247 - A presidente eleita e deposta pelo golpe em 2016, Dilma Rousseff, concedeu uma coletiva a jornalistas estrangeiros nesta terça-feira 24 em Sevilha, na Espanha, onde abrirá nesta quarta o seminário "Capitalismo Neoliberal, Democracia Sobrante", com a fala "O ataque à democracia no Brasil e na América Latina", na qual denunciará o golpe ocorrido no Brasil.
Na coletiva, Dilma defendeu que se investigue rigorosamente o acidente aéreo que vitimou o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator da Lava Jato na corte, e que estava prestes a homologar os acordos de delação premiada de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Os depoimentos envolviam cerca de 150 políticos, inclusive o do presidente Michel Temer e ministros.
"Dadas as suspeitas que existem no Brasil que poderia ser um atentado, o caso deve ser cuidadosamente investigado", afirmou Dilma. "Tem que investigar a morte e ver do que se trata", acrescentou. A respeito do ministro, descreveu: "Não era perfeito, porque era um ser humano, mas devemos reconhecer suas muitas qualidades".
Dilma disse também que "acredita e espera" que o ex-presidente Lula volte a ser candidato a presidente nas eleições de 2018. "Será importante para o Brasil que Lula seja candidato. O segundo golpe depois do meu impeachment é impedir que Lula seja candidato porque as pesquisas indicam ele em primeiro e que ganharia as eleições", afirmou. "Creio que Lula volverá a ser presidente de Brasil", disse ainda.
Segundo ela, Lula vem sendo alvo de acusações "sem provas". A ex-presidente acusou Michel Temer de "golpista" e seu governo de "ilegítimo". "Temos perdido a batalha, mas não podemos perder a democracia", declarou.
Confira reportagens dos jornais
El País e
El Diário, da Espanha, sobre a entrevista de Dilma.
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