Primeira etapa de despedida a Fidel Castro se encerra em Havana
Acesso a salão fúnebre no Memorial José Martí foi fechado às 12h; ato com chefes de governo de vários países acontece na noite de hoje na capital cubana
A primeira etapa dos atos fúnebres em homenagem a Fidel Castro, líder revolucionário e ex-presidente de Cuba morto na sexta-feira (25/11), encerrou-se nesta terça-feira (29/11) exatamente às 12h (15h em Brasília), com o fechamento do acesso ao salão fúnebre montado no Memorial José Martí para que cubanas e cubanos que vivem em Havana pudessem dar adeus ao comandante.
Segundo a estimativa oficial, entre as 9h e 22h de segunda-feira (28/11) e entre as 9h e 12h de hoje cerca de 3,5 milhões de pessoas percorreram o trajeto que levava ao salão onde havia um painel com uma foto de Fidel e algumas de suas medalhas militares, além do livro que reuniu assinaturas de cubanas e cubanos renovando o compromisso com a Revolução. Ontem, a reportagem de Opera Mundi registrou mais de seis horas para completar o trajeto; hoje, a fila estava menor, com maior número de jovens e crianças, e com cerca de duas horas de espera.
A primeira parte dos nove dias de luto decretado no país foi aberta às 8h desta segunda-feira (28/11), com a homenagem de Raúl Castro, atual presidente de Cuba e irmão de Fidel, no salão Granma do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias, onde estão as cinzas do líder cubano.
Agência Efe
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O fim desta primeira etapa de atos fúnebres foi marcado também pela chegada dos primeiros chefes de governo de outros países para a programação em memória de Fidel e em comemoração a sua importância para Cuba. À noite, às 19h (22h de Brasília), está marcado um grande ato na Praça da Revolução, em frente ao memorial onde a população de Havana pôde dar adeus ao líder cubano.
Já estão em Havana e passaram pelo salão fúnebre os presidentes Evo Morales (Bolívia), Nicolás Maduro (Venezuela) e Teodoro Mbasogo (Guiné Equatorial). A previsão é que se juntem a eles para o ato desta noite os presidentes Rafael Correa (Equador), Juan Manuel Santos (Colômbia), Enrique Peña Nieto (México), Jorge Carlos Fonseca (Cabo Verde); Daniel Ortega (Nicarágua), Juan Carlos Varela (Panamá), Salvador Sánchez Cerén (El Salvador); Desiré Delano Burtese (Suriname), Jacob Zuma (África do Sul), Robert Mugabe (Zimbábue), Juan Orlando Alvarado (Honduras) e Hage Geingob (Namíbia), além dos primeiros-ministros Alexis Tsipras (Grécia), Ruhakana Rugunda (Uganda), Perry Christie (Bahamas), Andrew Holness (Jamaica), Kenneth Davis Anthony (Santa Lúcia), Roosevelt Skerrit (Dominica), Ralph Gonsalves (São Vicente e Granada) e Gaston Browne (Antiga e Barbuda) e o governador-geral do Canadá, David Lloyd Johnston.
A partir desta quarta-feira (30/11), um cortejo com as cinzas de Fidel percorrerá o país até a cidade de Santiago, leste da ilha, onde Fidel nasceu, repetindo a Caravana da Liberdade, que marcou a derrubada de Fulgêncio Batista, em 1959. No traslado de suas cinzas, cubanas e cubanos de outras cidades poderão também dar seu adeus ao líder da Revolução Cubana.
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