O
estrondoso silêncio sobre Moro
Bob Fernandes, falando tudo o
que a mídia silencia, vergonhosamente.
Em texto e, ao final, em
vídeo:
O silêncio pode ser arma
poderosa. Pode condenar adversários ou inimigos ao esquecimento. E pode
proteger amigos ou aliados.
O silêncio é eficaz nas
disputas de Poder. O silêncio se torna arma quando imposto pelos que noticiam
sobre Poder, Política e seus atores.
Há anos a Lava-Jato, seus
personagens e alvos, são tema central no debate político. Na coluna Radar, da
revista Veja, foi publicada informação sobre a Lava-Jato.
Com exceção das redes
sociais, há 48 horas impera estrondoso silêncio midiático sobre essa
informação.
Maurício Lima afirmou: a
Força-Tarefa da Lava-Jato oculta, há pelo menos dois anos, importante
informação da Receita Federal.
O advogado Zucolotto é grande
amigo de Moro. Foi padrinho do casamento do juiz com Rosangela. Que foi sócia
de Zucolotto. Onde estão a informação e o problema?
O problema é: o escritório de
Zucolotto, amigo do casal Moro, foi correspondente, colaborador, do escritório
do advogado Tacla Duran. Depois investigado pela Lava-Jato.
A informação da Receita
Federal, ocultada pela Lava-Jato, é: Tacla Duran, investigado na Lava-Jato, fez
pagamentos para o escritório de Zucolotto e Rosangela Moro.
Duran é acusado de lavar
dinheiro e integrar organização criminosa. À época dos fatos Rosangela ainda
estava no escritório de Zucolotto, segundo relato da Veja, documentado.
Há uma semana, na Folha,
Monica Bergamo informava: Zucolotto, advogado amigo de Moro, acusado de intermediar
negociações com a Lava-Jato.
O acusador, esse mesmo Tacla
Duran. E o que ele diz? Que Zucolotto tentou negociar para “melhorar” os termos
da sua delação.
Tacla Duran, ex-advogado da
Odebrechet, tem dupla cidadania. Não fez delação e refugiou-se na Espanha. Onde
está livre.
Há dias, antes dessa
informação acrescentada por Veja, Moro respondeu: “Zucolotto é profissional
sério e competente”. E Tacla Duran “um acusado pela justiça brasileira”.
O que esperar sobre essas
informações e história? Apuração e respostas. Sem imposição do estrondoso
silêncio.
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