quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O MONUMENTO A FIDEL

O MONUMENTO A FIDEL
Angelica López Paredes
Desde a lamentável noite de 25 de Novembro, quando de repente a notícia da partida física do líder da Revolução Cubana paralisou toda a nação, Cuba inteira começou a levantar em sua mente, em seu coração e sua alma, o seu próprio monumento Fidel.
Dias depois, diante da multidão reunida na Praça Antonio Maceo, em Santiago de Cuba, o presidente Raúl Castro explicou que Fidel insistiu que, uma vez falecido, não lhe ergam monumentos, bustos ou estátuas; nem deem seu nome a praças, ruas, instituições ou edifícios públicos em sua memória.
Como você é grande Fidel! Você pensou em tudo e em todos; e encontraste o momento oportuno para alertar a teu povo com esta nova lição de simplicidade e modéstia.
Sabes bem que não precisas de bustos ou estátuas para recolher a colheita que semeaste em terra fértil. Você é a nossa música, nossa escola, nossa rua e nossa praça. Não precisarás de monumentos públicos em Cuba porque a tua obra é imperecível para teu país e para o mundo, nós mesmos somos teu povo em Revolução.
Nenhuma escola levará teu nome, mas as crianças e os jovens continuarão estudando graças ao projeto educacional que forjaste; tampouco nomearemos parques ou praças, mas ali as pessoas continuarão a desfrutar da liberdade que conquistaste.
Não haverá rua com o teu nome dele, mas que os cubanos as transitem com a convicção de que cada uma delas é a mais segura e mais tranquila do mundo.
Não haverá monumento erguido em sua memória, porque Fidel não necessita, já o tem. Fidel estará presente em cada centro escolar, cultural, de saúde, esportes ou ciência que edificam a Revolução para todos os cubanos.
Mantê-lo vivo e eterno em seu pensamento será o maior monumento que podemos construir. E seu humilde pedido ao povo que lhe ama simboliza a grandeza do homem único e irrepetível que é Fidel Castro.
Não haveria monumento possível que possa representar seu significado histórico, exceto construir com nossos próprios esforços a Pátria Socialista próspera e sustentável.
Como explicou Raúl, corresponde ao Parlamento analisar as propostas legislativas necessárias para cumprir a última vontade de Fidel. Ele morreu como viveu, com dignidade e decoro, com absoluta coerência em suas ideias e ações.
Agora suas cinzas descansam no coração de uma rocha, onde apenas se leem as cinco letras do seu nome, sem data de nascimento, tampouco de falecimento. A pedra em Santa Ifigênia irradia austeridade.
Preservando e multiplicando seu legado construiremos o Monumento com o qual seguirá sentindo orgulho de seu povo, porque ele foi incansável em afirmar que "toda a glória do mundo cabe em um grão de milho."
Com sua última vontade Fidel nos convoca ao essencial, para continuar a germinar a semente depositada por ele nas novas gerações e nos cubanos que estão por nascer.
Fidel jamais será mármore, ou nome de entidade. Fidel é um homem que se fez povo, se converteu em milhões e como inigualável piloto seguirá andando em frente a esta firme e sólida caravana que é Cuba.

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