segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Regulamentação do jogo com apostas em dinheiro é pauta de revista econômica


Regulamentação do jogo com apostas em dinheiro é pauta em revista econômica

5/1/2014 16:13
Por Redação, com ACS - do Rio de Janeiro

O Cassino da Urca já foi um dos mais luxuosos do país, até meados do século passado
O Cassino da Urca já foi um dos mais luxuosos do país, até meados do século passado
O debate sobre temas sensíveis ao dia a dia econômico do país como o tempo livre, a cultura e o jogo de apostas em dinheiro chega ao público, na semana que vem, com a participação do economista Carlos Lessa, o cantor e compositor Zeca Pagodinho e o empresário José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, como é conhecido o ex-diretor-geral da Rede Globo de Televisão. Personalidades tão distintas foram reunidas nas páginas da 37ª edição da revista Inteligência Empresarial, que traz na capa a chamada “O Tempo Livre como Ativo Econômico – o jogo entre o lícito e o ilícito”.
O lançamento da publicação acontecerá no dia 13 de janeiro, às 19 horas no Teatro Odisseia, na Lapa, bairro boêmio do Rio de Janeiro. Editada pelo Centro de Referência em Inteligência Empresarial da Coppe/UFRJ, sob a coordenação editorial do jornalista Luiz Carlos Prestes Filho, a edição traz textos de especialistas no tema, como Lessa; Boni e Zeca
Pagodinho.
“Tanto a comunidade acadêmica como leigos são convidados a participar do debate sobre o uso do tempo, matriz fundamental para o desenvolvimento econômico da sociedade da informação e do conhecimento”, afirma o texto de divulgação da revista.
A necessidade da regulamentação da atividade privada do jogo de aposta em dinheiro no Brasil também ganha destaque na edição. “O empresário Leo Feijó, do Grupo Matriz, lembra o papel fundamental do Cassino da Urca para o surgimento da Economia da Noite do Rio de Janeiro. Destaca que deveria entrar em pauta não somente a regulamentação das casas de apostas em dinheiro – bingos e cassinos – mas a atualização da legislação do zoneamento urbano das cidades brasileiras. A que está vigente é um impedimento para atração de investidores que tem receio da instabilidade legal para a criação de grandes centros voltados para o entretenimento, turismo e cultura”, assinala a publicação.
Ainda na edição a ser lançada, na semana que vem, o poeta Alexei Bueno convida o leitor para realizar uma viagem literária pelo imaginário do Jogo do Bicho, através de textos de Machado de Assis, Olavo Bilac, Lima Barreto, Arthur Azevedo e Murilo Mendes.
Frases pinçadas na edição:
“O uso do tempo livre é um direito universal democraticamente instituído e fiscalizado. Não é legítimo bloquear o uso do tempo livre para a atividade de jogo de aposta. Qualquer um pode jogar cara ou coroa, porrinha ou dominó. É uma forma de socialização frequente e generalizada”, Carlos Lessa, economista;
“O problema é a legalidade, então vamos legalizar: Jogo é jogo, que, legal ou ilegal, vai continuar sendo jogo. E o Jogo do Bicho não vai deixar de existir por conta de uma lei que o transforme num crime”, Zeca Pagodinho, cantor e compositor;
“Grandes nomes da cultura brasileira como Grande Otelo e Carmem Miranda nasceram no Cassino da Urca, que se tornou um ícone dos ‘anos dourados’ da noite carioca e ganhou reconhecimento internacional. Nosso mais famoso arquiteto, Oscar Niemeyer, se no início de carreira tivesse preconceito contra o jogo, talvez nunca viesse a ser o que foi, já que um do seu primeiro grande projeto público foi a construção de um cassino em Belo Horizonte, cidade administrada na época pelo então prefeito Juscelino Kubitschek. O luxuoso Cassino da Pampulha, por ele desenhado em 1940, foi uma casa de jogos cuja arquitetura, até hoje, se destaca por sua modernidade”, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, Boni.

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