terça-feira, 15 de novembro de 2016

EMPREITEIRAS ENTREGARAM CABEÇA DE TUCANOS A RODRIGO JANOT



Representantes das empreiteiras Camargo Correa, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez que não detalharam supostos esquemas de propina, durante as investigações da Lava Jato, com o objetivo de manterem obras nos Estados de São Paulo e de Minas Gerais, quando eram administrador pelo PSDB, terão de prestar novos depoimentos, segundo fontes ligadas à investigação na Procuradoria Geral da República.

De acordo com o El País, obras realizadas nos governos paulistas de José Serra e Geraldo Alckmin, e no mineiro de Aécio Neves estariam na mira dos investigadores.

Com a saída de Dilma Rousseff (PT) e entrada de Michel Temer (PMDB), apoiado pelo PSDB, parte das empreiteiras tem evitado delatar esquemas que envolvam o grupo que atualmente governa o Brasil, segundo relataram empresários a investigadores.

Isso porque essas empreiteiras precisariam seguir firmando contratos com o governo federal e, no entendimento delas, se entregassem irregularidades de quem está no poder, dificilmente conseguiriam ser aprovadas em processos licitatórios para novas obras.

A nova convocação não foi confirmada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas, na última sexta-feira (11), ele citou que o colaborador é obrigado a revelar todos os atos ilícitos dos quais participou e, se não o fizer, pode ter sua pena aumentada e seu benefício cassado.

“Existe a possibilidade da pessoa se esquecer mesmo. Estamos falando de anos e anos que se passaram de prática de diversos atos. Agora, se for um esquecimento doloso, deliberado, pode, sim, receber pena maior, aumentar multa e até quebrar a colaboração”.


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