, de acordo com o IPCA. O estudo trabalha com as linhas de US$ 5,50 paridade do poder de compra (PPC) para pobreza e US$ 1,90 PPC para a extrema pobreza, assim como definidas pelo Banco Mundial. Em valores mensais de 2021, a linha de pobreza é de aproximadamente R$ 465 per capita e a linha de extrema pobreza é de aproximadamente R$ 160 per capita.

Com o corte do auxílio emergencial, a disparada da inflação e a retomada insuficiente do mercado de trabalho, o número de pessoas em situação de pobreza saltou para 19,8 milhões nas metrópoles brasileiras.

Em quem confiar? Passa de 60% o percentual de brasileiros que afirmam confiar em professores e cientistas, mas apenas 30% dizem acreditar nas Forças Armadas, segundo pesquisa do Instituto Ipsos.

O índice de confiança nos militares brasileiros, que nos últimos meses estiveram envolvidos em denúncias de desvio de verba em licitações para obras e até compra superfaturada de Viagra e prótese peniana, ficou 11 pontos percentuais abaixo da média global, de 41%, e só não é mais baixo do que os verificados entre os colombianos (29%), os sul-africanos (28%) e os sul-coreanos (25%).

Os dados da pesquisa Ipsos sobre a confiança dos brasileiros, publicados pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, mostram ainda que a credibilidade caiu 5% em relação ao ano passado, quando 35% dos brasileiros diziam confiar nos militares.

E há motivos para isso! Com os benefícios pagos pelo governo do insano, os militares com altos cargos na gestão federal receberam supersalários, que em alguns casos chegaram a R$ 1 milhão ou mais em um único mês. O trem da alegria começou a circular no auge da pandemia do novo coronavírus, que agravou a crise econômica e deixou milhares de trabalhadores e trabalhadoras desempregados, sem renda sequer de bicos por causa das restrições impostas para conter a disseminação da Covid-9.

Segundo dados do Portal da Transparência, divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo, só o general Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Bolsonaro, recebeu R$ 926 mil entre março e junho de 2020 somados, sem abatimento do teto constitucional. O teto limita os salários a R$ 39,3 mil por mês no serviço público. Deste total, R$ 120 mil foi pago a título de férias. O salário bruto de Braga Netto como general da reserva do Exército é de R$ 31 mil.

O almirante de esquadra reformado da Marinha Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia, recebeu R$ 1 milhão nos meses de maio e junho do mesmo ano. O salário dele é de R$ 35 mil.

O general reformado Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, recebeu R$ 731,9 mil entre julho e setembro de 2020. O salário normal dele é de R$ 35 mil.

Os altos valores pagos aos militares e pensionistas das Forças Armadas começaram no primeiro ano do mandato de Jair Bolsonaro, em 2019. Na época, o governo mudou as regras para a aposentadoria permitindo, entre outros pontos, que o benefício pago saltasse de quatro para oito vezes o valor do soldo. “O gasto com os salários aumentou de R$ 75 bilhões em 2019 para R$ 86 bilhões”, ressalta a reportagem.

Por outro lado... Primeiro presidente da República a terminar o governo com um salário mínimo com poder de compra menor do que quando assumiu a gestão, o ex-capitão mantém para 2023 a previsão de reajuste do piso nacional menor do que a inflação, que está acima de dois dígitos desde o ano passado e pesa mais no bolso dos mais pobres que sentem mais os altos preços dos alimentos que continuam subindo. A deflação de -0,68% registrada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho foi uma consequência da queda de preços dos combustíveis, o que beneficia os mais ricos.

Mas, a queda brutal no poder de compra dos mais pobres foi ignorada pelo governo. O valor para o salário mínimo do ano que vem que consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que será enviado ao Congresso até o dia 31 de agosto é de R$ 1.294, apenas 6,8% em relação ao mínimo de 2022, de R$ 1.212. Já a alta acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para calcular os reajustes salariais, é de 10,12% nos últimos 12 meses.

E tem mais. No momento em que 33 milhões de brasileiros estão passando fome, a emenda parlamentar à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que prevê o reajuste de 34% ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), aprovado em julho pelo Congresso Nacional, foi vetada pelo inescrupuloso presidente, na quarta-feira (10), alegando que a proposta é “contrária ao interesse público”.

Movimentos sociais já classificaram o canalha de inimigo da alimentação escolar e iniciaram uma mobilização nacional para pressionar o Congresso Nacional derrubar o veto nas próximas semanas. O prazo regimental para colocar a proposta de derrubada do veto é 30 dias corridos.

“O veto é feito sob o argumento de que contraria o interesse público e aumenta a rigidez orçamentária, o que não valeu pra ampliar o Auxílio Brasil com finalidade eleitoreira e reajustes ao salário de policiais federais. Bolsonaro não está preocupado com o enfrentamento da fome, ele é inimigo da alimentação escolar”, declarou Mariana Santarelli, coordenadora do Observatório da Alimentação Escolar.

Simplificando: tem muito dinheiro para militares que o apoiam, mas não tem para o salário mínimo e nem para a alimentação escolar!

Nossa América caminha! Os países sul-americanos parecem cada vez mais navegar na mesma direção. Em uma nova onda de esquerda, o continente começa a restabelecer laços há tempos desatados.

Durante a 60ª Cúpula do Mercosul, realizada em 21 de julho, no Paraguai, os chanceleres de Chile e Bolívia acordaram retomar o diálogo para normalizar a relação diplomática entre os países, rompida desde 1978 devido a uma disputa de acesso ao mar.

Paralelamente, com a eleição de Gustavo Petro à presidência da Colômbia, Bogotá e Caracas se reaproximaram após anos de tensões e conflitos políticos. Por meio de seus ministros das Relações Exteriores, os países concordaram em instituir uma agenda de trabalho para reatar a diplomacia.

Leonardo Paz, analista de inteligência qualitativa no Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV NPII), recorda que a maior parte das iniciativas de integração na região se deram justamente no início dos anos 2000, quando diversos países tinham governos de esquerda, como Venezuela (Hugo Chávez), Argentina (Néstor Kirchner) e o próprio Brasil, com Lula.

Por isso, segundo o especialista, “a maré à esquerda tende a elevar as chances de os países se entenderem” para reorganizar a integração.

Segundo Valdez, pesquisador da UnB, a reorganização global, com o enfraquecimento dos EUA, poderá ajudar a impulsionar o novo período de unidade sul-americana. “É preciso retomar o espírito integracionista, especialmente diante da consolidação do polo de poder liderado por China e Rússia, que emerge dos desdobramentos da crise russo-ucraniana”, afirmou.

Não podemos errar. O novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, surpreendeu com a honestidade do discurso que fez a todos os seus ministros na cerimônia de posse de seu novo Gabinete. O presidente disse que deve haver “corrupção zero” no governo e explicou sua intenção de eliminar a burocracia na Presidência para dar “mais poder aos ministérios”.

Com um tom calmo, o novo presidente colombiano reiterou que “este é o governo da mudança”, mas enfatizou que “a mudança é real, não é retórica, não é discurso, não é maquiagem”.

Petro lembrou aos ministros que seu governo "faz parte da busca de novas fórmulas políticas, novas formas econômicas, novas relações com a natureza e novas relações entre os seres humanos". Nesse sentido, enfatizou que a sua gestão deve basear-se “em muito mais justiça e igualdade, muito mais prosperidade e dignidade de vida”.

Petro esclareceu que esta nova forma de atuação implicaria também “um desafio maior para cada ministro” e “um trabalho muito coordenado entre o presidente e os ministros”.

Um ministro com tarefas árduas. A nomeação do advogado Iván Velásquez foi um dos maiores atos do presidente Gustavo Petro. Muitos pensavam que uma mulher ligada à defesa dos Direitos Humanos e conhecedora do Direito Internacional Humanitário seria colocada nessa posição. Mas a decisão de Petro foi muito mais longe. Ele deu um passo transcendental com profundo impacto na questão militar e de direitos humanos. Uma verdadeira carga de profundidade.

Iván Velásquez é um prestigiado jurista nascido em Medellín, com uma sólida trajetória como defensor da legalidade contra as máfias da droga e o crime político associado às intrigas e crimes da ultradireita fascista. Em sua atividade de juiz, foi encarregado de investigar a parapolítica uribista e mandar para a prisão seus principais protagonistas. A força de sua personalidade baseada em sólida ética permitiu-lhe enfrentar os delitos e ações criminosas de Álvaro Uribe Veles e máfias afins. Posição que lhe valeu a perseguição e assédio permanente do chamado regime democrático de segurança. Mais tarde, na Guatemala, coordenou a comissão anticorrupção apoiada pelas Nações Unidas que se encarregou de desvendar os grupos responsáveis ​​pelo saque do Estado daquela nação,

E sua primeira tarefa vai ser expurgar as chefias militares e policiais de generais comprometidos com a violação dos direitos humanos, com a execução de “falsos positivos”, com os massacres de camponeses, menores e mulheres grávidas, com a morte de lideranças sociais. ex-combatentes das Farc.

A segunda é empreender uma profunda transformação da Polícia Nacional, liquidando a sombria Esmad e transferindo a polícia para o novo Ministério da Paz e Segurança que foi anunciado. É claro que é necessário um expurgo do alto comando e dos órgãos de inteligência infiltrados por criminosos.

Um rei indigno e sem educação. Uma das imagens mais marcantes na posse do novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, foi a atitude do rei Felipe VI quando foi mostrada a espada do libertador americano Simón Bolívar.

Ao contrário dos demais representantes que compareceram à cerimônia, o monarca europeu foi o único que não parou quando a relíquia histórica foi mostrada ao público, o que foi considerado desrespeitoso.

A atitude contribuiu ainda mais para a polarização que existe devido à corrente revisionista que é promovida a partir da América para que a Espanha peça desculpas pela Conquista, ocorrida há mais de 500 anos.

Negociação com o ELN. Uma delegação do governo colombiano viajou na quinta-feira a Havana, Cuba, para iniciar contatos com o Exército de Libertação Nacional (ELN) e avançar no restabelecimento das relações para retomar o diálogo.

“A paz total não é apenas nacional, mas vai além das fronteiras. Compartilho uma foto tirada esta manhã minutos antes de partir para a República de Cuba", declarou o chanceler colombiano, Álvaro Leyva, por meio da rede social Twitter.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, indicou que, além de Leyva, a delegação também é composta pelo Alto Comissário para a Paz, Danilo Rueda; e o presidente da Comissão de Paz do Senado, Iván Cepeda.

Por sua vez, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, informou posteriormente que recebeu a delegação do governo colombiano em Havana.

Maduro indica embaixador na Colômbia. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nomeou na quinta-feira o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Félix Plasencia, como o próximo embaixador do país na Colômbia, no quadro do processo de restabelecimento das relações bilaterais.

“A chancelaria venezuelana solicitou a aprovação da chancelaria colombiana e em breve estará em Bogotá”, disse o presidente.

Além disso, ele especificou que uma equipe especial sobre a Colômbia, liderada pela vice-presidente executiva Delcy Rodríguez, foi formada para tratar de vários assuntos de interesse entre as duas nações.

Golpe no Peru? Quando o professor camponês Pedro Castillo foi eleito presidente do Peru, nosso Informativo alertou para a possibilidade de golpes, porque a Casa Branca não aceitaria mais um governo progressista na região. E parece que acertamos, mais uma vez: há um golpe em andamento naquele país.

O presidente do Peru, Pedro Castillo, denunciou a implementação de um “plano midiático” para tomar o poder ilegalmente, depois que o Ministério Público invadiu o Palácio do Governo, sede do Executivo, para prender sua cunhada, Yenifer Paredes, investigado por corrupção.

Na tarde de 9 de agosto, uma equipe do anticorrupção Fisclía invadiu o Palácio do Governo, localizado em Lima, para prender liminarmente a cunhada do presidente, Yenifer Paredes.

O Ministério Público está investigando Paredes por ser um suposto membro de uma máfia governamental que negociou com empresas privadas a concessão de obras públicas em troca de propina.

“Não vou renunciar”. O presidente peruano, Pedro Castillo, afirmou nesta quarta-feira que permanecerá no cargo mais alto do país, apesar da pressão do Congresso contra ele e das investigações do Ministério Público por supostos atos de corrupção.

“Não vou me dissociar desse povo que há séculos exige justiça”, disse Pedro Castillo diante de dirigentes da Central Única Nacional de Rondas Campesinas, tradicionais organizações de segurança comunitária, que o visitaram no Palácio do Governo e lhe deram apoio frente às tentativas opostas.

O presidente peruano disse que desde o início de seu governo busca manter um diálogo com o Parlamento controlado pela oposição e denunciou que o legislativo tem outra agenda.

Diante dessa situação, Castillo anunciou que a partir de agora trabalhará de mãos dadas com o povo e suas organizações e movimentos sociais.

Castillo rejeitou novamente as acusações de corrupção contra ele e denunciou que setores da oposição ligados à direita querem construir provas para incriminá-lo a fim de provocar sua renúncia ao cargo.

Castillo destacou que, apesar dos ataques e da campanha de difamação da oposição, seu governo continuará trabalhando pelo bem-estar do Peru.

“Aqueles que nos acusam são os que traem o país. Eles nos acusam de tantas coisas, sem provas. Eles não gostaram que trabalhemos com o povo, com o professor, com o camponês”, afirmou o chefe de Estado peruano.

O advogado do presidente, Benji Espinoza, confirmou na quinta-feira que o chefe de Estado irá ao Ministério Público em duas semanas no âmbito das seis investigações que estão sendo realizadas e questionou a abertura de novos processos contra o presidente.

Venezuelanos protestam nas ruas. Sindicatos e movimentos populares venezuelanos foram às ruas de Caracas na terça-feira (09) para exigir a liberação de bens estatais que estão bloqueados no exterior.

Os manifestantes percorreram avenidas da capital e concentraram suas reivindicações nos casos da refinaria Citgo, nos EUA, de avião retido na Argentina e das reservas de ouro que estão presas no Banco da Inglaterra.

Pela manhã, o presidente Nicolás Maduro havia reiterado a convocatória feita pelo governo. “A Venezuela marcha hoje pela defesa e pelo resgate dos bens nacionais ilegalmente retidos e sequestrados. Queremos eles de volta. Devolvam o ouro, a Citgo, o avião e o dinheiro que pertence ao povo. Exigimos respeito”, afirmou o mandatário.

O presidente do partido governista PSUV, Diosdado Cabello, também mencionou o bloqueio dos bens da Venezuela na segunda-feira (08) e fez críticas ao governo argentino pela retenção de um avião venezuelano no país que já dura dois meses.

“O avião é da Venezuela e está sequestrado pelo governo do presidente [Alberto] Fernández, que é o único responsável pelo que pode ocorrer com esse avião e com a tripulação venezuelana”, disse Cabello.

Um Boeing 747 pertencente à empresa venezuelana Emtrasur, filial da estatal Conviasa, pousou no aeroporto de Ezeiza, na Argentina, no dia 6 de junho. De tipo cargueiro, o avião estava ocupado por uma tripulação de 19 pessoas, transportava peças de automóveis e tinha como destino o Uruguai.

No dia 8 de junho, a aeronave foi impedida de decolar pela Justiça argentina e os passaportes da tripulação foram retidos.

O caso representou mais um episódio de cerceamento de atividades e bloqueio de bens venezuelanos por conta das sanções dos EUA contra o país, já que tanto a estatal da Venezuela Conviasa quanto a empresa iraniana Mahan Air, que vendeu o avião à Emtrasur, estão sancionadas por Washington.

A União Europeia vai afundando. A probabilidade de contração da atividade nos próximos trimestres aumenta, com a Alemanha como o parceiro mais frágil e a Espanha como a última ficha que pode cair diante da primeira temporada turística completa desde 2019

Um cenário de dominó recessivo de norte a sul da UE ganha peso após os últimos dados económicos, devido à subida sufocante dos preços mês após mês, o fim da era das taxas de juro mínimas, que tem vindo a aumentar os custos de financiamento às empresas e famílias, e devido à perturbação geral e incerteza causada pelo conflito da Ucrânia, especificamente no que diz respeito à energia e às matérias-primas industriais. Governo reduz crescimento da economia de 3,5% para 2,7% em 2023.

À medida que se aproxima o outono, durante o qual se teme que a UE sofra escassez de gás e que o petróleo continue a disparar, aumenta a probabilidade de uma contração da atividade nos próximos trimestres, embora o fim da pandemia mantenha o fundo da recuperação. Uma reconstrução econômica após o choque do COVID favorecida por planos e estímulos históricos, agora continuada pelas medidas de choque em resposta à guerra e à crise energética, e que se baseia principalmente na explosão da demanda com o fim das restrições, o bom momento do mercado de trabalho e dos investimentos públicos e privados.

Crise chega aos alimentos. Alta de preços no setor energético está afetando o custo de tudo, desde pão a açúcar. De acordo com a Bloomberg, o golpe duplo nas empresas que produzem alimentos não tem outro destino senão o bolso do consumidor.

De acordo com a Bloomberg, commodities que já haviam subido de preço no passado como manteiga, ovos e açúcar, matérias-primas utilizadas para a fabricação de croissants e pães, base importante da culinária europeia, já estão sendo afetadas pela crise energética, na medida em que as contas das empresas estão ficando mais caras.

Segundo a mídia, uma das fábricas de uma importante rede de panificação, a Brioche Pasquier, localizada a uma hora de Londres, já registra um custo adicional de 50% para cada fornada de brioches que sai de seus grandes fornos industriais movidos a gás.

É um golpe duplo para os fabricantes de alimentos e um custo que é rapidamente sentido no bolso dos consumidores que enfrentam uma crise. No Reino Unido, o Banco da Inglaterra espera que a inflação atinja um pico de mais de 13% este ano, um terço das famílias do Reino Unido deve gastar mais de 10% da renda em energia e agora os custos crescentes dos mantimentos estão aumentando a pobreza alimentar.

Espanha (01). A Espanha encerrou o mês de julho com uma taxa de inflação de 10,8%, a taxa mais elevada desde setembro de 1984, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Dessa forma, o órgão estatístico corrobora os dados antecipados que ofereceu em 29 de julho, onde já se antecipava o atual patamar de inflação, que encadeia dois meses consecutivos com dois dígitos.

O grupo com maior influência na tendência de subida dos preços é a habitação, que subiu 23% em termos homólogos devido à subida dos preços da eletricidade e, em menor escala, do gás, detalhou o INE.

Além disso, os alimentos e bebidas não alcoólicas custam 13,5% mais do que há um ano, algo que o INE atribui a “aumentos generalizados de preços em todas as suas componentes”.

Espanha (02). As autoridades espanholas informaram sobre a entrada em vigor na quarta-feira do Plano de Choque de Poupança e Gestão Energética em Ar Condicionado, as primeiras medidas que procuram reduzir o consumo de energia em cumprimento dos compromissos europeus.

A iniciativa regulamenta o ajuste de termostatos até 27 graus em áreas públicas como escritórios, bares, restaurantes e lojas; e o fechamento de vitrines em shopping centers e prédios públicos desocupados após as 22h (horário local), sem eliminar a iluminação ornamental dos monumentos.

De acordo com o decreto, durante os meses de inverno, os espanhóis também não poderão aumentar o aquecimento nos espaços públicos acima de 19 graus, portanto, as lojas devem permanecer com as portas fechadas e os sistemas de fornecimento de calor verificados regularmente para aumentar sua eficiência.

O plano estabelece ainda que as instituições que não cumprirem a disposição governamental serão multadas em até 60 mil euros por infrações leves, até 6 milhões por infrações graves e até 100 milhões por muito graves.

Espanha (03). O país tem aumentado as importações de gás russo, apesar das sanções importas contra a Rússia e o apoio à Ucrânia em meio à operação militar especial russa.

A Espanha tem aumentado significativamente suas compras de gás russo em 2022 em comparação a 2021, revelou um relatório publicado na quarta-feira (10) pelo sistema de gás Enagás.

Os dados indicam que tais compras aumentaram 27% em julho em comparação com o mesmo mês em 2021, enquanto o aumento entre janeiro e julho de 2022 é 15% superior ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram comprados 263.432 gigawatts/h (GWh) de gás a todos os parceiros comerciais, 60.000 dos quais correspondem somente ao mês de julho.

Além disso, 37.027 GWh, ou mais de metade desse último número, correspondem ao gás russo, o dobro da quantidade importada da Rússia em julho de 2021.

Espanha (04). O futuro econômico da Espanha está em risco diante do declínio demográfico e da escassez de mão de obra, razão pela qual o país optou por abrir suas portas para trabalhadores estrangeiros, especialmente da América Latina.

Por meio de uma reforma, o governo da Espanha acelera a concessão de status legal aos migrantes para dezenas de milhares de pessoas que atualmente trabalham no país ilegalmente.

A falta de mão de obra gera inexperiência em aeroportos e áreas como desenvolvimento de software, ciência ou turnos de garçons, pedreiros e distribuidores de bagagens.

De acordo com uma análise da Bloomberg, este problema coexiste com os resquícios ainda persistentes da crise económica derivada da pandemia de COVID-19, mas também com problemas estruturais como as baixas taxas de natalidade, a redução da mão-de-obra e o aumento dos custos. Finanças publicas.

A sociedade espanhola é uma das que envelhece mais rápido do mundo, com 23% de sua população com mais de 65 anos, além de ter uma alta expectativa de vida e baixa fecundidade.

Crise na Noruega vai afetar toda a Europa. Neste ano, a Noruega tem enfrentado uma crise energética que vai “minar” por completo a Alemanha e todo o resto da Europa, que já ficaram sem o fornecimento intensivo de gás russo, afirma o colunista do Financial Times, Richard Milne.

Conforme o autor, a Noruega é um país "com muita sorte”, por possuir grandes reservas de petróleo e gás. Embora numerosos rios e reservatórios permitam-lhe satisfazer até 90% da sua demanda pela energia, o inverno e a primavera extremamente secos fizeram com que as reservas de água nos reservatórios do sul do país se esvaziassem a um nível recorde. O governo prometeu limitar as exportações da energia até que os estoques fossem preenchidos.

Os países do continente estão à beira de um sério déficit de combustível, já que o principal gasoduto russo, Nord Stream, está funcionando a 20% das suas capacidades gerais. A Gazprom, a maior produtora de gás do mundo, explicou o fato por problemas logísticos e atrasos no retorno do reparo das turbinas da Siemens, que tinham sido utilizadas nas unidades de bombeamento do gás na estação de compressão Portovaya para fornecer o combustível. Agora apenas um dos cinco motores garante o funcionamento do gasoduto.

Reino Unido vai afundando. A crise ucraniana, o aumento súbito dos preços dos combustíveis e mercadorias, junto com o envelhecimento demográfico, estão destruindo a economia do Reino Unido, afirma o colunista do The Telegraph Ben Wright.

“Sejam bem-vindos ao Reino Unido contemporâneo, onde nada funciona, tudo é caro, enquanto todos nós estamos demasiado preocupados com as discussões sobre as razões dos nossos sarilhos para encontrar quaisquer decisões”, reclamou o jornalista.

Segundo Wright, a população britânica está testemunhando com desalento o aumento constante do preço da eletricidade. Assim, a firma de consultoria Cornwall Insight divulgou que os boletos mensais médios de eletricidade vão subir das atuais 164 libras esterlinas (R$ 1.026) para 298 (R$ 1.865) em outubro e 355 (R$ 2.222) em janeiro do próximo ano, devorando uma parte significativa das receitas de uma família britânica comum. As camadas pobres, entretanto, não poderão suportar tais despesas, salientou o autor.

A recente pesquisa do The Telegraph demonstrou que, ao longo dos três últimos anos, a polícia não conseguiu desvendar nenhum roubo em oito das dez zonas da Inglaterra e País de Gales. O número de pessoas nas listas de espera do Serviço Nacional de Saúde aumentou para 6,6 milhões, em comparação com os 4,4 milhões registrados antes da pandemia. As filas nos aeroportos estão crescendo, junto com os preços dos alimentos, enquanto há cada vez mais greves.

Até a “Real Força Aérea”. As possibilidades de treinamento de pilotos para voarem em caças diminuíram no Reino Unido devido ao fato que Londres enviou aviões para as fronteiras orientais da OTAN após o início da operação especial da Rússia na Ucrânia, avança Sky News.

Anteriormente, o canal de TV britânico, com referência a documentos, informou que o Reino Unido tem enfrentado problemas com o treinamento de pilotos de caças.

As possibilidades de treinamento de pilotos estão em estado de crise devido a avarias nas aeronaves, à necessidade de maior número de instrutores e ao fluxo de estrangeiros para treinamento.

O impacto dos diversos desafios significa que dezenas de recrutas estão em estado de incerteza esperando por meses, e às vezes por anos, pela abertura de vagas de treinamento em cursos de jatos rápidos, bem como os designados para voar em aviões de transporte militar, aeronaves de inteligência e helicópteros.

Para se ter uma ideia da redução da Força Aérea Real do Reino Unido (RAF, na sigla em inglês), segundo uma antiga fonte sênior da RAF em 1990 o ramo tinha cerca de 30 esquadrões de caças. Agora só tem sete. Naquela época, cada avião de guerra em um esquadrão tinha dois pilotos para garantir a máxima utilidade do jato. Agora já não é esse o caso, aponta fonte.

O terrorismo israelense. E o Estado Terrorista e Genocida de Israel não dá tréguas aos palestinos. A marinha de ocupação israelense reprimiu os pescadores palestinos na sexta-feira enquanto navegavam ao largo da costa norte da Faixa de Gaza, forçando-os a retornar à costa, denunciaram organizações palestinas.

A marinha israelense direcionou correntes de água de alta velocidade contra os pescadores que navegavam a aproximadamente 12 km da costa, forçando-os a parar de pescar e retornar à terra.

As forças navais israelenses e suas canhoneiras há muito assediam os pescadores em Gaza, atirando neles, danificando seus barcos e prendendo-os. Em várias ocasiões, pescadores foram feridos ou até mesmo mortos durante ataques a tiros da marinha israelense.

Além disso, Israel proíbe regularmente seus barcos de entrar na área e reduz a zona de pesca que os palestinos em Gaza podem acessar.

Crimes de Israel, segundo a ONU. A chefe de Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, alertou que ao menos 37 crianças palestinas foram mortas desde janeiro nos territórios ocupados.

Evidências indicam uso letal da força por soldados de Israel, em franca violação da lei internacional, destacou a ex-presidente chilena em comunicado.

Ela ainda expressou apreensão devido ao vasto número de palestinos, sobretudo crianças, mortos e feridos por forças da ocupação israelense somente este ano, segundo reportou o Centro de Informações Palestino.

Dezenove crianças palestinas foram mortas nos territórios palestinos ocupados somente na última semana, escreveu a nota. Dezessete foram executadas pelos bombardeios de Israel contra Gaza, no último fim de semana. Duas outras foram mortas na terça-feira por atos de soldados na Cisjordânia ocupada.

Saúde mental de Biden! No dia 20 de novembro, o presidente dos EUA completará 80 anos e durante seu mandato foi observado em diferentes ocasiões com comportamentos erráticos, como acenar no ar ou parecer confuso ao sair de uma sala ou evento.

Pelo menos 36% dos estadunidenses estão extremamente preocupados com a saúde mental do presidente, enquanto 23% disseram estar preocupados até certo ponto, de acordo com uma pesquisa da Issues & Insights com 1.335 adultos em todo o território norte-americano.

Ou seja, 59% dos cidadãos percebem algum grau de preocupação com a saúde mental do chefe da Casa Branca, segundo esta análise, contra 39% que não se preocupam com essa possibilidade.

As informações estatísticas identificaram diferenças nos graus de preocupação entre militantes do Partido Democrata, do Biden, e o rival Partido Republicano, que defendeu seu antecessor, Donald Trump, além de outras forças políticas. Entre os republicanos, 82% disseram estar preocupados com a saúde mental do presidente, em comparação com 39% dos democratas e 56% dos independentes.


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