quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Pochmann: 2014 pode ter última eleição com "candidaturas populares"

Pochmann: 2014 pode ter última eleição com “candidaturas populares”



por Luiz Carlos Azenha/Viomundo/04/02/2014


Se nada mudar, as eleições de 2014 serão as últimas em que haverá a possibilidade de “candidaturas populares” ao Parlamento, sustenta o presidente da Fundação Perseu Abramo, o economista Marcio Pochmann. Se não houver uma reforma eleitoral, é possível que aumente o desequilíbrio que se vê hoje no Congresso: 40 mil produtores agrícolas que controlam 50% das áreas agricultáveis elegem de 120 a 140 deputados, enquanto de 4 a 6 milhões de famílias que praticam agricultura familiar são representadas por de 12 a 13 deputados.

 

 

Por isso, não se assusta com as manchetes extremamente negativas sobre a economia brasileira que dominam os jornais nos últimos meses. A “dissonância”, diz ele, ainda resulta da incompreensão ou má vontade com o novo paradigma de enfrentamento da crise internacional adotado pelo ex-presidente Lula, em 2008. No Brasil, isso se traduz, segundo Marcio, em pelo menos duas propostas políticas distintas: a do PT, que acredita que é possível crescer com distribuição de renda; e a da oposição, que quer retomar a idéia de que primeiro é preciso crescer para depois distribuir o bolo.

 

 

Sobre os críticos à esquerda, o presidente da Fundação Perseu Abramo afirma que a sociedade brasileira tem características próprias em relação aos vizinhos latinoamericanos: muda devagar, mas de forma segura. Relembra a oposição ao Bolsa Família e às cotas raciais, que foi duríssima no início do primeiro governo Lula, mas foi se diluindo ao longo dos anos. Hoje, as duas políticas contam com sólido apoio na opinião pública.




OBS: clique no endereço acima para assistir à entrevista


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