GOLPISTA NO BRASIL, TEMER PEDE DIRETAS
NA VENEZUELA
Beneficiário do golpe articulado pelo
ex-deputado Eduardo Cunha, condenado a 15 anos de prisão, e pelo senador Aécio
Neves (PSDB-MG), recordista em inquéritos na Lava-Jato, Michel Temer defendeu
neste sábado (22) eleições diretas... na Venezuela.
Em entrevista à Agência Efe, ele disse
que espera por uma solução pacificadora para a crise no país e afirmou que ela
só será resolvida com "eleições livres". Segundo ele, se elas não
ocorrerem, o país perderá as "condições de convivência" no MERCOSUL.
Temer ressaltou o que definiu como
"preocupação profunda" que tem em relação ao "povo
venezuelano" e disse esperar que, "muito proximamente, haja uma
solução pacificadora na Venezuela por meio de eleições livres e com aplicação
plena dos princípios democráticos".
Curiosamente, no Brasil, onde 78% querem
a cassação do mandato de Temer pelo TSE, segundo pesquisa Vox Populi, 90% dos
cidadãos defendem o mesmo que Temer, mas aqui: eleições diretas para a escolha
de seu substituto.
Temer chegou ao poder por meio de um
golpe midiático-jurídico-parlamentar que tirou uma presidente eleita, Dilma
Rousseff. Segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada no fim de março, 55% consideram
a gestão Temer ruim ou péssima e 79% não confiam no peemedebista.
Na entrevista, Temer comentou ainda
sobre a entrada de venezuelanos no Brasil, por meio de Roraima, diante da
crise, e contou que o governo brasileiro tentou mandar ajuda humanitária ao
país, com medicamentos que estariam em falta por lá, mas que a ajuda teria sido
recusada.
A Venezuela convive há três semanas com
protestos contra o governo de Nicolás Maduro, cuja violência já deixou 23
pessoas mortas. Os líderes da oposição exigem que o presidente convoque
eleições gerais, liberte 100 ativistas e respeite a autonomia do Congresso, que
é liderado pela oposição.
Os dirigentes do partido socialista
descrevem os manifestantes como bandidos que estão prejudicando a propriedade
pública e perturbando a ordem pública para derrubar o governo com o apoio de
adversários ideológicos em Washington.
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