Processo de impeachment de Dilma é 'farsa' e 'assalto ao poder', diz historiadora francesa
Em entrevista à rádio France Info, Armelle Enders lembra que 60% dos senadores que julgarão presidente afastada são alvo de processos judiciais
O processo de impeachment da presidente brasileira afastada, Dilma Rousseff, é uma “farsa” e um “assalto ao poder", afirmou nesta segunda-feira (29/08) a historiadora Armelle Enders, especialista em história política do Brasil.
“Podemos realmente descrever o que está acontecendo politicamente como uma farsa e um assalto ao poder”, disse a historiadora em entrevista concedida à rádio France Info.
Nesta segunda-feira, Dilma apresentará diante do Senado sua defesa e irá responder a perguntas dos parlamentares. A votação dos senadores sobre o afastamento definitivo da mandatária deverá ocorrer entre terça (30/08) e quarta-feira (31/08).
Agência Efe
Senado brasileiro ouvirá defesa de Dilma Rousseff nesta segunda-feira
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Enders lembrou também que, se o impeachment de Dilma se confirmar, quem assume é seu vice, o atual interino Michel Temer que, segundo ela, não tem confiança suficiente da população.
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"Ele foi copiosamente vaiado durante a cerimônia dos Jogos Olímpicos. Ele está associado com o poder e as decisões do governo nos últimos seis anos, por isso é corresponsável pela situação”, afirmou Enders, que é autora do livro "Nova História do Brasil".
A especialista comentou também que Temer não é o único implicado em casos de corrupção.
“Sessenta por 60% dos senadores que vão condenar Dilma são alvo de processos judiciais, o que não é o caso da presidente afastada", apontou.
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