Começa a nova feira livre dos votos. O país é uma confusão
Ninguém se iluda de que Michel Temer vá dar por “ganha de véspera” a rejeição da segunda denúncia contra ele na Câmara.
Nem que o quisesse, porque a ocasião é boa para mais pressão de sua base parlamentar por recursos, por cargos e por outros tipos de chantagens, implícitas ou explícitas.
É tempo de conseguir edições do Diário Oficial, impressões que são mais duradouras que a tatuagem do deputado-comédia do Pará.
Na Câmara, há dificuldades até para votar matérias o interesse eleitoral dos próprios deputados, quanto mais para deliberar sobre interesses de Michel Temer.
Na melhor das hipóteses, aprova-se uma coisinha ou outra de menor importância, enquanto se aguarda a deliberação na Comissão de Constituição e Justiça do parecer sobre o pedido de processo e, a seguir, se o envia ao plenário.
15 dias, no mínimo.
Para os tucanos, a hora da verdade vem chegando e Doria vai ter de decidir para que barco vai, se não conseguir naufragar a nau peessedebista.
O general Mourão faz comícios militaristas; Meirelles faz comícios evangélicos: “segura na mão do Deus Mercado e vai”.
Mas as instituições “estão funcionando” e nós estamos discutindo abobrinhas.
Assim que o pessoal descobrir, o próximo da lista é o ISP , o imposto sobre piercing, em aprovação pela Câmara e já proposto por João Doria para o município de São Paulo.
E a Bolsa a estourar e, quem sabe, bater 80 mil pontos.
Acho que liberaram alguma coisa mais pesada do que aquela proposta por Fernando Henrique Cardoso.
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