Fazer um esforço para vencer!
Há muita contradição e desinformação circulando nas
redes sociais e na mídia oficial com respeito ao pleito do dia 02. O fato a
analisar é que 123,67 milhões de brasileiros foram às urnas para votar. Exceto
pelo resultado mais que satisfatório do ex-presidente Lula da Silva com 48,43%
ou 57 milhões de votos contra 43,9% ou 51 milhões de votos do energúmeno no
poder.
Alguns dados são necessários para mostra a importância
de fazer esse esforço final até o dia 30, se queremos o nosso país de volta e
acabar com a safadeza e a roubalheira desse governo, além da superexploração
estabelecida sobre os trabalhadores. É preciso lembrar as mais recentes eleições
e verificar que nunca foi fácil para nós. Vejamos os resultados de primeiro turno
e podemos comparar. Em 2002 (Lula), 46,44%; em 2006 (Lula), 48,61; em 2010 (Dilma),
46,91; em 2014 (Dilma), 41,59; em 2018 (Haddad), 29,28; agora, em 2022 (Lula),
48,43. Isto deveria nos dizer alguma coisa.
Mas há uma verdade que não podemos negar: não há o que
comemorar entre os setores progressistas da sociedade pelos resultados
desastrosos obtidos em as eleições legislativas e estaduais. A alta abstenção
de 20,9%, cerca de 32 milhões de eleitores, foi um dado negativo que deve ser
enfrentado pelas forças democráticas e progressistas, apesar de haver
assembleias de voto encerrando 5 horas depois da hora marcada, devido às
enormes filas causadas pela biometria exigida pela segurança do voto na urna
eletrônica. O saldo após a ressaca das urnas é muito preocupante. Traçou-se um
retrato ultraconservador da sociedade brasileira, e não se pode negar que a
maioria do eleitorado tem preferido eleger candidatos aliados ao campo do
ex-capitão ou abertamente fascistas, em detrimento de candidatos progressistas
do campo popular.
Além de sigilo, proibido investigar. O governo do
sacripanta está se lambuzando cada vez mais, sem qualquer vergonha e sem
responder às leis! Primeiro ele decretou “sigilo” de cem anos em quase todos os
seus atos e da “dona” Micheque. Agora impede que a Polícia Federal faça
investigações nos vários casos de corrupção de seu governo.
O pulha estufa o peito e diz que “no meu governo não
tem corrupção”! Mas, será isso verdade? Por que não temos informações sobre os
26 casos comprovados e sob investigação? Em primeiro lugar porque ele tem uma imprensa
muito bem amestrada que só divulga de forma leve as denúncias. Em segundo lugar
porque todas as denúncias são devidamente “engavetadas” pela Procuradoria Geral
da República, capacho do safado. Por fim, porque quando algum delegado ou
delegada da Polícia Federal começa a apurar os esquemas criminosos que envolvem
ele e sua “familícia” é imediatamente afastado/afastada.
Das informações que temos, até agora, já foram afastados
ou demitidos cinco delegados da PF que investigavam crimes relacionados com a
família do demente! Alexandre Saraiva, então superintendente da Polícia Federal
no Amazonas; delegado Hugo de Barros Correa foi exonerado do cargo de
superintendente da Polícia Federal no DF; o delegado responsável por coordenar
a Diretoria de Investigação e Combate à Corrupção, Luis Flávio Zampronha; o
delegado Ricardo Saadi da superintendência da PF no Rio de Janeiro e; a
delegada Dominique de Castro Oliveira perdeu o cargo na Interpol e voltou para a
Superintendência da PF no Distrito Federal.
Entre os casos de corrupção ligados ao insano estão o caso
dos funcionários fantasmas nos gabinetes do presidente e dos filhos Flávio e
Carlos, na Câmara, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e na Câmara dos
Vereadores do Rio, respectivamente; os 51 imóveis comprados pela família
Bolsonaro com dinheiro vivo; os repasses nas contas da primeira-dama Michelle
Bolsonaro; contrabando de madeira ilegal no Ministério do Meio Ambiente; e
pedido de propina de um dólar para cada vacina AstraZeneca comprada pelo
governo.
Aliança com extrema direita argentina. O “filho 03” do inominável, também conhecido como “Dudu
Bananinha”, está na Argentina. Um vídeo publicado em suas redes sociais revelou
a motivação eleitoral de sua visita, de modo a produzir uma narrativa contra a
esquerda apoiada em desinformações sobre o abastecimento dos supermercados
argentinos.
Além da campanha nas redes sociais, ele participou de
uma reunião com políticos de direita argentinos, e que, segundo informou o
jornal Clarín, teria sido organizado pelo consultor político Fernando Cerimedo,
articulador da direita na região.
O encontro aconteceu em um lugar reservado para um
churrasco, no bairro de Puerto Madero, com figuras da extrema direita do país –
representada pelos autointitulados libertários – e da direita tradicional argentina,
hoje representada pela coalizão Juntos por el Cambio (JxC), do qual fazem parte
o ex-presidente Mauricio Macri e o prefeito da cidade de Buenos Aires, Horacio
Rodríguez Larreta (Propuesta Republicana - PRO).
Violência política cresceu. Os dois meses que antecederam o primeiro turno das eleições
registraram quase o mesmo número de episódios de violência política e eleitoral
do que os sete primeiros meses de 2022. É o que aponta a segunda edição do
estudo “Violência política e eleitoral” no Brasil, produzido pelas organizações
de Direitos Humanos Terra de Direitos e Justiça Global, lançado no último dia
5. O estudo analisou o período entre 2 de setembro de 2020 e 2 de outubro de
2022, em que foram mapeados 523 casos ilustrativos de violência política
envolvendo 482 vítimas entre representantes de cargos eletivos, candidatos/as
ou pré-candidatos/as e agentes políticos no Brasil. Veja pesquisa completa
aqui.
Nesse período de pouco mais de dois anos, foram
registrados 54 assassinatos, 109 atentados, 151 ameaças, 94 agressões e 104 ofensas,
além de seis casos de criminalização e 5 de invasão. Apenas no período eleitoral,
até o primeiro turno, entre 1º de agosto e 2 de outubro de 2022, 121 casos de
violência política foram registrados contra agentes políticos, praticamente,
dois casos de violência política por dia.
Entre os partidos das vítimas, PT e PSoL representam
mais de um quarto dos casos de violência política. A segunda edição do levantamento revela que o
perfil das maiores vítimas permanece sendo os homens cisgênero que, além de serem
a maioria em representação nos espaços de poder, são vítimas em 59% dos casos
de violência política.
Empresários “amigos” ameaçam trabalhadores. O Ministério Público do Trabalho (MPT) já registrou
173 denúncias de coação eleitoral e abriu 83 procedimentos contra patrões que
estão fazendo ameaças ou oferecendo dinheiro aos trabalhadores e trabalhadoras
para que votem no ex-capitão, candidato à reeleição.
A região Sul do país lidera o ranking de assédio
praticado por patrões admiradores do fascista, com 83 denúncias, sendo 30 do
Rio Grande do Sul, 29 do Paraná, e 24 de Santa Catarina.
Na segunda posição está a região Sudeste, com 43
denúncias registradas. Seguida pelo Nordeste (23), Centro-Oeste (13) e Norte
(11).
Ameaçar trabalhador de demissão ou de atraso no pagamento
de salários, soltar comunicados para clientes e fornecedores dizendo que vai
reduzir investimentos em 2023 se o ex-presidente Lula (PT) ganhar é crime
eleitoral previsto na legislação brasileira. Os trabalhadores devem denunciar,
não precisam nem se identificar, se não quiserem.
E quem denunciar, pode ter certeza, o empresário que
cometeu o crime será punido. Em pelo menos três casos, o Ministério Público já
puniu patrões que não cumpriram a lei.
“Nós estamos muito preocupados com isso que está
acontecendo em larga escala. Isso se caracteriza como crime eleitoral, mas
também crime contra o direito trabalhista. Na nossa conversa com o presidente
do TSE, ele deixou muito claro que estão acompanhando muito de perto essas
questões”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE) ao jornal Folha de S Paulo.
O povo está sem dinheiro. Desde a maldita reforma Trabalhista do “manequim de
funerária”, Temer, em 2017, milhares de trabalhadores e trabalhadoras estão
sobrevivendo de bicos e de auxílios e benefícios públicos. Além da explosão da
informalidade, o país tem atualmente quase 39 milhões de pessoas vivendo sem
renda do trabalho. O tema, é claro, é a maior preocupação para 82% dos eleitores,
segundo o Datafolha.
A última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), mostra que apesar da taxa do desemprego ter caído em
relação aos últimos levantamentos (ficou em 8,9% no trimestre encerrado em agosto
ante 9,1% de julho), o que se tem é o trabalho precarizado, sem direitos, com
salários reduzidos insuficientes para a sobrevivência do trabalhador que tem de
pagar aluguel, o transporte, a comida e outros itens básicos para ter uma vida
digna. O trabalho sem carteira assinada bateu recorde da série histórica e
chegou a 13,2 milhões de pessoas, 100 mil a mais do que na pesquisa anterior.
O cenário é o oposto do registrado nos 13 anos dos
governos de Lula e Dilma, ambos do PT, quando foram criados 19,4 milhões de
empregos formais - média de 1,5 milhão por ano -, com carteira assinada, ou seja,
com direitos como férias, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) e outros que Temer não conseguiu exterminar.
O resultado está aí! Com as taxas de juros nas linhas de crédito em alta,
os salários em baixa e milhões de trabalhadores e trabalhadoras na
informalidade, além da inflação alta que pesa mais no bolso dos mais pobres, o
endividamento das famílias brasileiras bateu recorde pelo terceiro mês
consecutivo em 2022.
Segundo levantamento da Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em setembro, 79,3% dos lares tinham
dívidas a vencer. A situação é pior entre as famílias com renda mensal inferior
a dez salários mínimos. Nesse grupo, dizem estar com débitos em atraso 80,3%
das famílias, o maior percentual desde que a pesquisa começou a ser feita, em
2010.
85,6% das famílias relataram dívidas a vencer no cartão
de crédito, o eterno vilão. As outras dívidas são com cheque pré-datado, cheque
especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, além de prestação
de carro e de casa própria.
Em setembro, o volume de consumidores que atrasaram o
pagamento de dívidas e, portanto, estão inadimplentes, atingiu 30%, o maior
desde o início da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
(Peic) da CNC.
As mulheres, as primeiras a perderem o emprego durante
as crises econômicas e as últimas a conseguirem se recolocar no mercado de trabalho,
são as mais endividadas.
Por que precisamos mudar? A Acelen, que administra a refinaria de Mataripe,
antiga Refinaria Landulpho Alves (Ralam), na Bahia, aumentou a gasolina em 8,7%
e o diesel em até 11,5% no estado, que está de volta ao topo ranking do combustível
mais caro do país. Os reajustes passaram a valer no sábado (8).
No final de 2021, logo após o demente privatizar a
Rlam, a Acelen já havia conquistado a
primeira colocação entre as que cobram mais caro pelo litro da gasolina e do
diesel.
Três meses depois, em março de 2022, os preços
exorbitantes cobrados dos consumidores do Nordeste chamaram a atenção do país e
viraram notícias em diversos jornais. A gasolina do estado baiano chegou a ser 15%
mais cara que o preço médio nacional do produto apurado pela Agência Nacional
do Petróleo (ANP). No diesel, o preço ficou 20% maior que a média do país.
De acordo com artigo do coordenador nacional da
Federação Nacional dos Petroleiros, Deyvid Bacelar, publicado no jornal A
Tarde, por trás dos reajustes abusivos está a nefasta política de preço de
paridade de importação (PPI), criado pelo “manequim de funerária” e mantido demente.
O PPI segue a cotação internacional do petróleo, a variação cambial e os custos
de importação, mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo.
Página triste para nós. Segundo o mais recente relatório da organização
inglesa Global Witness, na última década foram assassinados/assassinadas 1.700
defensores/defensoras ambientais no mundo! Quase 70% dos assassinatos ocorreram
na América Latina, motivados por disputas pelo uso da terra, corrupção corporativa
e governamental e conflitos armados. Brasil e Colômbia são os destaques da
publicação.
O Brasil é o país com o maior número de assassinatos
desde que a Global Witness começou a reportar sobre defensores do meio
ambiente. Cerca de um terço dos 342 ativistas mortos desde 2012 eram indígenas
ou afrodescendentes, e mais de 85% dos assassinatos ocorreram na Amazônia
brasileira.
A Amazônia se tornou o principal cenário de violência e
impunidade contra os defensores, dizem os pesquisadores. Desde que o insano
brasileiro chegou ao poder em 2018, o desmatamento e a mineração ilegal foram
incentivados e os orçamentos das agências de proteção florestal foram cortados.
Na Colômbia, a assinatura do Acordo de Paz com os
grupos armados já dura mais de cinco anos, mas sua implementação não foi
adequada, disse a Global Witness. Isso tem sustentado disputas de terra e
violência contra os grupos mais vulneráveis, como pequenos e médios
agricultores e povos indígenas.
Foi o caso de Sandra Liliana Peña, líder de uma
comunidade indígena no departamento de Cauca, uma das áreas mais sangrentas do
país. Ela se opôs abertamente ao crescimento de plantações ilegais e foi ameaçada.
Em 2021, ela foi morta a tiros por quatro homens armados.
O México também se tornou um dos países mais perigosos
para os defensores do meio ambiente, com 154 assassinatos registrados na última
década, a maioria entre 2017 e 2021. Desaparecimentos forçados já são comuns,
realizados por grupos criminosos organizados e funcionários corruptos do
governo. relatório.
Cada morte de um defensor é um sinal de que nosso
sistema econômico está quebrado. Há uma guerra pela natureza e as áreas de
combate são as regiões biodiversas que permanecem na Terra
Os territórios indígenas são altamente vulneráveis a grandes projetos extrativistas de empresas nacionais
e estrangeiras apoiadas pelo governo mexicano. A Comissão Interamericana de
Direitos Humanos expressou preocupação com a falta de consulta adequada às
comunidades e ataques contra aqueles que se opõem a elas.
Fortalecer a integração comercial! A XI Reunião do Conselho de Complementação Econômica
da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos
Povos (ALBA-TCP) acordou promover o setor produtivo, bem como fortalecer a integração
comercial entre os países da Aliança, com a participação dos ministros da
economia da região.
Durante a reunião realizada na cidade boliviana de
Sucre, no departamento de Chuquisaca; o secretário-executivo da aliança, Sacha
Llorenti, destacou a importância do encontro para analisar a situação econômica
internacional e definir ações concretas de coordenação para enfrentar o
complexo cenário internacional.
“Também queremos destacar o fato de que uma das
conclusões da reunião do Conselho de Complementação Econômica da ALBA-TCP foi
justamente destacar o Modelo Econômico Social da Comunidade Produtiva para os
países da Aliança, é claro aplaudindo as conquistas do Governo boliviano em
matéria de economia", disse a entidade.
Em outro despacho, o Ministro da Economia e Finanças
Públicas da Bolívia, Marcelo Montenegro, destacou a aprovação de medidas
econômicas para promover o setor produtivo e comercial entre os países da
ALBA-TCP, no âmbito da XI Reunião do Conselho de Complementação Econômica.
Bolívia mostra o caminho! O Governo da Bolívia garantiu na terça-feira (11) apoiar
as medidas do “modelo econômico social comunitário e produtivo” para manter a
inflação controlada e a mais baixa da região sul-americana. O vice-ministro de
Política Tributária do Ministério da Economia, Jhonny Morales, ratificou a
previsão de fechamento em dezembro deste ano com inflação abaixo de 3,3%, projetada
no Programa Fiscal Financeiro.
“Nove meses se passaram com a inflação em 1,76%, nem
chegamos a 2%, então, sem dúvida, terminaremos abaixo do estabelecido”, disse
ele ao canal estatal Bolivia TV.
Morales afirmou que é oportuno fazer uma comparação das
taxas de inflação da região latino-americana para ver o nível em que se
encontra a Bolívia. Ele se referiu, por exemplo, a agosto deste ano, quando o
Chile atingiu 10%, Colômbia, 9,1%, Uruguai, 7,7%, Peru, 6,1%, Argentina, 56,4%,
Venezuela, 60%, Brasil, 4,4%, e Equador ficou em 3,1%.
Colômbia e Venezuela! A paz caminha na região e a reabertura da fronteira
colombiana-venezuelana em 26 de setembro foi uma importante vitória política,
econômica e de paz entre os dois países, fato que foi minimizado pela grande
mídia ocidental que está ansiosa para manter as tensões nessa área. de afetar a
Revolução Bolivariana.
Após sete anos de fechamento (2015) devido às ações de
quadrilhas paramilitares, traficantes de drogas e ataques desestabilizadores
contra a Venezuela a partir do território colombiano, lançados pelos regimes
dos ex-presidentes colombianos Juan Manuel Santos (2010-2018) e Iván Duque
(2018 - 2022), a chegada do atual presidente Gustavo Petro abre uma nova era
para essas nações irmãs.
Os primeiros passos abertos foram as Pontes
Internacionais de Simón Bolívar e Francisco de Paula que ligam o norte de
Santander com o estado de Táchira.
Para combater o contrabando e as quadrilhas de
traficantes, Venezuela e Colômbia ativaram o Comitê de Coordenação binacional
que incluirá milhares de membros de suas Forças Armadas de ambas as nações para
combater essas atividades ilícitas.
A Ponte Internacional Simón Bolívar, onde ocorreu o ato
de reabertura, é a principal via terrestre que liga a Colômbia à Venezuela. Ele
está localizado no rio Táchira , que marca a fronteira entre as duas nações
nesta seção . Tem 315 metros de comprimento, 2 pistas e 7,3 metros de largura.
E por ela passam 80% das exportações dos dois países que ligam as cidades
colombianas de Cúcuta e Villa del Rosario, no departamento de Norte de
Santander, com as cidades venezuelanas de San Antonio e San Cristóbal. do
Estado de Táchira.
Após anos de declínio econômico na Venezuela,
principalmente devido ao bloqueio comercial-financeiro imposto pelos EUA, a
partir de 2021 seu Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% e deve atingir 8,3%
em 2022, um dos maiores da América latina.
Dia da Resistência Indígena. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou na
quarta-feira, 12 de outubro, o Dia da Resistência Indígena e da Descolonização
da América para homenagear “a força ancestral e espiritual dos povos”.
Durante o ato comemorativo dos 530 anos de resistência
indígena, o presidente lembrou o pensamento do comandante Hugo Chávez, que
referiu que no dia 12 de outubro deve ser homenageada a resistência dos povos
originários.
Da mesma forma, pediu aprofundamento em todo o país nas
ações de descolonização, educação e cultura da sociedade, e para isso comissionou
os chefes de Educação, Yelitze Santaella, e Cultura, Ernesto Villegas.
No Peru, tudo armado para mais um golpe! Realmente, a Casa Branca não se acomoda com as mudanças
na América Latina. Agora está armando mais um “golpe branco”, também conhecido
como “lawfare”.
Uma tramoia urdida pelos assessores estadunidenses
juntou parlamentares de direita com a justiça corrupta do Peru para montar uma
farsa acusando o presidente Pedro Castillo de corrupção.
A procuradora-geral do Peru, Patricia Benavides,
denunciou por corrupção na terça-feira (11) o presidente do país, Pedro
Castillo, por meio de uma denúncia constitucional encaminhada ao Congresso. Ela
acusou o chefe de Estado de liderar uma suposta organização criminosa para
fraudar licitações públicas. Em sua defesa, Castillo negou todas as acusações e
disse que estava em andamento “a execução de uma nova forma de golpe de Estado”
no país sul-americano. Mais tarde, ele afirmou que não vai pedir asilo nem
deixar o país.
Presidente equatoriano tem desaprovação
recorde. Um novo estudo da agência Opinion
Profiles indicou na sexta-feira que 82,56% dos equatorianos entrevistados
consideram a gestão do presidente Guillermo Lasso ruim e muito ruim.
A pesquisa especificou que 57,78% classificam o
trabalho de Lasso como ruim, enquanto 24,78% acham que é muito ruim; 16,36 por
cento consideram bom e apenas 0,26 por cento muito bom.
Com um total de 16,62% das pessoas que avaliaram seu
governo como positivo, esse seria o menor percentual de apoio ao governo de
Lasso desde que se tornou presidente do país.
Novo relatório sobre a fome. A fome continua
crescendo no mundo, e especialistas classificam o problema como “sombrio”. É o
que diz um relatório do Índice Global da Fome (IGF), de autoria da organização
não governamental alemã Welthungerhilfe (ajuda mundial para a fome), divulgado
na quinta-feira (13).
O estudo indica que o número de famintos aumentou de
811 milhões para 828 milhões entre 2021 e 2022. E a tendência é crescer ainda
mais, em consequência de crises recentes e atuais, como a pandemia de
coronavírus, a guerra na Ucrânia e as mudanças climáticas, além de problemas
estruturais.
Para o levantamento de 2022, a Welthungerhilfe avaliou
136 países – sendo 121 deles com dados completos para as análises – com base em
quatro categorias: subnutrição, mortalidade infantil, perda de peso infantil e
atraso de crescimento infantil (relacionado à altura).
De um total de 828 milhões que sofrem com a fome, pelo
menos 193 milhões enfrentam “fome severa”. Em 35 países, a situação da fome foi
classificada como grave. Em nove, como muito grave.
Protestos na Europa. Cidadãos de vários países da União Europeia se
manifestaram no sábado (08) contra o aumento do custo de vida após políticas
decretadas na região, e também pediram a dissolução do bloco formado por 27
nações.
Protestos pacíficos foram relatados em países como
França, Alemanha e República Tcheca. Os manifestantes pediram que as medidas
restritivas unilaterais contra a Rússia fossem retiradas e que petróleo e gás
russos mais baratos fossem importados novamente.
Por outro lado, manifestaram a sua indignação com o que
consideram a “ditadura” da UE (e em particular da presidente da Comissão
Europeia, Ursula von der Leyen) contra a autonomia de cada país para tomar medidas
que protejam os cidadãos.
Na Alemanha: durante os protestos realizados na capital
alemã, Berlim, os participantes exigiram o levantamento das sanções anti-russas
e a importação de recursos energéticos mais baratos daquele país.
Na França: uma manifestação ocorreu em Paris pedindo a
renúncia do presidente francês Emmanuel Macron e rejeitando a adesão da França
à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o fornecimento de armas à
Ucrânia.
“Macron fornece à Ucrânia armas para uma guerra que não
nos diz respeito, armas para o governo nazista ucraniano, portanto, agora não
temos gás, eletricidade para administrar nossos negócios, nem aquecimento em
nossas casas”, denunciaram os manifestantes.
Na Itália: por sua vez, a Confederação Geral do Trabalho
italiana realizou uma marcha e um comício no centro de Roma. Durante o
protesto, os manifestantes rejeitaram o aumento do custo de vida, a inflação e
os aumentos nas tarifas de energia, por meio de slogans antifascistas e
pacifistas.
Na Áustria: em Viena, dezenas de manifestantes se
reuniram, expressando em uníssono “Sem apoio aos belicistas: UE, OTAN, EUA”, “Pela
neutralidade, saída da Áustria da UE, amizade com a Rússia”, “Reduzir os preços
da gasolina, eletricidade, gás, alimentos, não a sanções, impostos altos,
inflação”.
Na República Tcheca: em outra ordem, representantes de
vários sindicatos tchecos se reuniram na Praça Venceslau, no centro de Praga,
para protestar contra o governo pelo baixo apoio público em meio a uma queda
acentuada nos padrões de vida.
Sindicatos franceses convocam mobilização! Vários sindicatos na França emitiram um comunicado
pedindo uma grande mobilização nos setores profissionais para o próximo dia 18
de outubro por aumentos salariais e em defesa do direito à greve.
A convocação foi feita pela Confederação Geral do
Trabalho (CGT), a Confederação Geral do Trabalho - Force Obrera (Force
Ouvrière), Solidaires e a Federação Sindical Unida (FSU).
A convocação ocorre em meio à greve dos trabalhadores
das refinarias que se registraram no país para exigir melhores salários.
Também as centrais nucleares. As greves nas centrais nucleares em França juntam-se na
quinta-feira às mantidas pelos trabalhadores dos serviços de abastecimento de
combustíveis devido ao aumento dos salários no sector, com a entrada em circulação
do pessoal da central de Gravelines, a central mais forte na Europa Ocidental.
Nesse sentido, a empresa aderiu ao apelo da Força de
Trabalho (FO) e da Confederação Geral do Trabalho (CGT) para solicitar um
aumento de cinco por cento do salário bruto.
Os funcionários da entidade alertaram para o possível
atraso na ligação à rede de um dos seis megawatts de 900 reatores, que será
encerrado a partir do próximo sábado para manutenção anual e deve ser
reiniciado antes do final do ano, o que provocaria cortes na as outras
empresas.
De acordo com a empresa Elecricidad de France (EDF),
instituição que administra Gravelines, a greve geral terá um grande impacto em
algumas obras de manutenção.
E falta combustível. As gigantes de energia francesas Exxon e TotalEnergies
buscam maneiras de acabar com as greves que atingem suas refinarias e já deixaram
um terço dos postos de gasolina sem combustível.
De acordo com a Bloomberg, os motoristas da França estão
preocupados com seus tanques de combustível, já que as greves nas maiores
refinarias do país deixaram cerca de um terço de seus postos de gasolina sem
abastecimento.
A Exxon Mobil Corporation, conhecida como Esso France,
já iniciou negociações com os sindicatos sobre as queixas salariais da
categoria nesta segunda-feira (10) em uma tentativa de encerrar a ação
trabalhista em suas refinarias francesas. A rival TotalEnergies SE preferiu
adiar suas negociações salariais anuais para este mês de outubro, mas apenas se
os sindicatos encerrarem suas greves, pedindo por "um senso de responsabilidade"
de seus trabalhadores, de acordo com um comunicado de domingo (9).
No último fim de semana, os postos de gasolina
franceses — em especial em Paris e no norte da França — foram manchetes de
jornal com filas enormes diante de um cenário energético já caótico. O governo
do presidente Emmanuel Macron e as empresas do setor estão sob pressão para
acabar com o impasse, que deixou cerca de 30% dos postos de gasolina do país com
falta de pelo menos um tipo de combustível.
Cidades europeias podem congelar. Cidades europeias inteiras podem congelar durante a
onda de frio do inverno no Hemisfério Norte, disse o chefe da Gazprom, Aleksei
Miller, no fórum Semana Russa de Energia.
“O inverno pode ser relativamente ameno, mas uma semana
qualquer, ou cinco dias, será anormalmente fria. Nesse curto período de tempo,
Deus me livre, cidades inteiras, terras inteiras podem congelar”, disse ele.
Comentando sobre a disposição da Europa de passar o
inverno “sem dor”, Miller enfatizou que a Europa “vai sobreviver, mas o que vai
acontecer com a injeção para o inverno de 2023 e 2024?”
As sanções não funcionam. Desde o início da crise na Ucrânia, EUA e sei cupinchas
europeus tentam minar a resistência econômica russa impondo sanções econômicas,
mas não está dando muito certo. Pelos dados fornecidos durante a semana, muitos
dos países europeus aumentaram suas importações de produtos russos.
Entre os que mais aumentaram suas importações estão Alemanha,
Itália, França, Eslovênia, Espanha, Suécia, Bélgica e Polônia. A maior redução
das importações dos bens da Rússia foi registrada em Chipre, Áustria e Luxemburgo.
Na segunda-feira (10), em uma reunião do Banco Mundial
com o FMI ocorrida em Washington, o tema principal foi a previsão de que o crescimento
global será atualizada em meio a uma conjuntura econômica global nada otimista.
Para o presidente do Banco Mundial, por exemplo, o risco de recessão é alto,
levando em conta a crise de energia na Europa desencadeada pela política de sanções
contra a Rússia, implementada pelos EUA e adotada por seus aliados europeus, em
retaliação à operação militar especial.
Trump defende negociações. Certamente visando as eleições parlamentares de
novembro, Donald Trump alertou que a Terceira Guerra Mundial poderia começar, a
menos que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia termine rapidamente com um
acordo de paz. Trump tem dito em várias ocasiões que o conflito na Ucrânia não
teria acontecido se ele tivesse sido reeleito em 2020.
“E agora temos uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia com
potencialmente centenas de milhares de pessoas morrendo”, disse Trump durante
um comício no sábado (8) em Minden, no estado de Nevada.
“Devemos exigir a negociação imediata de um fim
pacífico para a guerra na Ucrânia, ou vamos acabar na Terceira Guerra Mundial e
não restará nada do nosso planeta”, afirmou ele, criticando as "pessoas
estúpidas" na administração Biden.
Também a União Europeia. A União Europeia (UE), em um projeto de resolução
perante a Assembleia Geral da ONU, pede o fim do conflito na Ucrânia por meio
de negociações, informou o jornal “Euobserver”, citando o texto do documento.
“A UE pede ‘diálogo’ com a Rússia em um projeto de
resolução da ONU para condenar sua anexação do território ucraniano. Os países
da ONU e as organizações internacionais devem defender um fim pacífico da
guerra 'através do diálogo político, negociação, mediação e outros meios
pacíficos’”, publica o jornal.
Em resposta ao ato terrorista. Respondendo ao ato de terroristas que explodiram um
trecho da ponte da Criméia, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou um ataque
contra a Ucrânia. Até agora, as forças russas se limitavam a defender os
territórios independentes e afastar as tentativas retomada pelas tropas ucranianas.
Agora, depois do ato terrorista, as Forças Armadas
russas realizaram ataques maciços de mísseis de alta precisão contra
infraestruturas vitais e pontos de comando em várias regiões e cidades
ucranianas na manhã de segunda-feira (10). A mídia relatou explosões em Kiev e
na região de Kiev, e as regiões de Kharkiv, Odessa, Dnipropetrovsk, Lviv e
Lviv, Ivano-Frankivsk, Ternopil, Khmelnitsky, Konotop, Rivne e Poltava também
sofreram ataques de foguetes.
Na manhã de 8 de outubro, uma poderosa explosão
danificou a ponte de 19 quilômetros – a mais longa da Europa – que liga a
Rússia continental à península da Crimeia. A explosão deixou três mortos,
segundo dados preliminares oficiais, e provocou o incêndio de sete
vagões-tanque de um trem.
Em 9 de outubro, Putin considerou que a explosão na
ponte da Crimeia foi "um ataque terrorista para destruir a infraestrutura
civil crítica da Federação Russa" e declarou que os serviços especiais
ucranianos realizaram o ataque terrorista.
Oito suspeitos são presos. O serviço secreto da Rússia (FSB) anunciou na
quarta-feira (12) a prisão de oito suspeitos de terem participado do ataque que
destruiu parcialmente a ponte de Kerch. Segundo o informe, entre os detidos,
cinco são cidadãos russos e três da Ucrânia e Armênia. O relatório diz ainda
que a explosão na ponte foi organizada pelo serviço de inteligência militar
ucraniano e por seu diretor, Kirilo Budanov.
Em nota, o serviço secreto russo disse que os explosivos
teriam sido enviados em agosto a partir do porto de Odessa, na Ucrânia, e
transitaram pela Bulgária, Geórgia e a Armênia, antes de entrarem na Rússia. O
FSB alegou ainda ter evitado ataques ucranianos em Moscou.
A Ucrânia não confirmou oficialmente o envolvimento na
explosão da ponte, mas autoridades ucranianas comemoram os danos causados. Na
terça-feira, as autoridades russas aumentaram para quatro o número de mortos no
ataque.
EUA: inflação segue em alta. Dados divulgados nesta quinta-feira (13) pelo
Departamento do Trabalho dos Estados Unidos revelaram que as medidas tomadas
pelo Federal Reserve (FED), o banco central estadunidense, não estão sendo
capazes de reduzir a alta inflacionária que afeta o país.
Segundo o departamento, o índice de preços ao
consumidor nos EUA registrou em setembro uma alta de 0,4%, após uma variação de
0,1% registrada em agosto. Com isso, o acumulado dos últimos 12 meses ficou em
8,2%, se mantendo acima do patamar de 8% registrado desde março.
Outro dado preocupante foi o chamado núcleo duro da
inflação, que abrange todos os itens exceto alimentos e energia, que têm preços
voláteis. Esse índice avançou 0,6% em relação a agosto, fechando setembro em
alta de 6,6% em relação ao ano anterior. Segundo o relatório do departamento,
"é o maior aumento em 12 meses no índice desde agosto de 1982".
Um alerta... Guerra econômica com a Rússia ameaça os EUA com perda
de influência financeira no mundo, escreve jornalista e colunista estadunidense
Fareed Zakaria em um artigo no The Washigton Post.
Segundo ele, as consequências da guerra econômica
global que o Ocidente coletivo está travando contra a Rússia provavelmente
serão sentidas ao longo de décadas. De acordo com colunista, o “perigo
principal” para Washington consiste em que essa guerra econômica global está em
grande parte sendo conduzida pelos EUA sozinhos “usando o status único do dólar
como sua arma”.
Ao mesmo tempo, muitos países importantes – Arábia
Saudita e outros Estados do golfo Pérsico, Índia, Turquia, Indonésia e, acima
de tudo, a China – estão procurando maneiras de se livrar da moeda dos EUA e
escapar do longo alcance do poder econômico de Washington, alerta o colunista.
Estoques mínimos de petróleo. A Reserva
Estratégica de Petróleo (SPR) dos EUA foi reduzida, em 30 de setembro, para
416,4 milhões de barris, segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos.
Com isso, as reservas caíram para o nível mais baixo em quase 40 anos, desde
1984.
De acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca
na quarta-feira, serão entregues mais 10 milhões de barris da Reserva
Estratégica de Petróleo ao mercado em novembro. “O presidente continuará a direcionar
os lançamentos da SPR conforme apropriado para proteger os consumidores
americanos e promover a segurança energética”, afirma a publicação.
Esta medida é uma resposta aos recentes cortes na
produção de petróleo bruto anunciados pela Organização dos Países Exportadores
de Petróleo Plus (OPEP+). Este grupo de Estados aprovou na quarta-feira a redução
de dois milhões de barris por dia. De acordo com a organização, a decisão foi
tomada “à luz da incerteza em torno das perspectivas econômicas globais e do
mercado de petróleo”.
Um inverno muito difícil. As famílias estadunidenses terão que pagar, em média,
1.359 dólares durante o inverno, em função do aumento do custo do gás natural.
De acordo com a Energy Information Administration, este é o número mais alto
desde 1997, informou a agência Bloomberg.
No entanto, as famílias que dependem do petróleo para
aquecimento, como no nordeste do país, terão que pagar taxas mais altas. A
previsão média é de US$ 2.354.
Essas estimativas ocorrem em meio à perspectiva de
escassez de diesel e gás natural para residências em todo o mundo durante o
próximo inverno boreal. De fato, os governos da Europa, onde o conflito entre
Rússia e Ucrânia exacerbou os custos de energia, já se preparam para enfrentar
um dos invernos mais frios.
Por sua vez, os consumidores dos EUA enfrentarão os
preços mais altos da eletricidade em 25 anos. A isso se somam as históricas pressões
inflacionárias, pois os cidadãos já pagam mais por tudo, da gasolina aos
alimentos.
Inúteis! Radares dos EUA são incapazes de rastrear mísseis hipersônicos chineses
e russos até o trajeto final de voo, mesmo com desenvolvimento de novos
sistemas no âmbito do programa de defesa acelerado de mísseis hipersônicos do
Pentágono, aponta relatório do Congresso.
Para sensores de satélites geoestacionários, os alvos
hipersônicos são entre dez e 20 vezes mais difíceis de detectar do que os
mísseis balísticos convencionais que voam em trajetórias mais previsíveis, diz
o jornal The Washington Times.
Mísseis hipersônicos voam a velocidades superiores a
1,6 km por segundo. Os atuais sistemas de radar espaciais e terrestres dos EUA
são incapazes de detectar os mísseis até o final do voo, dificultando a interceptação
com sistemas antimíssil. Além disso, estas armas voam ao longo do limite da
atmosfera e podem manobrar em voo para evitar as defesas.
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