segunda-feira, 3 de julho de 2017

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Diferença entre “viajar” e fazer Política Externa.
As mais recentes trapalhadas de Temer, “O Ridículo”, no exterior certamente farão parte de futuras aulas em cursos de Relações Internacionais. Já podemos adivinhar jovens estudantes universitários tentando entender a nota da assessoria presidencial brasileira dizendo que nosso Presidente iria “à República Socialista Federativa Soviética da Rússia”!
Mas “O Ridículo” não poderia parar só nisso. Da Rússia, sua comitiva foi para a Noruega onde deveria ter encontros para tratar de questões ambientais. Mas, em coletiva com a imprensa, Temer anunciou que iria visitar o Parlamento Brasileiro (precisava ir à Noruega para visitar o nosso Parlamento?) e ter um encontro com o “Rei da Suécia”! Como assim? O Rei da Suécia também estava visitando a Noruega?
As trapalhadas d’O “Ridículo” foram muitas, mas deve ser destacado o fato pouco noticiado em nossos jornais de que não houve recepção oficial no desembarque de Temer em nenhum dos países. Ele chegou sozinho, com sua comitiva, nos aeroportos e foi levado para hotéis de luxo aguardando os encontros protocolares.
Toda essa história nos faz pensar em uma grande diferença a ser também enfrentada pelos estudantes de Relações Internacionais em um futuro muito próximo. Lendo as lambanças do golpista e sua trupe não podemos deixar de pensar no estadista que foi Lula!
Lendo sobre as mancadas de Temer voltei à minha estante para recordar alguns trechos do livro de Celso Amorim: “Teerã, Ramalá e Doha – memórias da política externa ativa e altiva”. Uma obra onde o ex-ministro de Relações Exteriores do Brasil mostra a grandeza de nossa Política Externa naquele período. Não eram “viagens”, como as que agora faz “O Ridículo”, mas intervenções sérias, dignas e importantes para o equilíbrio dar relações internacionais na época.
Saiu tosquiado! Um desastre a visita do golpista à Noruega. Além de suas gafes, ouviu um sermão da primeira-ministra Erna Solberg sobre a falta de credibilidade do governo brasileiro e recebeu do ministro norueguês de meio-ambiente, Vidar Helgesen, a notícia de que a verba para a luta contra o desmatamento no Brasil seria cortada em 50%!
A Noruega já havia manifestado sua insatisfação com o governo brasileiro devido ao aumento do desmatamento na Amazônia, que após anos de queda no Brasil, teve um aumento de 58% em 2016, segundo estudo da Fundação SOS Mata Atlântica e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Só para lembrar, o “Fundo Amazônia” foi uma iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008, para que o país recebesse fundos internacionais em troca de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, consequência do desmatamento da selva amazônica. E essas ajudas eram usadas para projetos de vigilância e proteção da floresta mantidos por organizações civis e indígenas que trabalham na preservação ambiental.
A Noruega foi líder em doações, tendo contribuído com R$ 2,8 bilhões, valor mais de 45 vezes maior que o da segunda colocada na lista, a Alemanha, com R$ 60,7 milhões, de acordo com dados disponíveis no site do Fundo da Amazônia. O último aporte norueguês, realizado em dezembro de 2016, foi de R$ 330 milhões.
O ministro norueguês classificou o recente aumento do desmatamento como uma “interrupção” no panorama observado anteriormente. “Por causa das mudanças climáticas, nós gostaríamos de dar o maior suporte possível para o Brasil para salvar a Amazônia”, disse ele em reunião com o ministro de meio-ambiente do Brasil José Sarney Filho.
Frente em Defesa da Soberania Nacional. Matéria divulgada pela Agência Senado anuncia que foi instalada, na quarta-feira (21), a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. Formado por 19 senadores e 201 deputados, o grupo tem como presidente o senador Roberto Requião (PMDB-PR) e como vice-presidente a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
De acordo com a notícia, a frente tem oito eixos de ação: defender a exploração eficiente dos recursos naturais, entre eles o petróleo; garantir uma infraestrutura capaz de promover o desenvolvimento do país; fortalecer a agricultura nas exportações, mas também na alimentação dos brasileiros; estimular o crédito e o capital produtivo nacional; defender o emprego e o salário; garantir um sistema tributário mais justo; consolidar as Forças Armadas na defesa da soberania; e assegurar uma política externa independente.
“O que nós estamos vendo no Brasil é um projeto entreguista, para acabar com qualquer visão consistente de soberania nacional. Um governo que está entregando a Petrobras para grupos estrangeiros, que quer privatizar a água e vender o solo sem limites para especuladores num momento de recessão”, disse Requião no ato de lançamento.
Participaram da instalação da Frente os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE), José Pimentel (PT-CE), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Rocha (PT-PA) e Regina Souza (PT-PI). Também integram o grupo os senadores Armando Monteiro (PTB-PE), Elmano Férrer (PMDB-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Hélio José (PMDB-DF), Jorge Viana (PT-AC), Lídice da Mata (PSB-BA), Omar Aziz (PSD-AM), Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Romero Jucá (PMDB-RR) e Wellington Fagundes (PR-MT).
Celso Amorim fala de “vendaval neoliberal”. Discursando no lançamento da Frente em Defesa da Soberania Nacional, o ex-ministro de Relações Exteriores nos governos Lula e Dilma disse que “O que existe hoje no Brasil não é uma política neoliberal é um vendaval neoliberal, nunca vi em lugar nenhum do mundo um congelamento de 20 anos das despesas públicas por Emenda Constitucional, nem nos países mais defensores do neoliberalismo uma coisa dessas acontece e isso é algo gritante contra a soberania nacional”.
Ele destacou alguns casos que ilustram o ataque, que também chamou de “assédio” à soberania nacional, como o interesse do governo golpista em aderir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que integra 35 países de economia elevada.
“Manifestar o interesse em participar da OCDE não é só tomar políticas neoliberais, não é só permitir a livre movimentação de capitais ou de serviços, é fazer isso por meio de um acordo internacional, que passa a ser uma obrigação internacional do Brasil e mudar isso depois é muito difícil. Essa intenção já manifestada por carta é uma das coisas mais graves que ocorrem porque consolida a nível internacional medidas antipopulares que estão sendo tomadas no Brasil”, apontou o ex-ministro. Ele classificou também como “grave ameaça” a autorização para que o exército dos EUA participe de exercícios militares na tríplice fronteira amazônica entre Brasil, Peru e Colômbia.
A reforma segue no Senado. O projeto de reforma trabalhista (e sindical) do golpista continua andando no Senado Federal. Na quarta-feira (21) foi feita a leitura do parecer favorável do relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Vale lembrar que o Projeto foi aprovado na semana passada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e rejeitado, na terça-feira (20), na de Assuntos Sociais (CAS).
Segundo matéria do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), uma análise prévia da composição da CCJ, cuja maioria é governista, mantida a lealdade dos integrantes da base, pode-se chegar à conclusão, em princípio, que o Planalto poderá ter 15 ou 16 votos favoráveis ao texto aprovado pela Câmara.
A oposição, que tem sido muito aguerrida no combate à matéria, pode ter 10 ou 12 votos. O comportamento dos integrantes do DEM é incerto, embora faça parte da base aliada. O senador Ronaldo Caiado (GO), tem tido uma postura oposicionista ao governo. E a senadora Maria do Carmo (SE), sequer votou na CAS.
A matéria deve ser votada na próxima quarta-feira (28). Antes, o colegiado vai realizar, na terça (27), duas audiências públicas. Uma pela manhã e outra à tarde.
Quais as probabilidades? A favor da Reforma devemos ter 15 votos (5 do PMDB, 3 do PSDB, 2 do DEM, 2 do PP e PTB/PRB/PR com um voto cada) e 10 votos contrários (5 do PT, 1 do PMDB, 1 do PSB, 1 do PDT, 1 do PSD e 1 da REDE). Dois votos da comissão estão indefinidos.
O Brasil e o Cone Sul. Muito boa a matéria “Brasil e o Cone Sul na geopolítica estadunidense”, de Silvina Romano e Amílcar Salas Oroño. Logo no seu primeiro tópico o artigo acerta em cheio em alguns pontos que temos levantado aqui no Informativo. Vejamos alguns trechos.
Falando sobre a “Lava Jato”, os autores demonstram que o fato da operação centrar os ataques no Partido dos Trabalhadores e, em especial, em Lula e Dilma não é casual. Trata-se de uma “luta contra o Estado e o público”. O texto fala que esses ataques “estão relacionados com os interesses de empresas petroleiras estadunidenses em ter uma participação mais protagônica e direta na exploração das enormes reservas submarinas de gás e petróleo em águas do Atlântico e na área do Pré-Sal”. E, segundo o texto, isto fica demonstrado ao lembrar as ações de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA contra a Petrobras, hackeando computadores da empresa e interceptando conversas telefônicas.
Falam também de encontros realizados pelo embaixador estadunidense no Brasil com altos funcionários de diversas empresas de petróleo para criar condições de “pressionar” o Congresso brasileiro “a favor da mudança na legislação e tirar o monopólio das mãos da Petrobras”.
Pouco adiante os analistas demonstram a importância de garantir o domínio sobre o pré-sal ao revelarem que, em 2011, a empresa inglesa Rockhopper anunciou a descoberta de uma reserva de petróleo e gás calculada em cerca de 1,4 bilhão de barris de petróleo no litoral das Malvinas, atualmente sobre controle britânico, e dizem que seria muito importante para a geopolítica estadunidense assegurar o controle sobre a exploração de petróleo no Atlântico Sul.
Em outro ponto, os autores registram uma informação muito importante. “Outro detalhe é que o fundador de Stratfor, George Friedman, em seu livro ‘A próxima década’ (2012) advertia que o Brasil, por si mesmo, não era uma ameaça aos EUA, porém poderia representar um desafio econômico no caso de conseguir um maior desenvolvimento de seu poderio naval e aéreo, estendendo seu controle sobre o Atlântico Sul, até as costas da África. O ‘especialista’ recomendava ao governo estadunidense que buscasse uma aproximação com a Argentina para contrabalançar a liderança do Brasil, porém incluindo-o nos programas relativos à América Latina, questão que também ajudaria a combater Chávez na Venezuela. Esclarece que a estratégia ‘custará dinheiro, porém será mais barato do que enfrentar o Brasil em 2030 ou 2040 pelo controle do Atlântico Sul”.
Vamos continuar a analisar o documento no próximo Informativo.
Cristina Fernández lança “frente da resistência”. Na terça-feira (20), a ex-presidente da Argentina Cristina Fernández participou de gigantesco ato público para o lançamento da frente partidária Unidade Cidadã, que irá competir nas eleições legislativas de 22 de outubro e “colocar um limite ao governo e aos ajustes”.
“Peço a união do povo, a união de todos os argentinos e de todas as argentinas, porque estou convencida de que esta etapa histórica de agressão neoliberal em todos os níveis da sociedade não é uma questão de partidos políticos”, disse em um comício realizado em um estádio na província de Buenos Aires.
Cristina governou o país entre 2007 e 2015 e não se afastou da vida política, mas ainda não esclareceu se irá se apresentar como candidata ao Senado nas Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso) pela província de Buenos Aires como parte dessa coalizão que inclui as principais forças da Frente para a Vitória (FpV), exceto, a priori, o Partido Justicialista (PJ).
A ex-presidenta manterá a expectativa sobre uma possível candidatura até o dia 24, quando termina o prazo para definir as listas de quem estará nas primárias. “O que precisamos é colocar um limite no governo nas próximas eleições para que pare com os ajustes”, disse ela para cerca de 50 mil pessoas que foram ao estádio Julio Grondona, em Sarandí, na região metropolitana de Buenos Aires.
No evento, Cristina esteve acompanhada de vários dirigentes kirchneristas, como o ex-ministro da Economia Axel Kicillof, o ex-candidato presidencial Daniel Scioli e seu filho Máximo Kirchner, além de importantes nomes do PJ da província de Buenos Aires, principal distrito eleitoral do país.
“Novamente nosso país vive o fantasma do desemprego, da precarização trabalhista e dos baixos salários que esteve distante por tantos anos. Temos uma dívida de quase 100 bilhões de dólares que foi contraída em apenas um ano e meio e ainda querem prolongar essa dívida por mais 100 anos”, disse ela.
Prisão para Menem? A Justiça argentina confirmou na quarta-feira (21) a condenação por contrabando de armas do ex-presidente Carlos Menem, de 86 anos. O atual senador foi condenado a sete anos de prisão e 14 de inabilitação para desempenhar cargos públicos pela venda ilegal de armas à Croácia e ao Equador durante seu mandato presidencial (1989-1999).
A Câmara Federal de Cassação Penal rejeitou o recurso da defesa de Menem e reafirmou a condenação à prisão, ditada em 2013. Foi a primeira vez que um presidente argentino da era democrática foi condenado à prisão.
Entenda o caso: graças a decretos assinados por Menem e seus ministros autorizando a venda de armas ao Panamá e à Venezuela, armas argentinas foram vendidas à Croácia a partir de 1991. Mas sabe-se que nem Panamá nem a Venezuela pediram ou receberam o armamento argentino, que foi adquirido quase integralmente pela Croácia, na época envolvida na guerra da ex-Iugoslávia. Uma pequena parcela do armamento foi enviada clandestinamente ao Equador em 1995, durante o conflito fronteiriço entre o país e seu vizinho Peru conhecido como Guerra de Cenepa.
Na época, vigorava um embargo para a venda de armas ao país balcânico e ao sul-americano. Além disso, a Argentina era um dos garantidores do Tratado de Paz entre Equador e Peru.
Mas ele não irá para a cadeia! O ex-presidente continuará em liberdade pois goza de imunidade parlamentar à prisão, já que é senador do PJ (Partido Justicialista) pela província argentina de La Rioja desde 2005. Seu mandato acaba no dia 10 de dezembro, mas ele é candidato à reeleição no pleito legislativo que acontece em outubro e pode evadir a prisão por mais seis anos, caso seja reeleito.
“Cuba não se rende”! O ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, afirmou na segunda-feira (19) que Havana segue aberta ao diálogo com Washington, mas que “não negociará seus princípios nem aceitará condicionamentos”, em referência à anulação parcial por Trump das políticas de reaproximação entre os dois países anunciada na sexta-feira (16).
Em Viena, na Áustria, onde se encontra em visita para avançar as relações bilaterais entre Cuba e o país europeu, Parrilla disse que a política do governo Trump em relação a Havana recrudesce o bloqueio imposto há quase seis décadas, constituindo “um retrocesso nas relações entre os dois países e um retorno à mesma política falida aplicada por administrações estadunidenses no passado”.
“Não será um decreto presidencial dos EUA que irá desviar o rumo soberano de Cuba”, disse o chanceler. “Cuba não realizará concessões inerentes a sua soberania e independência, não negociará seus princípios nem aceitará condicionamentos, como nunca o fez ao longo da história da Revolução”, prosseguiu.
“O governo de Cuba repudia a manipulação com fins políticos e o falso tratamento do tema de direitos humanos. O povo cubano desfruta de direitos e liberdades fundamentais e exibe, com orgulho, conquistas que são inimagináveis para muitos países, incluindo os EUA, como o direito à saúde, à educação, à segurança social, ao salário igual por trabalho igual, aos direitos das crianças, à paz e ao desenvolvimento. Com seus modestos recursos, Cuba contribui também para melhorar os direitos humanos em muitos lugares do mundo, apesar das limitações que são impostas pelo terrível bloqueio”, disse ele.
“Oposição democrática” venezuelana queima caminhões. A “oposição democrática” da Venezuela, elogiada pela imprensa mundial e financiada por Washington, continua com seus atos terroristas para desestabilizar o governo de Nicolás Maduro.
Agora, em um falso protesto contra a convocação de eleições para a Assembleia Constituinte no país, os extremistas ligados ao grupo que se intitula Mesa de Unidade Democrática e reúne diversos partidos da direita queimaram três caminhões diante da base aérea militar Francisco de Miranda, em La Carlota, Caracas. O ato foi uma clara demonstração de que os “opositores” não vão se dignar a aceitar a lei e continuam provocando a desordem no país.
O grupo derrubou a cerca que separa a área militar da autoestrada Francisco Fajardo e atravessou caminhões na pista. Na base militar funciona uma escola primária e os alunos, principalmente crianças, foram muito atingidas pela fumaça dos incêndios.
Curiosamente, os terroristas e os jornais amestrados chamaram o movimento de “fechamento pacífico” da autoestrada!
Novo choque petrolífero em 2020, afirma o presidente da Total
por Charles Sannat
Eis uma informação enorme, não porque não a conhecêssemos mas sim por quem a diz: Patrick Pouyanné, presidente diretor geral da Total [1] .
A cada ano a produção de petróleo baixa 3% e a procura aumenta 1%.
Ou seja, uma diferença de 4%. Em cinco anos, a diferença chega aos 20%!
Em cinco anos será preciso encontrar 20% de novas jazidas, mas não as encontramos e não investimos o suficiente porque os preços são demasiado baixos – o que em parte é verdadeiro.
Assim, simplesmente falta petróleo!
E mesmo que encontremos mais, por vezes tropeçamos no rendimento energético [2]. Ou seja, se consumirmos um barril de energia para extrair um outro, isso não serve para nada...
Mas se consumirmos meio barril para cada novo barril extraído, nosso rendimento será igualmente muito alterado.
Em resumo, daqui até 2020 assistiremos a um novo choque petrolífero. Será tanto mais violento quanto mais forte for o crescimento econômico!
Assim, toda a retomada econômica real fracassará devido aos preços do petróleo, que poderão desencadear uma nova recessão.
[1] A Total é uma das sete maiores companhias de petróleo do mundo (ver a nota adiante).
[2] O autor refere-se ao EROEI (Energy Returned on Energy Imputed).
Matéria em https://resistir.info em 22/06/17
Nota do Ernesto: a Total S. A. é comercializadora, não produtora. É um grupo empresarial do setor petroquímico e energético com sede mundial em La Défense, Paris (França). A empresa está presente em mais de 130 países, empregando 100.000 pessoas. As atividades financeiras da Total S.A. representam a maior capitalização da Bolsa de Paris e por seu volume de negócios, é a maior empresa da zona euro.
Mundo terá mais 2,2 bilhões de pessoas até 2050
EUA está entre os países com maior crescimento da população
A população mundial chegará a 8,6 bilhões até 2030, um aumento de 1 bilhão de pessoas em 13 anos, mostram projeções demográficas apresentadas pela ONU nesta quarta-feira. As Nações Unidas esperam que a população mundial aumente até aproximadamente 9,8 bilhões pessoas em 2050 e que, para 2100, o mundo tenha quase 11,2 bilhões de habitantes. Os dados constam do relatório Perspectivas da População Mundial: Revisão de 2017, lançado pelo Departamento dos Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.
Mais da metade do crescimento populacional entre hoje e 2050 se concentrará em nove países. Oito não surpreendem: Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão, Etiópia, Tanzânia, Uganda e Indonésia. O nono país chama atenção: os Estados Unidos,
O relatório da ONU revela que, no Brasil, ao contrário do exemplo dos EUA, o crescimento demográfico será mais lento devido às taxas de fertilidade. O Brasil está entre os dez países que registraram menor fertilidade em relação ao nível de reposição entre 2010 e 2015. O quadro é preocupante, pois indica um ritmo de natalidade de um país maduro, mas que representa problemas – na Previdência, por exemplo – em um país em desenvolvimento.
A Índia – que atualmente tem 1,3 bilhão de habitantes ou 18% da população mundial – passará em aproximadamente sete anos a China – cerca de 1,4 bilhão de habitantes atualmente – como o país mais populoso do planeta.
Apesar da população do mundo seguir aumentando, isso acontecerá a um ritmo mais lento do que nos últimos anos devidos a uma redução da taxa de fertilidade em praticamente todas as regiões, inclusive em lugares onde segue alta, como na África.
Matéria em Monitor Mercantil, 22/06
Provocação perigosa e desnecessária. É difícil dizer o que se passa na cabeça dos “generais” da OTAN, mas não é difícil entender que estão brincando com os destinos da humanidade!
Na quarta-feira (21), caças do tipo F-16 comandados pela OTAN aproximaram-se perigosamente do avião que conduzia o ministro da Defesa da Rússia, Serguéi Shoigú. Segundo o professor Evgueni Kozhokin, professor do Instituto de Relações Internacionais de Moscou, “incidentes desse tipo são muito perigosos: qualquer erro técnico, qualquer erro do piloto e estaremos em uma zona imprevista de acontecimentos”.
Ele diz que as pessoas que deram tal ordem desejavam pressionar as autoridades russas. “Parece-me que estão totalmente equivocados quanto à possibilidade de exercer pressão psicológica”, assegurou.
Rússia é maior fornecedor de petróleo para a China. A Rússia mantém sua condição de principal fornecedor de petróleo para a China depois de exportar 5,74 milhões de toneladas em maio passado. A importação de petróleo russo pela China aumentou 9,4%, em maio de 2017, contra 4,72 milhões de toneladas importadas em abril.
Em segundo lugar aparece Angola que, em maio, exportou 5,56 milhões de toneladas, um crescimento de 79% em relação a 2016. Segundo a Administração Geral de Aduanas da China, a Arábia Saudita ficou em terceiro lugar, fornecendo 4,43 milhões de toneladas.


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