sábado, 14 de maio de 2016

INTERINO, TEMER SE TORNA REFÉM DO SENADO



INTERINO, TEMER SE TORNA REFÉM DO SENADO

Para que a presidente Dilma Rousseff seja definitivamente afastada, serão necessários 54 votos no julgamento definitivo no Senado; isso faz com que o presidente interino Michel Temer se torne refém do Senado Federal, onde houve apenas 55 votos pela admissibilidade do impeachment; caso apenas dois senadores virem o voto, Temer perderá sua chance e já há sinais de que a areia no Senado é movediça; "O voto que darei não é pelo impeachment e não significará a antecipação do meu julgamento", disse Edison Lobão (PMDB-MA), dizendo que votava apenas pela admissibilidade; Cristovam Buarque (PPS-DF), que também votou pela admissibilidade, admitiu um "cheirinho" de golpe; preocupado, Temer indicou Hélder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), para sua equipe; Omar Aziz (PSD-AM) disse ainda que Temer corre o risco de ser chantageado por senadores


Uma reportagem do jornal Valor Econômico, intitulada "Impeachment não está consolidado", revela como ainda é frágil o governo interino de Michel Temer.

Isso porque bastaria que dois dos 55 senadores que votaram pelo impeachment virassem seus votos para que a presidente afastada Dilma Rousseff retomasse seu mandato.

No julgamento de mérito, a ser presidido por Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, serão necessários 54 votos para liquidar o impeachment.

No entanto, a reportagem do Valor revela que Temer se move em território perigoso. "Confio muito que o presidente Michel Temer possa denunciar o político ou os partidos que o estejam chantageando. Para manter mais do que os 54 votos, muita gente vai achar que o seu voto é valioso", disse o senador Omar Aziz (PSD-AM).

Alguns parlamentares, que votaram pela admissibilidade do impeachment, deixaram claro que poderão eventualmente votar contra o impeachment, no julgamento definitivo. "Eu não vim aqui para tripudiar sobre uma gladiadora ferida", disse Edison Lobão (PMDB-MA). "O voto que darei não é pelo impeachment e não significará a antecipação do meu julgamento".

Cristovam Buarque (PPS-DF) foi outro que demonstrou certa instabilidade. "Se não formos capazes disso [de explicar], de nenhuma maneira será golpe, porque está na Constituição. Mas se não explicarmos bem, vai ter 'cheirinho' de golpe, e isso não é bom".

Um dos sinais da preocupação de Temer com o Senado, foi o fato de ter convidado Hélder Barbalho, filho de Jader Barbalho (PMDB-PA), para sua equipe. Ex-ministro de Portos de Dilma, ele terá a Integração Nacional com Temer.

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