Duas questões importantes.
Excelente artigo de Jorge Elbaum, no site “El Cohete a
la Luna”. Ele levanta uma questão muito séria que está sendo “esquecida” por
alguns analistas políticos em nossa região.
Diz ele que, “Nos próximos dois meses, serão realizadas
duas eleições-chave para o futuro da América Latina e do Caribe. A primeira
será no Brasil em 2 de outubro e a segunda em novembro, quando são realizadas
as eleições de meio de mandato nos EUA. O confronto entre Lula e o insano
exporá cruamente a disputa central entre os dois discursos hegemônicos com os
quais se processa o futuro político da região”.
“As eleições de meio de mandato nos EUA, em 8 de
novembro, também terão consequências para a região. Nessa votação, 34 dos 100
senadores serão eleitos e os 435 cargos na Câmara dos Deputados serão renovados
em sua totalidade. Além disso, serão eleitos 36 governadores, situação que
contribuirá para manter ou modificar o mapa político interno. A eleição
significará uma avaliação das políticas domésticas de Joe Biden, mas terá
consequências internacionais inegáveis: uma vantagem dos republicanos –
principalmente atrás de Donald Trump – colocará o ex-presidente de volta ao
caminho das eleições presidenciais de 2024, empoderando, na medida em que
trânsito, aos seus vários imitadores espalhados pelos cinco continentes”.
O artigo nos lembra que tais polarizações, no Brasil e
nos EUA, vão trazer com muita intensidade algumas situações que já conhecemos
bem: a assimilação da política com a corrupção; a criminalização jurídica dos
referentes que confrontam o neoliberalismo; o uso de inteligência artificial,
algoritmos e redes sociais como plataformas para a disseminação do ódio social;
o apelo sistemático às notícias falsas; a reivindicação de armas para uso pessoal e a militarização
progressiva da sociedade civil.
No Brasil, as Fake News ocupam um lugar de relevante
preocupação social. A propagação do medo – que se assemelha a outras operações
de guerra desencadeadas na região – inclui a falsa notícia de que o PT, se vencer
as eleições, fechará as igrejas. Para refutar, Lula criou um clipe de 30
segundos intitulado “Não acredite em fantasmas”, com o objetivo de desmentir a
calúnia. A proliferação dessas falsidades levou várias organizações da
sociedade civil a iniciar um debate sobre a regulamentação dessas operações. E
o canalha brasileiro ataca: “Sabemos da luta do bem contra o mal. Defendemos a
liberdade absoluta, se alguém se ofender vai a tribunal, mas não podemos criar
leis como a das Fake News”. E ele tem 43 milhões de seguidores na internet
–reais ou fictícios–, o triplo do candidato petista. O atual presidente conta
com um apoio midiático de campanha, intitulado Lulaflix, onde são divulgadas as
“verdades sobre o ex-prisioneiro”.
Armas ou livros? Desde
que assumiu a presidência, no primeiro dia de 2019, o energúmeno assinou mais
de 40 decretos autorizando a população civil a adquirir armas, incluindo
aquelas que antes eram restritas à Polícia Militar e às Forças Armadas.
Segundo estudos de instituições de pesquisa e
universidades, até junho passado, o Brasil registrava uma média de compra de
1.300 armas por dia. Com isso, os chamados CACs (Clubes de Atiradores,
Caçadores e Coletores) já ultrapassam, confortavelmente, o número de armas da
Polícia Militar Provincial em todo o país.
Em 2018, um ano antes dele assumir a presidência, havia
350 mil armas registradas no Brasil em nome dos CACs. Em julho passado esse
volume atingiu a marca de um milhão. Quer dizer, triplicou.
Cada membro de um CAC pode ter até 60 armas de diferentes
calibres e munições. Anteriormente, o número máximo era 16.
A Taurus, maior fabricante de armas do país, teve um
lucro de pouco mais de oitenta milhões de dólares em 2018. Em 2021, pouco mais
de trezentos milhões. Quase quatro vezes mais.
Se o que as pesquisas indicam se confirmar e o
ex-presidente Lula da Silva for reeleito em outubro, ele já anunciou: em vez de
armas, vai espalhar livros. E haverá uma profunda revisão do cenário atual.
Dívida brasileira cresce. No fim
de 2018, a dívida bruta do governo estava em 75,3% do PIB. Em julho deste ano,
alcançou 77,6%.
Na reta final do governo do insano, o Brasil é um país
mais endividado do que início desse governo. Primeiro presidente brasileiro de
extrema-direita, tomou posse em 1º de janeiro de 2019 e encerrará seu mandato
em 31 de dezembro deste ano.
Nesse período, conforme registra neste domingo (18) a
Folha de S. Paulo, ele deixou “um estoque de despesas represadas que vai
impulsionar ainda mais o indicador da dívida brasileira a partir de 2023”. Parte
da dívida foi contraída em decorrência da pandemia de Covid-19 – mas a crise
sanitária não é a razão central.
Ao longo de sua gestão, o chefe do Executivo precisou
abrir os cofres públicos para enfrentar a pandemia de Covid-19, uma crise sem
precedentes que obrigou países a despejar dinheiro para socorrer famílias e dar
sustentação à atividade econômica.
A Folha lembra que, desde a redemocratização, os dois
governos do ex-presidente Inácio Lula da Silva (2003-2010) foram os únicos que
enfrentaram o problema com êxito. “Lula reduziu o indicador em seus dois
mandatos, após o aumento na gestão de Fernando Henrique Cardoso” (1995-2002)
—quando a dívida subiu após o controle da inflação e as emissões do país ainda
eram mais atreladas ao câmbio.
O país mais desigual do mundo. O
Relatório de Riqueza Global 2022, publicado pelo Credit Suisse Research
Institute (CSRI), revela crescimento recorde de riqueza em 2021. O 13º
relatório mostra o aumento em todas as regiões, lideradas pela América do Norte
e China.
A participação do 1% mais rico aumentou pelo segundo
ano consecutivo para atingir 45,6% da riqueza total em 2021, acima dos 43,9% em
2019.
A desigualdade é alta na América Latina, especialmente
no Brasil, onde o coeficiente Gini da riqueza foi de 89,2 em 2021, acima dos
84,5 em 2000, e um dos números mais altos do mundo. A parcela de riqueza do 1%
mais rico agora é de 49,3%, contra 44,2% em 2000.
Comparados a outros 9 países selecionados pelo banco
suíço (Canadá, China, Índia, França, Estados Unidos, Rússia, Alemanha, Japão e
Reino Unido), o Brasil é o mais desigual.
O clube global de milionários ganhou 5,2 milhões de
membros no ano passado, totalizando 62,5 milhões de pessoas em todo o mundo.
A grande maioria destes milionários tinha patrimônio
entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões: 54,1 milhões ou 87% do grupo; 5,4 milhões
têm entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões; e 3 milhões têm patrimônio acima de
US$ 10 milhões.
“Pobre está desempregado porque se
'acostumou'. Um presidente da República
tem que ser muito canalha para dizer isso! Mas o ex-capitão, candidato à
reeleição, voltou a minimizar o problema da fome, que aumentou em seu governo,
e a desprezar o drama dos trabalhadores/as, que sofrem com as altas taxas de
desemprego, que atinge 9,9 milhões de pessoas, sem contar os 39,3 milhões que
estão na informalidade, 13,1 milhões trabalhando na iniciativa privada sem
carteira assinada e 25,9 milhões por conta própria.
Ele afirmou, na quarta-feira (21), em entrevista à
emissora católica Rede Vida que a população brasileira pobre está “acostumada”
a não aprender uma profissão. E mais... “São pessoas que foram, ao longo dos
anos, acostumadas a não se preocupar ou o Estado negar uma forma de ela
aprender uma profissão”, pontuou o presidente, de acordo com o site Metrópoles.
Durante a entrevista, o pulha afirmou que “não é esse
número todo” de pessoas que passam fome no país. Segundo o mandatário, quem
vive abaixo da linha da pobreza pode recorrer ao Auxílio Brasil.
Ele “esqueceu” ou desconhece que em 12 capitais brasileiras,
incluindo Brasília, a cesta básica custa mais do que valor do Auxílio Brasil.
Isso significa que milhares de pessoas no país não estão conseguindo comprar
sequer o mínimo para ter as calorias necessárias e se alimentar três vezes por
dia, se dependerem apenas do benefício para sobreviver.
Além disso, no Orçamento da União para 2023 que o
presidente mandou para o Congresso, o valor previsto para o Auxílio Brasil no
ano que vem é de R$ 405.
Mas seu capanga confirma. O
ministro da economia, Paulo Guedes, seguiu seu “capo” ao afirmar, na
quarta-feira (21), considerar “uma mentira” os dados do 2º Inquérito Nacional
sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil,
realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e
Nutricional (Rede PENSSAN), que apontam que 33 milhões de pessoas sofrem com a
fome no Brasil.
“33 milhões de pessoas passando fome é mentira. Nós
estamos transferindo para os mais pobres, com o Auxílio Brasil, 1,5% do PIB, 3
vezes mais do que recebiam antes”, disse Guedes em um evento promovido pela
Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São
Paulo, de acordo com o G1.
E o “filho 01” esbanja dinheiro. Além de ter comprado 16 imóveis com pagamento parcial em
dinheiro, o senador Flávio, o “filho 01”, usou dinheiro em espécie para pagar
despesas pessoais, funcionários e impostos. A conta bancária de sua antiga loja
de chocolates registrou também alto volume de depósitos de dinheiro vivo sem
identificação. Ao todo, esse montante movimentado em espécie ultrapassa os R$ 3
milhões.
Os dados constam das quebras de sigilo obtidas pelo
Ministério Público do Rio (MP-RJ). Flávio ainda foi apontado nas investigações
como líder de uma organização criminosa que funcionava em seu antigo gabinete
na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O total de desvios apurado
pela Promotoria foi de, no mínimo, R$ 6,1 milhões, como mostra reportagem de
Juliana Dal Piva e Saulo Pereira Guimarães no UOL.
Os promotores afirmam que o dinheiro usado nas
transações de Flávio vinha do esquema conhecido como “rachadinha”, no qual os
funcionários do gabinete eram obrigados a devolver boa parte de seus salários,
em espécie, ao então deputado.
A quebra do sigilo bancário de Flávio e demais denunciados
no esquema e o cruzamento de dados obtidos junto a empresas e poder público
ainda revelaram dívidas quitadas que não constavam nos extratos do atual
senador nem nos de sua mulher, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro.
O MP-RJ identificou pagamentos feitos com dinheiro em
espécie, comprovados por documentos bancários e outras evidências em diversos
casos. As investigações identificaram até despesas pagas diretamente pelos
próprios funcionários do gabinete.
Dívida com a ONU. A
dívida atual do governo federal brasileiro com as Nações Unidas (ONU) é de
cerca de US$ 298 milhões (equivalente a cerca de R$ 1,5 bilhão), dos quais US$
56 milhões são devidos ao orçamento regular, US$ 217 milhões aos orçamentos de
operações de manutenção de paz ativas, US$ 23 milhões a missões de paz já
encerradas e US$ 1 milhão a tribunais internacionais, segundo informações do
Ministério de Relações Exteriores.
Durante a presidência do energúmeno, a contribuição do
Brasil ao orçamento de base da organização internacional caiu de US$ 92 milhões
em 2018 para US$ 56 milhões em 2022. De 2016 a 2018, a contribuição brasileira
passou de 3.823% para 2.013% entre 2022 a 2024, de acordo com a ONU.
Mesmo assim, o país segue devendo. Esse ano, quando o
Brasil assumiu um assento rotativo no Conselho de Segurança da ONU, o governo
brasileiro fez um pagamento de US$ 19,8 milhões à organização. Deste montante,
US$ 456 mil foram para quitar parte da fatura com o orçamento de base.
Vai ficar tudo “por isso mesmo”? Nos últimos
meses temos visto cair por terra todas as acusações feitas contra Lula da
Silva. Ao final dos trabalhos, ele foi inocentado em 26 processos “montados e armados”
contra ele. Sai de cabeça erguida, sem culpa e totalmente inocente.
Agora temos mais uma vitória para comemorar. Seis anos
depois de o Senado ter aprovado o impeachment de Dilma Rousseff por crime de
responsabilidade baseado nas chamadas “pedaladas fiscais”, o Ministério Público
Federal promoveu o arquivamento do inquérito civil movido contra o ex-ministro
da Fazenda Guido Mantega que investigava supostas irregularidades nas operações
de crédito entre o Tesouro e o Banco do Brasil que teriam sido cometidas em
2015.
“A verdade veio à tona”, disse Dilma Rousseff.
“Demorou, mas a Justiça está sendo feita”. A ex-presidente também era
investigada pela Procuradoria da República no Distrito Federal no inquérito
civil que buscava identificar os responsáveis pelas “pedaladas fiscais”, considerada
pelos investigadores como um ato de improbidade administrativa.
A 5ª Câmara de Coordenação e Revisão de Combate à
Corrupção homologou o arquivamento, sob o fundamento de que “tanto o Tribunal
de Contas da União quanto a Corregedoria do Ministério da Economia afastaram a
possibilidade de responsabilização dos agentes públicos que concorreram para as
pedaladas fiscais do ano de 2015, seja em virtude da constatação da boa-fé dos
implicados, seja porquanto apenas procederam em conformidade com as práticas do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”.
Pois é, não é? Dilma também era inocente! Mas, e os golpistas,
safados e canalhas que criaram tudo isso e causaram tanto prejuízo ao Brasil? Vão
sair “frescos e garbosos”?
Colômbia devolve a Maduro empresa de fertilizantes. “O
retorno da empresa às mãos de Maduro marca o fim de um arranjo negativo para
prejudicar venezuelanos e colombianos”, disse o embaixador venezuelano, Felix
Plasencia.
Na segunda-feira (20), o governo colombiano anunciou que
a empresa venezuelana de fertilizantes com sede em seu território Monómeros,
será novamente controlada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, após
cerca de três anos sob a tutela do líder da oposição Juan Guaidó, relata o
jornal O Globo.
“Ratificamos a vontade do governo venezuelano de nomear
um conselho de administração para a Monómeros [...]. Os donos de uma empresa têm
a possibilidade de escolher seus diretores. Estamos fazendo um reconhecimento
legal dessa situação”, disse o superintendente de empresas da Colômbia, Billy
Escobar, ao final de uma reunião em Bogotá com o embaixador venezuelano, Felix
Plasencia.
Já embaixador venezuelano comemorou que Monómeros “retorne
ao poder do povo da Venezuela”, entretanto, detalhes não foram citados sobre quem
comporá a nova diretoria ou quando assumirão o controle da empresa.
O controle da Monómeros, filial da estatal Petroquímica
de Venezuela (Pequiven), foi entregue a Guaidó em 2019, durante o governo do
presidente colombiano Iván Duque. Fundada em 1967 e controlada pelo Estado
desde 2007, Monómeros chegou a fornecer 37% dos fertilizantes usados na Colômbia.
Maduro enfrenta Biden. O
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exigiu que seu colega nos EUA, Joe
Biden, não manipule a América Latina e o Caribe com a questão da migração.
“Exigimos que o presidente Joe Biden não manipule a
questão da migração da América Latina e do Caribe, e muito menos com a questão
da Venezuela, vítima das mais cruéis sanções do Império estadunidense”, disse
Maduro em discurso por meio do governo venezuelano. canal de televisão estatal.
Maduro destacou que os EUA buscam criminalizar a
migração e disse que Biden mente sobre Cuba, Nicarágua e seu país. “Joe Biden
aparece hoje atacando Venezuela, Cuba e Nicarágua mentindo sobre Venezuela,
Cuba e Nicarágua, Joe Biden mente sobre nossos países, eles apertaram nosso
país ao máximo para destruí-lo e então começam as campanhas mundiais sobre a
questão da migração para manipular e instrumentalizar a questão da migração e
criminalizar.
Encontro Maduro e Petro! Os
Ministros dos Transportes da Colômbia e da Venezuela elaboraram um roteiro para
a reativação das conexões terrestres, aéreas e marítimas a partir de 26 de
setembro.
Os presidentes da Venezuela e o da Colômbia se reunirão
em 26 de setembro para liderar a cerimônia de reabertura da fronteira comum,
informou uma fonte oficial nesta terça-feira.
“No dia 26 de setembro, os dois presidentes, o
presidente Nicolás Maduro e nosso presidente Gustavo Petro, poderão se (reunir)
em um ponto a ser determinado, certamente será a ponte Simón Bolívar, onde ocorrerá
este ato de abertura” informou o ministro dos Transportes colombianos,
Guillermo Reyes.
Reyes esteve em Caracas na terça-feira e manteve
reuniões com seu homólogo venezuelano, Ramón Velásquez, e o vice-ministro
Claudio Farías, com quem traçou um roteiro para a reativação das conexões terrestres,
aéreas e marítimas a partir de 26 de setembro.
Ele anunciou que em 26 de setembro serão retomados os
voos entre Colômbia e Venezuela, sendo que o primeiro será operado pela
companhia aérea venezuelana Conviasa, com a rota Caracas-Valência-Bogotá, e
será seguido pela companhia aérea colombiana Wingo, em 3 de outubro. com a rota
Bogotá-Caracas.
Discurso de Arce na ONU. O
Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia participou do 77º Período de
Sessões das Nações Unidas, onde afirmou que este fórum “deve nos permitir
continuar fortalecendo o multilateralismo para enfrentar com mais eficácia as
novas e velhas ameaças que aguardam a humanidade”.
Na ocasião, Arce declarou que “hoje estamos diante de
uma crise capitalista múltipla e sistemática que coloca cada vez mais em risco
a vida da humanidade e do planeta”, que é preciso identificar “a origem de um
sistema que reproduz a dominação, a exploração e exclusão das grandes maiorias,
que gera concentração de riqueza em poucas mãos e que prioriza a produção e
reprodução do capital antes da produção e reprodução da vida”.
Entre suas propostas, Arce propôs substituir a
construção de armas de destruição em massa por uma compensação justa para os
pobres do mundo. Hoje, 9 países coletam 9.705 ogivas nucleares; 9.440 deles
estão em reservas militares, prontos para serem usados.
Em outra de suas propostas, ele defendeu “reconstruir
as capacidades produtivas dos países da periferia, atingidos pela lógica
concentradora irreprimível do capital. “É por isso que hoje devemos respeitar
os princípios de solidariedade, complementaridade e respeito pela
autodeterminação dos povos. A dívida externa deve ser aliviada para que nossos
países possam implementar soberanamente políticas sociais abrangentes e sustentáveis.
Devemos mudar as condições de troca que hoje continuam a beneficiar apenas o
norte. No caso da Bolívia, não aceitamos e não aceitaremos imposições do Fundo
Monetário Internacional. Somos guiados pelo princípio civilizatório do Viver
Bem que emerge de nossas raízes indígenas originais”.
Trabalhadores uruguaios param! Os
sindicatos uruguaios mais uma vez desafiaram o Executivo de Luis Lacalle Pou.
Na quinta-feira, 15 de setembro, um milhão de pessoas apoiaram a greve de 24
horas exigindo melhores salários e um orçamento maior para habitação e
educação, desafiando o governo de direita.
Chamada pelo PIT-CNT, a central que reúne a maioria dos
sindicatos e sindicatos do país, esta é a quarta greve geral no Uruguai desde
que Lacalle assumiu a presidência. A primeira data de 2020, que paralisou o
funcionamento das atividades públicas uruguaias. As outras foram a greve
nacional em 8 de março, Dia Internacional da Mulher; e a greve parcial de 7 de
julho por "crescimento desigual".
Apelando para José Artigas e sua frase “que os infelizes
sejam os mais privilegiados”, o sindicato dos trabalhadores convocou uma greve
geral em defesa dos salários e do trabalho. Marcelo Abdala, secretário-geral da
central sindical PT-CNT, declarou em entrevista coletiva: »As pessoas não estão
conseguindo sobreviver. Há uma estratégia que é concebida como um modelo de crescimento
e acumulação excludente que é para poucos” e acrescentou: “É um sinal muito
forte, muito forte que o movimento sindical está emitindo”. A central informou
que foram realizados “diálogos com a população, bairros e distribuição de
materiais” em todo o território conforme relatado por mais de uma centena de
filiais distribuídas por todo o país.
Itália caminha para a extrema direita. A
extrema direita está confiante na vitória neste domingo (25), no que pode
significar a primeira dirigente de um partido pós-fascista a ocupar a chefia de
governo do país, um dos fundadores da União Europeia. A campanha eleitoral se
encerrou na noite de sexta-feira (23), com todos os candidatos submetidos à lei
do silêncio até o fechamento das urnas.
Giorgia Meloni, líder do partido Fratelli d'Italia
(Irmãos da Itália), realizou o último comício de campanha em Napoli, símbolo do
sul da Itália empobrecido, dizendo ser “uma patriota”. “Tudo que ela diz, ela
faz”, comentou à AFP Leone Carmelo, um cozinheiro de 71 anos.
As últimas pesquisas de intenções de voto, publicadas
há duas semanas, apontam que ela deve conseguir entre 24 e 25% das cédulas,
suficientes para vencer o Partido Democrata, com 22%, e o Movimento Cinco
Estrelas, com 13 a 15%. Até a data limite para a publicação de pesquisas, havia
de 20 a 25% de indecisos.
A margem dá esperança ao partido de centro esquerda,
que teve o seu último comício em Roma. Um militante idoso ouvido pela
reportagem RFI disse que nasceu durante o fascismo e não querer morrer com a
Itália de novo à extrema direita.
Reino Unido com sérios problemas. O
governo britânico apresentou na sexta-feira (23) ao Parlamento um pacote de
medidas para estimular a economia e atenuar a inflação, que inclui o
congelamento das contas de energia, uma redução dos impostos e a
desregulamentação do setor bancário.
O pacote da primeira-ministra conservadora Liz Truss
pode ter efeitos colaterais graves para as finanças públicas do Reino Unido, à
beira da recessão e com uma inflação de 10%, o maior nível em 40 anos.
Mas o ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, espera
promover um alívio para as famílias e as empresas e "inverter o círculo
vicioso da estagnação". "Durante a pior crise energética em gerações,
este governo está ao lado da população", afirmou Kwarteng no Parlamento.
No caso das empresas, o governo financiará quase metade
das contas durante seis meses. Os preços do gás e da energia elétrica
dispararam desde o início da guerra na Ucrânia, uma consequência das limitações
no abastecimento de combustíveis procedentes da Rússia.
A ONG de luta contra a pobreza Oxfam destacou uma
"política que é todo lucro para os mais ricos".
Alemanha caminha para recessão. A
economia da Alemanha, a maior da Europa, caminha para uma recessão que pode
durar até o próximo ano, disse o banco central do país na segunda-feira (19).
“Os sinais de recessão para a economia alemã estão se
multiplicando, no sentido de um declínio claro, amplo e prolongado da produção
econômica”, afirmou o Bundesbank em seu relatório mensal, avisando que a
população do país deve se preparar para uma inflação de dois dígitos nos
próximos meses.
A instituição aponta como o principal motivo para isso
"os desenvolvimentos desfavoráveis no mercado de gás", depois que a
Rússia fechou o gasoduto Nord Stream 1 no início de setembro.
A Alemanha era altamente dependente das importações de
energia russa antes da invasão da Ucrânia, com a Rússia respondendo por 55% do fornecimento
de gás da Alemanha na época.
No último trimestre, a economia alemã conseguiu crescer
0,1%. No entanto, os economistas do Bundesbank preveem uma ligeira contração
neste trimestre, com um declínio mais acentuado na produção econômica nos
últimos três meses do ano e em 2023.
Tormenta na Europa! Com o clima mais frio a caminho e o acesso dos países
europeus ao gás natural da Rússia cortado, o aumento das despesas e o escasso
fornecimento de energia podem criar um “tsunami” econômico para muitas empresas
europeias, disse um economista à agência de notícias Xinhua.
Devido ao impacto do conflito entre a Rússia e a
Ucrânia, os preços do gás natural dispararam este ano, o que afetou outras
fontes de energia e levou a inflação a níveis recordes. Lorenzo Codogno,
economista-chefe da LC Macro Advisors, disse que o pior provavelmente ainda está
por vir.
De acordo com o Eurostat, a inflação nos 19 países da
zona do euro atingiu um novo recorde de 9,1% em agosto, com os preços de
alimentos e energia continuando a subir. “No momento, você tem um cabo de guerra
entre a crise do custo de vida, por um lado, e a resiliência em muitos setores
e aspectos da economia, por outro”, disse Codogno. “Mas se você olhar para os
dados, é como se um tsunami estivesse chegando.”
Tanto a inflação ao consumidor quanto a produção industrial
serão atingidas simultaneamente, disse Codogno, que também é professor visitante
no Instituto Europeu da London School of Economics and Political Science.
Insônia na Suécia. A Suécia
está mal preparada para possíveis cortes de energia com a proximidade de um inverno
(no Hemisfério Norte) de racionamento de energia, disse o chefe de preparação
de fornecimentos da agência sueca de contingências civis MSB, Jan-Olof Olsson.
“Infelizmente, a preparação é em geral muito ruim. Em
2011, identificamos 50.000 empresas socialmente importantes na Suécia que
dependiam do fornecimento de energia”, disse Jan-Olof Olsson à emissora pública
SVT.
A emissora informou que o racionamento de energia pode
afetar semáforos, bondes, aquecimento e comunicações, bem como as fechaduras eletrônicas
de propriedades. Os custos de energia aumentaram 29% em agosto, de acordo com a
agência de estatísticas sueca. Os preços da energia têm impulsionado outros índices
que impactam o custo de vida para cima, com uma disparada da alta de preços dos
alimentos por nove meses consecutivos.
E o povo sueco está perdendo o sono, preocupado com os
próximos meses!
E o poder no mundo vai mudando... Os EUA inventaram
e incentivaram a atual crise entre a Ucrânia e a Rússia. Agora estão vendo um
novo mundo, multipolar, surgindo e colocando em xeque a sua dominação que durou
décadas! E alguns países que antes viviam sob a influência da Casa Branca
começam a mudar de opinião ou posição.
De acordo com o jornal francês Le Monde, apesar da pressão
do Ocidente, a Índia não condenou a operação russa e pede apenas para que as partes
voltem à mesa de negociações.
O jornal afirma que a situação ficou especialmente patente
quando Narendra Modi foi à cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na
sigla em inglês) pouco depois de receber a chanceler francesa Catherine Colonna,
com quem discutiu a criação de uma força de cooperação e defesa para enfrentar
a China na região do Indo-Pacífico.
Com isso, a Índia demonstra seu “jogo de paradoxos”, com
um pé no Ocidente e outro na Rússia, sem manter vínculos, indicando que o Ocidente
falhou em levar os indianos para o seu lado e forçá-los a impor sanções contra
os russos. A Índia segue comprando armas e petróleo de Moscou a preços
acessíveis, com a Rússia substituindo a Arábia Saudita como seu principal
fornecedor de petróleo, além do fornecimento de fertilizantes.
Por outro lado, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi,
afirmou que os EUA, ao imporem sanções contra diversos países, acabam por os
aproximar.
De acordo com o presidente iraniano, as sanções políticas
de Washington estão fadadas ao fracasso. “Alguns países estão sob sanções. Agindo
assim, eles os forçam a se aproximarem e isso faz com que as sanções se tornem
ineficazes”, afirmou.
Após o início da operação especial russa na Ucrânia, o
Ocidente passou a utilizar a pressão das sanções contra Moscou, que resultou no
aumento dos preços dos combustíveis e alimentos na Europa e nos EUA.
E a Rússia vai lucrando... As
sanções ocidentais, que tinham por objetivo destruir a indústria de gás russa,
têm tido o efeito oposto, já que os altos preços da energia ajudaram a gigante
russa Gazprom a aumentar suas receitas.
Apesar da queda abrupta dos suprimentos à União Europeia,
a empresa russa dobrou as suas receitas de exportação, de acordo com Oliver Hortay,
chefe de pesquisas de política energética e climáticas de um think tank
húngaro.
“A Gazprom está fornecendo 43% menos gás à Europa neste
ano do que no ano passado, mas, em média, os preços triplicaram. As receitas da
empresa provenientes da exportação para a UE crescerão de US$ 53 bilhões (R$
278,5 bilhões) para 100 bilhões (R$ 525,45 bilhões)”, escreveu ele nas redes
sociais na semana passada.
A postagem faz eco de uma matéria recente do Financial
Times, segundo a qual os preços mais altos do gás ajudam a Gazprom a compensar
a redução das entregas para a UE. De acordo com o jornal, a empresa russa agora
entrega diariamente cerca de 84 milhões de metros cúbicos de gás aos
consumidores europeus através da Ucrânia e Turquia diariamente, em comparação com
os 480 milhões de metros cúbicos em média no ano passado.
Ucrânia e o “tiro no pé”. O
governo ucraniano, devidamente orientado e armado pela Casa Branca, parece ter
dado o famoso “tiro no pé”. Desde 2014, como sabemos, as regiões de Donetsk e
Lugansk tiveram o reconhecimento para se tornarem independentes da Ucrânia,
como aconteceu com a Criméia. A OSCE (Organização para Segurança e Cooperação
na Europa) acompanhou a negociação e, em 1 de outubro de 2019 foi assinado um
acordo para tentar encerrar a guerra em Donbass. O documento ficou conhecido
como “Fórmula Steinmeier” (a proposta foi feita pelo então presidente alemão
Frank-Walter Steinmeier) e o acordo previa a realização de eleições livres nos
territórios de Donetsk e Lugansk, sob observação e verificação da OSCE.
A Ucrânia recusou-se a admitir tal acordo e durante
anos invadiu e ocupou a região que já tinha votado sua independência.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia,
Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação especial militar para “desmilitarização
e desnazificação da Ucrânia”. As regiões independentes receberam a ajuda das
tropas russas e expulsaram os ucranianos invasores. Mas isso originou um
confronto militar que se arrasta até hoje, porque os EUA e seus “cupinchas”
europeus ficam alimentando e armando a Ucrânia.
O tiro pode sair pela culatra. Desde sexta-feira (23),
as regiões em questão estão realizando um novo plebiscito, mas agora querem ser
anexadas à Rússia! Para piorar, outras duas regiões ucranianas, Kherson e
Zaporozhie, também estão realizando o plebiscito. Ou seja, a Ucrânia pode
perder muito de seu território.
Vai valer a Constituição da Rússia. A
Constituição da Rússia será válida na República Popular de Donetsk, República Popular
de Lugansk e nas regiões de Kherson e Zaporozhie em caso de sua integração à Rússia,
confirmou na sexta-feira (23) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
O referendo sobre a integração dos territórios
libertados à Rússia começou na sexta-feira nas Repúblicas Populares de Donetsk
e Lugansk e também nas regiões de Kherson e Zaporozhie.
A iniciativa de realizar imediatamente referendos foi
sugerida às autoridades regionais pela população local. Como disseram os
representantes das repúblicas e regiões, fazer parte da Rússia garantirá a
segurança destes territórios e restaurará a justiça histórica.
Sim, são criminosos! O
Ministério da Defesa da Rússia revelou na segunda-feira que entregou provas
materiais à Convenção de Armas Biológicas e Toxínicas (BTWC) com sede em
Genebra, na Suíça, que confirmaria que os Estados Unidos (EUA) desenvolveram
programas biomilitares na Ucrânia.
De acordo com o chefe das Forças de Proteção Radiológica,
Química e Biológica da Rússia, Igor Kirillov, uma cúpula foi realizada em seu
país entre 5 e 9 de setembro, convocada depois que os EUA e a Ucrânia violaram
dois artigos da CABT, e apenas representantes de 89 nações compareceram, dos
184 signatários, que receberam cópias dos documentos que comprovam a execução
de tais atos.
Kirillov afirmou que nenhum dos presentes duvidou da
autenticidade dos documentos fornecidos, com dados sobre o acúmulo de patógenos
em laboratórios ucranianos, incluindo o Instituto de Pesquisa Epidemiológica
Mechnikov, onde biomateriais perigosos foram alojados nas frestas das escadas e
nenhum sistema de controle havia detectado eles.
O alto comando russo também informou que tanto os EUA
quanto a Ucrânia se recusaram a dar explicações relacionadas à destruição
urgente de documentos sobre atividades biomilitares na Ucrânia.
Estão se desintegrando? De acordo
com o jornal estadunidense The New York Times, o exército ucraniano está sofrendo
grandes perdas em Donbass e, por isso, estaria deixando suas posições.
“Os militares ucranianos estão sofrendo grande baixas
em Donbass, e os russos estão nos atacando todos os dias”, afirmou uma fonte do
Exército ucraniano citada pelo jornal.
Além disso, a fonte afirmou que os militares russos estão
gradualmente empurrando as forças ucranianas de suas posições.
Anteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia
anunciou sobre a tentativa fracassada de uma ofensiva ucraniana.
Em 16 de setembro, parte das tropas ucranianas caiu em
um cerco tático em três regiões em Donbass.
Mais uma voz contrária. O
ex-vice-chanceler austríaco Heinz-Christian Strache afirmou que o apoio militar
a Kiev e o efeito das sanções contra a Rússia são ações mal calculadas que
estão atingindo os próprios países ocidentais.
“Os EUA e a OTAN lançaram uma guerra indireta contra a
Rússia na Ucrânia, que também representa uma ameaça à Europa”, declarou o ex-vice-chanceler
austríaco que se soma a outros políticos europeus.
Além disso, Heinz-Christian Strache declarou que
aqueles que pensam que os fornecimentos de armas dos EUA e da OTAN ajudarão a
Ucrânia estão muito enganados.
“Os que pensam que os fornecimentos de armas dos EUA e
da OTAN ajudarão a Ucrânia, simplesmente não pensam de forma realista e
acabarão dando conta de seu erro. A ajuda militar ocidental agravará a situação,
provocará um terrível sofrimento humano e um número inimaginável de vítimas”,
enfatizou.
Um novo bloco vai se criando. O pavor
do Ocidente é o crescimento de um novo bloco que vai consolidar a mudança
definitiva no planeta. Chega de mundo unipolar! Vamos viver um mundo
multipolar!
Rússia e China estão motivadas a desenvolver a Organização
de Cooperação de Xangai (OCX) como resposta à pressão do Ocidente. A cúpula da
Organização de Cooperação de Xangai (OCX) foi realizada na cidade do
Uzbequistão nos dias 15 e 16 de setembro. Como resultado da cúpula, 44 documentos
foram assinados.
Em particular, o Irã assinou um memorando de
compromisso com o OCX, abrindo caminho para que este país se torne membro da
organização. Também foi assinado um documento sobre o início do procedimento de
admissão de Belarus à organização.
É claro que a principal direção de desenvolvimento da
OCX não é a segurança militar, mas a segurança econômica, não é uma organização
fechada e hostil, como as ocidentais, mas uma estrutura multilateral e
inclusiva para o desenvolvimento da cooperação. Na cúpula da OCX em Samarcanda,
foram assinados memorandos sobre a concessão do status de parceiros de diálogo
ao Egito e ao Catar. Bahrein, Maldivas, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e
Mianmar também receberão o status de parceiros do grupo.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse na terça-feira
(20) estar “muito irritado” com as tentativas da Turquia de se juntar a uma
organização de segurança da Ásia Central dominado por Rússia e China.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse no sábado
(17) que a Turquia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)
pretende ingressar na Organização de Cooperação de Xangai (OCX).
Exercícios militares conjuntos. Na
quinta-feira (22), o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas,
Mohammad Bagheri, anunciou que Rússia, Irã e China realizarão exercícios navais
conjuntos nos próximos meses na parte norte do oceano Índico.
A declaração de Bagheri foi citada pela agência
iraniana ISNA. "Neste outono [do Hemisfério Norte], realizaremos
exercícios navais conjuntos na parte norte do oceano Índico com a Rússia e a
China."
A autoridade iraniana acrescentou que outros Estados,
como o Paquistão e Omã, podem participar nos exercícios militares programados.
Bagheri não especificou a data exata dos exercícios. O outono no Hemisfério
Norte teve início nesta quinta-feira (22) e termina em 21 de dezembro.
A cooperação entre Moscou, Pequim e Teerã tem crescido
nos últimos anos, e essa não será a primeira vez que Rússia, Irã e China
realizam exercícios militares conjuntos. A atividade mais recente desse tipo
ocorreu em janeiro, quando os três países realizaram exercícios navais
coordenados no golfo de Omã.
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