domingo, 16 de outubro de 2022

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares, nº 987


 

 

 


Fazer um esforço para vencer!

Há muita contradição e desinformação circulando nas redes sociais e na mídia oficial com respeito ao pleito do dia 02. O fato a analisar é que 123,67 milhões de brasileiros foram às urnas para votar. Exceto pelo resultado mais que satisfatório do ex-presidente Lula da Silva com 48,43% ou 57 milhões de votos contra 43,9% ou 51 milhões de votos do energúmeno no poder.

Alguns dados são necessários para mostra a importância de fazer esse esforço final até o dia 30, se queremos o nosso país de volta e acabar com a safadeza e a roubalheira desse governo, além da superexploração estabelecida sobre os trabalhadores. É preciso lembrar as mais recentes eleições e verificar que nunca foi fácil para nós. Vejamos os resultados de primeiro turno e podemos comparar. Em 2002 (Lula), 46,44%; em 2006 (Lula), 48,61; em 2010 (Dilma), 46,91; em 2014 (Dilma), 41,59; em 2018 (Haddad), 29,28; agora, em 2022 (Lula), 48,43. Isto deveria nos dizer alguma coisa.

Mas há uma verdade que não podemos negar: não há o que comemorar entre os setores progressistas da sociedade pelos resultados desastrosos obtidos em as eleições legislativas e estaduais. A alta abstenção de 20,9%, cerca de 32 milhões de eleitores, foi um dado negativo que deve ser enfrentado pelas forças democráticas e progressistas, apesar de haver assembleias de voto encerrando 5 horas depois da hora marcada, devido às enormes filas causadas pela biometria exigida pela segurança do voto na urna eletrônica. O saldo após a ressaca das urnas é muito preocupante. Traçou-se um retrato ultraconservador da sociedade brasileira, e não se pode negar que a maioria do eleitorado tem preferido eleger candidatos aliados ao campo do ex-capitão ou abertamente fascistas, em detrimento de candidatos progressistas do campo popular.

Além de sigilo, proibido investigar. O governo do sacripanta está se lambuzando cada vez mais, sem qualquer vergonha e sem responder às leis! Primeiro ele decretou “sigilo” de cem anos em quase todos os seus atos e da “dona” Micheque. Agora impede que a Polícia Federal faça investigações nos vários casos de corrupção de seu governo.

O pulha estufa o peito e diz que “no meu governo não tem corrupção”! Mas, será isso verdade? Por que não temos informações sobre os 26 casos comprovados e sob investigação? Em primeiro lugar porque ele tem uma imprensa muito bem amestrada que só divulga de forma leve as denúncias. Em segundo lugar porque todas as denúncias são devidamente “engavetadas” pela Procuradoria Geral da República, capacho do safado. Por fim, porque quando algum delegado ou delegada da Polícia Federal começa a apurar os esquemas criminosos que envolvem ele e sua “familícia” é imediatamente afastado/afastada.

Das informações que temos, até agora, já foram afastados ou demitidos cinco delegados da PF que investigavam crimes relacionados com a família do demente! Alexandre Saraiva, então superintendente da Polícia Federal no Amazonas; delegado Hugo de Barros Correa foi exonerado do cargo de superintendente da Polícia Federal no DF; o delegado responsável por coordenar a Diretoria de Investigação e Combate à Corrupção, Luis Flávio Zampronha; o delegado Ricardo Saadi da superintendência da PF no Rio de Janeiro e; a delegada Dominique de Castro Oliveira perdeu o cargo na Interpol e voltou para a Superintendência da PF no Distrito Federal.

Entre os casos de corrupção ligados ao insano estão o caso dos funcionários fantasmas nos gabinetes do presidente e dos filhos Flávio e Carlos, na Câmara, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e na Câmara dos Vereadores do Rio, respectivamente; os 51 imóveis comprados pela família Bolsonaro com dinheiro vivo; os repasses nas contas da primeira-dama Michelle Bolsonaro; contrabando de madeira ilegal no Ministério do Meio Ambiente; e pedido de propina de um dólar para cada vacina AstraZeneca comprada pelo governo.

Aliança com extrema direita argentina. O “filho 03” do inominável, também conhecido como “Dudu Bananinha”, está na Argentina. Um vídeo publicado em suas redes sociais revelou a motivação eleitoral de sua visita, de modo a produzir uma narrativa contra a esquerda apoiada em desinformações sobre o abastecimento dos supermercados argentinos.

Além da campanha nas redes sociais, ele participou de uma reunião com políticos de direita argentinos, e que, segundo informou o jornal Clarín, teria sido organizado pelo consultor político Fernando Cerimedo, articulador da direita na região.

O encontro aconteceu em um lugar reservado para um churrasco, no bairro de Puerto Madero, com figuras da extrema direita do país – representada pelos autointitulados libertários – e da direita tradicional argentina, hoje representada pela coalizão Juntos por el Cambio (JxC), do qual fazem parte o ex-presidente Mauricio Macri e o prefeito da cidade de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta (Propuesta Republicana - PRO).

Violência política cresceu. Os dois meses que antecederam o primeiro turno das eleições registraram quase o mesmo número de episódios de violência política e eleitoral do que os sete primeiros meses de 2022. É o que aponta a segunda edição do estudo “Violência política e eleitoral” no Brasil, produzido pelas organizações de Direitos Humanos Terra de Direitos e Justiça Global, lançado no último dia 5. O estudo analisou o período entre 2 de setembro de 2020 e 2 de outubro de 2022, em que foram mapeados 523 casos ilustrativos de violência política envolvendo 482 vítimas entre representantes de cargos eletivos, candidatos/as ou pré-candidatos/as e agentes políticos no Brasil. Veja pesquisa completa aqui.

Nesse período de pouco mais de dois anos, foram registrados 54 assassinatos, 109 atentados, 151 ameaças, 94 agressões e 104 ofensas, além de seis casos de criminalização e 5 de invasão. Apenas no período eleitoral, até o primeiro turno, entre 1º de agosto e 2 de outubro de 2022, 121 casos de violência política foram registrados contra agentes políticos, praticamente, dois casos de violência política por dia.

Entre os partidos das vítimas, PT e PSoL representam mais de um quarto dos casos de violência política.  A segunda edição do levantamento revela que o perfil das maiores vítimas permanece sendo os homens cisgênero que, além de serem a maioria em representação nos espaços de poder, são vítimas em 59% dos casos de violência política.

Empresários “amigos” ameaçam trabalhadores. O Ministério Público do Trabalho (MPT) já registrou 173 denúncias de coação eleitoral e abriu 83 procedimentos contra patrões que estão fazendo ameaças ou oferecendo dinheiro aos trabalhadores e trabalhadoras para que votem no ex-capitão, candidato à reeleição.

A região Sul do país lidera o ranking de assédio praticado por patrões admiradores do fascista, com 83 denúncias, sendo 30 do Rio Grande do Sul, 29 do Paraná, e 24 de Santa Catarina.

Na segunda posição está a região Sudeste, com 43 denúncias registradas. Seguida pelo Nordeste (23), Centro-Oeste (13) e Norte (11).

Ameaçar trabalhador de demissão ou de atraso no pagamento de salários, soltar comunicados para clientes e fornecedores dizendo que vai reduzir investimentos em 2023 se o ex-presidente Lula (PT) ganhar é crime eleitoral previsto na legislação brasileira. Os trabalhadores devem denunciar, não precisam nem se identificar, se não quiserem.

E quem denunciar, pode ter certeza, o empresário que cometeu o crime será punido. Em pelo menos três casos, o Ministério Público já puniu patrões que não cumpriram a lei.

“Nós estamos muito preocupados com isso que está acontecendo em larga escala. Isso se caracteriza como crime eleitoral, mas também crime contra o direito trabalhista. Na nossa conversa com o presidente do TSE, ele deixou muito claro que estão acompanhando muito de perto essas questões”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE) ao jornal Folha de S Paulo.

O povo está sem dinheiro. Desde a maldita reforma Trabalhista do “manequim de funerária”, Temer, em 2017, milhares de trabalhadores e trabalhadoras estão sobrevivendo de bicos e de auxílios e benefícios públicos. Além da explosão da informalidade, o país tem atualmente quase 39 milhões de pessoas vivendo sem renda do trabalho. O tema, é claro, é a maior preocupação para 82% dos eleitores, segundo o Datafolha.

A última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que apesar da taxa do desemprego ter caído em relação aos últimos levantamentos (ficou em 8,9% no trimestre encerrado em agosto ante 9,1% de julho), o que se tem é o trabalho precarizado, sem direitos, com salários reduzidos insuficientes para a sobrevivência do trabalhador que tem de pagar aluguel, o transporte, a comida e outros itens básicos para ter uma vida digna. O trabalho sem carteira assinada bateu recorde da série histórica e chegou a 13,2 milhões de pessoas, 100 mil a mais do que na pesquisa anterior.

O cenário é o oposto do registrado nos 13 anos dos governos de Lula e Dilma, ambos do PT, quando foram criados 19,4 milhões de empregos formais - média de 1,5 milhão por ano -, com carteira assinada, ou seja, com direitos como férias, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outros que Temer não conseguiu exterminar.

O resultado está aí! Com as taxas de juros nas linhas de crédito em alta, os salários em baixa e milhões de trabalhadores e trabalhadoras na informalidade, além da inflação alta que pesa mais no bolso dos mais pobres, o endividamento das famílias brasileiras bateu recorde pelo terceiro mês consecutivo em 2022.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em setembro, 79,3% dos lares tinham dívidas a vencer. A situação é pior entre as famílias com renda mensal inferior a dez salários mínimos. Nesse grupo, dizem estar com débitos em atraso 80,3% das famílias, o maior percentual desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2010.

85,6% das famílias relataram dívidas a vencer no cartão de crédito, o eterno vilão. As outras dívidas são com cheque pré-datado, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, além de prestação de carro e de casa própria.

Em setembro, o volume de consumidores que atrasaram o pagamento de dívidas e, portanto, estão inadimplentes, atingiu 30%, o maior desde o início da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da CNC.

As mulheres, as primeiras a perderem o emprego durante as crises econômicas e as últimas a conseguirem se recolocar no mercado de trabalho, são as mais endividadas.

Por que precisamos mudar? A Acelen, que administra a refinaria de Mataripe, antiga Refinaria Landulpho Alves (Ralam), na Bahia, aumentou a gasolina em 8,7% e o diesel em até 11,5% no estado, que está de volta ao topo ranking do combustível mais caro do país. Os reajustes passaram a valer no sábado (8).

No final de 2021, logo após o demente privatizar a Rlam, a Acelen já havia  conquistado a primeira colocação entre as que cobram mais caro pelo litro da gasolina e do diesel.

Três meses depois, em março de 2022, os preços exorbitantes cobrados dos consumidores do Nordeste chamaram a atenção do país e viraram notícias em diversos jornais. A gasolina do estado baiano chegou a ser 15% mais cara que o preço médio nacional do produto apurado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). No diesel, o preço ficou 20% maior que a média do país.

De acordo com artigo do coordenador nacional da Federação Nacional dos Petroleiros, Deyvid Bacelar, publicado no jornal A Tarde, por trás dos reajustes abusivos está a nefasta política de preço de paridade de importação (PPI), criado pelo “manequim de funerária” e mantido demente. O PPI segue a cotação internacional do petróleo, a variação cambial e os custos de importação, mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo.

Página triste para nós. Segundo o mais recente relatório da organização inglesa Global Witness, na última década foram assassinados/assassinadas 1.700 defensores/defensoras ambientais no mundo! Quase 70% dos assassinatos ocorreram na América Latina, motivados por disputas pelo uso da terra, corrupção corporativa e governamental e conflitos armados. Brasil e Colômbia são os destaques da publicação.

O Brasil é o país com o maior número de assassinatos desde que a Global Witness começou a reportar sobre defensores do meio ambiente. Cerca de um terço dos 342 ativistas mortos desde 2012 eram indígenas ou afrodescendentes, e mais de 85% dos assassinatos ocorreram na Amazônia brasileira.

A Amazônia se tornou o principal cenário de violência e impunidade contra os defensores, dizem os pesquisadores. Desde que o insano brasileiro chegou ao poder em 2018, o desmatamento e a mineração ilegal foram incentivados e os orçamentos das agências de proteção florestal foram cortados.

Na Colômbia, a assinatura do Acordo de Paz com os grupos armados já dura mais de cinco anos, mas sua implementação não foi adequada, disse a Global Witness. Isso tem sustentado disputas de terra e violência contra os grupos mais vulneráveis, como pequenos e médios agricultores e povos indígenas.

Foi o caso de Sandra Liliana Peña, líder de uma comunidade indígena no departamento de Cauca, uma das áreas mais sangrentas do país. Ela se opôs abertamente ao crescimento de plantações ilegais e foi ameaçada. Em 2021, ela foi morta a tiros por quatro homens armados.

O México também se tornou um dos países mais perigosos para os defensores do meio ambiente, com 154 assassinatos registrados na última década, a maioria entre 2017 e 2021. Desaparecimentos forçados já são comuns, realizados por grupos criminosos organizados e funcionários corruptos do governo. relatório.

Cada morte de um defensor é um sinal de que nosso sistema econômico está quebrado. Há uma guerra pela natureza e as áreas de combate são as regiões biodiversas que permanecem na Terra

Os territórios indígenas são altamente vulneráveis ​​a grandes projetos extrativistas de empresas nacionais e estrangeiras apoiadas pelo governo mexicano. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos expressou preocupação com a falta de consulta adequada às comunidades e ataques contra aqueles que se opõem a elas.

Fortalecer a integração comercial! A XI Reunião do Conselho de Complementação Econômica da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) acordou promover o setor produtivo, bem como fortalecer a integração comercial entre os países da Aliança, com a participação dos ministros da economia da região.

Durante a reunião realizada na cidade boliviana de Sucre, no departamento de Chuquisaca; o secretário-executivo da aliança, Sacha Llorenti, destacou a importância do encontro para analisar a situação econômica internacional e definir ações concretas de coordenação para enfrentar o complexo cenário internacional.

“Também queremos destacar o fato de que uma das conclusões da reunião do Conselho de Complementação Econômica da ALBA-TCP foi justamente destacar o Modelo Econômico Social da Comunidade Produtiva para os países da Aliança, é claro aplaudindo as conquistas do Governo boliviano em matéria de economia", disse a entidade.

Em outro despacho, o Ministro da Economia e Finanças Públicas da Bolívia, Marcelo Montenegro, destacou a aprovação de medidas econômicas para promover o setor produtivo e comercial entre os países da ALBA-TCP, no âmbito da XI Reunião do Conselho de Complementação Econômica.

Bolívia mostra o caminho! O Governo da Bolívia garantiu na terça-feira (11) apoiar as medidas do “modelo econômico social comunitário e produtivo” para manter a inflação controlada e a mais baixa da região sul-americana. O vice-ministro de Política Tributária do Ministério da Economia, Jhonny Morales, ratificou a previsão de fechamento em dezembro deste ano com inflação abaixo de 3,3%, projetada no Programa Fiscal Financeiro.

“Nove meses se passaram com a inflação em 1,76%, nem chegamos a 2%, então, sem dúvida, terminaremos abaixo do estabelecido”, disse ele ao canal estatal Bolivia TV.

Morales afirmou que é oportuno fazer uma comparação das taxas de inflação da região latino-americana para ver o nível em que se encontra a Bolívia. Ele se referiu, por exemplo, a agosto deste ano, quando o Chile atingiu 10%, Colômbia, 9,1%, Uruguai, 7,7%, Peru, 6,1%, Argentina, 56,4%, Venezuela, 60%, Brasil, 4,4%, e Equador ficou em 3,1%.

Colômbia e Venezuela! A paz caminha na região e a reabertura da fronteira colombiana-venezuelana em 26 de setembro foi uma importante vitória política, econômica e de paz entre os dois países, fato que foi minimizado pela grande mídia ocidental que está ansiosa para manter as tensões nessa área. de afetar a Revolução Bolivariana.

Após sete anos de fechamento (2015) devido às ações de quadrilhas paramilitares, traficantes de drogas e ataques desestabilizadores contra a Venezuela a partir do território colombiano, lançados pelos regimes dos ex-presidentes colombianos Juan Manuel Santos (2010-2018) e Iván Duque (2018 - 2022), a chegada do atual presidente Gustavo Petro abre uma nova era para essas nações irmãs.

Os primeiros passos abertos foram as Pontes Internacionais de Simón Bolívar e Francisco de Paula que ligam o norte de Santander com o estado de Táchira.

Para combater o contrabando e as quadrilhas de traficantes, Venezuela e Colômbia ativaram o Comitê de Coordenação binacional que incluirá milhares de membros de suas Forças Armadas de ambas as nações para combater essas atividades ilícitas.

A Ponte Internacional Simón Bolívar, onde ocorreu o ato de reabertura, é a principal via terrestre que liga a Colômbia à Venezuela. Ele está localizado no rio Táchira , que marca a fronteira entre as duas nações nesta seção . Tem 315 metros de comprimento, 2 pistas e 7,3 metros de largura. E por ela passam 80% das exportações dos dois países que ligam as cidades colombianas de Cúcuta e Villa del Rosario, no departamento de Norte de Santander, com as cidades venezuelanas de San Antonio e San Cristóbal. do Estado de Táchira.

Após anos de declínio econômico na Venezuela, principalmente devido ao bloqueio comercial-financeiro imposto pelos EUA, a partir de 2021 seu Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% e deve atingir 8,3% em 2022, um dos maiores da América latina.

Dia da Resistência Indígena. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou na quarta-feira, 12 de outubro, o Dia da Resistência Indígena e da Descolonização da América para homenagear “a força ancestral e espiritual dos povos”.

Durante o ato comemorativo dos 530 anos de resistência indígena, o presidente lembrou o pensamento do comandante Hugo Chávez, que referiu que no dia 12 de outubro deve ser homenageada a resistência dos povos originários.

Da mesma forma, pediu aprofundamento em todo o país nas ações de descolonização, educação e cultura da sociedade, e para isso comissionou os chefes de Educação, Yelitze Santaella, e Cultura, Ernesto Villegas.

No Peru, tudo armado para mais um golpe! Realmente, a Casa Branca não se acomoda com as mudanças na América Latina. Agora está armando mais um “golpe branco”, também conhecido como “lawfare”.

Uma tramoia urdida pelos assessores estadunidenses juntou parlamentares de direita com a justiça corrupta do Peru para montar uma farsa acusando o presidente Pedro Castillo de corrupção.

A procuradora-geral do Peru, Patricia Benavides, denunciou por corrupção na terça-feira (11) o presidente do país, Pedro Castillo, por meio de uma denúncia constitucional encaminhada ao Congresso. Ela acusou o chefe de Estado de liderar uma suposta organização criminosa para fraudar licitações públicas. Em sua defesa, Castillo negou todas as acusações e disse que estava em andamento “a execução de uma nova forma de golpe de Estado” no país sul-americano. Mais tarde, ele afirmou que não vai pedir asilo nem deixar o país.

Presidente equatoriano tem desaprovação recorde. Um novo estudo da agência Opinion Profiles indicou na sexta-feira que 82,56% dos equatorianos entrevistados consideram a gestão do presidente Guillermo Lasso ruim e muito ruim.

A pesquisa especificou que 57,78% classificam o trabalho de Lasso como ruim, enquanto 24,78% acham que é muito ruim; 16,36 por cento consideram bom e apenas 0,26 por cento muito bom.

Com um total de 16,62% das pessoas que avaliaram seu governo como positivo, esse seria o menor percentual de apoio ao governo de Lasso desde que se tornou presidente do país.

Novo relatório sobre a fome. A fome continua crescendo no mundo, e especialistas classificam o problema como “sombrio”. É o que diz um relatório do Índice Global da Fome (IGF), de autoria da organização não governamental alemã Welthungerhilfe (ajuda mundial para a fome), divulgado na quinta-feira (13).

O estudo indica que o número de famintos aumentou de 811 milhões para 828 milhões entre 2021 e 2022. E a tendência é crescer ainda mais, em consequência de crises recentes e atuais, como a pandemia de coronavírus, a guerra na Ucrânia e as mudanças climáticas, além de problemas estruturais.

Para o levantamento de 2022, a Welthungerhilfe avaliou 136 países – sendo 121 deles com dados completos para as análises – com base em quatro categorias: subnutrição, mortalidade infantil, perda de peso infantil e atraso de crescimento infantil (relacionado à altura).

De um total de 828 milhões que sofrem com a fome, pelo menos 193 milhões enfrentam “fome severa”. Em 35 países, a situação da fome foi classificada como grave. Em nove, como muito grave.

Protestos na Europa. Cidadãos de vários países da União Europeia se manifestaram no sábado (08) contra o aumento do custo de vida após políticas decretadas na região, e também pediram a dissolução do bloco formado por 27 nações.

Protestos pacíficos foram relatados em países como França, Alemanha e República Tcheca. Os manifestantes pediram que as medidas restritivas unilaterais contra a Rússia fossem retiradas e que petróleo e gás russos mais baratos fossem importados novamente.

Por outro lado, manifestaram a sua indignação com o que consideram a “ditadura” da UE (e em particular da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen) contra a autonomia de cada país para tomar medidas que protejam os cidadãos.

Na Alemanha: durante os protestos realizados na capital alemã, Berlim, os participantes exigiram o levantamento das sanções anti-russas e a importação de recursos energéticos mais baratos daquele país.

Na França: uma manifestação ocorreu em Paris pedindo a renúncia do presidente francês Emmanuel Macron e rejeitando a adesão da França à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o fornecimento de armas à Ucrânia.

“Macron fornece à Ucrânia armas para uma guerra que não nos diz respeito, armas para o governo nazista ucraniano, portanto, agora não temos gás, eletricidade para administrar nossos negócios, nem aquecimento em nossas casas”, denunciaram os manifestantes.

Na Itália: por sua vez, a Confederação Geral do Trabalho italiana realizou uma marcha e um comício no centro de Roma. Durante o protesto, os manifestantes rejeitaram o aumento do custo de vida, a inflação e os aumentos nas tarifas de energia, por meio de slogans antifascistas e pacifistas.

Na Áustria: em Viena, dezenas de manifestantes se reuniram, expressando em uníssono “Sem apoio aos belicistas: UE, OTAN, EUA”, “Pela neutralidade, saída da Áustria da UE, amizade com a Rússia”, “Reduzir os preços da gasolina, eletricidade, gás, alimentos, não a sanções, impostos altos, inflação”.

Na República Tcheca: em outra ordem, representantes de vários sindicatos tchecos se reuniram na Praça Venceslau, no centro de Praga, para protestar contra o governo pelo baixo apoio público em meio a uma queda acentuada nos padrões de vida.

Sindicatos franceses convocam mobilização! Vários sindicatos na França emitiram um comunicado pedindo uma grande mobilização nos setores profissionais para o próximo dia 18 de outubro por aumentos salariais e em defesa do direito à greve.

A convocação foi feita pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a Confederação Geral do Trabalho - Force Obrera (Force Ouvrière), Solidaires e a Federação Sindical Unida (FSU).

A convocação ocorre em meio à greve dos trabalhadores das refinarias que se registraram no país para exigir melhores salários.

Também as centrais nucleares. As greves nas centrais nucleares em França juntam-se na quinta-feira às mantidas pelos trabalhadores dos serviços de abastecimento de combustíveis devido ao aumento dos salários no sector, com a entrada em circulação do pessoal da central de Gravelines, a central mais forte na Europa Ocidental.

Nesse sentido, a empresa aderiu ao apelo da Força de Trabalho (FO) e da Confederação Geral do Trabalho (CGT) para solicitar um aumento de cinco por cento do salário bruto.

Os funcionários da entidade alertaram para o possível atraso na ligação à rede de um dos seis megawatts de 900 reatores, que será encerrado a partir do próximo sábado para manutenção anual e deve ser reiniciado antes do final do ano, o que provocaria cortes na as outras empresas.

De acordo com a empresa Elecricidad de France (EDF), instituição que administra Gravelines, a greve geral terá um grande impacto em algumas obras de manutenção.

E falta combustível. As gigantes de energia francesas Exxon e TotalEnergies buscam maneiras de acabar com as greves que atingem suas refinarias e já deixaram um terço dos postos de gasolina sem combustível.

De acordo com a Bloomberg, os motoristas da França estão preocupados com seus tanques de combustível, já que as greves nas maiores refinarias do país deixaram cerca de um terço de seus postos de gasolina sem abastecimento.

A Exxon Mobil Corporation, conhecida como Esso France, já iniciou negociações com os sindicatos sobre as queixas salariais da categoria nesta segunda-feira (10) em uma tentativa de encerrar a ação trabalhista em suas refinarias francesas. A rival TotalEnergies SE preferiu adiar suas negociações salariais anuais para este mês de outubro, mas apenas se os sindicatos encerrarem suas greves, pedindo por "um senso de responsabilidade" de seus trabalhadores, de acordo com um comunicado de domingo (9).

No último fim de semana, os postos de gasolina franceses — em especial em Paris e no norte da França — foram manchetes de jornal com filas enormes diante de um cenário energético já caótico. O governo do presidente Emmanuel Macron e as empresas do setor estão sob pressão para acabar com o impasse, que deixou cerca de 30% dos postos de gasolina do país com falta de pelo menos um tipo de combustível.

Cidades europeias podem congelar. Cidades europeias inteiras podem congelar durante a onda de frio do inverno no Hemisfério Norte, disse o chefe da Gazprom, Aleksei Miller, no fórum Semana Russa de Energia.

“O inverno pode ser relativamente ameno, mas uma semana qualquer, ou cinco dias, será anormalmente fria. Nesse curto período de tempo, Deus me livre, cidades inteiras, terras inteiras podem congelar”, disse ele.

Comentando sobre a disposição da Europa de passar o inverno “sem dor”, Miller enfatizou que a Europa “vai sobreviver, mas o que vai acontecer com a injeção para o inverno de 2023 e 2024?”

As sanções não funcionam. Desde o início da crise na Ucrânia, EUA e sei cupinchas europeus tentam minar a resistência econômica russa impondo sanções econômicas, mas não está dando muito certo. Pelos dados fornecidos durante a semana, muitos dos países europeus aumentaram suas importações de produtos russos.

Entre os que mais aumentaram suas importações estão Alemanha, Itália, França, Eslovênia, Espanha, Suécia, Bélgica e Polônia. A maior redução das importações dos bens da Rússia foi registrada em Chipre, Áustria e Luxemburgo.

Na segunda-feira (10), em uma reunião do Banco Mundial com o FMI ocorrida em Washington, o tema principal foi a previsão de que o crescimento global será atualizada em meio a uma conjuntura econômica global nada otimista. Para o presidente do Banco Mundial, por exemplo, o risco de recessão é alto, levando em conta a crise de energia na Europa desencadeada pela política de sanções contra a Rússia, implementada pelos EUA e adotada por seus aliados europeus, em retaliação à operação militar especial.

Trump defende negociações. Certamente visando as eleições parlamentares de novembro, Donald Trump alertou que a Terceira Guerra Mundial poderia começar, a menos que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia termine rapidamente com um acordo de paz. Trump tem dito em várias ocasiões que o conflito na Ucrânia não teria acontecido se ele tivesse sido reeleito em 2020.

“E agora temos uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia com potencialmente centenas de milhares de pessoas morrendo”, disse Trump durante um comício no sábado (8) em Minden, no estado de Nevada.

“Devemos exigir a negociação imediata de um fim pacífico para a guerra na Ucrânia, ou vamos acabar na Terceira Guerra Mundial e não restará nada do nosso planeta”, afirmou ele, criticando as "pessoas estúpidas" na administração Biden.

Também a União Europeia. A União Europeia (UE), em um projeto de resolução perante a Assembleia Geral da ONU, pede o fim do conflito na Ucrânia por meio de negociações, informou o jornal “Euobserver”, citando o texto do documento.

“A UE pede ‘diálogo’ com a Rússia em um projeto de resolução da ONU para condenar sua anexação do território ucraniano. Os países da ONU e as organizações internacionais devem defender um fim pacífico da guerra 'através do diálogo político, negociação, mediação e outros meios pacíficos’”, publica o jornal.

Em resposta ao ato terrorista. Respondendo ao ato de terroristas que explodiram um trecho da ponte da Criméia, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou um ataque contra a Ucrânia. Até agora, as forças russas se limitavam a defender os territórios independentes e afastar as tentativas retomada pelas tropas ucranianas.

Agora, depois do ato terrorista, as Forças Armadas russas realizaram ataques maciços de mísseis de alta precisão contra infraestruturas vitais e pontos de comando em várias regiões e cidades ucranianas na manhã de segunda-feira (10). A mídia relatou explosões em Kiev e na região de Kiev, e as regiões de Kharkiv, Odessa, Dnipropetrovsk, Lviv e Lviv, Ivano-Frankivsk, Ternopil, Khmelnitsky, Konotop, Rivne e Poltava também sofreram ataques de foguetes.

Na manhã de 8 de outubro, uma poderosa explosão danificou a ponte de 19 quilômetros – a mais longa da Europa – que liga a Rússia continental à península da Crimeia. A explosão deixou três mortos, segundo dados preliminares oficiais, e provocou o incêndio de sete vagões-tanque de um trem.

Em 9 de outubro, Putin considerou que a explosão na ponte da Crimeia foi "um ataque terrorista para destruir a infraestrutura civil crítica da Federação Russa" e declarou que os serviços especiais ucranianos realizaram o ataque terrorista.

Oito suspeitos são presos. O serviço secreto da Rússia (FSB) anunciou na quarta-feira (12) a prisão de oito suspeitos de terem participado do ataque que destruiu parcialmente a ponte de Kerch. Segundo o informe, entre os detidos, cinco são cidadãos russos e três da Ucrânia e Armênia. O relatório diz ainda que a explosão na ponte foi organizada pelo serviço de inteligência militar ucraniano e por seu diretor, Kirilo Budanov.

Em nota, o serviço secreto russo disse que os explosivos teriam sido enviados em agosto a partir do porto de Odessa, na Ucrânia, e transitaram pela Bulgária, Geórgia e a Armênia, antes de entrarem na Rússia. O FSB alegou ainda ter evitado ataques ucranianos em Moscou.

A Ucrânia não confirmou oficialmente o envolvimento na explosão da ponte, mas autoridades ucranianas comemoram os danos causados. Na terça-feira, as autoridades russas aumentaram para quatro o número de mortos no ataque.

EUA: inflação segue em alta. Dados divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos revelaram que as medidas tomadas pelo Federal Reserve (FED), o banco central estadunidense, não estão sendo capazes de reduzir a alta inflacionária que afeta o país.

Segundo o departamento, o índice de preços ao consumidor nos EUA registrou em setembro uma alta de 0,4%, após uma variação de 0,1% registrada em agosto. Com isso, o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 8,2%, se mantendo acima do patamar de 8% registrado desde março.

Outro dado preocupante foi o chamado núcleo duro da inflação, que abrange todos os itens exceto alimentos e energia, que têm preços voláteis. Esse índice avançou 0,6% em relação a agosto, fechando setembro em alta de 6,6% em relação ao ano anterior. Segundo o relatório do departamento, "é o maior aumento em 12 meses no índice desde agosto de 1982".

Um alerta... Guerra econômica com a Rússia ameaça os EUA com perda de influência financeira no mundo, escreve jornalista e colunista estadunidense Fareed Zakaria em um artigo no The Washigton Post.

Segundo ele, as consequências da guerra econômica global que o Ocidente coletivo está travando contra a Rússia provavelmente serão sentidas ao longo de décadas. De acordo com colunista, o “perigo principal” para Washington consiste em que essa guerra econômica global está em grande parte sendo conduzida pelos EUA sozinhos “usando o status único do dólar como sua arma”.

Ao mesmo tempo, muitos países importantes – Arábia Saudita e outros Estados do golfo Pérsico, Índia, Turquia, Indonésia e, acima de tudo, a China – estão procurando maneiras de se livrar da moeda dos EUA e escapar do longo alcance do poder econômico de Washington, alerta o colunista.

Estoques mínimos de petróleo. A Reserva Estratégica de Petróleo (SPR) dos EUA foi reduzida, em 30 de setembro, para 416,4 milhões de barris, segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos. Com isso, as reservas caíram para o nível mais baixo em quase 40 anos, desde 1984.

De acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca na quarta-feira, serão entregues mais 10 milhões de barris da Reserva Estratégica de Petróleo ao mercado em novembro. “O presidente continuará a direcionar os lançamentos da SPR conforme apropriado para proteger os consumidores americanos e promover a segurança energética”, afirma a publicação.

Esta medida é uma resposta aos recentes cortes na produção de petróleo bruto anunciados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo Plus (OPEP+). Este grupo de Estados aprovou na quarta-feira a redução de dois milhões de barris por dia. De acordo com a organização, a decisão foi tomada “à luz da incerteza em torno das perspectivas econômicas globais e do mercado de petróleo”.

Um inverno muito difícil. As famílias estadunidenses terão que pagar, em média, 1.359 dólares durante o inverno, em função do aumento do custo do gás natural. De acordo com a Energy Information Administration, este é o número mais alto desde 1997, informou a agência Bloomberg.

No entanto, as famílias que dependem do petróleo para aquecimento, como no nordeste do país, terão que pagar taxas mais altas. A previsão média é de US$ 2.354.

Essas estimativas ocorrem em meio à perspectiva de escassez de diesel e gás natural para residências em todo o mundo durante o próximo inverno boreal. De fato, os governos da Europa, onde o conflito entre Rússia e Ucrânia exacerbou os custos de energia, já se preparam para enfrentar um dos invernos mais frios.

Por sua vez, os consumidores dos EUA enfrentarão os preços mais altos da eletricidade em 25 anos. A isso se somam as históricas pressões inflacionárias, pois os cidadãos já pagam mais por tudo, da gasolina aos alimentos.

Inúteis! Radares dos EUA são incapazes de rastrear mísseis hipersônicos chineses e russos até o trajeto final de voo, mesmo com desenvolvimento de novos sistemas no âmbito do programa de defesa acelerado de mísseis hipersônicos do Pentágono, aponta relatório do Congresso.

Para sensores de satélites geoestacionários, os alvos hipersônicos são entre dez e 20 vezes mais difíceis de detectar do que os mísseis balísticos convencionais que voam em trajetórias mais previsíveis, diz o jornal The Washington Times.

Mísseis hipersônicos voam a velocidades superiores a 1,6 km por segundo. Os atuais sistemas de radar espaciais e terrestres dos EUA são incapazes de detectar os mísseis até o final do voo, dificultando a interceptação com sistemas antimíssil. Além disso, estas armas voam ao longo do limite da atmosfera e podem manobrar em voo para evitar as defesas.


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