terça-feira, 17 de outubro de 2017

Venezuela rechaça críticas dos EUA a processo eleitoral e reclama de ingerência

Venezuela rechaça críticas dos EUA a processo eleitoral e reclama de ingerência


'Esse tipo de declaração só serve para respaldar os chamamentos ao caos, à instabilidade e à violência que promove um setor minoritário da sociedade venezuelana', disse Caracas
O governo da Venezuela emitiu uma nota na noite desta segunda-feira (17/10) em que rechaça as afirmações do Departamento de Estado norte-americano, de que as eleições regionais no país latino-americano não teriam sido “justas, nem livres”, reclamando das atitudes “ingerencistas” dos EUA.
“Esse tipo de declaração só serve para alentar e respaldar os chamamentos ao caos, à instabilidade, à violência e ao extremismo que promove um setor minoritário da sociedade venezuelana que, historicamente, contou com o apoio e financiamento do governo estadunidense”, disse a chancelaria venezuelana.
Para Washington, a eleição na Venezuela teve fraudes, discurso amplificado pela oposição ao presidente Nicolás Maduro. Os EUA afirmam que houve, por exemplo, "falta de observadores independentes e críveis" durante o pleito. Observadores internacionais, no entanto, acompanharam o processo durante todo o dia e atestaram a lisura das eleições, e os resultados foram certificados
“Os pronunciamentos do Departamento de Estado não surpreendem nem ao povo, nem ao governo venezuelano pois, como foi o caso durante os últimos anos, os resultados das eleições venezuelanas e a vontade de seu povo são desconhecidos pela administração estadunidense de turno, imediatamente depois de os mesmos terem sido anunciados pelo órgão reitor venezuelano em matéria eleitoral”, afirma a nota.
“Neste sentido, denunciamos uma vez mais ante a comunidade internacional a campanha sistemática de agressões, ameaças e ingerência por parte da administração estadunidense contra a Pátria de Bolívar, em clara violação das normas e princípios que devem reger as relações pacíficas entre os Estados – nesta ocasião, contra seu sistema eleitoral, em que pese que o mesmo foi reconhecido como um dos mais confiáveis a nível internacional, ao manter constância física do ato de votação eletrônica e de gozar de várias fases de auditoria que garantem tanto a transparência do ato, quanto a pulcritude do sistema”, diz o comunicado venezuelano.

Líderes latino-americanos celebram vitória do chavismo em eleições regionais na Venezuela

Chavismo está vivo: uma primeira análise das eleições regionais na Venezuela

'Resultado das eleições na Venezuela mostra que a direita não tem a maioria que alegava ter', diz professor da UFABC

 
Agência Efe

PSUV ganhou em ao menos 17 dos 23 Estados na Venezuela
Resultados
O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) venceu em 17 dos 23 estados do país nas eleições para governadores realizadas neste domingo (15/10), segundo os resultados oficiais anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Ainda falta definir o resultado no Estado de Bolívar.
O PSUV conseguiu ganhar da oposição o estado de Miranda (centro-norte) governado pelo duas vezes candidato à presidência do país Henrique Capriles, e os estados de Lara (oeste) e Amazonas (sul).
Com 95,8% das urnas apuradas, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, disse que os resultados são "irreversíveis", explicando que nestas eleições houve uma participação de 61,14% do censo eleitoral.
O PSUV vai continuar governando os estados de Apure, Aragua, Barinas, Carabobo, Cojedes, Delta Amacuro, Falcón, Guárico, Monagas, Portuguesa, Sucre, Trujillo, Vargas e Yaracuy. A oposição, por sua vez, ganhou em Anzoátegui, Mérida, Nueva Esparta, Táchira e Zulia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário