O PSDB, partido que perdeu as eleições
de 2014, praticou a política do "quanto pior, melhor" durante todo o
ano de 2015, e em 2016 se associou ao então presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB), para promover um golpe parlamentar que arruinou a economia brasileira
em todos os aspectos, veiculou na noite dessa quinta-feira, 11, um programa
eleitoral em que tenta fazer um "mea culpa" pelo que fez.
Sem participação do prefeito de São
Paulo, João Doria, o PSDB defende o argumento de "aprender com os
erros" e "melhorar a política".
O presidente nacional da legenda,
senador Aécio Neves (MG), recordista de inquéritos sobre atos de corrupção no
Supremo Tribunal Federal com base nas delações da Odebrecht, diz que “ouvir
críticas é o único passo para melhorar a política”.
Já o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, avalista do ataque à democracia que resultou na maior depressão
econômica da história recente do País, defende que a "esperança" na
política. E acrescenta: "É preciso passar o Brasil a limpo e aprender com
os erros. O primeiro passo é reconstruir a política brasileira, resgatar
valores e princípios", afirma FHC.
Todo num discurso bem dirigido e
politicamente correto, dentro do que dizem os grupos focais pesquisados pelos
tucanos sobre o que a população quer ouvir deles.
No entanto, uma questão essencial é
ignorada no discurso do PSDB, e que igualmente os brasileiros também esperam.
Além do pedido de desculpas, que
reparação fará o PSDB ao dano que causou ao País?
O partido e seus representantes irão
devolver as vultosas quantias de dinheiro desviado de obras nos estados
governados pelos tucanos?
A propina paga Aécio Neves, segundo
delatores da Odebrecht, nas obras da Cidade Administrativa, que custaram R$ 1,2
bilhão, será devolvida aos cofres públicos mineiros?
E quanto à propina paga pela Odebrecht
ao PSDB paulista sobre obras do Rodoanel?
Segundo o ex-executivo Benedicto Júnior,
pelo menos R$ 2,2 milhões foram pagos a caciques tucanos como José Serra,
Geraldo Alckmin e Aloysio Nunes Ferreira.
O pedido de desculpa será feito com a
devolução do dinheiro?
"A maior contribuição que podemos
dar é justamente fazer o que as pessoas estão pedindo: trabalhar com esforço e
humildade para tirar o país da crise", afirma o governador Geraldo Alckmin
na peça tucana.
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