quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Por que você não lê mais nada sobre a Síria? Porque o Isis perdeu…

Por que você não lê mais nada sobre a Síria? Porque o Isis perdeu…

A mídia, sempre tão farta em notícias sobre o poderio do selvagem Exército Islâmico, quase não publica mais nada sobre a guerra na Síria, um dos maiores desastres humanitários deste novo século.
O motivo? É que o governo de Bashar Al Assad, assim como o governo iraquiano, estão reconstituindo aquilo que as guerras norte-americanas e a subversão financiadas pelos EUA e pela Arábia Saudita estão conseguindo reconstruir os estados nacionais da Síria e do Iraque. Talvez não com a mesma extensão que tinham, porque parece inevitável o surgimento de um estado curdo, ao norte, onde a maior resistência a isso é a Turquia.
Provisoriamente a Síria de Assad termina no Rio Eufrates onde, à exceção de uma “cabeça de ponte” na cidade de Deir  Ez-Zor, a região Nordeste dos dois países é controlada pelas Forças Democráticas da Síria (SDF), uma aliança de milícias curdas e árabes, com apoio dos EUA. Uma situação instável, porque a principal força curda é o PKK, Partido Comunista do Curdistão.
O mapa aí em cima mostra como, de 20% do território, hoje o governo Assad passou a controlar 70% ou mais das áreas do país.
Os ativistas do EI que matam dezenas de pessoas em atentados na Europa merecem muito mais atenção dos que os milicianos da organização que matam dezenas de milhares e expulsam milhões das áreas da Síria e Iraque.
É aquela velha história de que as “vidas ocidentais” valem mais que as ” vidas orientais “.
agência Reuters abriu hoje uma exceção no silêncio para comunicar que o Exército Islâmico perdeu sua última cidade na Síria:
“A última fortaleza de Daesh (estado islâmico), Albu Kamal, está livre da organização Daesh”, disse o comandante na aliança militar que apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad.
O Estado islâmico tem sido destruído ao longo dos últimos dois anos. No auge de seu poder em 2015, governou uma extensão do Iraque e da Síria, erradicando a fronteira, imprimindo dinheiro, impondo leis draconianas e planejando ataques em todo o mundo.
Na quarta-feira, após um avanço de um mês de duração através da Síria central e oriental, o exército sírio e as milícias xiitas aliadas cercaram e atacaram Albu Kamal.
O Hezbollah foi “o fundamento na batalha de Albu Kamal”, disse o comandante, acrescentando que centenas das forças de elite do grupo xiita apoiado pelo Irã participaram da batalha”.
Faltou lembrar que há outro grande vencedor na geopolítica internacional: Vladimir Putin, que recolocou a Rússia no tabuleiro do Oriente Médio

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