7 de setembro: após fala golpista, Bolsonaro "volta atrás" e faz promessa
Bolsonaro aproveitou celebração de 7 de setembro para discursar para seus apoiadores
Presidente disse que vai "jogar dentro das quatro linhas da Constituição"
Momentos antes, porém, havia admitido a possibilidade de uma ruptura democrática
Momentos depois de admitir a apoiadores a possibilidade de uma "ruptura democrática", o presidente Jair Bolsonaro aproveitou seu discurso nas celebrações de 7 de setembro, em Brasília, para esfriar a possibilidade de golpe.
Após o desfile na Esplanada dos Ministérios, o presidente subiu em um trio elétrico com sua esposa, Michelle, o empresário Luciano Hang, entre outros apoiadores, e fez um discurso de campanha.
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"Podem ter certeza, é obrigação de todos jogar nas quatro linhas da Constituição, mas traremos para dentro das linhas todos que ousam ficar fora dela", declarou.
O discurso foi bem menos ameaçador do que o entoado nas celebrações da Independência do Brasil no ano passado, quando Bolsonaro chamou as eleições de "farsa", disse que só sairia da presidência "preso ou morto" e fez ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A fala, porém, vai de encontro ao que havia sido dito pelo próprio chefe do Executivo momentos antes. Em café da manhã com empresários, parlamentares e ministros, nesta quarta, Bolsonaro citou o atual momento vivido pelo país e admitiu a possibilidade de uma ruptura na democracia.
Ataques a Lula e ao Datafolha
Bolsonaro também deu início ao seu plano de utilizar as celebrações desta quarta como "prova" de que tem o apoio do povo, o que iria contra o que tem sido mostrado nas pesquisas de intenção de votos, que mostram o presidente atrás de seu principal rival, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
"Nunca vi um mar tão grande aqui com as cores verde e amarela. Aqui, não tem a mentirosa Datafolha, aqui é o nosso 'Datapovo'. Aqui, é a verdade, a vontade de um povo honesto, livre e trabalhador", disse.
Sobre a disputa com o ex-presidente Lula, Bolsonaro voltou a classificá-la como "a luta do bem contra o mal". "Sabemos que temos uma luta do bem contra o mal, o mal que perdurou por 14 anos no nosso país, quase quebrou a pátria e agora deseja voltar à cena do crime. Não voltarão. O povo está do nosso lado, do lado do bem."
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