É possível
derrubar o governo golpista
Em poucos dias os golpistas que
assaltaram o governo já mostraram suas garras. Não pretendem deixar pedra sobre
pedra em termos de políticas sociais e conquistas civilizatórias.
Com esse objetivo, a Esplanada dos
Ministérios foi invadida pelo que há de mais desqualificado, corrupto e fétido
na política nacional.
O problema para Temer e sua quadrilha é
que muita gente capturada pelo massacre midiático diário, que até apoiava a
saída de Dilma, começa a perceber que foi enganada e que seus direitos estão
prestes a virar pó.
Enquanto cresce, a cada dia, as
condenações da mídia estrangeira e dos governos de outros países aos golpistas
brasileiros, aumentando seu isolamento na cena internacional, o movimento de
resistência democrática já pode ser considerado um fenômeno de força e
disseminação.
Espontaneamente ou de forma mais
organizada, não há um dia sequer em que as ruas não sejam tomadas por jovens,
mulheres, negros, trabalhadores e LGBTs em protestos contra o golpe. Shows de
música são interrompidos por gritos de "Fora Temer" e "Fora
golpistas", ao mesmo tempo em que artistas, ativistas da cultura e
intelectuais renomados se revoltam contra o fim do Ministério da Cultura.
Para surpresa dos golpistas, a
entrevista de Temer no Fantástico da Rede Globo acabou saudada por um barulhaço
de protesto em todas as capitais e mais de 300 cidades do Brasil.
Vale registrar um fato político de
grande importância: o jogo está virando até em tradicionais redutos dos
coxinhas, como os bairros da Zona Sul do Rio, nos quais foram fortes os
protestos contra Temer na noite deste domingo.
O não reconhecimento do governo por
parte dos movimentos sociais, centrais sindicais (CUT e CTB) e partidos do
campo da esquerda apontam os caminhos da luta permanente nas ruas, da
insubordinação e da sublevação como essenciais para impedir o governo golpista
de impor sua pauta lesa-povo e lesa-pátria.
Seja por estar no DNA dos miseráveis que
invadiram o Palácio do Planalto, seja porque os financiadores do golpe cobrarão
suas faturas, vem aí a mais infame tentativa de liquidar os direitos do povo e
vender "tudo o que for possível", conforme admite o "gerente de
vendas" do governo, o famigerado Moreira Franco.
Nesse balcão de negócios, eles esperam
encher as burras de dinheiro, faturando 127,8 bilhões de reais com as
privatizações da Petrobras, Banco do Brasil, Caixa, Correios, Infraero,
Eletrobras, IRB e Banco da Amazônia.
Contudo, com o crescimento vertiginoso
da reação popular, existem fundadas esperanças de que os fariseus sejam
atirados à latrina da História e submetidos à execração publica, antes que
consumem esse crime contra o Brasil.
Fonte: Blog do Pepe Damasco
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